A Gotinha De Amor Que Faltava escrita por Sill Carvalho, Sill


Capítulo 18
Capitulo 18 - Cultivando a Esperança


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoinhas, que saudades que sentir de postar aqui :)
Como vocês estão? Sentiram falta da Gotinha?
**
Quero agradecer a Gracii Cullen e Ary Andrade por terem recomendado a fic. Adoreii meninas. Obrigadaaa :)



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Vencida pela fadiga física e mental, Rosalie pegou no sono, ainda no sofá, com a cabeça apoiada no colo de Emmett, enquanto recebia uma maratona de cafunes.

Com muito cuidado Emmett se afastou, apoiando a cabeça dela em uma almofada, para poder ficar de pé. Ele se inclinou infiltrando as mãos sob o corpo dela erguendo-a do estofado. Uma nostalgia estranha fez seu peito inflar apenas pela satisfação de carregá-la em seus braços novamente. O simples fato de estar perto dela já fazia aquela viagem valer a pena.

Com passos cautelosos carregou a esposa escadas acima, até o antigo quarto dela. Devagar a colocou sobre a cama, ajeitando os cobertores cuidadosamente. Não houve a necessidade de lhe retirar as sandálias porque já não estava com elas quando a pegou no colo. Ele afastou uma mecha de cabelos do rosto de Rosalie com todo cuidado possível como se tocasse uma boneca de porcelana. E, naquele momento, como se fosse puxado por um imã invisível em direção aos lábios dela, ela se mexeu murmurando algumas palavras.

“Mamãe... não me deixe.”

Emmett deduziu que ela estivesse sonhando com o fato da mãe estar internada. Afastou-se da cama mantendo o olhar nostálgico antes de virar de costas e entrar no closet onde pegou um travesseiro e dois cobertores, logo em seguida saiu do quarto evitando fazer barulho, deixando a porta entreaberta permitindo que o cômodo recebesse um pouco da iluminação vinda do corredor. Desceu as escadas pensando nela, e tudo o que fez foi voltar para a sala. Retirou todas as almofadas do sofá e deu início ao preparo da cama improvisada. Havia um quarto de hospedes na casa, mas, Emmett, no entanto, não se sentiu confortável o suficiente para se instalar nele.

Enquanto forrava o sofá, viu através do vidro das janelas um clarão iluminar o céu escuro avisando que uma tempestade estava a caminho. De repente se perguntou se Rosalie acordaria durante a tempestade por medo dos trovões. Ela sempre ficava colada a ele em noites assim. Ele, no entanto, adorava esses momentos de aconchego ao lado dela.

Enquanto trabalhava na cama improvisada Emmett sentiu o estomago se agitar, reclamando a falta de alimentos. Ele não viu outra opção a não ser verificar na geladeira dos sogros se encontrava algo para o jantar, mesmo que improvisado, assim como seria o local onde dormiria naquela noite em San Diego. Pensou em pedir uma pizza, mas já era muito tarde e, como se não bastasse, havia uma tempestade a caminho, o que deveria atrasar a entrega.

Sem pressa, ele caminhou até a cozinha, parou no batente da porta e olhou ao redor, imaginando se deveria mesmo fazer aquilo. Seu estomago reclamou mais uma vez, e, ele teve a certeza de que era necessário. Ao abrir a geladeira teve a confirmação de que pedir uma pizza era algo totalmente desnecessário. A geladeira estava recheada com opções que ele poderia esquentar para o jantar. Mas sua preferencia foi mesmo pela torta salgada, de camarão. Ele retirou uma fatia generosa e levou ao microondas.

Serviu-se de um copo de suco de melancia, depois acrescentou um pouco de salada ao prato. Sentou em um dos bancos em frente ao balcão e começou a comer ouvindo apenas o barulho dos trovões se infiltrando no interior da casa. Os clarões se repetiam cada vez em menos espaço de tempo. Emmett olhou sobre o ombro em direção à porta como se quisesse ter algum indicio de que Rosalie estava bem.

Minutos depois, ele lavou toda a louça que havia usado, secou e fez questão de guardar no mesmo local em que estava antes. Sem saber o que fazer com o pano de prato, ele apenas o deixou pendurado sobre a pia.

Voltou à sala e pegou em sua mala os produtos de higiene pessoal e foi ao banheiro escovar os dentes. Quando retornou, retirou a camisa do pijama deitando-se no sofá da sala. Mesmo com o ar-condicionado ligado Emmett preferia dormir sem a parte de cima do pijama, hábito que adquirira ainda muito jovem.

Em uma prece silenciosa ele desejou que a mãe de Rosalie se recuperasse bem. Que Rosalie o perdoasse, e que sua gotinha de amor não tivesse uma noite tão sofrida. Que sua família conseguisse reconfortá-la durante a crise de terror noturno. Desejou, mais do que nunca, que cuidassem bem de sua filha enquanto ele estivesse com a mamãe que ela ainda não conhecia, mas já amava tanto.

Em meio a raios e trovões a tempestade chegou com força. De tempos em tempos o interior da casa se iluminava pelos clarões que se infiltravam através dos vidros de janelas e portas. O vento forte soprava as folhas no jardim e assoviava circulando em volta da casa.

A todo instante Emmett olhava na direção das escadas. Preocupado com Rosalie e ao mesmo tempo sentindo sua falta. Sentindo falta de dividirem a mesma cama. No entanto, não percebera nenhum sinal de que ela sentia o mesmo.

Embora o sofá fosse bastante confortável e espaçoso, ele teve grande dificuldade de pegar no sono. Virou de um lado para o outro varias vezes, ficou de barriga para cima, ora com as mãos embaixo do travesseiro, ora com as mãos sobre a barriga.

As horas se estenderam arrastadamente. Ele cochilou, mas quando se aproximou do horário que Julia costumava acordar chorando, por culpa das crises de terror noturno, Emmett despertou sobressaltado pensando tê-la ouvido chorar. Ficou por alguns instantes encarando o teto em silêncio, com a respiração pesada, porém, a casa estava em silêncio, exceto pelos sons da tempestade que seguia com força do lado de fora.

No quarto, no segundo piso, Rosalie acordou assustada por causa do barulho causado pelos trovões. Seus olhos arregalados encarando o teto, e a respiração pesada. Só então se deu conta de que a tempestade caia, e ao constatar isso, puxou os cobertores até a altura dos ombros. Olhou em volta buscando pela presença do marido, lembrando-se vagamente de ter dormido no sofá mantendo a cabeça no colo dele. Divagou imaginando que talvez pudesse ter sido um sonho, mas que lhe parecia tão real.

Rosalie suspirou longa e pesadamente tendo mais uma vez a sensação estranha de que alguém estava a sua espera, e que esse alguém a chamava. Quis ter a certeza de que Emmett estava na casa, mas sabia que essa sensação estranha que vinha sentindo há algum tempo estava relacionada a algo ainda desconhecido. Mas um desconhecido que seu intimo clamava.

Ao sentar na cama com as pernas estendidas procurou pelos chinelos noturnos, mas não os encontrou. Notou também que não usava pijamas, mas sim o vestido que pusera depois do banho.

Apressada, ela caminhou pelo corredor rumo ao quarto de hospedes em busca de Emmett. Saltou assustada quando um trovão rugiu forte o bastante para fazer portas e janelas tremerem. Quando parou em frente ao quarto abriu a porta bruscamente. Olhou para a cama e não encontrou ninguém. A frustração foi grande e a tristeza chegou de mansinho se instalando em seu coração.

“Será que tudo não passou de mais um sonho”, pensou ela, saindo de lá apressada deixando a porta aberta.

A sensação de angustia e tristeza que sentia em alguns momentos do dia se tornava cada vez mais intensa. Mais viva e com muito mais frequência.

Com medo dos trovões, de pé descalça, e angustiada, ela correu pelo corredor ignorando o medo o máximo que podia. Em pouco tempo alcançou o topo das escadas, olhou para baixo segurando na grade e tudo o que conseguiu ver foram às sombras dos móveis sendo projetadas na parede cada vez que um clarão iluminava o cômodo. Ignorou o medo que sentia e desceu quatro degraus, ainda segurando na grade.

Esperou que mais um clarão iluminasse previamente o ambiente, e foi então que ela o viu deitado em um dos sofás. De repente seu coração deu um solavanco para logo em seguida voltar a bater freneticamente.

Era real, Emmett estava ali. Dessa vez, diferente das outas, não foi apenas um sonho. Mas porque no sofá da sala e não no quarto de hospedes, foi o que ela se perguntou.

Institivamente deu um tapa na própria testa, lembrando-se de não ter preparado o quarto de hospedes para o marido. Talvez por isso ele tivesse permanecido ali mesmo na sala. Estava se sentindo excluído, rejeitado. Mas, ele a carregara nos braços e a levou para a cama, então, o que o fez voltar, era o que Rosalie se perguntava.

Embora a cama de seu antigo quarto fosse de solteiro e não tivesse sugerido dormirem juntos, eram marido e mulher. Sem dúvida teria adorado dormir ao lado dele, prensada nos braços fortes, sentindo a proteção e o calor de seu corpo.

Rosalie não parava de pensar que ele estava agindo diferente, não a estava pressionando a nada. Isso lhe deixava um tanto confusa. Não sabia se deveria gostar da mudança ou ficar desconfiada.

Mais um clarão iluminou a sala e, em pouco tempo, um trovão soou forte no céu. Rosalie retornou os quarto degraus correndo de volta para seu antigo quarto sem ao menos olhar para trás.

Naquele mesmo instante Emmett sentiu como se alguém estivesse lhe observando, abriu os olhos novamente e ergueu a cabeça, olhando sobre o encosto do sofá, na direção das escadas. Não viu ninguém, porém, teve certeza de que Rosalie esteve ali, o perfume dela ainda estava no ar como o aroma de flores que se abrem em uma manhã de primavera. Ele suspirou e voltou a encostar a cabeça no travesseiro, pensando nela.

[...]

Detroit

Era mais uma madrugada sofrida para a gotinha de amor. Julia estava no meio de mais uma crise de terror noturno. Entretanto, Esme podia jurar que essa era bem mais forte que a última que presenciou. Deduziu que o nível da crise estivesse relacionado ao fato de Emmett não estar em casa. O subconsciente de Julia afirmava que o seu papai não estava ali para protegê-la de seus carrascos.

Com os olhinhos fechados, Julia chorava em desespero. O desespero de uma criança torturada no âmbito familiar. Seu corpo pequenino tremia compulsivamente, as mãozinhas cerradas em punho com tanta força que os nós de seus dedinhos estavam perdendo a cor.

– Não. Não. Não fule. Não faize o dodói – ela soluçava o pedido em meio ao choro angustiante. Revivendo seus terrores.

No quarto, Esme andava de um lado para o outro a acalentando, porém, sem muito sucesso. Seus olhos já estavam marejados, sensibilizada com o sofrimento da neta.

– Nada disso é real, meu pedacinho do céu. Já vai passar meu amor. A vovó está aqui com você. Já vai passar... Ninguém vai voltar a te machucar, vovó nunca vai permitir isso – Esme sussurrava ninando Julia, enquanto acariciava seu rostinho.

Julia gritava e se contorcia. De repente murmurou um apelo.

– Eu... quelo... o... papai – seus olhinhos fechados, enquanto se atrapalhava com as palavras por causa do soluço causado pelo choro.

Edward e Alice foram para o quarto dos pais quando a crise de terror noturno da sobrinha teve inicio. Assim como Carlisle os dois também tentavam ajudar, mas não era uma situação fácil de controlar, especialmente quando não se tem experiência com o caso.

Não obstante, Alice se mostrava fraca demais ao presenciar o sofrimento da sobrinha, tão pequenina e já tão traumatizada. Tudo o que Alice conseguia fazer era chorar encolhida na poltrona, no canto do quarto, abraçada aos próprios joelhos.

Carlisle pegou a neta do colo de Esme e tentou acalmá-la, ninando com carinho e sussurrando ao seu ouvido o quanto a amava. O quanto todos a amavam.

O choro não cessava e Julia se engasgava com mais frequência em meio a sua tortura psicológica. O apelo inconsciente pelo socorro paterno prosseguia.

– Papai. Pa...Papai. Não deixa... Papai. Papaizinho...

Do outro lado do quarto Edward estava agoniado querendo pegar a sobrinha no colo e fazer seus medos desaparecerem para sempre. Mas quando a sobrinha gritou novamente, ele não pode mais se conter.

– Me dá ela, pai – pediu ele, decidido.

Com o filho insistindo Carlisle cedeu, passando a neta para os braços do tio. Julia estremeceu quando sentiu que estava sendo trocada de colo. Edward a encostou em seu peito com tanto cuidado e carinho que parecia saber o que estava fazendo. Ainda assim, Esme fez menção de pegar a neta no colo novamente, mas, Edward se recusou a entregá-la. Esme deixou que ele ficasse um pouco mais com Julia, e, nesse meio tempo olhou para Alice sentada na poltrona, depois para o marido.

– Carlisle leve a Alice para quarto dela – sussurrou Esme.

Mesmo sem querer sair de perto da neta, Carlisle fez o que a esposa pediu.

– Vem filha – disse ele, lhe estendendo a mão.

– Mas, e a minha jujuba...? – Alice perguntou com voz chorosa.

– Desse jeito você não está ajudando a sua jujuba, filha. Sua mãe tem razão. É melhor você ficar no seu quarto.

– Mas... – Alice tentou argumentar, porém, Carlisle foi firme em sua decisão.

– Vamos Alice – ele insistiu, segurando no antebraço da filha, ajudando-a levantar da poltrona.

Olhando Julia nos braços de Edward, Alice acabou aceitando ir para seu quarto. Ela se apoiava no braço do pai, que levava as muletas na outra mão.

Esme os observou sair em silêncio. Depois de alguns segundos virou-se para Edward, foi somente então que se lembrou do que Emmett dissera por telefone mais cedo.

– Filho... – sibilou Esme.

– Porque essa crise não passa mãe? – perguntou Edward, preocupado.

– Deita na minha cama com ela, filho – instruiu Esme. – Põe ela deitada de bruços em seu peito. Tenta fazer carinho nos dedinhos da mãozinha dela. Foi assim que seu irmão sugeriu.

Edward não pensou duas vezes, no minuto seguinte estava deitado na cama dos pais com a sobrinha deitada de bruços sobre seu peito, fazendo o papel de pai substituto naquela noite.

– Não tem papai. Não tem... – ela murmurou chorando.

– É o titio, Julinha – Edward sussurrou. – Eu não vou deixar ninguém te machucar. O papai não está aqui, mas o titio também te ama – ele sussurrava as palavras enquanto fazia carinho nos dedinhos dela, depois de muito custo para abrir a mãozinha que estava cerrada em punho.

Esme sentou na beirada da cama, acariciando os cabelos finos de Julia enquanto o corpinho trêmulo ia se acalmando aos poucos.

– Titio. Papai... – ela murmurou com os olhinhos fechados.

– É. O titio está aqui com você, e também te ama muito. Nunca mais ninguém vai te fazer mal. Não precisa ter medo. Dorme tranquila.

– Avannah não faize o dódoi – ela implorou entre o choro. – Papai. Quelo papai. Vovozinha.

Esme segurou e beijou a mãozinha dela. – A vovó está aqui, meu amor. Dorme tranquila que logo o papai chega.

No quarto ao lado; Alice tapava os ouvidos com o travesseiro por não suportar vivenciar o sofrimento da sobrinha.

Depois de conversar um pouco com Alice, Carlisle voltou para perto da neta e ficou surpreso por Edward estar conseguindo fazê-la se acalmar. Esme explicou que havia sido sugestão de Emmett, por telefone, quando se falaram mais cedo, mas que lamentavelmente só se lembrara disso agora.

[...]

Em San Diego, Emmett continuava sem conseguir dormir direito. Acordava a cada cinco minutos, estava angustiado, preocupado demais. Ele sabia que beirando aquele horário sua gotinha de amor sofria com os traumas de um passado recente. Queria ligar para os pais, entretanto, temia que ela tivesse acabado de voltar a dormir tranquilamente e o toque do telefone a despertasse. Até pegou o celular e iniciou a chamada, umas duas vezes, mas acabou desistindo.

No quarto, sem saber o motivo, Rosalie se viu chorando abraçada ao travesseiro.

“Meu Deus, porque às vezes me sinto assim, como se me faltasse um pedaço? Como se esse pedaço precisasse de mim.”, pensou ela, sentindo a tão conhecida angustia que vinha sentindo de uns tempos pra cá.

No sofá da sala, Emmett seguia do mesmo jeito. Sua mente estava ocupada demais entre dois amores. Entre duas mulheres que, ele sabia; daria a vida se preciso para protegê-las. Uma ele amava desde que seu olhar cruzou com o dela. A outra ele se descobriu amando pouco a pouco, dia após dia, em cada gesto, em cada palavra. E agora sabia que o único amor que se comparava a esse era o amor materno. Uma era a mulher com quem se casou, e a outra, a filha que um dia renegou.

[...]

Em Detroit Julia voltou a dormir, depois de muito choro, sem todo o medo que a atormentava. O tio fazia o papel de pai essa noite e pouco a pouco ela foi se acalmando.

Era quase quatro horas da manhã, estavam todos cansados, mas Edward, no entanto, estava disposto a não dormir para não deixar a sobrinha sentir medo novamente. Ele estaria ao seu lado como um guardião pelo o tempo que fosse preciso.

Depois de bocejar, Esme cutucou o braço do filho. – Edward você já pode ir dormir em sua cama, querido – ela sugeriu. – Seu pai e eu cuidaremos dela.

Ele olhou a sobrinha dormindo sobre seu peito. – É melhor não, mãe – sussurrou. –Agora que ela conseguiu se acalmar, não quero correr o risco dos pesadelos voltarem.

Esme esboçou um pequeno sorriso, embora muito cansada. – Eu sei que está preocupado, filho. Mas seu pai e eu não vamos deixá-la sozinha nem por um minuto sequer.

– Vá dormir em sua cama filho – disse Carlisle, se posicionando para retirar Julia dos braços de Edward. Ele fez isso com todo cuidado possível, e, mesmo assim, o corpinho de Julia estremeceu com a mudança de colo novamente.

Carlisle acomodou Julia sobre o peito assim como Edward havia feito anteriormente. Antes de se aconchegar ao peito do avô, Julia agarrou os dedinhos na blusa do pijama dele. Ele se recostou aos travesseiros e beijou os cabelos da neta antes de ajeitar a chupeta que estava prestes a cair. Julia sugou a chupeta com força quando sentiu alguém mexer nela.

Antes de sair da cama dos pais, Edward beijou o pezinho da sobrinha que estava de meias.

– Será que agora ela vai dormir sem interrupções até o dia clarear? – ele perguntou ao se afastar.

– Tenho certeza que sim, querido – respondeu Esme.

– Você ajudou muito, filho – disse Carlisle, sussurrando. – Você se mostrou um ótimo tio.

Esme tocou a perna do filho. – Estamos orgulhosos de você, querido. Seu irmão também ficaria se tivesse visto como cuidou da filhinha dele essa noite.

Edward suspirou antes de esboçar um sorriso. – Boa noite, pai. Boa noite, mãe.

– Boa noite, filho – ambos responderam.

Edward passou as mãos nos cabelos bagunçando-os ainda mais. Ao alcançar a porta do quarto olhou para trás, como se não tivesse certeza de que deveria mesmo sair. Esme se aconchegou ao lado do marido, fazendo carinho nas costas da neta. Então Edward soube que deveria mesmo deixá-los dormir.

Antes de ir para o próprio quarto ele passou no da irmã para ver como ela estava. Bateu na porta levemente apenas para anunciar sua chegada. Abriu a porta devagar e caminhou para perto da cama. Se certificou de que a irmã estava dormindo, mas, também notou que ainda havia lágrimas no rosto dela.

Ele puxou os cobertores cobrindo-a cuidadosamente. Alice abriu os olhos e ficou encarando o irmão, como se tentasse lembrar por quanto tempo havia dormindo.

– Minha jujuba está bem, Edward? – ela perguntou depois de calcular que dera apenas um cochilo.

Terminando de cobri-la, ele respondeu. – Ela está bem agora. A crise já passou. Mamãe e papai estão com ela. Você já pode dormir tranquila.

Alice se remexeu, virando de lado. – Boa noite, Edward.

– Boia noite, Alice.

Ao sair do quarto da irmã, ele apagou as luzes. No corredor, olhou em direção ao quarto dos pais como que para ter certeza de que a sobrinha estava bem. Já em seu próprio quarto, apagou as luzes e se jogou na cama de qualquer jeito, esperando que o sono chegasse, enquanto pedia a Deus que os terrores de Julia não voltassem mais a atormentá-la.

[...]

San Diego, algum tempo depois.

A tempestade havia passado, mas, no jardim havia marcas do que fora a noite anterior. Poças de água estavam em todos os lados. Objetos derrubados e muitas folhas espalhadas. O sol brilhava anunciando que seria mais um dia quente.

Rosalie acordou com os raios de sol da manhã se infiltrando através do vidro da janela, não tendo a barreira das cortinas em seu caminho. Sobre a mesinha de cabeceira estava o celular, ela esticou o braço e o pegou, verificando a hora. Eram sete horas e dez minutos. Ela se espreguiçou e decidiu levantar para tomar um banho e preparar o café antes e ir ao hospital verificar como a mãe estava.

Saiu da cama praticamente se arrastando e caminhou até a janela, parando para verificar através do vidro a bagunça no jardim. Maneou a cabeça, imaginando que Ryan teria que trabalhar algumas horas para deixar tudo novamente em ordem.

Depois que tomou banho e secou os cabelos, pegou a bolsa e passou no quarto dos pais onde pegou uma mala, de tamanho médio, com itens básicos para Grace. Desceu as escadas evitando fazer barulho, temendo acordar Emmett antes do café ficar pronto. Ainda era cedo queria deixá-lo dormir um pouco mais.

Após deixar a mala com as coisas para Grace e sua bolsa sobre um dos sofás da sala, ela se aproximou de Emmett observando-o dormir. Ele parecia exausto, seu braço e sua perna esquerda estavam pendurados para fora do sofá. Na mão direita ele segurava o celular. Seu peito subia e descia seguindo o ritmo calmo da respiração.

Rosalie chegou mais perto, estendendo a mão para tocar o peito do marido. Pensando no quanto sentia falta de estar com ele. Sua mão foi chegando cada vez mais perto, mas quando estava a milímetros de tocar o abdômen dele, Emmett se remexeu. O gesto inesperado fez Rosalie recuar imediatamente. Ele recolheu o braço que estava pendurado para fora do sofá, mas o outro não se mexeu.

De repente Rosalie sentiu uma necessidade absurda de pegar o celular dele e verificar todas as chamadas e mensagens. Ela não sabia, mas, ali, naquele aparelho telefônico, havia muitas fotografias de Julia, com roupas de bailarina, e que Julia a chamava de mamãe mesmo sem conhecê-la pessoalmente. Essa garotinha a amava sobre qualquer circunstancia.

Decidida, Rosalie esticou o braço tentando alcançar o celular sem tocar em Emmett, mas, ele se virou e o celular ficou embaixo de seu corpo, tornando impossível o que pretendia fazer. Não tendo chance, ela desistiu e foi para a cozinha preparar o café.

Andando de um lado para o outro, pegando o que precisava, ela notou o pano de prato que não estava ali na noite anterior, mais precisamente, pendurado sobre a pia. Ao abrir a geladeira constatou que faltava uma fatia generosa da torta salgada que Grace havia preparado antes de se sentir mal. Então se deu conta de que Emmett tinha jantado sozinho. Foi aí que ela ficou surpresa; o homem com quem se casara nunca tinha lavado um único talher, e, naquela noite, no entanto, havia esquentando a janta, lavado a louça que usara e dispensado o pano de prato cuidadosamente sobre a pia. Ele tinha sido cuidadoso, pensou Rosalie. O que o estaria fazendo mudar? Seria apenas sua ausência, ou ele estaria lhe escondendo algo? Seria algo relacionado ao que tanto precisavam conversar? , a mente de Rosalie fervilhava com essas perguntas.

Na sala, Emmett acordou e desfez a cama improvisada. Dobrou os cobertores, meio desengonçado, mas o que importou ali foi sua tentativa, e os deixou sobre o travesseiro em um cantinho no sofá. Sentindo o aroma de café fresco, que transmitia toda uma sensação familiar, ele caminhou até a cozinha.

– Bom dia! – disse ele, parando na entrada, recostando-se ao batente da porta.

Rosalie, que estava de costas para ele, sentiu o coração palpitar forte contra o peito ao som da voz rouca do marido pela manhã. Há dias desejava acordar ouvindo aquela mesma voz, lhe desejando um “bom dia”.

Segurando uma bandeja com fatias de pães de forma sem casca, ela se virou devagar.

– Bom dia – ela respondeu.

– Precisa de ajuda?

Mais uma vez a atitude de Emmett a pegou de surpresa. Estreitando os olhos, ela respondeu:

– Não, obrigada. Estou quase terminando aqui. Só preciso pegar a geleia – ela encarou a bandeja de pães ao colocá-la sobre a mesa. – Porque você dormiu no sofá? – sua pergunta pegou Emmett de surpresa, fazendo o coração dele se agitar dentro do peito. Quando Rosalie voltou erguer a cabeça o encontrou com seu lindo sorriso de covinhas estampado no rosto. Imaginado o que ele estaria pensando, embora, também, pensasse o mesmo, ela recolocou a frase. – Você poderia ter dormido no quarto de hospedes – Emmett desfez o sorriso instantaneamente, desviando o olhar, se sentindo um tolo por achar que ela gostaria de ter dormido na mesma cama que ele novamente. – Me desculpe por não ter preparado a cama do quarto de hospedes para você – ela murmurou o pedido de desculpas realmente envergonhada. – Com o problema de saúde de minha mãe acabei não pensando direito em como você passaria a noite. – Me Desculpe, de verdade.

– Não tem problema am... – ele hesitou na metade da palavra. – Eu fiquei bem, aqui mesmo na sala.

– Me sinto envergonhada por isso – confessou ela, colocando a geleia sobre a mesa.

– Não precisa – ele garantiu. – Mas, e você como passou a noite?

– Não dormi muito bem. Você sabe... Com tudo o que está acontecendo.

– Recebeu alguma ligação do hospital essa manhã?

– Não. Isso deve ser um bom sinal, não é? – perguntou como se implorasse que a resposta fosse “sim”.

– Eu imagino que seja um ótimo sinal – assegurou. – Sinto muito Rose. Eu realmente gostaria de fazer algo para te fazer se sentir melhor.

– Você já está fazendo – ela respondeu sem se dar conta do que realmente significava para os dois essa frase.

Emmett esboçou um leve sorriso. – A que horas você vai sair para ver sua mãe no hospital?

– Daqui a pouco. Ainda dá tempo de tomarmos um café.

– Você se importa se eu tomar um banho antes?

– Claro que não, Emmett. Vai lá. Fique a vontade. Quer que eu pegue algo para você? Qualquer coisa.

– Não, eu já tenho comigo tudo o que preciso. Obrigado mesmo assim – ele gesticulou com a mão direita, como se buscasse a localização do banheiro. – Bem, eu vou lá então – murmurou estranhamente nervoso.

Quando Emmett virou as costas, Rosalie ficou observando-o se afastar. Com Emmett fora do seu alcance de visão, ela terminou de pôr à mesa. O tempo inteiro esteve atenta ao horário, no relógio que ficava na parede central da cozinha.

Poucos minutos depois Emmett retornou, de banho tomado, e bem vestido. O banho tinha sido em tempo recorde, pois sabia que Rosalie não podia esperar muito tempo. Antes mesmo de ele entrar na cozinha Rosalie sentiu o aroma do perfume. O aroma invadiu seu olfato transmitindo sensações e emoções as quais ela vinha evitando.

– Eu tentei ser o mais rápido possível – disse ele ao se aproximar da mesa.

– Tudo bem. Ainda temos algum tempo.

Emmett puxou uma cadeira e se sentou. Rosalie fez o mesmo, do outro lado da mesa, ficando de frente para ele.

O café da manhã foi rápido, e, na sua maior parte, em silêncio, nenhum dos dois sabia bem o que dizer. O pouco que falaram foi a respeito da saúde de Grace. Quando terminaram, Rosalie colocou toda a louça na maquina e a programou.

Voltando à sala ela pegou sua bolsa e as coisas que levaria para Grace no hospital, e, mais uma vez, ficou surpresa com o gesto de Emmett; dessa vez por ter arrumado o sofá, deixando os cobertores dobrados da melhor forma que conseguiu.

Maneando a cabeça ela foi em direção à porta de saída onde Emmett estava a sua espera, segurando a chave do carro do sogro em uma das mãos. Ele abriu a porta do carro para Rosalie, que ao entrar dispensou as coisas que levava no banco de trás. Depois de ter guardado sua mala no bagageiro Emmett também entrou no carro.

O trajeto até o hospital onde Grace estava internada foi, na sua maior parte, em silêncio, o tempo inteiro Rosalie esteve pensando na mãe. Vez ou outra Emmett a olhava de relance. Em determinado momento ele segurou a mão dela, sobre a perna, pegando-a de surpresa. Como sempre acontecia; o toque causava reações já conhecidas, porém, intensificadas pela dor da saudade.

– Vai dar tudo certo – ele sussurrou, tentando encorajá-la.

– Obrigada por ter vindo – ela agradeceu, olhando para ele.

– Eu gostaria de ficar mais tempo, mas não posso – murmurou no momento em que parava o veículo no estacionamento do hospital. – Se incomoda se eu deixar a mala aqui no carro e acompanhar você na visita a sua mãe? Gostaria de vê-la antes de ir para o aeroporto.

– Tudo bem – Rosalie concordou e logo em seguida se retirou do carro.

Emmett teve a leve impressão de tê-la frustrado ao mencionar que estaria indo embora assim que terminasse o horário de visitas. Ele suspirou frustrado antes de sair do carro. Rosalie recolheu sua bolsa e a mala de Grace, batendo a porta de trás ao terminar. Emmett se ofereceu para ajudá-la, mas ela se recusou. Ambos seguiram pelo estacionamento mais uma vez em silêncio.

Já na sala de informações se identificaram e receberam os crachás de visitantes. Seguiram em frente, vez ou outra encontrando alguém pelo caminho. O clima do hospital não os motivava a falar. O salto da sandália de Rosalie fazia um leve barulho enquanto caminhava. Para Emmett o barulho soava como um reconhecimento. Ao parar em frente à porta do quarto, Rosalie bateu levemente. Uma voz de mulher, que ela soube, não era sua mãe, autorizou a entrada. Antes de entrar, Rosalie infiltrou a cabeça através de uma brecha na porta e encontrou Grace dormindo na cama com alguns fios ligados a ela. O barulho do monitor cardíaco era angustiante.

Prestando atenção na enfermeira, Rosalie notou que ela injetava algo ao soro. Do outro lado estava Ryan, de pé, com a aparência cansada, afagando os cabelos dourados da esposa.

Quando notou que era a filha que chegava se afastou da cama, devagar, e foi até ela. Rosalie o abraçou pela cintura enterrando o rosto no peito largo do pai. Emmett surgiu logo atrás dela. Ryan estendeu a mão para cumprimenta-lo, discretamente buscando algum sinal de que os dois tivessem se entendido. Mas não encontrou. Ambos pareciam indiferentes.

Quando a enfermeira terminou pediu licença e se retirou do quarto.

– Como a mamãe está? Como ela passou a noite? – Rosalie perguntou um tanto ansiosa.

– O médico saiu daqui a alguns minutos. Ele garantiu que sua mãe está fora de perigo. Só vai precisar ficar alguns dias em observação, mas que logo poderá voltar para casa.

– Quantos dias? – perguntou Rosalie.

– Se o quadro clínico continuar evoluindo; uma semana. Depois disso vamos ter que ficar de olho nela em casa mesmo. Até que esteja totalmente recuperada não vamos deixá-la cometer exageros.

Rosalie suspirou. – Graças a Deus – murmurou se aproximando um pouco mais da cama. Ela se inclinou beijando o rosto da mãe e ao se afastar sussurrou. – Mãezinha fica boa logo, por favor. Eu te amo. Desculpe se às vezes fico brava com você. É culpa desse meu gênio.

Os três conversaram praticamente aos sussurros. Como Grace estava medicada dormiu até o final do horário de visitas, Emmett acabou não conseguindo falar com ela. Ele voltaria para Detroit e logo mais Ryan iria para casa descansar, enquanto Rosalie ficaria com a mãe. Mesmo assim ela foi com Emmett até o estacionamento para que ele retirasse a mala do bagageiro do carro de Ryan. Depois de pegar a mala eles caminharam lado a lado e pararam em frente ao hospital, onde Emmett ficou a espera do taxi que tinha chamado por telefone.

– Você está bem, amor? – perguntou ele, notando que ela havia ficado desanimada novamente. – Sua mãe vai ficar bem, Rose. Você ouviu os médicos e o seu pai. Eles não mentiriam para você.

Mordendo o lábio para não demonstrar que estava prestes a chorar, ela tentava controlar a vontade de abraçá-lo. Com muita dificuldade conseguiu falar sem se desmanchar em lágrimas.

– Você tem mesmo que ir agora? “Me sinto mais confiante quando você está por perto”, pensou ela.

Com a voz de lamento, Emmett respondeu:

– Eu preciso ir...

Rosalie abaixou a cabeça, sufocando a vontade de chorar. – Ah – foi tudo o que ela conseguiu dizer.

Emmett fez menção de abraçá-la, mas ela recuou. Ele fechou os olhos respirando fundo, tentando não se irritar com ela.

– Não dá para entender você, Rose. Juro que não dá – ele sibilou confuso e um tanto chateado. – Você parece não querer que eu vá, mas a todo o momento desde que cheguei que você vem evitando qualquer gesto de carinho meu. Eu te amo. Sinto saudades de sermos um casal. Só estou tentando fazê-la entender que me preocupo com você.

– Não cicatrizou ainda, Emmett. Não quero fazer nada do qual possa vir a me arrepender depois.

– Como o que? Como me deixar te abraçar? Vai se arrepender de receber um abraço meu? Então eu te pergunto: a que ponto nossa relação chegou?

Rosalie maneou a cabeça negativamente. – Não quero criar expectativas e depois me decepcionar novamente. Lembre-se que ainda temos uma conversa pendente. Não quero ter que sofrer tudo o que já sofri outra vez – olhando para ela, ele viu dor em seus olhos. – Vamos esperar... – ela gaguejou.

Emmett ergueu a mão para tocar o rosto dela, mas sentiu o coração esmagar quando Rosalie recuou novamente, recusando o seu gesto de carinho. Ele se virou bruscamente passando a mão na cabeça.

– Rose... – ele sibilou quase que em um tom de desespero. – Eu te amo. Te amo tanto...

Prestando atenção na expressão no rosto do marido, ela percebeu que ele parecia um garotinho prestes a chorar por algo que lhe fora negado.

“Eu também te amo, mas você não entende o meu desejo”, pensou ela, no mesmo instante em que o taxi parava em frente aos dois.

O taxista abriu o porta-malas e Emmett guardou a bagagem. Antes de entrar no carro ele voltou para perto de Rosalie.

– Não fuja de mim novamente. Vamos manter contato até que possamos definir como ficará nosso casamento.

Rosalie maneou a cabeça afirmativamente. – Vamos, sim. – confirmou.

– Então, está bem – disse ele, sem saber o que fazer com os braços. Desejava tanto poder abraçá-la pelo menos só mais uma vez antes de partir.

Quando ele abaixou o olhar e fez menção de abrir a porta do carro, Rosalie o chamou.

– Emmett – sua voz saiu sufocada, lutando contra a emoção e a razão.

Emmett, que estava com a mão prestes a abrir a porta do taxi, parou de repente se sentindo ansioso virando-se para olhá-la.

Antes mesmo que ele percebesse o que ela estava prestes a fazer Rosalie o abraçou, mas foi tão rápido que ele nem teve a chance de apreciar o momento de carinho e despedida.

– Obrigada por ter vindo – sussurrou ela, um tanto sem jeito, passando uma mecha dos cabelos para trás da orelha.

– Estarei te esperando amor. Pelo o tempo que for preciso.

– Só mais alguns dias – murmurou Rosalie.

– Só mais alguns dias – repetiu ele, tentando não perder a esperança.

Emmett entrou no taxi, fechando a porta logo sem seguida. Imediatamente o taxista manobrou e se saiu do local. Rosalie acenou com a mão antes de virar de costas e voltar para dentro do hospital.

O taxi seguiu pelas ruas de San Diego levando para o aeroporto um Emmett cabisbaixo sentado no banco de trás. Entretanto, ainda assim, cultivando a pequena esperança de poder ficar ao lado dela novamente.


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Notas finais do capítulo

E aí pessoal? O que acharam do capítulo?
Emmett está buscando pouco a pouco o perdão de Rosalie. Ao que parece ela ficou decepcionada por ele ter que voltar, mas não quis dizer nada. E no último minuto não aguentou a vontade de abraçá-lo.
E a gotinha linda sofrendo em dobro: com os pesadelos, e sentindo falta da proteção dos braços do papai. Mas a família fez sua parte, e Edward se mostrou um tio e tanto ♥
Espero vocês nos reviews, combinado?
Beijo, beijo
Sill