Casa Comigo? escrita por le97le
Notas iniciais do capítulo
Oii, vamos ler?
Até lá embaixo.
Hoje foi o dia mais feliz de suas vidas.
Ele planejava há dias. Passaram o dia inteiro juntos.
Para o café-da-manhã, uma padaria cara e boa. Foram para uma biblioteca e passaram três horas revendo seus livros preferidos; ela mostrando seus romances clássicos e ele devolvendo suas poesias da época do trovadorismo. Almoçaram no restaurante onde se conheceram. E, de lá, foram para um parque de rua; comeram algodões-doce e maçãs do amor. Foram em todos os brinquedos e se beijaram no topo da roda-gigante.
Então, teve o jantar.
Ele a levou para um restaurante perto de uma linda praia.
Assim que os músicos entraram no salão, começando a primeira musica, Edward puxou Isabella para a pista.
– Não faça isso. – Isabella sussurrou desesperadamente.
– Só lembre-se da sua primeira musica dançando comigo. – Ele pediu.
Ela assentiu, pousando a cabeça no ombro do amado.
Os dois namoravam a pouco mais de cinco anos e se amavam mais do que antes.
E mais, e mais a cada dia.
FLASH BACK ON
Quando se conheceram, no restaurante em que almoçaram, estavam em uma reunião entre acionistas e Isabella era a única mulher na mesa.
Apesar de saber que chamava atenção e de corar ao ver todos a olhando, a morena foi firme, teimosa e determinada, o que explicou o porquê de ser a única mulher naquele meio.
Do outro lado da mesa, Edward conversava com seu irmão e sócio dobre os argumentos que usariam para assinarem o contrato. Seus olhos correram pela mesa e sentiu o tédio do jantar ao ver 15 ou mais homens impecavelmente vestidos com suas camisas brancas e seus ternos pretos.
Até que seus olhos captaram uma cor intrusa, se comparada à vestimenta padrão dos acionistas: vermelho.
Ele estacou.
Uma mulher?
Sim.
E sua mente agradecia por ser preenchida pelo rosto de porcelana perigosamente corado.
Como todos os outros homens, ele gostou do que viu.
E sabia que não era o único a percebê-la conversando com o diretor da empresa que dividiria um contrato.
O jantar passou com uma Isabella atenciosa. Ela conversou com todos, mesmo que apenas um “muito prazer em conhecê-lo, senhor. Sou Isabella Swan.”
Para Edward, ela lançou um sorriso brilhante que iluminou o ambiente.
E, para os dois, parecia que todos ali haviam calado a boca.
O silêncio era total.
Não ouviam seus próprios pensamentos.
E, quando acabou o prato principal, Edward tomou coragem, mesmo ao ouvir as risadas do irmão, e foi até o acento dela.
– Com licença, – ele tocou em um de seus ombros expostos, – daria-me a honra de uma dança?
– Desculpe-me, – ela agora estava virada para ele, assim como todo o resto da mesa, – eu não sei dançar.
– Mas a senhorita não concorda que tudo depende de quem a conduz?
Ele sorriu torto.
– Não, pois sei que seu pé será esmagado sem piedade pelo meu salto. Então, prefiro deixar seu pé inteiro e minha boa fama intacta.
Ele riu e ela sorriu ao ouvi-lo.
– Confie em mim. Meu pé sobreviverá e não contarei a ninguém se pisar nele. – Ele manteve o sorriso. – Vamos. Uma música.
– Tudo bem, Sr Persistência, o senhor venceu. Mas apenas uma música.
Ele estendeu sua mão a ela, que aceitou sem hesitar.
Andaram até o centro e Edward a puxou para si.
Dançavam enquanto conversaram.
– Então, Isabella, como conseguiu chegar à posição que muitos desejam?
– Eu fiz o que os homens fariam: mostrei que era a melhor.
– Fácil assim? – Ele riu.
– Fácil assim. – Isabella assentiu, corando.
Por um tempo eles dançaram em um silêncio confortável.
– Vê, Isabella? Está dançando.
– Por favor, me chame de Bella.
– Tudo bem, Bella. Mas ainda está dançando.
Ficaram assim, não percebendo (ou ignorando) as trocas de música.
Quando fizeram menção de voltar a mesa, Edward tocou o pulso da jovem de vermelho.
E disse:
– Jantaria comigo no sábado à noite?
FLASH BACK OFF
– E você respondeu: “posso pensar no seu caso. Ligue-me amanhã.”
Bella ria completamente à vontade enquanto dançava com seu –ainda– namorado.
As luzes do salão dançavam junto a eles, iluminando todos os casais da pista.
– Mas, Ed, pensa que eu tinha que manter a fama de difícil e você, a de persistente. Na minha mente, eu já havia aceitado.
Ela sorriu alheia ao efeito que tinha sobre ele.
Voltaram para a mesa, comeram e conversaram amenidades.
Após um tempo, Edward foi ao banheiro e, enquanto isso, Bella olhava as fotos do dia tiradas pelos celulares. Até ouvir seu nome ser chamado e uma luz ser focada em sua mesa.
– Isabella Swan? Pedimos que compareça no centro da pista de dança. E que todos prestem atenção no que ocorrerá a seguir.
O que fariam com ela?
Seu coração batia descontrolado.
Foi levada até o local induzido e ficou lá sozinha.
O palco a sua frente estava vazio, a não ser pela presença de alguns instrumentos.
– Olá, meu amor. – A voz de Edward soava alta e clara por todo o restaurante. – Você deve estar se perguntando o que está fazendo aí enquanto estou aqui, escondido. – Ele riu. – É claro que você está se perguntando. Você é a pessoa mais curiosa que conheço. Além de ser viciada em doces. O que me faz lembrar que ainda não comemos a sobremesa. – Ele riu mais uma vez, ainda escondido. – Mas tenho que dizer algumas coisas. E, sabe? Estou morrendo de medo de aparecer aí e ter toda atenção em mim. Por isso, vou deixar você aguentar um pouco sozinha. – Uma pausa e uma risada nervosa. – Tenho algumas coisas a revelar e uma delas você já sabe. A primeira, que é a que você sabe, é que eu te amo muito e que os últimos quase seis anos tem sido os melhores da minha vida. – Suspiro. – A segunda é que eu quero que você venha morar comigo. Sabe, não para “passar noites”, morar mesmo. Acordar e dormir juntos sempre. E a terceira é um pedido.
O restaurante estava em silencio absoluto.
E Edward continuou:
– Um pedido que sei que faria desde o nosso aniversário dede um ano juntos. Mas parecia que não estávamos preparados para ele. Agora, sei que podemos lidar com esse meu desejo. – Isabella sorriu com a confissão do namorado. – Lembra quando fizemos três anos de namoro? Nós ríamos de nada, deitados nus na sua cama, enrolados em um cobertor. Dizíamos que nossa casa teria quatro quartos, uma biblioteca e uma cozinha enorme? E que o resto era o resto? E quando dissemos que teríamos, no mínimo, um casal de filhos? Tínhamos 23 e 24 anos e já sabíamos que teríamos um futuro juntos. – A voz de Edward era sonhadora. – Ah, meu amor. O pedido que quero fazer junta as duas primeiras revelações mais as características da casa e a história dobre filhos. Junta eu e você.
Suspiros foram soltos de todas as mulheres dali. Até de Isabella.
Edward apareceu na pista com seu microfone em mãos, sorriso brilhante no rosto e os olhos brilhando em expectativa.
Ele andou até Bella, pegou uma de suas mãos e ajoelhou-se em sua frente.
– Sou o homem mais feliz do mundo quando acordo ao seu lado; o homem mais sortudo quando entrelaçamos os dedos; o homem mais maluco quando me entrego a esse amor; e o homem mais realizado quando você me olha nos olhos e se rende a mim. Mas não quero ser “mais” em alguns dias. Quero ser “mais” sempre. Todos os dias, todas as horas, todos os momentos, sabendo que você é minha de todas as maneiras possíveis. E o pedido quebra a ultima barreira antes da nossa união completa. – O sorriso de Edward aumentou. – Isabella Swan? – Ele chamou, com os olhos brilhando de lágrimas. – Prometo te amar em todos os momentos do nosso “para sempre”. Daria a honra de se tornar a minha esposa?
A espera, para Edward, fora torturante.
As lágrimas corriam livres pelo rosto de Bella.
Ela ria e chorava enquanto sua mente processava o pedido.
E, ao processar, Bella deu um pulo e de jogou no pescoço do namorado, agora noivo, sentando em seu joelho dobrado e enchendo seu rosto de beijos.
– Sim, Yes, Si, Ken, Ya, e em todas as línguas, só para você entender que é o que eu mais quero na minha vida.
E eles se beijaram. Enquanto as palmas soavam altas pelo salão.
Agora, estavam deitados em uma colcha, bem acima do lençol de areia que se estendia irregular pela praia.
A água alcançava seus pés vez ou outra. Mas o que deixava tudo especial eram as estrelas e a lua brilhante no céu escuro sem nuvens, somadas às alianças em suas mãos direitas.
E eles só sabiam como era boa a sensação de estar daquele jeito. Um com o outro.
Seus dedos entrelaçados e os lábios grudados.
Ao se afastarem por falta de ar, os sorrisos se fizeram presentes e as juras de amor eterno também.
Mas, como não estar feliz sabendo que, em pouco tempo, estará junto a seu amor de todos os jeitos humanamente possíveis?
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Beijos,
L.