Terminei de ler Hogwarts, Uma História. Eu ja estava imaginando o castelo enorme com as salas comunais, o salão principal, as salas de aula... nem se compara com Beauxbatons!

Estava na hora do almoço, o nosso elfo veio com uma bandejinha na mão com os pratos. Em cada prato havia arroz, salada e um pedaço de bife. Depois ela trouxe os copos com suco de abóbora.

- Obrigada Dolly, pode descansar agora. - minha mãe disse educadamente para o elfo, mas sempre com um ar de superioridade.

- Valeu Dolly! Ei, me tras aquela bebida de trouxas que eu comprei aquele dia?

Dolly olhou primeiro para o meu pai, ele fechou o bico para ela e fez um não com a cabeça.

- Sinto muito, senhorita. Mas seu pai acha que coisas de trouxas não fazem bem para você. - ela olhou pra baixo envergonhada, pois ela comprou aquela bebida junto comigo aquele dia.

Depois eu abaixei perto do ouvido dela e sussurei: - Depois a gente esperimenta juntas. - Dei uma piscadinha e sorri. Dolly era minha amiga. Eu não a tratava como uma serva.

Me ajueitei na mesa e começei a comer. Estavamos todos em silêncio. Até que a minha mãe olhou para o meu pai e ele começou a falar.

- Filha, você vai receber a sua carta de Beauxbatons logo. Você ja tem 11 anos. Já deve estar para chegar e... - eu o interrompi.

- Não pai, eu quero ir para Hogwarts! - Eu falei um pouco alto para que ele me ouvisse. Ele engasgou com a comida.

- Eu sabia que havia alguma coisa errada quando você pediu aquele livro para sua mãe! Você não vai para Hogwarts! Beauxbatons tem uma melhor qualidade de estudos.

- Como você sabe? Como você sabe se Hogwarts não vai ser melhor? Mãe! Fala pra ele! - Falei apontando a minha mão para o meu pai.

- Gwen, Hogwarts é uma ótima escola, mas você nem receberá a carta pois você não mora na Inglaterra. Não temos como ir para lá. Nós temos a nossa casa e nosso trabalho aqui.

- Ótimo. Então podem me dar dinheiro e eu moro lá. Aí eu recebo a minha carta e já é!!

- Você pode parar com esse vocabulário?! Você parece um moleque sangue ruim de...

- Não! Eu não vou parar! Hogwarts vai ser meu lar! Bem melhor do aqui do seu lado! Você só sabe me criticar, e esse seu preconceito é rídiculo! Eu vou para a Inglaterra nem que seja a pé! - Eu estava quase chorando. Eu não sou de chorar, mas meu pai já estava me irritando ao extremo.

Todos ficaram em silêncio. Minha mãe talvez aceitace a ideia de eu ir pra lá. Ela nunca me contou nada sobre Hogwarts. Ela só me deu aquele livro.

- Você pode ir pra Inglaterra...

- Você ficou louca? - Meu pai gritou. - Ela escola é totalmente desapropriada. Eu não vou sujar meu nome dizendo que a minha filha foi para Hogwarts! Já não basta você?

Agora a coisa ficou feia. A minha mãe não me disse mais nada. Ela levantou da cadeira e eu fui atras. Pegou uma chave, e o potinho de pó de flu.

- Pode fazer suas malas. Aqui esta a chave do nosso cofre em Gringotes. Ah, e a propósito, espero que você caia na Grifinória. - ela piscou para mim e foi para o meu quarto me ajudar com as malas.

- Mãe, qual é o problema do Louis com Hogwarts?

- Porque esta chamando o seu pai pelo nome? - Ela me olhou estranho.

- Ele não é meu pai... mas então, qual é a dele?

- Bom, ele acha que em Hogwarts eles misturam muito sangues ruins e bruxos de menor qualidade de vida. E ele tem medo de que quando você crescer vai se casar com um deles e "sujar" - ela mexeu os dedos em forma de aspas - o nome da familia. Eu o conheci fora da escola.

- Exatamente por esses motivos que ele não é meu pai. - Eu estava emburrada e com ódio dele. É incrivel como ele não se importa comigo.

Terminamos de fazer as minhas malas e fomos para a lareira. Louis estava sentado na sala dele trabalhando em alguma coisa. Ele não sabia que eu estava indo pra lá. Nem quero ver a discução sobre a tal "vergonha da familia". Eu hein. Abarecei a minha mãe e me despedi dela. Entrei na lareira devagar para não bater a cabeça (isso sempre acontece comigo), e falei bem alto "Caldeirão Furado".

Senti um friozinho na barriga e uma leve dor de cabeça. Quando cheguei lá parecia um lugarzinho sujinho e pobre. Mas eu não estava ligando. Eu estava ansiosa para receber a minha carta logo.

Parei no balcãozinho onde tinha um bruxo bem mal vestido e meio careca. Perguntei se tinha alguma quarto livre para a semana. Eu paguei alguns galeões e ele chamou uma bruxa para me acompanhar até o quarto. Era bem engraçado, na verdade. Dava para ouvir uns rugidos e bruxos fazendo fitiços. Ela me mostrou o meu quarto de numero 14 e me deu a chave. Era bem sujinho e pequeno. Mas dava para o gasto. Coloquei as minhas malas em cima da cama e abri as janelas um pouco para sair o calor. Eu estava cheia de fome. Eu trouxe aquela bebida que comprei com a Dolly. Nem deu tempo de esperimentarmos juntas. Na embalagem estava escrito "Coca-Cola". Eu abri devagar a tampinha e fez um barulho estranho. Depois subiu umas bolinhas para cima. Quando eu tomei eu senti essas bolinhas estourarem na minha boca. Era doce, no começo eu não gostei. Mas depois foi ficando ótimo!

Fiquei dois dias na hospedaria e nada de carta. faltava uma 5 dias para o dia 11. Nesses dois dias um homem me ensinou a jogar xadrez de bruxo. Teve uma mulher que me contou mais sobre a história do menino Potter. Era incrivel como todos idolatravam aquele menino. Ele era só um bebê quando Volde... Ops! Quer dizer, Você-sabe-quem. Eu só ouvi falar que esse bruxo matou muitas pessoas, e de que o menino Potter sobreviveu ao feitiço de morte. A mulher que me contou mais sobre ele me disse que ele tinha a minha idade.

- Ele mora com trouxas hoje em dia. Seu tio, tia e primo. Eles são seus unicos familiares vivos. Os pais dele fora mortos por Você-sabe-quem na noite de 31 de outubro. - Ela foi me contando com intusiasmo. Acho que ela queria me botar medo de Lorde açacino aí.

Eu fiquei  a encarando por um tempo para zoar com ela. Depois eu levantei rápido da mesa e disse:

- É! Muito interessante esse garoto que viveu aí...

Ela me interrompeu

- É menino que sobreviveu. - Ela escondeu o riso.

- Pode ser isso tambem. Mas eu estou com - eu bocejei devagar - muitoooo sono. Até amanhã senhora...

-  Murphy. - ela colocou as mãos juntas e sorriu.

- Aham! Boa noite senhora Murphy! Boa noite senhores!

As outras pessoas em volta me deram boa noite e uns acenos. Fui para o meu quarto arrumar a cama para eu dormir. Deitei e me cobri. Comecei a sentir um vento frio nas minhas costas.

- Argh a janela... - coloquei a mão no rosto e praticamente me arrastei até a janela. Até que aparece uma coruja com um carta no bico. Era a carta de Hogwarts!! Eu pulei na cama e abri a carta desesperadamente. Atras da carta dizia:

Sra. G. Hillary

Caldeirão Furado

Quarto nº 14

Beco Diagonal

Londres

Eu estava pirando!! Dumbledore sabe que eu estou aqui! Eu tentei abrir a carta sem muita força, mas não adiantava porque eu não estava conseguindo controlar a minha força nesse momento

Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts

Diretor: Albus Dumbledore

( Ordem de Merlin, Primeira Classe, Grande Feiticeiro, Bruxo Chefe, Cacique Supremo, Confederação Internacional de Bruxos)

Prezada Sra. Hillary,

Temos o prazer de informar que V.Sa. tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos  anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários.

O ano letivo começa dia 1º de setembro. Aguardamos a sua coruja até dia 7 de setembro, no mais tardar.

Anteciosamente,

Minerva McGonagall

Diretora Substituda

- 7 de setembro... mas é amanhã!! - Eu bati a minha cabeça na parte de cima da cama. - Ai! Tenho que escrever agora!

Enquanto eu escreia a carta a coruja bicava a garrafa que continha a tal da "Coca-Cola". Só deus sabe por que ela estava fazendo isso. Eu enrolei o pergaminho e dei para a coruja. Ela saiu voando. Eu estava quase saindo voando de tanta felicidade. Mal posso esperar para...

- Ei!! Dá para parar com a barulheira aí do lado! - eu ouvi  uma voz grossa gritar do outro quarto. 

Deitei na minha cama e fiquei acordado por muito tempo. Ansiosa para ir no Beco Diagonal comprar meu material. Logo eu estaria em Hogwarts. Quem sabe eu acabo conhecendo aquele menino Potter...