A Gotinha De Amor Que Faltava escrita por Sill Carvalho, Sill


Capítulo 14
Capítulo 14 - Laços Afetivos


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é dedicado especialmente a: Danii Della Vikia, Lilian Nunes, Cris Cullen, Izabel Cristina, Melissa Cullen, Joice Santos e Jessie Cullen. Muito, muito, muito obrigada por recomendarem a Gotinha de Amor, não imaginam o quanto me deixaram feliz o/ uhuuuuul, valeu!!!

Três, das que recomendaram esses dias são Beward, por isso, no final do capítulo, acrescentei um presentinho para vocês, como forma de agradecimento. Espero que gostem :)

**

Mais um capítulo enorme. A todos boa leitura :)



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Alguns minutos se passaram desde a última ligação que Julia atendera. Alice voltou do banho e sentou-se ao lado da sobrinha, no sofá, onde continuaram assistindo ao desenho animado.


Segundos depois que Alice voltou para ficar com Julia, Esme terminou de colher as flores, de sua preferência, e, quando entrou em casa, foi ver onde as duas estavam. Seguiu o barulho da TV, e ao entrar na sala, as encontrou juntinhas dividindo o mesmo espaço no sofá. Sorriu consigo mesma sentindo vontade de fotografá-las sem que elas esperassem por isso. Mas não dispunha de nada, no momento, para registrar a cena.


Sem chamar atenção de ambas, ela saiu e seguiu em direção as escadas. Pretendia tomar banho, depois de ter passado a maior parte da tarde no jardim.


Julia estava com os olhinhos vidrados na tela da TV, apenas mexendo a mãozinha direita, fazendo carinho no braço da tia.


- Titia, eu quelo o meu papai – sussurrou.


Alice beijou a mãozinha dela. – Ele vem daqui a pouco.


Passaram-se dois minutos apenas e Julia sussurrou novamente.


- Eu quelo o meu papai, titia.


- Espera só mais um pouquinho, minha jujuba. Ele já deve estar a caminho.


Ela gemeu dengosa, e olhou novamente para a tela da TV. Os backyardigans começavam a cantar, fazendo coreografia, seguindo o ritmo da música infantil. Julia olhou para a tia imediatamente, com os olhinhos arregalados.


- Olha titia, olha. Eles tão cantano. E eles sabem dançá também – sorriu, olhando da tia para a tela da televisão.


Alice sorriu da reação dela. – Ah, eles sabem das coisas, esses danados. Mas a titia também sabe algumas musiquinhas. Acho que você ainda não conhece muitas né, Julinha?! Tem uma que é bem fácil de aprender. Você quer que a titia cante para você.


- Eu quelo sim. Eu quelo, titia – Julia sentou no sofá, sobre as próprias perninhas, e ficou olhando para a tia com ansiedade e expectativa.


- Presta atenção, tá?


- Eu tô plestano, titia.


- Tá bom. É bem assim: atirei o pau no gato tô, tô. Mas o gato tô, tô. Não morreu reu, reu. Dona Chica cá...


De repente Alice parou de cantar porque Julia estava com o lábio inferior projetado em um beicinho ressentido e olhinhos tristes, acumulando lágrimas.


Preocupada, Alice perguntou. – O que foi minha jujuba?


Julia piscou os olhinhos, que ardia devido o acumulo de lágrimas. Com a voz chorosa e carregada de pesar, ela murmurou.


- Você atilô o pau no gatinho... titia, pulque? – o lábio dela tremeu enquanto falava.


- Ah, coisa linda da titia, é só uma música – disse Alice, beijando as mãozinhas de Julia. Entretanto, não surtou muito efeito. Julia ficou realmente ressentida com a ideia de o gatinho ter levado uma paulada.


- Titia... Você fez um dodói no... gatinho. Que dó, que dó... – lágrimas escorregam em seu rostinho, e rapidamente Alice as secou com uma das mãos, depois a levou para sentar em colo.


- Não é de verdade Julinha. A titia nunca machucaria um gatinho. É somente uma música, amorzinho.


Julia fungava, olhando para a tia com ressentimento, quando Emmett entrou na sala onde elas estavam, trazendo em uma das mãos uma sacolinha com quatro Kinder ovo. Ele deixou a sacolinha sobre a mesinha de centro e foi logo querendo saber o que tinha acontecido.


- Ei, o que aconteceu?


Julia virou o rostinho, buscando o pai com o olhar. Seu lábio ainda projetado em um beicinho ressentido.


- Titia fez um dodói no gatinho – ela sussurrou –, com pau, papai.


Emmett se inclinou, estendendo os braços, pegando a filha no colo. Preocupado, nem ao menos percebera que ela usava roupas de ballet. Tudo o que ele vira fora o rostinho triste de sua gotinha.


Olhou brevemente para a irmã. – Alice desde quando você tem um gato, e ainda bate nele com um pau?


Alice rolou os olhos. – Ai meu Deus. Foi apenas uma música. Eu estava explicando isso para ela no exato momento em que você chegou.


Emmett voltou a olhar para a filha e beijou seu rostinho. – Não é de verdade, gotinha. Sua titia não bateu no gatinho com um pau. É apenas uma música boba. Malvada, mas ainda assim, boba.


- O gatinho não ficô com um dodói, papai?


- Não. O gatinho está super bem. Até foi se aventurar por aí, dando um passeio na floresta.


- E tem foleta na casa da vovó? – perguntou, com olhinhos curiosos.


- Tem. E é uma floresta onde todo mundo é maluco, e tem um papai que vai fazer muitas cosquinhas na barriguinha dessa gotinha – disse Emmett chacoalhando Julia, beijando sua barriguinha por sobre o collant de ballet. Julia gargalhou inclinando a cabeça para lado.


Esme entrou na sala onde eles estavam, e acabou rindo, satisfeita, por vê-los brincando daquele jeito. Verdade seja dita: Julia estava fazendo milagres no coração de seu filho, Emmett. Um dia estressado e tão ranzinza, estava se tornando dedicado e carinhoso.


- Pala tom essa coquinha papai – pediu Julia, em meio a gargalhadas.


- Emmett para com isso – resmungou Alice. – Assim você vai fazê-la fazer xixi na roupa de tanto rir.


Imediatamente Emmett lembrou-se de que sua gotinha fazia xixi na roupa sempre que estava muito assustada. De repente, ele sabia que não queria que a filha fizesse a associação entre uma coisa e outra. Felicidade era algo bom. Não era para ela fazer esse tipo de associação, então, imediatamente ele parou com as cocegas, recostando-a em seu ombro, em um abraço protetor e carinhoso.


- Oi, mãe – disse Emmett assim que notou a presença de Esme.


- Oi, filho. E o seu pai e seu irmão, não vieram com você?


- Não. Eu vim antes por causa da Julia. Mas daqui a pouco eles estão aí.


Esme esboçou um sorriso satisfeito. Estava feliz por ele ter pensado na filha antes de qualquer coisa. Estava orgulhosa de como o filho vinha agindo nos últimos dias.


Julia colocou uma mãozinha no rosto de Emmett, pedindo atenção.


- Olha papai, eu tô com uma opa de bailalina.


Pela primeira vez Emmett olhou com mais atenção à roupinha que ela vestia, e sorriu com tamanha fofura.


- Que bailarina mais linda do papai – ele elogiou a deixando toda satisfeita. “Mesmo criança, mulher é mulher, gosta de receber elogios”, pensou, sorrindo para a filha. – Vamos tirar uma foto para mostrar a sua mamãe quando ela voltar – sugeriu tirando o celular do bolso.


- Eu já tirei várias fotos com minha câmera, Emmett – avisou Alice. – Vou só passar para o computador, e também pretendo mandar revelar algumas. Depois as envio para você.


 - Tudo bem Alice, mas, mesmo assim, eu quero tirar algumas com meu celular.


- Está bem. Vá em frente – respondeu Alice, sorrindo, era óbvio que ele estava orgulhoso, encantado com sua gotinha.


Esme sorriu dando uma piscadela para Alice, como se disse: “ele quer ter as fotos no celular, como qualquer pai orgulhoso gostaria, para poder mostrar aos amigos, e matar a saudade sempre que estiver longe dela”.


Emmett colocou a filha de pé no sofá, e pediu que ela fizesse pose de bailarina. Depois de ter passado à tarde com Alice no estúdio, não foi difícil para ela se arriscar nas poses. A satisfação no rosto de Emmett era notável à distância.


- Vocês precisam ver que lindas as que eu tirei dela lá no estúdio. Vem ver mamãe – disse Alice, pegando a câmera que estava sobre a mesinha do telefone, passando para as mãos da mãe.


Esme sentou-se segurando a câmera, com ambas as mãos, verificando uma a uma as fotografias que Alice tirara durante a tarde em que estiveram no estúdio.


Ao lado, Emmett continuava tirando fotos da filha com seu celular, esquecendo-se do doce que trouxera para ela. Ao total foram cinco fotos; três de corpo inteiro e duas somente de busto. Depois ele sentou ao lado de Esme e colocou Julia sentado em seu colo, enquanto olhavam as fotos que Alice havia tirado com a câmera. A cada fotografia que passava, Julia erguia a cabeça e olhava para o pai, como se buscasse a expressão do rosto dele ao vê-las. Ele lhe sorria, e ela voltava a olhar as fotos, com o rostinho feliz.


Depois que olharam todas as fotos, e Emmett se mostrar orgulhoso por todas elas. Ele olhou para o seu celular que estava nas mãos de Julia. Ela mexia sem saber ao certo o que estava fazendo, exceto que estava se divertindo com isso.


Sorriu consigo mesmo vendo-a distraída. Em outra época ele surtaria se a visse mexendo em seu Smartphone BlackBerry, mas, nesse momento, ele se descobriu gostando do que via. Ele não percebeu, mas Esme o observava, imaginando o que ele poderia estar pensando.


- Você empresta o celular para o papai um pouquinho? – pediu Emmett. Julia ergueu a cabeça, inclinando o rostinho para o lado, para olhá-lo. Suas mãozinhas se ergueram, e ela entregou o aparelho ao pai. Ao recebê-lo, Emmett beijou o rostinho dela. – O papai te devolve daqui a pouco – avisou ao ficar de pé.


- Eu vou blincá com o Calinho, tá bom papai?! – ela se remexeu no sofá, até a outra extremidade, onde estava o pônei de pelúcia cor de rosa.


- Mãe, eu preciso fazer uma ligação. Pode ficar de olho nela só mais um pouquinho – pediu.


Emmett começou a sair da sala de TV a passos curtos. Quando Julia percebeu o que ele estava fazendo, desceu do sofá, arrastando a barriguinha no assento, sem deixar o Carinho de lado. Assim que pisou no chão, ela correu com perninhas trôpegas e agarrou-se a uma perna do pai.


Emmett se surpreendeu, e quando se inclinou para falar com ela a pegou no colo.


- Eu quelo ficá com você papai. Não vá embola...


- O papai só vai até a varanda, aqui do lado. Não vou sair de casa novamente. Fique aí brincando com a titia e a vovó que eu já volto. Acho que o Carinho também quer tirar fotos. Você não tirou nenhuma com ele. Eu não vi o Carinho em nenhuma.


Julia olhou para o pônei de pelúcia que segurava em umas das mãozinhas, junto ao peito.


- Ele não tilou, pulque ele tava dolmindo.


- Ah, isso explica você ter ficado sem ele por tanto tempo. Mas agora ele está acordado, não está?


- Ele tá acoldado agola. E ele disse que qué blincá.


- Então, brinca com ele um pouquinho enquanto o papai vai ali falar ao telefone.


- Julinha traz o Carinho aqui para a titia fotografar ele – disse Alice, tentando ajudar o irmão.


- Vai lá com a titia. Ela quer tirar fotos do Carinho – sugeriu, colocando-a de volta ao chão.


- Vem cá minha jujuba linda – incentivou Alice, mexendo as mãos em um convite.


Julia correu para perto da tia, levando o Carinho junto. Esme olhou para o filho, notando a expressão preocupada no rosto dele.


- Vai ligar para ela, não vai?


Emmett maneou a cabeça positivamente, demonstrando apreensão. Do outro lado da sala, Alice já preparava a câmera para fotografar o pônei, deixando Julia ansiosa, agitando as perninhas.


- Bem, eu vou tentar – murmurou Emmett, começando a se afastar. – Ela está agindo como se eu não existisse... E isso está me matando. Rosalie sabe ser marrenta quando quer. E ela sabe que eu a amo. Por isso age assim.


Esme assentiu com um maneio de cabeça, sem mais, permitiu que ele se retirasse.


Emmett abriu a porta lateral, de vidro, e foi para a varanda onde havia um jogo de sofá, ideal para aquele ambiente, em um tom de palha com acolchoado branco. O sol se punha no horizonte, dando uma tonalidade amarelada ao céu. Sentou-se e encarou o celular, pensando em Rosalie. Seus dedos deslizaram sobre a tela em busca do contato dela. Chamou uma, duas, e, à medida que a ligação era realizada, ele ficava cada vez mais ansioso.


“Atende essa droga de telefone, Rosalie. Para de ser marrenta.”, pensou ele.


[...]


San Diego


Rosalie estava deitada no sofá com a cabeça no colo do pai, que assistia TV. Ryan Hale, um homem alto e forte, de cabelos em um tom de louro escuro, e olhos num tom de castanho claro. Seu semblante era calmo enquanto fazia carinho nos cabelos dourados da filha.


Rosalie se remexeu no sofá em busca do aparelho que tocava. O encontrou atrás de suas costas sob algumas almofadas. Quando teve a certeza de quem a procurava, seu coração acelerou desesperadamente. Seus olhos ficaram fixos no visor, como se encarasse bicho estranho.


Não fora necessário uma única palavra para que Ryan Hale soubesse que se tratava do marido da filha.


- Não vai atender? – perguntou ele.


Rosalie, momentaneamente sem palavras, maneou a cabeça afirmativamente.


- Atende logo esse celular, Rosalie. E trate de ouvir o que seu marido tem a dizer – gritou Grace, mãe de Rosalie, da cozinha.


- Eu vou atender mãe – resmungou, saindo do sofá.


- Acho bom mesmo senão eu vou te pôr amarrada em um voo de volta para Detroit ainda hoje. Juro, Rosalie, que se eu te vir chorando mais uma vez, você não me escapa. Decida o que você quer da sua vida, porque a fila anda. Ou você vai atrás de seu marido antes que seja tarde demais, ou segue em frente sem lamentação.


Rosalie olhou para o pai, com o celular a meio caminho do ouvido.


- A faz parar pai, por favor. E não a deixe ficar inventando frituras, ela vai acabar passando mal.


- Vai lá falar com seu marido, longe do alcance da audição de sua mãe. Deixe que eu irei a cozinha tentar amansar a fera.


- Obrigada, papai.


- Eu estou ouvindo vocês tramando aí – resmungou Grace.


- Para mãe, não inventa. O ouvido dela é biônico – sussurrou. –Vai lá pai, porque ela está impossível hoje. Eu te falei que mais cedo ela me pôs para correr. Até bateu a porta em minha cara e disse que eu não voltasse sem um pouco de cor, porque não queria que os vizinhos falassem que ela estava criando um fantasma.


- Não se preocupe filha. Deixe a fera comigo – respondeu Ryan, seguindo para a cozinha.


- Ryan não alimente as besteiras de Rosalie. Ela não aguenta ficar longe do marido aí fica aqui chorando. Se o ama então volte para ele, e tentem resolver esse problema que criaram, de alguma forma.


- Grace a deixe em paz. Ela vai fazer a coisa certa, no momento certo.


“Obrigada paizinho lindo”, pensou, observando-o sumir de seu campo de visão.


Ela se aproximou da porta da frente e a abriu indo para a varanda. Instantaneamente seu corpo sentiu a diferença de temperatura. Dentro de casa estava fresco, o ar-condicionado estava ligado, mas do lado de fora estava quente. O tempo estava abafado, não havia brisa e o ar estava seco. O mar estava agitado, e com menos movimento na rua, Rosalie podia ouvir o barulho da maré perfeitamente.


Ela andou alguns passos para longe da porta, se encostando ao parapeito de madeira, olhando para frente, nada em especial.


- Oi – disse ela, com um quê de medo, como se fosse a primeira vez que fala com Emmett. Seu coração se agitou ainda mais, e ela sentiu vontade de chorar. Olhou para a porta, para ter certeza de que a mãe não estava por perto, e ao se certificar de que tudo estava ok, voltou a olhar para frente novamente.


[...]


Detroit


Emmett estava quase desistindo que fosse ouvir a voz dela, quando enfim a ouviu falar um misero “Oi” carregado de indiferença, ou seria, insegurança?


- Achei que não fosse atender – sibilou ele, olhando a imensidão verde no jardim da mansão Cullen. As luzes estavam acesas e a brisa do início da noite soprava serenamente as folhas.


- Então...? – sugeriu, sem saber como iniciar aquela conversa.


- Então o que? – perguntou ele, confuso. Assim como ela, ele não sabia como iniciar uma conversa, tinha medo de que qualquer deslize a fizesse se afastar ainda mais.


- O que você tem para me falar? – pediu ela.


- Eu te amo, Rose – murmurou em resposta, abalando ainda mais as estruturas de Rosalie.  


Ela afastou o telefone do ouvido e fechou os olhos com força, sentindo seus olhos arderem para em seguida lágrimas percorrem sua face. Voltou somente a encostar o telefone no ouvido, após um longo suspiro.


- Porque está fazendo isso comigo Emmett?


- Isso o que, Rose?


- Fica dizendo que me ama... – sua voz saiu um tanto atrapalhada e ela se odiou por isso.


Emmett sentiu vontade de abraçá-la, mas a distância entre ambos o impedia.  – Mas eu te amo, e a quero de volta. Quero que volte para o nosso apartamento. Não estou mais aguentando de tanta saudade. Volta pra mim, amor. Me perdoa por ser um imbecil. Eu prometo que irei tentar ser o melhor possível para você.


Rosalie soluçou passando a mão esquerda no rosto.


“Porque você tem que fazer tudo parecer mais difícil. Se não me dissesse que me ama eu poderia agir com frieza, mas assim está acabando comigo”, pensou.


- Rose, não chore, por favor – pediu sentindo-se culpado.


Emmett ficou de pé, passou a mão na cabeça, e começou andar pela varanda, se afastando cada vez mais, entrando no jardim.


Rosalie respirou fundo. – Olha, pode parecer que enlouqueci, mas a minha intuição afirma que tem algo acontecendo por aí. Não sei, e não tenho a menor ideia do que possa ser, mas, absolutamente, isso me preocupa. Às vezes sinto como se alguém me chamasse, isso é muito estranho.


Institivamente Emmett olhou para trás, em direção à porta, imaginando o que Julia estaria fazendo agora.


- Está tudo bem aqui. Quer dizer... Eu preciso te ver. Preciso falar com você pessoalmente, Rose.


- Me diz o que está acontecendo, Emmett?


- Não é nada... Só precisamos conversar pessoalmente. É nosso casamento Rose. Não pode simplesmente fugir dele e fingir que não existe, porque eu continuo aqui te esperando. Não podemos permanecer desse jeito... Precisamos conversar...


- Eu não sei... Meu sexto sentido me diz o contrário.


- Volte para Detroit e vamos resolver essa situação de uma vez por todas. Chega desse chove não molha, Rosalie.


Ela afastou alguns fios de cabelos do rosto ao responder.


- Você tem razão... – ela ficou em silêncio por alguns instantes e Emmett voltou a se sentir ansioso feito um garoto. – Estou precisando mesmo ir a Detroit, preciso dar uma passada no buffet, e ver como andam as coisas. Tem muita coisa precisando de mim por lá. Amanhã mesmo pego um voo de volta para Detroit – Emmett sorriu, enchendo-se de esperança. – Podemos conversar lá, assim que eu chegar – ele passou a mão na cabeça, desfazendo o sorriso.


- Me liga antes de embarcar?


- Ligo, sim. Depois te dou mais detalhes...


- Estarei esperando... Pelos detalhes de sua viagem, e sua chegada.


De repente os dois ficaram em silêncio, ouvindo apenas a respiração um do outro através do telefone, desejando como nunca uma troca de abraços.


Dentro da mansão Cullen, Julia brincava com seu amiguinho, o pônei de pelúcia cor de rosa, Carinho.  Alice usava o notebook, sentada no sofá. Esme tinha ido até a cozinha falar com Dora, a empregada, sobre o jantar de logo mais.


- Titia – disse Julia, encostando a mãozinha direita no braço de Alice. – Eu vou lá fola ficá com o meu papai.


Alice olhou para ela e lhe soprou um beijo. – Está bem, minha jujuba. Mas fica pertinho dele, hein.


- Tá bom titia.


Julia abraçou o pônei de pelúcia e foi andando devagar em direção as portas laterais, de vidro, que davam acesso ao jardim da mansão.


- Papai... – o chamou assim que chegou a varanda, mas Emmett não a ouviu. Pois ainda estava perdido nas emoções do telefonema com Rosalie.


Julia o viu de costas e deu um passinho para ir atrás dele, mas um vagalume chamou sua atenção ao piscar perto dela. Ela arregalou os olhinhos pensando: “uma luzinha que voa”.


Com passinhos apressados e trôpegos, ela começou a segui-lo. Cada vez que ele piscava, ela dava um pulinho na direção dele, tentando pegá-lo, e, com isso, ficava cada vez mais perto da área da piscina.


No lado oposto ao que ela seguia, sem saber o perigo que se aproximava, Emmett continuava a falar com Rosalie.


- Você vem mesmo, não vem? Porque, de alguma forma, se você não vier, eu irei atrás de você novamente. E, juro, Rosalie, não vou tolerar que me trate mais uma vez como se eu fosse um vagabundo qualquer.


- Emmett, eu estou falando que irei. Mas lembre-se que estou indo para conversarmos. Não estou falando que é para ficar. Vai depender muito de nossa conversa – Rosalie tentava parecer indiferente a suas emoções, mas, no fundo, estava morrendo de vontade de vê-lo, mesmo que isso implicasse em mais discussão.


- Pelo menos você vem. E, com isso, terei uma chance... Preciso que escute tudo o que tenho para dizer.


“Se você tivesse aceitado as coisas como elas são, Emmett, poderíamos estar juntos agora, e felizes.”, pensou ela, ainda encostada ao parapeito de madeira, da varanda.


Olhando para frente, não buscando nada em especial, ela viu um vagalume piscar perto de um arbusto no jardim. A segunda vez que ele voltou a piscar estava mais perto. Inesperadamente, Rosalie sentiu um calafrio percorrer todo seu corpo, causando tremores. Institivamente ela se preocupou com Emmett.


- Emmett onde você está agora?


- Na casa dos meus pais.


- Que estranho – sussurrou Rosalie.


- O que? O que é estranho? Eu estar na casa dos meus pais? Você não está acreditando em mim, é isso, Rose?


- Não é isso Emmett. Claro que não. É só que... Senti um calafrio estranho, e assim, de repente. Achei que... Talvez, você pudesse estar em alguma situação de risco.


- Você está bem Rose?


- Sim, eu estou. Deve ser mais uma das coisas estranhas que venho sentindo. Bem, eu vou desligar agora. Preciso conversar com a minha mãe. Ela vai ficar maluca quando eu mencionar que irei a Detroit e que conseguimos conversar sem discussões.  Se cuida am... Emmett – ela hesitou em concluir a palavra. – Não vá fazer nada do que possa se arrepender depois.


- Eu não vou fazer nada, a não ser esperar por você.


A ligação fora finalizada, Rosalie abraçou o próprio corpo ainda sentindo o frio estranho lhe causando arrepios, apesar do calor que fazia, naquela noite, em San Diego.


Emmett suspirou, já sabendo ao que ela se referia. Ele virou as costas para o jardim e começou a caminhar de volta para a varanda. Entrou novamente na casa e seguiu para a sala de TV, onde estava antes. Alice ainda usava o notebook, mas agora ela estava passando as fotos para uma pasta.


- Cadê a Julia? Ela saiu daqui com a mamãe? – perguntou Emmett, buscando no rosto da irmã algum sinal que indicava que Julia estava escondida. Mas algo no olhar de Alice lhe deu a certeza de que sua gotinha não estava ali.


- Ela está com você. Para de brincadeira, Emmett. Manda a Julinha aparecer – disse Alice começando a ficar preocupada.


- Você está vendo em meu rosto algum sinal de brincadeira? – perguntou sério.


- Mas ela disse que iria lá fora ficar com você. Você não estava na varanda, na parte lateral da casa?


- Você deixou minha gotinha ir lá fora, sozinha, tendo aquela piscina enorme com acesso totalmente livre.


- Mas você estava lá – suplicou Alice, com a voz embargada. Ela empurrou o notebook para o lado, e saltitou em busca das muletas.


Emmett jogou o celular em um dos sofás, sem se importar se quicaria e cairia no chão. Rapidamente ele saiu correndo, derrubando tudo que entrasse em sua frente. Sem poder correr como ele, Alice foi o mais rápido que pode. A adrenalina causada pelo medo começando a percorrer suas veias.


- Minha jujuba linda – sussurrou Alice, com os olhos ardendo pelas lágrimas que se acumulavam –, esteja bem, por favor.


Emmett passou correndo pela mesma varanda por onde passou antes. Derrubou uma cadeira, esbarrou em uma mesinha de canto e derrubou um vaso, que quebrou ao cair. Mais a diante saltou sobre um arbusto de tamanho médio, seguindo em frente até a área da piscina. Alice vinha atrás, jamais conseguiria alcançá-lo naquele ritmo.


Emmett parou abruptamente, coração esmurrando forte o peito, respiração pesada, quando viu sua gotinha a apenas um passinho da borda da piscina enorme e funda. Institivamente, movido pelo impulso do desespero, ele gritou por ela.


- Julia!


Julia tremeu dos pés a cabeça, pelo susto que tomou. Ela virou-se, rapidamente, olhando para o pai, tremendo tanto que seu corpinho tinha espasmos. Bastou olhar para o rosto de Emmett para o choro começar. Primeiro ela fez um beicinho e seus olhinhos se encheram de lágrimas e aí o choro surgiu. Um passinho para trás e ela cairia de costas no fundo da piscina.


Emmett passou ambas as mãos na cabeça, respirando fundo. Inclinou-se estendendo os braços em um convite. – Vem pro papai, gotinha – ele a chamou, sentindo um desespero que nunca tinha sentido antes.


Chorando e tremendo, Julia maneou a cabeça negativamente. Estava com medo, achando que ele fosse batê-la. Em sua mente ela ouviu os gritos de Savannah: “Julia eu vou te arrebentar senão ficar onde eu mandei.”, “Julia. Julia. Julia”. A todo custo tentava não fazer xixi na sua roupinha de bailarina, ela juntava as perninhas uma na outra enquanto chorava.


Emmett se abaixou com os braços estendidos. – Vem pro papai, bebê. Eu não vou te machucar. Vem gotinha...


Alice chegou à área da piscina e paralisou com os olhos arregalados. Depois de ter ouvido toda gritaria, Esme chegou apressada. Seu coração a ponto de sair pela boca, literalmente. Ela olhou para os dois filhos e viu medo em seus rostos. Ao olhar para frente viu a neta, a apenas um passinho de cair de costas na piscina, chorando.


Esme deu alguns passos cautelosos em direção à piscina. A chamou enquanto se inclinava com os braços estendidos.


- Vem com a vovó, vem meu amor.


Julia fungou abraçando o pônei, vacilante, deu um passinho a frente. Deu mais um passinho devagar, o que fez todos respirarem mais tranquilo. Ela olhou para o pai, com um olhar ressentido e correu para os braços da avó. Tanto Emmett quanto Alice soltaram a respiração que nem se deram conta de que a prendiam. Mais tranquilos ambos chegaram perto de Esme, que segurava Julia.


Julia chorava, com o rostinho escondido no vão do pescoço de Esme, que a ninava com muito amor e cuidado.


- Shii... Não foi nada... Está tudo bem, meu pedacinho do céu.


- Pa.. pa... papai guitô. – soluçou em meio ao choro, deixando a palavra arrastada.


- Papai gritou meu amorzinho, mas ele não está bravo com você não.


- Ele vai fazê um dodói...


Esme beijou a cabecinha dela, lhe afagando as costas. – Ele não vai fazer um dodói em você, meu amor. O seu papai te ama.


Emmett se aproximou e pegou a filha pela cintura, para levá-la ao seu colo. A princípio Julia agarrou-se ao vestido de Esme, sem querer ir com ele, mas mesmo assim ele a pegou. A abraçou encostando seu rosto na cabecinha dela, sentindo cheirinho de shampoo infantil em seus cabelos.


Julia soluçou e fungou com o rostinho escondido no peito do pai.


- Pa...pa... papai... você... guitô. Eu... tive medo...


- Papai também teve medo. Medo de que você caísse na piscina – com a filha bem pertinho de seu peito forte, ele pode sentir os batimentos do coraçãozinho dela, que pulsava freneticamente. – Você não pode chegar perto da piscina, gotinha. Nunca mais faça isso. É perigoso. Meu Deus, se eu não estiver com os cabelos todo branco agora, é um milagre.


- O colação tá pulando, papai. Assim, puh, puh, puh.


Mesmo ainda se recuperando do susto, do medo de que o pior tivesse acontecido, Alice sorriu.


- O do papai também está pulando. Mas vai ficar tudo bem. Daqui a pouco ele volta ao normal. Vamos entrar e ficar quietinhos lá dentro – ele começou a fazer o caminho de volta, com a filha aninhada em seu peito, sentindo os batimentos frenéticos do coraçãozinho dela.


Alice chegou mais perto da mãe, e, juntas começaram a segui-lo.


- Que susto mamãe, ainda estou tremendo. Quando Emmett gritou eu achei que ela estivesse dentro da piscina, nem sei como não enfartei na hora.


Esme passou a mão nos cabelos da filha. – Isso não vai voltar acontecer. Amanhã mesmo me encarregarei de contratar alguém que faça um cercado em toda extensão da área da piscina.


Uma vez no interior da mansão, Emmett sentou-se no sofá da sala de TV, ainda meio ofegante, com a filha no colo.


- Quelo minha pepeta, papai – sussurrou, com o rostinho ainda molhado de lágrimas.


Emmett mexeu embaixo das almofadas até encontrar o paninho com a chupeta, quando encontrou, Julia abriu a boca, e ele inseriu a chupeta. Depois disso secou o rostinho dela com as próprias mãos.


- Você não vai fazê um dodói né, papai?


- Não, o papai nunca vai fazer um dodói em você, minha gotinha.


Julia encostou a cabeça no peito dele e ficou quietinha enquanto seu coraçãozinho voltava ao normal.


Cerca de vinte minutos depois, Carlisle chegou da empresa. Alice fez questão de narrar o ocorrido. E, mais uma vez, se viu pedindo desculpas ao irmão, e até mesmo a própria sobrinha, pelo o que aconteceu.


Carlisle ficou assustado em saber que por pouco a neta não havia se afogado. Se tivessem demorado mais alguns minutos, segundos talvez, poderia ter sido tarde demais.  Depois de respirar mais aliviado, pela neta estar em segurança, ele explicou que Edward havia ido buscar a namorada Isabella para vir conhecer a sobrinha.  Sendo assim, não demorariam a chegar. Julia estava agora aninhada no colo do avô recebendo mimos.


Como Carlisle havia dito, eles não demoraram. Apenas quinze minutos depois, chegaram de mãos dadas. Na mão livre Isabella segurava um embrulho de presente.


- Trouxe alguém para conhecer a Julinha – disse Edward enquanto entravam na sala.


Imediatamente o olhar de Isabella buscou pela garotinha que Edward tanto havia mencionado nos últimos dias em suas conversas.


- Oi, filho. Bella, querida, como vai? – disse Esme ao ficar de pé para cumprimentá-la.


- Bem, Esme, obrigada.


- Oi, Bella – saudou Emmett, com um aceno de mão.


- Oi, Emmett – respondeu ela. – Soube que está se redescobrindo, hein – brincou.


Emmett sorriu. – As notícias correm – disse ele, seguindo o ritmo da brincadeira.


Alice iria ficar de pé para cumprimentá-la, mas Isabella a impediu, indo até onde ela estava. Ambas se cumprimentaram com abraços amigáveis e beijos no rosto.


- Quanto tempo mais ainda vai ficar com essa botinha – perguntou Isabella.


- Uma semana talvez – respondeu Alice. – Mas, depois disso, ainda terei que continuar com a fisioterapia por um tempo antes de voltar a dançar. E confesso que não estou gostando nada disso. Eu preciso voltar a dançar, como sempre dancei, e o quanto antes.


- Tenho certeza de que logo, logo você estará novinha em folha. Tenha paciência.


Isabella olhou para o sogro e lhe sorriu com um aceno de mão. – Olá Carlisle.


- Oi Bella, como vai?


- Bem – respondeu olhando de Carlisle, para Julia.


Julia olhava para Isabella, meio que se escondendo atrás do braço do avô.


- Ei, Julinha – disse Edward, chegando mais perto. Julia afastou o rostinho do braço do avô e sorriu para o tio, chegando a fechar os olhinhos. Mas quando ela olhou para Isabella, voltou a esconde o rosto. – Eu trouxe minha namorada para te conhecer.


- O que é uma camonada?


Edward sorriu – É a garota com quem um dia o titio pretende se casar. Assim como o seu papai é casado com a sua mamãe Rose.


- E essa é sua camonada, titio?


- É sim. É a Bella. Ela é legal, não vai machucar você.


Julia afastou o rostinho novamente e olhou para Isabella, que lhe sorria.


- Você é a Bella? – perguntou Julia, com a expressão, agora, curiosa.


Isabella não entendeu a origem da pergunta, apenas lhe respondeu.


- Sim, eu sou a Bella. E você, pelo o que seu titio me falou, é a Julinha.


Pela primeira vez Julia sorriu para ela, revelando suas covinhas herdadas. Se remexeu no colo do avô tentando descer. Carlisle a ajudou, colocando-a de pé no chão.


Ao contrario do que todos esperavam, Julia correu até Isabella e abraçou suas pernas. Surpresa, Isabella se inclinou o máximo que pode tentando retribuir o abraço.


Emmett prestava atenção a cada gesto da filha, como se temesse perdê-la de vista novamente.


- Você mola num catelo? E tem mesmo uma fela? Cadê o seu vetido amalelo?


Alice, Edward e Emmett começaram a rir.


- Ela acha que você é a Bella, da Bella e a Fera – respondeu Alice.


Isabella se inclinou e a pegou no colo.


- Ownn, não, meu amorzinho. Eu não sou essa Bella, não. Sou só uma Bella normal que namora o seu titio Edward.


- Mais... – mexeu as mãozinhas uma na outra e suspirou. – Mais o titio é plíncipe das histólias e você é uma Bella que não tem uma fela. Pulque não tem uma fela?


- O seu titio pode ser a fera se você quiser – sugeriu ao notar que ela havia ficado um tanto decepcionada.


Julia sorriu, chegando a fechar os olhinhos. – Esse titio bonitinho não pode sê uma fela – ela encostou a mãozinha no rosto de Isabella. – Ele é um plíncipe das histólias de plincesas e catelos.


- É você tem toda razão Julinha. Ele é um príncipe – respondeu Isabella, beijando o rostinho de Julia. – E você é uma bailarina muito linda e fofa, sabia?! Quem te arrumou assim, tão linda?


Julia olhou para Alice pontando o dedinho indicador.


- Foi a titia, mas a vovó que fez esse cabelo assim – explicou encostando a mãozinha na cabeça. – Agola eu sou uma bailalina. A titia tilou umas monte de foto que eu vou mostlá pla mamãe quando ela chegá lá de longe.


- É mesmo Julinha? – perguntou Isabella, esperando pela reação dela.


- Aham... O Calinho também tilou umas monte – sorriu.


- Quem é o Carinho?


Julia apontou o dedinho indicador para o pônei de pelúcia cor de rosa, ao lado do avô.


- Que lindo que é o Carinho. E vocês brincam bastante?


- Blinca sim. Calinho gota de blincá muitão.


Isabella sentou-se com Julia no colo e lhe entregou o embrulho de presente.


- Você complou um plesente pla mim? Pulque?


- Porque eu não podia vir te ver e não trazer um brinquedinho. Que tia malvada eu seria, não é amorzinho?!


- Obligada, sua Bella – ela olhou para Emmett. – Papai, essa Bella deu plesente pla mim.


- É o papai está vendo – respondeu sorrindo.


Isabella ajudou desembrulhar o presente a deixando toda feliz. Era um brinquedinho colorido, com atividades educativas, em dois idiomas, da Fisher Price. Julia beijou o rosto de Isabella e foi correndo para o colo do pai, para mostrar a ele o presente que ganhara de sua tia Bella, que não era da Bella e a Fera, mas que ela havia gostado tanto quanto.


Sentadinha no colo do pai, ela brincava, descobrindo tudo o que o brinquedinho podia fazer, às vezes sorria com as palavras mencionadas. Algumas vezes Emmett a ajudava e em seguida lhe beijava o topo da cabeça. Os avós observavam com orgulho. E os tios se divertiam com as reações dela.









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Notas finais do capítulo

Ai essa Julinha, que susto que ela deu no Emmett. Coitadinha, mas ela também tomou o maior susto quando ele gritou. Ela achou que fosse apanhar.

E não é que ela confundiu a Bella com a do conto infantil ♥ hahahah

Até que fim Emmett conseguiu manter um diálogo com a Rose, mas ele prefere falar a respeito da filha pessoalmente. Vai que a loura marrenta entende tudo errado e decide ficar por lá mesmo, melhor não arriscar.

Espero vocês nos reviews :)

Beijos, beijo

Sill