Tudo havia começado com um pedido besta da sua prima Rose – metida a jornalista naquele semestre – mas agora havia se tornado uma questão de honra: iria conseguir entrevistar o temível diretor de Hogwarts, Severus Snape, mesmo que nenhum jornalista houvesse conseguido tal feito.
Esse era exatamente o pensamento de Lily Potter ao testemunhar sua melhor amiga, Sarah Parker, chegar correndo na borda da Floresta Proibida, para mais uma aula de Trato das criaturas mágicas.
— Cheguei à tempo dessa vez? — A grifinória de cabelos cacheados perguntou esbaforida, olhando ao redor à procura de seu professor favorito.
Lily conferiu as horas no seu relógio trouxa, que sempre avançava dois minutos e retrocedia um, por conta da interferência mágica na tecnologia. Havia sido um presente de seu avô Arthur e não iria se desfazer dele tão cedo, tinha valor sentimental.
Fez uma careta para calcular o horário: pelas suas contas, devia ser quase meia noite.
— Obviamente chegou, já que o professor Shadowtamer* ainda não deu as caras. — A garota resmungou emburrada, voltando a atenção aos seus problemas.
— Ótimo! — Sarah suspirou aliviada, então animada. — Ei, já te contei sobre o meu plano de mandar bombons com poção do amor para o professor no dia dos namorados?
— Eu não quero saber desse seu plano e quero menos ainda ser sua companheira de castigo! — A garota respondeu com intensidade, porque nem queria imaginar que tipo de punição o ex-Quarter de Azkaban daria a alguém que tentasse envenená-lo. Ainda mais no reino de terror do diretor Snape!
Falando no diabo... Ou melhor, pensando nele: