Acordei no dia seguinte com o barulho do carrinho da camareira. Como eu odeio esse barulinho irritante...

Hoje é o dia em que eu vou comprar meu material no Beco Diagonal. A coruja estava à espera na janela do quarto com a lista de material na bico. Tirei cuidadosamente de seu bico.  Na carta dizia o uniforme, os livros e equipamentos. Os alunos do primeiro ano não podem ter vassouras pessoais. Só pode ser brincadeira...

(...)

Peguei meus galeões e  coloquei em uma bolsa azul pequena. Fui andando até chegar perto do BD (eu chamei assim porque é mais legal), dava para notar facilmente onde era o local. Estava totalmente cheio! Adultos fazendo filas para comprar os livros, as crianças olhando as novas vassouras e escolhendo seus animais. A mais nova vassoura do momento era a "Nimbus 2000". Pelas barbas de Merlin, que vassoura daora! Mas não adiantava comprar agora pois não era permitido. Vamos dizer que tambem seja por eu ainda não saber voar.

Pra mim não foi tão dificil comprar os livros. Como só haviam adultos no Floreios e Borrões, cortei a fila bem rápido por causa da minha altura (é eu fiz isso sim). Fiquei um tempo esperimento as vestes. Para começar tinha um menino loiro muito intediante ajustando as roupas ao lado de outro menino de cabelos negros com olhos verdes. Onde ouvi falar de olhos verdes... da mãe se eu não me engano? O menino loiro estava falando sobre querer levar escondido uma vassoura para Hogwarts. Até que não era uma má ideia. Era uma péssima ideia. Por favor né? Onde ele iria conseguir esconder uma vassoura no meio das malas? Eu hein.

Ao sair da loja vi um bruxo gigantesco bem vistoso no meio das pessoas. Ele estava com o menino dos olhos verdes, nós cruzavamos olhares as vezes e ele corava. Segurei o riso e enquanto ele ia para Olivaras eu estava indo para o Empório das Corujas.

- Todas são perfeitas! - eu disse com os olhos brilhando.

- A senhorita tem a opção de escolher um gato ou um sapo tambem. - falou o bruxo que estava lendo o Profeta Diário de cabeça para baixo. A inteligência mandou lembranças.

- Ahn... não senhor, eu estou a procura de uma coruja mesmo! E acho que vou levar essa cinza com as bolinhas no peito!

- Ótima escolha, senhorita! Essa coruja é muito inteligente. Algumas delas as vezes nem precisam do endereço da carta para entrega-las. - ele levantou da cadeira e pegou a gaiola. - Esse aqui é macho. Tem que dar um nome à ele, não é mesmo?

- Ainda vou decidir. Obrigada! - sorri para ser educada e paguei 11 galeões na coruja.

Sai da loja e sentei em um baquinho ali perto. Parecia tudo em ordem. Caldeirão, livros, uniforme, telescópio, frascos, tarararararam... Vish! Faltou a varinha! Quem sabe eu encontro o menino dos olhos verdes lá ainda. Não, eu não gostei dele! Ta bom, só um pouquinho...

Cheguei perto da placa escrita  "Olivaras: Artesão de Varinhas de Qualidade desde 382 a.C". Peeeelaas Barbas de Merlim!! Quantos anos esse cara deve ter?! Eu hein... Bom, cheguei na porta e estava tudo em silêncio e meio empueirado.

- Oi...? - falei alto para quem seja lá for escutar. - Tem alguem que possa me aju... - fui interrompida.

- Olá senhorita! Como posso te ajudar? - falou o homem com os cabelos brancos sorridente.

- Bom, eu estou na loja de varinhas, - encrementei a palavra "varinha" - provalvelmente vou querer uma varinha, não é mesmo?

- Você é bem espertinha, senhorita Hillary!

- Como sabe o meu nome? - estufei o peito e olhei desconfiada.

- Esta escrito na etiqueta do seu livro... - ele me fez um olhar de deboxe.

Olhei na etiqueta do meu livro e realmente estava escrito. Esse homem por mais que eu odeie adimitir, parecia bom.

- Bem, não estamos aqui para discutir! Esperimente a sua varinha! - ele levantou os braços procurando por algo.

- Ah sim, eu não posso escolher, a varinha que escolhe... blá blá blá! Eu podia escolher uma varinha vermelha ou que tal azul ou talvez ver... - interrompida novamente.

- Esperimente essa senhora Hillary - ele me entregou uma varinha meio torta com só um quadradinho no meio onde segurava.

Eu não sabia o que fazer com a varinha, então eu balancei a varinha umas três vezes. Foram questão de segundos até eu voar para tras patendo as costas na parede.

- Provavelmente não. - ele disse com um olhar de desapontado. - Esperimente esta. - ele me entregou mais devagar com medo de eu o acabar machucando com aquela varinha.

Dessa vez balancei mais devagar e apontei para o chão. Vamos dizer que o senhor Olivaras ganhou um buraco no meio do chão...

Foram umas 8 varinhas e nada.

- Ahá... talvez essa seja a perfeita! -  Ele tirou uma caixa bege do topo das pilhas de varinhas e  abriu. Era uma varinha marrom avermelhada, com uma flor esculpida na ponta de baixo. Os caules e as folhas subiam até o lugar onde se segurava a varinha.

Peguei a varinha na mão e nem deu tempo de eu balançar. Saía uma luz para cima da ponta da varinha, eu a balançava de vagar e a luz acompanhava de acordo como eu a mexia. Acho que encontrei a minha varinha...

- Ora ora. Escamas de dragão, fibra de Camumila, pouco flexível, 38 centímetros. - ele falou analisando a varinha.

- Ah legal, deu certo... mas o que tem de mais? - levantei minha sombrancelha.

- Intereçante essa varinha te escolher. Forte como um dragão, mas bela como uma pequena flor. - ele me olhou adimirado.

- Certo... Bom eu vou indo! - falei com um sorriso falso - Esta aqui os galeões! Valeu, tchau!

Ele deu uma leve gargalhada e balançou a cabeça.

(...)

Voltei para O Caldeirão Furado levar as coisas para o meu quarto. Depois fui para as mesas jogar xadrez de bruxo com os homens que sempre estava por lá da hospedaria. Bárbaro, mas divertido. Não era tão dificil quanto parecia. Estavamos quase fazendo apostas! Eu to com tanto sono... mas eu tenho que continuar a partida para provar que eu sou boa... o sufi-suficiente... para...

- Dormiu? - Falou o homem que estava na fila pra jogar.

- Parece que sim. Ela ficou o dia inteiro no Beco Diagonal. Amanhã será o primeiro dia dela em Hogwarts! - o outro homem falou animado, parecia que era praticamente meu parente.

A camareira chegou e me levou para o quarto. Pode crer que eu dormi profundamente até o dia seguinte...