Acordo, tomo um banho e vou tomar o café. Todos estão lá, menos Peeta. O filho de Annie também está lá. Me lembra muito, o próprio Finn. O garoto que me ajudou tanto em momentos tão difíceis.
-Oi - eu digo com uma voz de zumbi
-Oi - todos respondem com a mesma animação que eu
-Filho, você ainda não conheceu, essa é a tia Kat - Annie falou
-Oh, Kat, é ela? Das histórias?
-Isso mesmo
-Histórias? - eu pergunto
-Sim, longa história - ela ri com o trocadilho. Ele é tão bonitinho. Puxou o pai. Olhos verdes-água e cabelos bronze, porém naturalmente rebeldes. Todos começam a conversar e fico feliz que o clima tenha se aliviado. Mas pouco tempo depois, Peeta chega e o clima volta ao que era antes.
-Bom dia - ele diz à todos, sem se dirigir qualquer olhar à mim. Nós comemos e nos arrumamos para a entrevista. Peeta como sempre está lindo. Uma calça preta e uma camisa de mangas compridas azul claro. Seus cabelos estão arrepiados. Eu visto um longo vestido laranja pouco abaixo dos joelhos. Meus cabelos estão em um coque. Nós somos entrevistados todos juntos, inclusive Finnick. Caesar ainda é o entrevistador
-Então, depois de toda a guerra e a paz, o que ada um faz 
para passar o tempo? Peeta... - Peeta está meio distraído, mas volta à realidade e responde rapidamente.
-Eu asso pães. Passo um bom tempo na padaria.
-Katniss?
-Eu caço. Com Gale. - vejo o rosto de Peeta tomar um leve tom de vermelho
-Me desculpe perguntar, mas o clima está meio tenso aqui. Houve algo entre você e Peeta? Nosso casal favorito... - eu e Peeta nos entreolhamos. Pensamos se devemos continuar com a ideia dos "amantes desafortunados", mas não há necessidade
-Não somos mais um casal - eu digo de cabeça baixa. "Contenha-se. Não vá chorar. Você está em rede nacional. Ninguém pode saber"
-O quê?! Isso é verdade? - a plateira faz um "oh"
-Sim - Peeta que é geralmente muito bom com as palavras não pronuncia nada além disso. Após alguns minutos a entrevista acaba e nos preparamos para viajar. Já no trem, tomo um banho de banheira. Preciso relaxar. Quero que tudo isso acabe. Essa viagem já estragou muita coisa.
Lá pelo meio da tarde, chegamos ao Distrito 1. O palco já está levantado e tudo parece mais feliz do que antigamente. Será parecido com a Turnê da Vitória se não fosse totalmente ao contrário. Ao invés de comemorar às mortes de outras pessoas, nós comemoramos à mudança dessas regras, a Revolução. Nós dizemos algumas palavras de consolo e passamos pelo distrito procurando por necessitados. Os pais de Marvel e Glimmer estão mortos. Saímos em direção ao Distrito 2. 
Chegando lá, já vemos os pais de Clove e sua irmãzinha e apenas o pai de Cato. Sabia que eles gostavam um do outro, pude ver nos olhos de Cato e em quando Clove gritou seu nome, minutos antes de sua morte. Eles não deveriam ter ficado separados. Essa decisão destruiu os dois. Agora entendo que isso também serve para mim. Não posso ficar longe de Peeta, espero que ele entenda isso. Me viro para Peeta e ele está branco. Nós estamos quase entrando no palco. Vou até ele.
-Peeta, você está bem?
-Estou - Ele diz bravo e desvia o olhar
-Peeta... não vou te dizer que está cego de ciúmes nem nada porque você não vai me ouvir, mas pense no que está acontecendo e no que você está fazendo. Se decidir que é melhor ficarmos separados irei entender, mas nesse tempo não quero ficar brigada com você. Se não quer ser meu namorado, se não gosta de mim, pelo menos seja meu amigo.
-Eu te amo, Katniss, muito! Você sabe disso. Mas eu não posso ser seu amigo, não posso ficar ficar perto de você. Só me faz mal.
-Por que? O que nos impede?
-Suas dúvidas. SEUS sentimentos. Sei que sente algo por Gale e nós dois juntos só temos confusão, só complicação
-Peeta, eu te amo e para mim nada mais importa
-Mas para mim importa, Katniss. Me desculpe - ele se vira e nós entramos no palco. Falamos algumas coisas sobre a revolução e as pessoas mortas e buscamos necessidades no distrito novamente,
Nos 2 dias que se passam, fazemos a mesma coisam, passando em cada distrito.