Harry Potter And Gweniver Hillary escrita por Dreamer


Capítulo 15
Capítulo 15 - O dragão de Hagrid




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Snape parecia com a mesma cara carrancuda de sempre e Quirrell, bom, andava mais pálido e magro do que nunca. Quer dizer que a pedra ainda está a salvo.

Depois que eu e Harry vimos a acontecimento na Floresta Proibida, tentamos ameninar as zoações que faziam com sua gagueira. De vez em quando passávamos na porta em que Fofo estava para ver se ele ainda estava rosnando.

Hermione tem pensado menos na Pedra Filosofal esses dias. Ela estava decorando suas revisões. Eu até tentava me esforçar, mas saber que Snape está por aí tentando pegar uma pedra para viver para sempre, não era coisa boa. Hermione nos ajudava a estudar, mas os meninos não pareciam muito interessados.

– Hermione, os exames estão a séculos de distância.

– Dez semanas! - retorquiu Hermione - Não são séculos , é com um segundo para Nicolau Flamel.

Minha cara foi melhor.

– Mas nós não temos seiscentos anos - lembrou-lhe Rony - Em todo o caso, o que é que você está revisando se já sabe tudo?

– Que é que estou revisando? Vocês ficaram malucos? Vocês já perceberam que precisamos passar nesses exames para chegar ao segundo ano? Eles são muito importantes, eu deveria ter começado a estudar há um mês, não sei o que deu em mim...

Por mais que Hermione fosse exagerada, ela tinha razão, tínhamos mesmo que estudar. Eu não me suportaria se repetisse o primeiro ano aqui em Hogwarts. Os professores passaram muitos deveres de casa nas férias da Páscoa, o que não foi tão divertida quanto as de Natal. Pedra Filosofal, estudar, bater em Draco... tudo em minha cabeça estava confuso. Se não fosse por Hermione nos carregando para biblioteca, duvido que faríamos alguma coisa.

– Eu nunca vou me lembrar disso - desabafou Rony uma tarde, largando a pena de escrever na mesa e olhando pela janela da biblioteca. Era na realidade o primeiro dia bonito que tinham em meses.

Enquanto tentava me concentrar em Cem ervas e fungos mágicos (a matéria que eu mais tenho dificuldades), Rony exclamou, o que tirou totalmente a minha atenção:

– Rúbeo! Que é que você está fazendo na biblioteca?

Hagrid veio arrastando os pés, escondendo alguma coisa às costas. Parecia muito deslocado com o seu casaco de pelo de toupeira.

– Só olhando - disse numa voz insegura que imediatamente desconfiamos - E o que é que vocês estão armando? - Ele pareceu desconfiado - Não continuam procurando Nicolau Flamel, continuam?

Ah, descobrimos quem ele é há séculos– eu disse tentando impressiona-lo.

– E sabemos da Pedra Filoso...

– Shhhhh! - Hagrid olhou à sua volta depressa para ver se alguém estava escutando - Não saiam gritando isso por aí, que foi que deu em vocês?

– Aliás, tem umas coisinhas que queríamos perguntar a você - disse Harry - sobre as outras coisas que estão protegendo a Pedra além do Fofo...

– Shhhhhh! - fez Hagrid de novo - Escutem, venham me ver mais tarde, não estou prometendo que vou lhes dizer nada, vejam bem, mas não saiam dando com a língua nos dentes por aí, estudantes não devem saber disso. Vão achar que fui eu que contei a vocês...

– Vemos você mais tarde, então - concordou Harry, sussurrando.

Hagrid saiu arrastando os pés.

– Só eu que notei o comportamento estranho de Hagrid? - perguntei o analisando de longe

– Acham que tem alguma coisa com a pedra? - perguntou Hermione pensativa.

– Vou ver em que seção ele estava - disse Rony, que já estava farto de estudar. Voltou um minuto depois com uma braçada de livros e largou-os em cima da mesa. - Dragões– cochichou - Rúbeo estava procurando coisas sobre dragões! Olhe só este: Espécies de dragões da Grã-Bretanha e da Irlanda; Do ovo ao inferno, guia do guardador de dragões.

– Hagrid sempre quis um dragão, ele me disse isso na primeira vez em que nos vimos - comentou Harry.

– Mas é contra nossas leis! - argumentou Rony - Criar dragões foi proibido pela Convenção dos Bruxos em 1709, todo o mundo sabe disso. É difícil evitar que trouxas reparem em nós se criarmos dragões no quintal. Em todo o caso, não se pode domesticar dragões, é perigoso. Vocês deviam ver as queimaduras que Carlinhos recebeu de dragões selvagens na Romênia.

– Mas tem dragões na Grã-Bretanha? - perguntou Harry.

– Claro que tem - respondeu Rony - Os dragões verdes galeses e os negros das ilhas Híbridas. O ministério da Magia tem um bocado de trabalho para mantê-los em segredo, posso garantir. O nosso povo vive enfeitiçando trouxas que os viram, para fazê-los esquecer.

– Então o que será que Rúbeo anda armando? - perguntou Hermione.

– Não sei, mas ver Hagrid em Azkaban não seria a melhor coisa...


Batemos à porta da cabana de Hagrid, e curiosamente as coirinas estavam todas fechadas. Hagrid perguntou "Quem é?" antes de nos deixar entrar e em seguida fechou a porta depressa assim que entramos.


Estava um calor sufocante lá dentro. Embora fosse um dia bem quente havia um fogaréu na lareira. Hagrid nos preparou chá (essa paixão por chá que os britânicos têm) e ofereceu também sanduíches de carne arminho, que nós recusamos...

– Então, vocês queriam me perguntar uma coisa?

– Queríamos - disse Harry - Estivemos pensando se você poderia nos dizer o que mais está protegendo a Pedra Filosofal além do Fofo.

Hagrid engasgou com o chá e amarrou a cara.

– Claro que não posso dizer. Primeiro que eu não sei, Segundo, vocês já sabem demais, de modo que eu não diria a vocês se soubesse. Aquela Pedra está aqui por uma boa razão. Quase foi roubada de Gringotes. Suponho que vocês já chegaram a essa conclusão. Fico até espantado que saibam da existência de Fofo.

– Ah, vamos, Rúbeo, talvez você não queira nos dizer, mas você sabe tudo o que acontece por aqui - disse Hermione em uma voz doce. A barba de Hagrid mexeu, era com certeza um sorriso - Só estávamos querendo saber quem fez o feitiço de proteção - continuou Hermione - Estávamos querendo saber em quem Dumbledore teria confiado o suficiente para ajudá-lo além de você.

O peito de Rúbeo se estufou ao ouvir essas palavras. Harry e Rony abriram sorrisos para Hermione e eu dei um tapinha em seu ombro.

– Bom, acho que não poderia fazer mal contar isso... vamos ver... ele pediu Fofo emprestado a mim...depois alguns professores fizeram feitiços... a Profa. Sprout... o Prof. Flitwick... a Profa. Minerva... - ele foi contando nos dedos - o Prof. Quirrell... e o próprio Dumbledore também fez algumas coisas, é claro. Um momento, esqueci de alguém. Ah sim, o Prof. Snape.

Snape?

– É, vocês continuam insistindo naquela ideia, não é? Olhem, Snape ajudou a proteger a Pedra, não está prestes a roubá-la.

Mas é claro que se Snape foi chamado para proteger a Pedra, estaria mais do que fácil roubá-la. Ele provavelmente sabia como passar pelos feitiços dos outros professores, menos de Quirrell.

– Hagrid, por acaso alguém sabe como se passa pelo fofo? - perguntei limpando a gota de suor que escorria pela minha testa.

– Ninguém sabe a não ser eu e Dumbledore. - disse Hagrid, orgulhoso. Mas depois transformado em arrependimento - Não devia ter dito isso... não devia ter dito isso...

– Bom, isso já é alguma coisa - murmurou Harry para nós três. - Rúbeo, podemos abrir alguma janela? Estou assando.

– Não posso, desculpe, Harry - disse Hagrid olhando para o fogo. Passei a observar também.

– Rúbeo, o que é isso? - perguntei, mas já sabia o que era, obviamente. Era um enorme ovo negro.

– Ah - respondeu Hagrid, mexendo, nervoso na barba - É...ah...

– Onde foi que conseguiu isso, Hagrid? - perguntou Rony, abaixando-se para o fogo para olhar o ovo mais de perto - Isso deve ter-lhe custado uma fortuna.

– Ganhei. Noite passada. Eu estava na vila tomando uns tragos e entrei num joguinho de cartas com um estranho. Acho que ele ficou bem contente de se livrar do ovo, para ser sincero.

– Mas o que é que vai fazer com ele, quando chocar? - perguntou Hermione.

– Bom, andei lendo um pouco - disse Hagrid, tirando o livro debaixo do travesseiro - Apanhei este na biblioteca: A criação dos dragões como prazer a fonte de renda. É meio desatualizado, é claro, mas está tudo aqui.

Ele parecia estar satisfeito consigo mesmo, Hermione estava tão chocada que não conseguia formar palavras.

– Rúbeo, você mora numa cabana de madeira... - lembrei-lhe olhando para o ovo depois para ele.


Agora tínhamos mais uma coisa para nos preocupar: o que poderia acontecer a Hagrid se alguém descobrisse que estava escondendo um dragão ilegal em sua cabana.


– Como será ter uma vida tranquila - suspirou Rony enquanto fazíamos o dever de casa. Hermione começou a programar revisões para nós também. Ela queria nos matar, só podia...

Certo dia no café da manhã, Harry recebeu um bilhete de Hagrid que Edwiges trouxe: Está furando. Que legal, Hagrid. Você vai ser mamãe.

Hermione não nos deixou faltar na aula de Herbologia para irmos à cabana de Hagrid.

– Hermione, quantas vezes na vida vamos ver um dragão saindo do ovo?

– Temos aulas, vamos nos meter em confusão, e isso não vai ser nada comparado à situação de Hagrid quando descobrirem o que ele anda fazendo.

– Cala a boca! - cochichou Harry.

Malfoy estava apenas alguns passos e parou instantaneamente para ouvir. Quanto teria ouvido? Pela expressão de Draco, não parecia boa coisa.

Rony e Hermione discutiram o dia todo. No final da tarde apostamos uma corrida até a cabana de Hagrid, o qual nos cumprimentou vermelho de ansiedade.

– Está quase furando. - disse ele nos conduzindo para dentro.

O ovo estava em cima da mesa. Tinha fundas rachaduras. Algumas coisa se mexia dentro dele; fazia um barulhinho engraçado.

Puxamos cadeiras para junto a mesa e observamos com a respiração presa.

De repente ouvimos um som arranhando e o ovo se abriu. O dragão-bebê caiu molemente em cima da mesa. Não era exatmente bonito, parecia um guarda chuva preto amassado... dei uma leva gargalhada. As asas espinhosas eram enorme em contraste com o corpo preto e magro, tinha um focinho longo com narinas largas, tocos de chifres e olhos esbugalhados cor de laranja.

Espirrou. Voaram fagulhas do seu focinho.

– Ele não é lindo? - murmurou Hagrid esticando a mão para afagar a cabeça do dragão. O bichinho tentou morder seus dedos, deixando á mostra as presas pontiagudas - Deus o abençoe, olhem, ele conhece a mamãe! - exclamou - Olá Norberto.

– Norberto? - estranhou Rony.

– Oras, ele tem que ter um nome! Não é mesmo, Norberto? - disse ele acareciando a cabecinha de Norberto.

Ahn... é, ele é bonitinho...– disse disfarçando a minha cara estranha de espanto.

– Rúbeo - perguntou Hermione - , exatamente com que rapidez um dragão norueguês cresce?

Hagrid ia responder quando focou seu olhar na janela.

Era Draco.

– Malfoy! - exclamei correndo abrindo a porta para tentar alcança-lo. Os outros vieram atrás.

– Ah, não! - ouvi Hagrid murmurar.

– Draco viu o dragão? - perguntou Harry pegando folego enquanto corria.

– Acho que não, estávamos na frente dele. O problema vai ser se...

Parei de falar imediatamente quando vi a cara emburrada de Minerva parada nos olhando.

– Boa noite professora... - tentei dizer algo que pudesse amenizar o nosso futuro castigo.

Draco estava do seu lado.

– Você... - sussurrei olhando para ele com cara de ódio.

– Para a minha sala agora, os quatro. - disse Minerva nos conduzindo à sua sala. Draco foi atrás.

– Posso saber o que os quatro estavam fazendo a essa hora fora de suas camas? - perguntou ela cinicamente. Nem tínhamos percebido a hora passar.

– N-nós só estávamos... - tentou Rony.

– Não quero desculpas. Estou desapontada com os quatro. Principalmente você, Srta Granger, achei que tinha mais juízo. Quanto a você, Potter, achei que a Grifinória significava mais para você do que parece. E você, Srta Hillary, deveria ao menos honrar seu antepassado.

Malfoy escondia seu riso o máximo possível. Minha vontade era de socá-lo ali mesmo.

– Cento e cinquenta pontos serão descontados da Grifinória.

Cento e cinquenta?!– ofegou Harry. Perdermos a dianteira que ele conquistou na última partida de quadribol.

– Ah, não. Nem vem! - disse em um tom um pouco mau educado - Demoramos um tempão para conseguir ficar na frente e nós não saímos do castelo por mal! Só fomos... - parei de falar imediatamente. Não posso contar o que estávamos fazendo.

– Olhe como fala comigo, Gweniver. Os cinco receberão uma detenção.

Draco arregalou os olhos.

– Me desculpe, professora. Mas eu entendi direito? Os cinco?

– Sim, Sr. Malfoy. Apesar de seus atos heroicos, também estava fora da cama. - respondeu se direcionando a Draco - Cinquenta pontos também serão descontados da Sonsrina.

Aliviada. Toma essa, Draco.

– Professora, você não pode...

– Já chega, Malfoy. Amanhã passarei uma tarefa para cinco. Sem reclamações. Agora voltem para a cama, todos vocês. Nunca senti tanta vergonha de alunos da Grifinória antes.

Não dava para acreditar que perdemos todos esses pontos, tudo por causa do xereta do Malfoy.

– Aquele verme - disse Rony quando entrávamos na Sala Comunal da Grifinória - Por sorte ele não viu Norberto.

– Temos que nos livrar dele antes que Hagrid se meta em encrenca - disse Hermione

– E nós também - continuou Harry.

– Carlinhos pode leva-lo a Romênia. - sujeriu Rony - caso alguém pergunte, dizemos que Hagrid o achou na Floresta Proibida.

– Boa. Mas Hagrid não vai gostar dessa ideia... parece até que é filho dele.

– Mas é o que ele realmente vê. - concluiu Hermione











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