Harry Potter And Gweniver Hillary escrita por Dreamer


Capítulo 13
Capítulo 13 - O estranho espelho


Notas iniciais do capítulo

EU VOLTEEEEEI!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/328071/chapter/13

O Natal já estava próximo. Certa manhã quando acordamos, vimos Hogwarts inteiramente coberta por neve. O lago estava totalmente congelado e fazia mais frio que o normal. Os gêmeos Weasley receberam um castigo por terem enfeitiçado várias bolas de neve fazendo-as seguir Quirrell aonde ele ia e quicarem na parte de trás de seu turbante. As corujas tiveram dificuldades de se orientar no céu tempestuoso para entregar as correspondências. Elas eram tratadas por Hegrid para recuperar a saúde.

Todos mal aguentavam as férias de Natal. Embora a sala comunal da Grifinória e o Salão Principal tivessem grandes fogos nas lareiras. Eu estava sentindo muita falta de minha mãe. Esperava ansiosamente uma carta, quando Soren finalmente chegou desengonçado até mim. Abri correndo para ver quais seriam nossos planos de férias, quando acabei não me agradando muito com a notícia:


Querida Gweniver,


Eu e seu pai estamos enfrentando alguns problemas, os quais serão muito importantes para a sua vida. Nós só estamos tentado te proteger, filha. Nossas férias juntas terão que ser marcadas para a próxima. Acredite, é tudo para seu próprio bem.

Com amor, sua Mãe.


Quando terminei de ler aquilo, fiquei paralisada. Ela não me amava. Ela estava tentando me evitar, como sempre foi. Eu me enganei com tudo. Eu desisto de tentar qualquer coisa com ela, como foi com o meu pai. Isso é mais uma de suas desculpas para me afastar.


– Gwen, você está bem? - Hermione perguntou baixinho colocando a mão em meu ombro. Não a respondi, se eu falasse eu choraria.

Eu não tenho pai nem mãe.

Harry tentou falar alguma coisa por um tempo. Acho que ele conseguiu ver através do papel algumas coisas escritas.

– Venha, nós vamos nos atrasar pra aula de poções... - disse Harry entendo o porquê de meu desânimo.

As masmorras nunca estiveram tão frias. O ar gelado que percorria pelos corredores dava arrepio nas espinhas. Já não bastava esse frio, Malfoy estava mais insuportável do que o normal. Desde que a Sonserina perdeu o jogo de quadribol , ele se tornou mais desagradável. Quando a inveja e a raiva se junta ao mesmo tempo em Draco, realmente não dá certo.

– Tenho tanta pena dessas pessoas que têm que passar o Natal em Hogwarts porque a família não as quer em casa. -disse Malfoy enquanto fazia uma mistura estranha em seu caldeirão que com certeza estava dando errado.

Obviamente ele disse isso para afetar Harry, não a mim. Ele não fazia a mínima ideia de que aquilo tinha me atingindo também. Harry simplesmente me mandou ignorar e me acalmar. Senão, com certeza haveria pancadaria...

Pelo menos não era a única que ficaria em Hogwarts, Harry com certeza não voltaria para a rua dos Alfeneiros com seus tios, Rony e seus irmãos também ficariam, porque o Sr. e a Sra. Weasley iam a Romênia visitar Carlinhos. Foi passado a lista de quem ficaria em Hogwarts para o Natal. Pensando bem, até que seria divertido ficar. Harry parecia animado, porque do jeito que ele fala daqueles tios, ele com certeza estaria muito feliz de ficar em Hogwarts.

Quando deixamos as Masmorras no final da aula (graças aos céus), encontramos um grande pinheiro bloqueando o corredor da frente. Era Hagrid levando uma árvore para a decoração de Natal.

– Oi, Rúbeo, quer ajuda? - perguntou Rony metendo a cabeça entre os ramos.

– Não, estou bem, obrigado, Rony.

– Você se importa se sair do caminho?! - disse Draco com uma voz seca e grossa, a qual já estava me irritando - Está querendo ganhar uns trocadinhos, Weasley? Vai ver quer virar guarda-caça quando terminar Hogwarts. A cabana de Rúbeo deve parecer um palácio comparada ao que sua família está acostumada.

Eu e Rony avançamos em Draco:

– Vai, Gweniver. Eu seguro e você bate! - disse Rony pegando os braços de Malfoy. Estava me preparando para dar uma bela de uma surra nele quando o prof. Snape chegou.

Weasley e Hillary!

Rony largou a frente das vestes de Draco, mas eu continuei em posição de ataque (parece até um jogo, não é?)

– Ele foi provocado, Prof. Snape - explicou Hagrid, aparecendo entre os galhos da árvore - Draco ofendeu a família dele, e Gweniver como uma amiga leal, quis o defender.

– Seja por que for, brigar é contra o regulamento de Hogwarts, Hagrid - disse Snape em um tom autoritário - Cinco pontos a menos de cada um para a Grifinória. Agora, vamos andando, todos vocês!

Draco, Crabbe e Goyle passaram brutalmente pela árvore, espalhando galhos para todos os lados, com sorrisos maldosos no rosto.

Olhei para trás e achei um Draco rindo da situação com os outros dois, minha única reação de ameaça com certeza o deixou amedrontado.

– Eu pego ele. - prometeu Rony, ralhando os dentes - um dia desses, eu pego ele e Gweniver bate.

– Odeio os dois - disse Harry - Draco e Snape.

– Obviamente também odeio Snape. É incrivel como ele faz de tudo para tirar pontos nossos. Eu ainda esfrego na cara dele uma bela de uma nota boa em poções.

– Vamos, ânimo, o Natal está aí! - disse Hagrid.

– O Natal está aí, e Draco não vai estar! - disse levantando os braços em comemoração. Todos riram.

– Vou lhes dizer o que vamos fazer, venham comigo ver o Salão Principal, está lindo.

Acompanhamos Hagrid até o Salão Principal, onde a Profa. Minerva e o Prof. Flitwick estavam trabalhando na decoração.

– Ah, Hagrid, a última árvore... ponha naquele canto ali, por favor.

O salão estava encantador. Festões de avezinho e visco pendurados a toda a volta das paredes e nada menos que doze anormes árvores de Natal estavam dispostas pelo salão, umas cintilando com cristais de neve, outras iluminadas por centenas de velas.

– Quantos dias faltam até as férias? - perguntou Hagrid.

– Um - respondeu Hermione - Ah, isso me lembra: Harry, Rony Gweniver, falta meia hora para o almoço, devíamos estar na biblioteca.

– Ih, é mesmo - disse Rony, voltando a atenção dos enfeites maravilhosos.

– Biblioteca? - disse Hagrid espantado - Na véspera das férias? Não estão estudando demais?

– Ah, não estamos estudando - respondeu Harry, animado - Desde que você mencionou o tal Nicolau Flamel estamos tentando descobrir quem ele é.

– Eu dei a sugestão de que era o Papai Noel, mas a minha teoria estava errada... - eu disse animada, mas no final percebendo o que havia pensado.

– Vocês o quê?! - Hagrid parecia chocado - Ouçam aqui: já disse a vocês, parem com isso. Não é da conta de vocês o que o cachorro está guardando.

– Só queremos saber quem é Nicolau Flamel, só isso. - falou Hermione tentando parecer inocente.

– A não ser que você queira nos dizer e poupar o trabalho - acrescentou Harry, tentando também parecer inocente– Já devemos ter consultado pelo menos uns cem livros e não encontramos nada. Que tal nos dar uma pista? Sei que já li o nome dele em algum lugar.

– Não digo uma palavra - disse Hagrid, decidido.

– Então, vamos ter que descobrir sozinhos - Rony deu de ombros.

Saímos depressa para a biblioteca, deixando Hagrid desapontado.

Andamos realmente procurando esse nome desde que Hagrid deixou escapa-lo, porque de outra maneira iríamos descobrir o que Snape estava tentando roubar? O problema é que era muito difícil saber por onde começar, sem saber o que Flamel poderia ter feito para a parecer em um livro. Haviam dezenas de milhares de livros; milhares de prateleiras; centenas de corredores estreitos.

Hermione anotou alguns assuntos os quais os títulos pareciam coerentes com o que procurávamos, enquanto Rony pegava livros aleatórios. Eu procurava alguns livros que Alvo Dumbledore estava envolvido. Harry decidiu tentar entrar na Seção Reservada. Mas infelizmente o estudante precisava de um bilhete assinado por um professor para consultar qualquer livro reservado e ele sabia que jamais lhe daria o bilhete.

Eram livros que continham poderosa magia negra jamais ensinada em Hogwarts e somente lida por alunos mais velhos que estudavam no curso avançado de Defesa Contra a Arte das Trevas.

Harry voltou desapontado da porta da Seção Reservada, parecendo não obter resultados. Pensamos em perguntar a Madame Pince (a bibliotecária), mas não podíamos arriscar que Snape ouvisse o que andávamos tramando.

Depois de muito desapontamento, fomos almoçar junto com Hermione, o qual seria o último dia dela conosco antes das férias.

– Vocês vão continuar procurando sem mim, não vão? - recomendou Hermione - E me mandem uma coruja se encontrarem alguma coisa.

– E você poderia perguntar aos seus pais se sabem quem é Flamel - disse Rony - Não havia perigo em perguntar a eles.

– Nenhum perigo, os dois são dentistas.



As férias finalmente começaram. Era difícil dormir sozinha no dormitório. Harry e Rony tinham um ao outro, e pareciam se divertir, fazendo bagunça. Engraçado eram seus planos contra Draco para ele ser expulso. Apesar de Draco ser essa pessoa arrogante, chato, carrancudo, grosso, mesquinho que ele é, lá no fundo é um bom menino. Bom, pelo menos comigo sim. Mas nesses últimos dias tinha me irritado ao extremo com ele, por isso o evitei das nossas conversas, o que o deixou meio deprimido. Estou quase a ponto de não querer mais olhar para ele, afim de bater nele.



Rony e eu ensinamos Harry a jogar xadrez de bruxo. Eu sabia alguma técnicas que o velho homem da hospedaria havia me ensinado. O xadrez de Rony era incrivelmente... velho. Passou de gerações até ele. Mas Rony conhecia aquele xadrez como um velho amigo. Harry jogava com as peças que Simas emprestara, mas as peças não confiavam muito nele. Não paravam de dar broncas e conselhos, o que confundia Harry mais ainda.

Na noite de Natal, todos dormimos ansiosos para presentes e comida do dia seguinte. Harry parecia surpreso por ter ganhado presentes quando descemos, ao ver um Rony feliz abrindo presentes.

– Feliz Natal, Harry! Feliz Natal, Gwen! - disse Rony olhando para nós, acompanhando o olhar de acordo quando descíamos.

– Para você também- falou Harry - Olhe só isso! Ganhei presentes?

– E o que é que esperava, nabos? - respondeu Rony, virando-se para a sua pilha que era bem maior que a minha e a de Harry.

Peguei o primeiro pacote que vi. Era um papel grosso, com uma letra estranha, estava escrito Para Gwen, de Hagrid. Dentro havia um lindo leão esculpido me madeira. Apreciei o trabalho que Hagrid teve. O outro pacote era de minha mãe, dentro havia materiais novos de desenho. Minha mãe sabia que eu gosto de desenhar. Apesar da raiva, gostei do presente e da atenção.

– Que simpático! - exclamou Harry ironicamente depois de abrir seu outro presente.

– O que é isso? É dinheiro? Que formato! - disse Rony curioso. Era uma moeda de cinquenta pence.

– Pode ficar com ela - disse Harry rindo ao ver a satisfação de Rony. - Quem mandou esse?

– Também recebi... - disse procurando um nome.

– Acho que sei quem mandou esse - disse Rony, ficando um pouco vermelho - Mamãe. Vamos dizer que eu e os gêmeos falamos que vocês dois ficariam aqui e, um pouco sobre vocês... Ah não... - gemeu - ela fez um suéter Weasley!

Eu e Harry abrimos os pacotes ansiosos. Harry ganhou um suéter com um H no meio, eu ganhei um suéter azul água com um G no meio.

– Todos os anos ela faz para nós um suéter - disse Rony, desembrulhando a dele - e a minha é sempre cor de tijolo.

– Como ela sabe que eu gosto dessa cor? - perguntei encantada.

– Bom, vamos dizer que Fred está com uma certa paixonite por você e conta tudo sobre você para a mamãe.. - disse Rony envergonhado.

– Foi muita gentileza dela - disse Harry comendo chocolate.

– Foi mesmo, diz obrigada à ela, Rony

– Vou dizer - disse Rony se distraindo com os doces.

Ganhei alguns sapos de chocolate de Hermione, e um pacote de doces de Dumbledore. Havia um pacote com um pequeno bilhete:


Feliz Natal, Gweniver. Por mais que você deva me odiar esse momento.


Draco Malfoy


Ele realmente não desistia. Mas também não tinha como negar uma caixa enorme cheio de sapos de chocolate.


– De quem é esse, Gwen? - perguntou Harry curioso e suspeito.

– Ah... tá sem nome - menti.

Havia um outro em formato de coração que era de Fred. Estava cheio de doces de todos os tipos.

– É, Rony. Fred realmente está com uma paixonite por mim. - disse rindo.

Rony abaixou a cabeça envergonhado.

Harry ganhou uma coisa sedosa e prateada, parecia uma...uma...

– Já ouvi falar nisso - disse Rony em voz baixa, deixando cair a caixa de feijãozinhos de todos os sabores no chão. - Se isso é o que eu penso que é, é realmente raro e realmente valioso.

– E o que é?

Disse Harry apanhando o pano brilhoso e prateado do chão. Parecia feita de fios de água.

– É uma capa da invisibilidade - eu e Rony dissemos ao mesmo tempo.

Harry jogou a capa em volta dos ombros e Rony deu um berro.

– É sim! Olhe para baixo!

Harry olhou para seus pés, mas eles haviam desaparecido. Ele correu para o espelho, o qual só refletiu a cabeça que estava visível.

– Tem um cartão! - disse Rony de repente

Harry tirou a capa e apanhou o cartão:


Seu pai deixou isso comigo antes de morrer. Está na hora de devolvê-la a você. Use a bem. Um Natal Muito Feliz para você.



Parecia não ter assinatura, Harry ficou olhando o cartão enquanto eu e Rony babávamos na capa.


– Eu daria qualquer coisa para ter uma dessas, Qualquer coisa... o que foi?

– Nada - Harry olhava estranho para o cartão. Devia querer saber quem mandou.

Comemos muito no almoço de Natal. Cem perus gordos assados, montanhas de batatas assadas e cozidas, travessas de salsichas, terrinas de ervilhas passadas na manteiga, malheiros com uva-do-monte em molho espesso e bem temperado. Eu praticamente perdi a conta de quantas coisas haviam naquela mesa. Fizemos guerra de bola de neve, deixei alguns roxos nas pernas e nos braços de Harry e dos Weasley. Fizemos alguma pegadinhas e jogamos xadrez de bruxo. Depois lanchamos sanduíches de peru, bolinhos de gelatina e bolo de frutas. Foi um Natal muito bom.

Me senti muito cansada depois de tudo, mas parecia que os meninos ainda estavam começando a se cansar. Acabei dormindo no sofá da Sala Comunal.

Era tarde da noite e ouvi alguns passos. Era Harry. Ele havia saído com a capa da invisibilidade. Mas estava com muita preguiça de segui-lo. Então fiquei ali mesmo e só esperei pegar no sono novamente.

Não consegui mais dormir depois disso. Harry demorava demais e comecei a me preocupar. Fui atrás dele, apesar de poder ser pega por Filch. Harry estava com uma capa de invisibilidade. Eu não.

Saí pela escola procurando Harry, foi até engraçado ver os quadros roncando. Alguns brigavam comigo por causa da varinha acesa. Mas logo eu passava e eles voltavam a dormir. Vi uma cabeça flutuante mais para a frente do corredor, era com certeza Harry. Ele entrou em uma sala a qual nunca tinha visto, deixando a capa na porta (ótima ideia, Harry. Deixe a sua capa no chão mesmo, inteligência). Depois vi de quem Harry estava fugindo: Snape. Peguei a capa e a coloquei rapidamente antes que ele me visse. Snape passou reto sem olhar para trás. Depois entrei na sala em que Harry estava.

Haviam cadeiras e mesas amontoadas contra as paredes e havia uma certa coisa que não parecia não pertencer ao lugar, alguma coisa que parecia que alguém acabara de pôr ali para tirá-la do caminho. Era um Espelho magnífico, da altura do teto, com moldura dourada e aprumado sobre dois pés em garra. Harry olhava fixamente para sua imagem refletida. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, mais rápido do que nunca, Harry correu com medo, mas ao mesmo tempo animado em direção a porta. Ele nem havia reparado a minha presença.

Fui devagar a até o espelho, tendo uma visão melhor sobre ele, havia uma inscrição entalhada no alto: Oãça rocu esme ojesed osamo tso rueso orto moãn.

Olhei para o meu reflexo. Não havia nada demais. Só me via com a minha cara de confusa que sempre faço quando não entendo o que está acontecendo. Depois de um tempo, vejo uma moça. Com cabelos morenos como os meus, mas eram mais compridos. Ela estava em cima de um palco... cantando. Ela cantava incrivelmente bem, apesar de eu não ouvir, dava para saber como ela cantava. Fechei meus olhos apertadamente, os esfregando. Abri novamente, e vi a mesma moça na mesma posição em que eu estava ao lado de um rapaz alto, com cabelos pretos de óculos. Os dois estavam se beijando. Depois a moça olhou para mim novamente. Um tempo depois, vi que o rapaz tinha uma cicatriz...de raio. A moça estava exatamente na mesma posição que eu, e ela me imitava. Coloquei devagar a minha mão no espelho e ela fez o mesmo. Quando eu toquei o espelho, percebi que a moça... era eu. Depois o meu reflexo mais velho e Harry (mais velho) foram se beijar novamente. Minha reação dessa vez foi de desespero, olhando os dois novamente

Fui para trás fechando os olhos e não acreditando no que vi. Depois ouvi barulhos e me escondi atrás de uma mesa. Era Harry trazendo Rony. Harry deixou a capa no chão novamente. Mesmo sabendo que era os dois, não tive coragem de sair da onde estava.

– Está vendo? - Harry cochichou.

– Não consigo ver nada.

– Olhe novamente!

Será que Harry viu a mesma coisa que eu? O que aquele espelho fazia...?

– Só consegui ver você.

– Vamos, fique aqui onde eu estou.

Harry deu um passo para o lado, deixando Rony diante do espelho. Rony ficou petrificado olhando sua imagem.

– Olhe só para mim! - Rony praticamente gritou.

– Você está vendo toda a sua família à sua volta? - perguntou Harry.

Família...? Mas...

– Não, estou sozinho, mas estou diferente... pareço mais velho e sou chefe dos monitores.

Rony também se viu mais velho, como eu! O espelho deve mostrar o... futuro...?

O quê?– perguntou Harry, muito confuso.

– Estou... estou usando um crachá igual ao do Gui... e estou segurando a taça das casas e a de quadribol, sou capitão do time de quadribol também!

Rony despregou os olhos do espelho para falar com Harry.

– Você acha que esse espelho mostra o futuro?

– Como pode mostrar? Meus pais estão mortos...

Harry viu seus pais. Não pode ser do futuro. Quer dizer que eu não vou estar com Harry no futuro...

Os dois começaram a brigar pelo espelho. Eles queriam ver de novo as fantásticas imagens do espelho. Garotos...


No dia seguinte, segui Harry até o espelho novamente. Ele ficou ali, sentando olhando para o espelho.


– Gwen? O que está fazendo aqui...?

Meleca, ele me viu.

– O que? Eu... bem, só estava vendo onde você estava indo e já te achei. Vou indo então... - disse saindo de fininho, mas Harry me puxou pelos braços.

– Espera, venha aqui! - ele me colocou na frente do espelho. Vi tudo novamente. Desde eu cantando até eu e Harry nos...

– O que vê? - ele perguntou.

– Eu... eu vejo... - disse nervosa, tentando inventar alguma coisa - eu me vejo mais velha fazendo desenhos em um lugar lindo, e eu sou famosa.

– O que será que isso faz...? - perguntou Harry. Mas parecia ser perguntado mais para o espelho do que pra mim.

– Então, outra vez aqui?

Senti como se alguém tivesse me colado no chão. Olhei para trás desesperada. Era Dumbledore.

– Nós... nós não vimos o senhor.

– É estranho como você pode ficar míope quando está invisível - disse Dumbledore sorrindo. Foi um alivio ver que não estava zangado. - Então, quer dizer que vocês descobriram os prazeres do Espelho de Ojeded?

– Eu não sabia que se chamava assim, senhor. - disse Harry tentando não fazer muito contato visual.

– Mas espero que a essa altura, vocês já tenham percebido o que ele faz?

– Bom, ele me mostra a minha família...

– E ele me mostra... - pensei antes de falar - fazendo desenhos em lugares fantásticos.

– Agora, concluem o que é que o Espelho de Ojesed mostra a nós todos?

Eu e Harry sacudimos negativamente com a cabeça.

– Deixe-me explicar. O homem mais feliz do mundo poderia usar o Espelho de Ojesed como um espelho normal, ou seja, ele olharia e se veria exatamente como é. Isso ajuda a pensar?

– Ele mostra o que desejamos... - respondeu Harry lentamente.

Eu congelei e arregalei meus olhos.

– Sim e não - disse Dumbledore - Mostra-nos nada mais nem menos do que o desejo mais íntimo, mais desesperado de nossos corações. Porém, o espelho não nos dá nem o conhecimento nem a verdade. Já houve homens que definharam diante dele, fascinados pelo que viram, ou enlouqueceram sem saber o que o espelho mostrava, se era real ou se quer possível. Os dois, peço que vocês não voltem mais a procurá-lo. Se algum dia o encontrar, estarão preparados. Não faz bem viver sonhando e esquecer de viver, lembrem-se. Agora, porque os dois não colocam essa capa admirável e voltam a dormir?

Espelho dos desejos...? Acredito que cantar pode até ser, sempre quis isso mas nunca contei a ninguém... mas será que meu outro desejo era esse? Quer dizer, não vou negar que... ah, veja bem...

Quando saímos da frente do espelho, Harry já havia colocado a capa, antes de eu o colocar Dumbledore cochichou em meu ouvido:

– Terá que inventar uma coisa mais convincente, sta. Gweniver.

Meleca.

Meu desejo é mesmo... Harry?


(((os gifs provavelmente não estão funcionando, tente aqui: primeira reação, segunda reação, terceira reação, quarta reação)))


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Harry Potter And Gweniver Hillary" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.