Ex(changes) escrita por Carter James, AliceDelacour


Capítulo 9
|| Awkward moments


Notas iniciais do capítulo

N/A: Olá minhas fofoletes! "Osh, Carter, você postando dois caps em uma semana? O mundo acabou e eu não sabia?" Na verdade, não. Promessa é dívida e eu disse que iria postar mais quando entrasse de férias. Eu podia ter postado bem antes se eu não fosse preguiçosa e viciada em twitter e tumblr. Bem, esse foi um cap divertido de se escrever! Espero que gostem e que comentem, porque ser leitor fantasma não te leva a lugar nenhum. Brincadeira, mas sério. Comentem e me deixem feliz!
n.b: Então, esse cap só não saiu de madrugada por minha causa HDSAHDHSA desculpa queridas! Minha culpa, eu admito HSDADHAS Enfim, ele tá incrível e grande, 5.980 palavras, olha só que shöen que significa bonito em alemão, cridas -, enfim, se divirtam, nos vemos lá em baixo :DDD



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||Capítulo VIII – Awkward moments

Lily Evans

Marlene parece ter amaciado depois do jogo. Durante essa semana, parece ter ficado mais calma e um pouco mais feliz. Não sei se abri os olhos dela, mas acho que foi bom. Quem sabe ela finalmente percebeu que não precisa guardar rancor de um cara qualquer?

E eu gostei de ter assistido o jogo. Posso não ter comentado, mas Amos Diggory estava maravilhoso naquela roupa.

Depois, as outras me agradeceram pelo o que fosse que eu tinha feito, já que uma líder feliz significa um time feliz.

- Foi um ótimo treino garotas! – parabenizou ela, desligando o som.

Sorri e tomei um gole da minha garrafa de água. Quem diria que houvesse mesmo coreografias na acapella? E quem diria que esse fosse o meu ponto fraco e pela primeira vez em semanas Madame de Ferro não implicou comigo?

Alice vai agradecer, porque eu não ligarei para ela reclamando da minha inutilidade na dança, chorando e dizendo que nunca mais colocaria os pés nesse teatro. Um fato engraçado, é que a acústica do ginásio é muito melhor que a daqui, mas o diretor Dumbledore não nos deixa utilizá-lo.

É um desperdício de espaço. Ninguém joga basquete. Ninguém joga vôlei. O esporte daqui é o futebol. O ginásio teria muito melhor uso com nossa ajuda.

Talvez eu esteja implicando com o teatro porque o grupo de Artes Cênicas também se encontra aqui e eles fazem mais barulho que nós.

Eles rendem mil favores a nós, porque quando há musicais, é o grupo de Marlene que faz a dublagem.

Porém, Marlene, a Gênia, nunca pensou em muda-los de lugar.

É triste tanta inteligência desperdiçada.

Marley (eu nunca vou conseguir chama-la dessa forma sem pensar em Marley & Me) passou por todas nós entregando a sua nova seleção de músicas.

Acho que nunca reclamei delas. Hmm.

Eu o faço agora. Nossa querida líder tem mais do que o estilo de se vestir no século passado. Ela tem o gosto musical também.

- É a tradição de Hogwarts, Lily. – explicou. – Não posso muda-la. E eu gosto dessas músicas. São muito clássicas. – interrompeu sua própria fala, lembrando-se de algo. – Pausa para o chá!

Por favor, não incarne Aubrey Posey na minha frente porque não sei o que eu faria ao ver uma referência a Pitch Perfect na minha vida.

Fangirling é uma ótima reação. Como isso se chama mesmo? Fanon giggles? Quando você incorpora seus fandoms na vida real?

- Então nos encontramos aqui segunda. – despediram-se Hestia e Gwen ao mesmo tempo. Elas odeiam quando fazem isso. – Hey! Não repita o que eu falo! Não repita você! – brigaram enquanto saíam do teatro.

É um pouco assustador em minha opinião.

- Tchau gente, até segunda! – acenou Emme, dando as mãos para Benjy Fenwick, que coincidentemente faz parte do grupo de Artes Cênicas.

Eles fazem um bonito casal. Tirando o fato de que Benjy faz parte do outro grupo que compartilha esse teatro e eu já não vou com a cara dele por causa disso.

Ugh, eu devia parar de odiar as pessoas sem ao menos conhecê-las. Deve ser a TPM chegando.

Peguei minha bolsa e fui me despedir de Dorcas e Marlene, que conversavam perto das fantasias de palco.

- Você já vai? – perguntou Dorcas.

Assenti, mandando um aceno com a mão para elas.

- Espere! – pediram ao mesmo tempo. – Queremos saber uma coisa.

Observei-as enquanto trocavam um olhar de entendimento psicológico ou telepático. Estou tremendamente desconfiada.

- Considerando que confiamos em você... – começou Dorcas.

Isso não podia ser bom.

-... Queremos que confie na gente também... – completou Marlene.

Oh, não. Elas não estavam falando de uma cerimônia de irmandade louca que vai me fazer cortar os pulsos para uma oferenda?!

Ou será que estou vendo filmes de irmandade demais? A culpa não é minha que ou eu vejo romances chorosos ou vejo filmes de faculdade naquela casa! Não tive tempo para achar uma série nova que me prenda...

-... O que acha de um fim de semanas de meninas? – finalizaram, como se houvessem treinado esse diálogo. E baseando-se nessas duas, eu não duvido.

Eu realmente não sabia o que dizer. Comecei a processar as informações. Elas confiavam em mim? E queriam que eu confiasse em ambas também?

Não me levem a mal, mas eu não sei se eu entendi o que elas falaram.

- Ah. Por que isso? – perguntei.

- Porque queremos que você seja nossa amiga.

Wow.

- Bem, eu pensei que já éramos. – falei na defensiva.

Fiquei um pouco ofendida, eu confesso. Eu achei que éramos amigas! Não sei, sentávamos juntas, conversávamos todos os dias, trocávamos ideias e bem, eu acho que isso era amizade superficial.

- Não da forma que estamos falando agora. – explicou Marlene. – Queremos que sejamos amigas mesmo. Não apenas companheiras de equipe.

- E por que não falaram com Emma, Hestia e Gwen além de mim?

Elas suspiraram, como se fosse um assunto que elas não gostassem de tocar, mas o fariam.

- É complicado. Todas elas têm seus grupos de melhores amigos. Emma adora os amigos de Benjy, e os prefere. Hestia, além do nosso grupo de acapella, faz parte do Jornal de Hogwarts. E Gwen, bem, prefere a companhia masculina. – enumerou Marls.

- E isso nos faz sobrar. Nós afastamos pessoas. Nossa personalidade o faz. E percebemos que você também não fez outro grupo de amigos.

Meus olhos se arregalaram com o que contestaram e eu percebi que era verdade. Eu não, necessariamente, estava saindo com todo mundo e tentando ser carismática, algo que eu não sou. Eu tinha um grupo seleto de amigos nos USA, sendo Alice a mais próxima.

Agora, aqui na Inglaterra, eu não ligava. Eu iria embora. Eu não queria ter de me despedir de pessoas que significariam tudo para mim depois.

Talvez seja solitário, mas eu não gosto de sofrer.

- You could say that. – admiti.

- Então. Você topa? – sorriu Marlene.

Acho que todos precisam de amigos. E se eu consegui não morrer sem Alice aqui, acho que consigo não morrer se eu me apegar a essas duas lá.

- Não tenho nada a perder. – a não ser minha felicidade se algo der errado.

Estou soando extremamente dramática. É a TPM.

James Potter

Desliguei o chuveiro e encontrei Sirius e Remus do outro lado do box. O treino tinha acabado há quinze minutos e todos tinham ido para o vestiário.

Se eu não soubesse que Sirius era um viciado na aparência (ou seja, metrossexual), eu acharia que ele não toma banho. Ele consegue sair mais rápido que todo o time! E tem gente que raspou o cabelo.

- Sirius, você devia lavar melhor a cabeça para não pegar piolho. – brinquei.

- Você tem é inveja do meu cabelo. – e para mostrar seu ponto, jogou-o para trás em um movimento like a diva.

Neguei com a cabeça. Ele estava passando uma imagem muito estranha sobre os Marotos por aí.

- Padfoot. – repreender Remus, A Voz da Razão. – Você gosta de passar vergonha?

- Se eu te faço ficar desconfortável, imagine se você fosse menina, Moony. – piscou e seguiu Gwenog com o olhar.

Por falar em Gwenog, ela chegou dez minutos atrasada no treino e ainda com Hestia no calcanhar. Elas devem ter saído do treino de acapella delas e vindo direto para cá. O que me lembra de dar uma ajustada nos horários para fazer as pessoas felizes.

Eu devia falar com Hooch logo. Gwenog quase me destripou quando eu mencionei que ela estava atrasada.

- Quanta saúde, Jones! – gritou Sirius.

Gwenog, simples e direta, mostrou o dedo do meio enquanto chamava Hestia para irem embora.

Eu sabia que gostava dessa garota quando ela entrou para o time.

- Oy! Potter. – chamou-me Diggory. – Queria falar sobre um assunto com você.

E eu queria que você morresse, mas acho que ambos não vamos ter o que queremos.

- O que for Diggory, tenho certeza que poderá falar na nossa frente também. – falou Remus, assumindo sua postura mais séria.

Não combina com ele, em minha opinião.

Diggory cocou a nuca, fuzilando Moony e Padfoot enquanto o fazia.

- A... Lily Evans... Ela estaria interessada em mim?

Não, colega, o que te daria essa ideia? O fato de você andar e ela babar? Ou por que ela já ficou toda felizinha por você tê-la dado carona?

- Não sou ela, então não sei. – ainda bem que não sou. Já pensou, ser aquela garota louca e temperamental?

Não, obrigada.

- Ok... E ela toparia sair comigo um dia desses? – perguntou com os olhinhos brilhando.

Eu não tenho tempo para essas indecisões adolescentes, o final de semana me chama.

- Colega. – comecei. – Tenho cabelo ruivo? – ele balançou a cabeça negativamente. – Sou menina? – ele parecia responder que sim, mas negou de última hora. Bom para ele. – Sou gostoso? Opa, isso eu sou. – ele me fuzilou. Inveja. – Meu nome é Lily Evans? – ele discordou. – Então eu não sei te responder.

Diggory rolou os olhos e foi embora. Mostrei-lhe o dedo do meio pelas costas, porque eu sou uma pessoa muito crescida, e voltei a atenção a Sirius e Remus que me encaravam divertidos.

- Você acha Evans gostosa? – questionaram.

Parece que estou no primário de novo quando falava que uma das garotas era legal.

- Vocês não?

- Achamos, é claro. – respondeu Sirius. – Mas é engraçado você falando isso.

Cruzei os braços como uma criança mimada.

- E por que seria engraçado? – defendi-me.

Encarei os dois se entreolharem, como se soubessem algo que eu não sei. Eu odeio quando eles dão uma de inteligentes e observadores porque eu não sou assim!

- Sei lá, Prongs. Vamos logo, porque depois de esperar tanto vocês saírem do treino, fiquei cansado. – falou Moony.

Bufei e os olhei desconfiado, mas fomos embora pegar o carro de qualquer jeito. Tenho certeza que é bobagem deles.

Tudo o que eles fazem é bobagem, afinal de contas.

(...)

Padfoot esticou as pernas enquanto sentava no banco do carona. Eu odeio quando ele faz isso. Ele não sabe que carros têm sentimentos?!

- Nem me olhe assim, James, o culpado é você. – avisou Sirius.

Soltei uma risada sarcástica, enquanto ligava o carro.

- Como eu poderia ser o culpado de você sujar o meu carro?

Ouvi Remus começar a murmurar atrás, para que a gente calasse a boca antes que ele fosse obrigado a intervir.

- Estou cansado por causa do seu treino, capitão.

- Meninas, querem se alfinetar quando chegarmos a sua casa, James, e depois que eu comer alguma coisa?

Se eu não estivesse dirigindo, estaria lançando aos dois olhares mortais. Mas como eu estou, vou manter meu olhar no caminho para o lar doce lar.

Não acredito que me convenceram de passar o final de semana na minha casa dessa vez. Minha mãe não vai gostar nada dessa decisão já que eu não avisei a ela.

Eu sou uma pessoa puramente responsável.

- Cara, eu tô morrendo de fome. – reclamou Remus e eu ouvi sua barriga roncar.

- Isso se chama TPM. É quando as garotas comem mais, não? – brincou Sirius.

- Não, isso é gravidez. – respondi.

Tenho pena do não-desenvolvimento cerebral de Padfoot. Muita pena. Eu já disse para ele ir a um médico especializado, mas ele não escuta...

- Tanto faz. Você engravidou, Moonykins? Foi da Dorquitchas? – riu-se Sirius.

Dorcas Meadowes é um caso complicado. Eles resolveram se separar, mesmo gostando um do outro por algum motivo completamente desconhecido por todos.

- Sirius, você está muito falante hoje. Que tal uma dose de cale a boca? – repreendi, olhando Remus pelo retrovisor. Ele estava fazendo uma careta.

Isso não é bom, é?

Lily Evans

Escutei um carro chegando e pulei da cama, jogando toda a minha lição de casa para o ar. Se fosse Dorea, conseguiria perguntar se Marlene e Dorcas podiam dormir aqui final de semana.

Acabamos concordando que a casa dos Potter seria a mais agradável. Dorcas tem dois irmãos pequenos que ela diz que são “as crianças mais pestilentas no Reino Unido” e não quer me assustar. Marlene disse que os irmãos mais novos (todos têm irmãos mais novos e eu não), vão trazer um bando de amigos nesse final de semana porque é aniversário de um deles. Fazendo-me desconfiar que talvez estejam abusando de minha boa vontade... Enfim.

O que sobra essa casa. Potter – que parando para pensar, pode ser considerado um irmão mais novo por causa de sua mentalidade infantil – com certeza não irá ficar por aqui, saindo com uma de suas garotas da vez, ou indo na casa de Black ou Lupin.

Isso tudo contribuí para um final de semana de garotas aqui! Hurrah!

Escorreguei pelo corrimão da escada, assustando um dos empregados e preparando minha melhor expressão de “Please, I’m begging you”

Abri a porta e já desandei a falar.

- Eu tenho uma coisa para pedir, e, por favor, eu sei que não será uma experiência muito agradável desde que vai ser uma bagunça, mas... – as palavras fugiram de minha boca ao ver que era Potter e seus companheiros parados diante de mim.

Oh, shit. Eles riram da minha cara incrédula e foram entrando.

- Evans, não podemos transar, você sabe disso. – brincaram Potter e Black ao mesmo tempo.

Esses dois parecem gêmeos, com pensamentos tão idênticos. Assustador, já que eles não se parecem nem um pouco.

- Desculpe esses dois. Há cinco minutos, estavam vendo quem iria passar Nutella no pão primeiro. – comentou Lupin.

Eu o aprovo. Em minha humilde opinião, Remus Lupin pode ser Maroto, pode ser galinha também. Mas é o mais sensato.

- Consigo imaginar. – falei. – E sem querer ser rude...

-... Contudo sendo, no final das contas. – completou Potter. Fingi que não escutei nada.

-... Por que estão aqui em uma sexta à noite? – terminei.

Eles sorriram marotamente.

- Esperávamos fazer uma surpresa para uma jovem donzela. – disse Black. – Mas se essa não se agrada, podemos nos retirar.

- Isso seria de muita ajuda, obrigada. – retruquei.

Black pode tentar se fazer de cavalheiro, mas isso só funciona com as meninas burras por aí. E eu não sou burra, sem querer ser metida. Eu até daria umas dicas para ele de como conquistar meninas que realmente valem a pena. Se eu fosse amiga dele.

O que eu acho que nem eu e nem ele queremos.

- Nós vamos passar o final de semana aqui. – explicou Lupin.

- Vai ter de nos aturar por mais tempo ainda, Evans. – divertiu-se Black.

Encarei Potter pedindo respostas e ele apenas fez uma expressão de “não é culpa minha, eu não pedi por isso”.

- Por que tão preocupada, ginger? – indagou Potter. – Sei que não gosta da gente, mas podia pelo menos fingir?

- A questão não é não gostar de vocês. Não tenho nada contra vocês, honestamente. – tentei.

E eu realmente não tenho. É só que eu os acho muito inconsequentes e que não sabem lidar com o que vem depois. Mas eles não são pessoas completamente ferradas e chatas cujas eu completamente desgosto.

Tornando as coisas claras.

- Nada? E todo o ódio que você parece demonstrar 24/7? – constatou Black.

- Não é nada pessoal. Eu só não aprovo o jeito no qual vocês agem.

Uma onda de entendimento passou pelos rostos deles e dei a conversa como acabada, fazendo meu caminho de volta para meu quarto.

- Mas, sério, Evans. Por que tão preocupada? – repetiu Potter.

Virei-me para eles novamente.

- Você não me fez uma surpresa trazendo-os aqui? – perguntei. – Eu farei uma surpresa também.

James Potter

Surpresa. Que tipo de surpresa? Do tipo bom, ou do tipo ruim? O que ela quis dizer com aquilo? Ela traria um cara em casa? Quer dizer que ela realmente iria sair com o Diggory? Ele é tão rápido no gatilho assim?

Eu não posso dizer nada, desde que eu sou mais rápido ainda, mas ele realmente estava falando sério em convidá-la para sair? E ela ficou tão animada que falou “ah, vamos para minha casa logo!”?!

Se for esse o caso, eu pensava melhor dela antes.

- O que ela quis dizer com aquilo? – ponderou Padfoot.

- As mulheres são um mistério a ser desvendado. Não pelos homens. – concluiu Remus, pensativo.

Assenti.

- Vamos parar de tentar filosofar, porque eu estou morrendo de fome, e estou rezando para que alguém tenha deixado algo sobrar.

Fomos em direção à cozinha e nos deparamos com o lugar completamente vazio. Comecei a me desesperar.

- Deve ter alguma coisa nas geladeiras. – pensamento positivo sempre.

Remus se adiantou e abriu-as. Logo, voltou o olhar para a gente e sua expressão era um pouco afetada. Nada bom. Nada bom mesmo.

- Acho que vamos ter de cozinhar alguma coisa.

Sirius estava inconsolável. Estou acostumado com a atitude dramática dele – o que o faz ainda mais feminino -, então joguei água em sua cara.

Simples, rápido e eficiente.

- Nós cozinhamos uma vez, não lembram? – tentei.

- Sim, James, mas isso foi na primeira série do primário e foram biscuits (N/A: os ingleses falam biscuits, não cookies) e não se esqueça de que quase botamos fogo no lugar.

Eu até que sinto falta daquela época. Nós tínhamos aulas de culinária e outras coisas úteis à vida, como marcenaria. Agora, temos que aguentar Binns falando sem parar de algo que eu não dou à mínima e não afetará meu futuro.

- Mas precisamos fazer alguma coisa, Moony! Pensei que você que estava morrendo de fome.

- Eu prefiro morrer de fome a morrer queimado, obrigado.

Bufei enquanto Sirius se enxugava da água que eu joguei nele. Nós três nos encaramos por um tempo, sem dizer nada, apenas com nossas barrigas roncando em sincronia.

- Vocês acham que devíamos pedir ajuda a... – começou Padfoot com o pensamento, mas eu o interrompi.

-... A Evans? Nem pensar. Duvido que ela seja melhor que a gente nessa história. Passa metade do tempo assistindo séries e a outra parte ouvindo música. – retruquei, desanimado.

- Eu não estava pensando na ginger, estava falando da sua cozinheira. – disse ele, sorrindo. – Era para você ter uma supostamente.

Pude deixar escapar um suspiro de alívio, até que me lembrei de algo que me avisaram. E isso não me deixou nada feliz.

- Vera está visitando um parente no hospital hoje. Não vai voltar até as dez. – lamentei.

Sirius soltou uma série de palavrões e olhou o papel toalha, cogitando comê-lo, provavelmente.

Remus, também conhecido como A Alma da Equipe, abriu as geladeiras e começou a tirar algumas coisas.

- Acho que podemos, pelo menos, fritar um ovo.

- É assim que se fala, colega. Assim que se fala. – cumprimentei-o.

(...)

Observamos o que fizemos por alguns segundos.

- Olha, até que não ficou tão ruim. – conclui.

- Podia ter ficado muito pior. – concordou Moony.

- Podia ter explodido. – terminou Sirius.

Suspiramos aliviados e sentamos à mesa para disfrutarmos o nosso belo lanche. Além de conseguirmos fritar um ovo, conseguimos achar bacon.

Parecia café da manhã às seis e meia da tarde. Ou melhor, sete.

-... Não tem problema nenhum, Lily. – minha mãe dizia ao entrar na cozinha.

- Sério? É que seu filho trouxe gente também... – contou Evans.

Engoli os ovos rapidamente. Ops. Oops. Sirius, Remus e eu nos entreolhamos e encaramos minha mãe novamente.

- O que você quer dizer com isso, Lily... – e ela percebeu nossa presença na cozinha. – James. Sirius. Remus. O que estão fazendo aqui?

Mordi a língua.

- Mãe, olhe só que história engraçada... – comecei a falar.

Ela inspirou ar e colocou uma mão em meu ombro. Opa, quer dizer que ela não está brava? Eu ainda vou viver!

- Podia ter me avisado, não é, James? – repreendeu suavemente.

- Desculpe, mãe. – fiquei envergonhado. – Foi meio de última hora... – fuzilei Sirius e Remus com o olhar.

Evans examinava a situação com um sorriso. Não sei se era sarcástico ou verdadeiro, mas ficava bem nela.

Estou apenas analisando. Às vezes, eu faço isso.

- Espero, apenas, que vocês não façam muita sujeira, porque as amigas da Lily também virão aqui. – alertou minha mãe.

Espere um pouco porque acho que perdi o fio da meada? “As amigas da Lily”? Desde quando ela tem alguma amiga? Só se estivermos considerando as meninas do acapella, mas Evans mesmo parece não ser tão apegada a elas.

Então quem...

- Desde quando você tem amiga? – perguntou Sirius, com a boca cheia.

Nojento. E desnecessário.

- Também estou pasma, Black. – respondeu ela, sarcasticamente. – Vocês vão vê-las amanhã. E ficarão mais surpresos ainda.

O que ela quis dizer com isso?

Lily Evans

Acordei com o toque do telefone na cabeceira. Odeio quando esse telefone toca. É normalmente quando eu sou encarregada de sair do conforto do meu quarto para receber as visitas. Deviam é evitar que eu faça isso, não sou uma pessoa educada. Principalmente de manhã.

E hoje é um dia extremamente bom para dormir por diversas razões: 1) é sábado; 2) é manhã de sábado; 3) o tempo está perfeito; 4) não tem aula e 5) é sábado.

- Alô? – falei, com o telefone na orelha.

- Miss Evans, Miss McKinnon e Miss Meadowes estão esperando pela senhorita. – contou a voz no aparelho, que eu tinha quase certeza que era Norris, a governanta.

- Ahn, obrigada. Já estou descendo. – agradeci e coloquei o telefone de volta na base.

Levantei-me e bocejei vagarosamente, colocando os pés nas pantufas uma de cada vez. Eu não tenho pressa nenhuma, se vocês não notaram. Pelo menos, quando se trata de sair do meu estado vegetativo aka adormecido.

Devem ser oito horas da manhã. Ninguém acorda oito horas da manhã em um sábado. E não acredito que falei: “ah, apareçam qualquer hora”. Como eu sou idiota. Idiota, idiota.

Desci as escadas e vi duas pessoas paradas logo na entrada.

Marlene e Dorcas pareciam ativas para uma hora tão matinal. Estavam conversando e observando à sua volta.

Peguei parte de sua já começada conversa.

-... Não mudou nada desde a última vez que eu vim aqui. – constatou Marlene.

- De fato. – concordou Dorcas, assentindo.

- Bom dia, meninas. Chegaram tão cedo... – tive que mandar uma indireta, foi mais forte que eu.

Elas sorriram, como se fosse um elogio. É claro.

- Tive que tirar Dorcas da cama dela, a única pessoa matinal aqui sou eu. – explicou Marls.

- Eu estava sonhando com pinguins, Marley! Isso não é justo. – emburrou a outra. – E seu cabelo está muito engraçado, Lily.

Com certeza, porque sonhar com pinguins é melhor do que ter uma pessoa te arrancando da cama logo cedo num dia de descanso. E ei! Meu cabelo não está... Institivamente, passei a mão por ele e fiquei com vergonha.

- Vocês meio que me arrancaram da cama também.

- Ah! Desculpe, Lily! Eu pensei que quando você disse qualquer hora, era qualquer hora mesmo... – desculpou-se Marlene, gesticulando com a mão.

Parei-a segurando seu braço.

- Acalme-se, não tem problema. – falei.

E parando para pensar, não tinha. Tudo faz parte. E eu talvez, talvez mesmo, queira ser amiga dessas meninas.

- Vamos lá para cima, vou mostrar meu quarto para vocês... – virei-me e me deparei com Potter e sua gangue no andar de cima, acabando de acordar, como eu.

Eu não esperava que tivesse esse encontro tão cedo.

- Evans, que barulheira é essa? – reclamou Potter. – Nós estávamos dormindo...

Seu olhar parou em Marlene e Dorcas e sua fala parou na metade. Sirius e Remus também as encaravam, embasbacados.

Agora lembrei que gostava das duas porque elas também reprovavam as atitudes dos Marotos. Por que eu não tinha pensado nisso antes? Desde aquela festa, onde ambas estavam mais soltas, não tínhamos interagido amigavelmente tanto quanto daquele jeito.

Eu sou uma pessoa esquecida.

- Vocês podem parar com isso? São apenas duas garotas. Até parece que nunca viram garotas antes. – tentei melhorar o clima.

Em vão, porque eles continuaram se encarando. Não mortalmente, mas meio que um não acreditando que o outro estava ali.

- Marls, Dorcas, desculpem-me por não ter avisado que eles estavam aqui também. – olhei-as apreensiva.

Elas assentiram devagar. Voltei a olhá-los e dei um sorriso amarelo.

- Surpresa?

(...)

Cuidei para que todos ficassem na cozinha. Eu sei, eu sei. Há muitas armas naquele lugar da casa para que eles se matassem, mas eu estava sem ideias! Não pareciam querer deixar de encarar uns aos outros, principalmente os ex-casais. Potter estava lá, meio perdido.

Fui até meu banheiro para escovar os dentes e prender meu cabelo.

- Lily Evans, não deixe aqueles adolescentes se matarem. – murmurei para meu reflexo.

Respirei fundo para voltar sorrindo naquele possível-manicômio, não antes de pegar meu fone de ouvido e colocar uma música feliz.

Entrei no recinto cantarolando Owl City e vi que eles – para minha eterna incredulidade – não estavam se matando e tampouco falavam alguma coisa.

Percebi que Vera cozinhava nosso café da manhã, tentando não ficar preocupada com todos aqueles jovens em seu local sagrado.

Sentei-me na última cadeira que sobrava, que separava os gêneros e me senti a ponte entre os dois grupos. Que belo. Fingi que não percebi nada e chequei meu twitter e meu instagram. Duvido que tenha alguém no tumblr online agora.

- Hmm, Dylan O’Brien você é um pedaço de mau caminho. – aprovei ao ver uma foto dele sendo postada em um FC.

Nem com meus comentários femininos/fangirls eles falaram alguma coisa! A situação está ficando crítica.

- Olha, já chega desse silêncio desconfortável. Vamos tentar agir normalmente e sermos pessoas adultas – o que não somos – e passar por essa situação estranha. Ok? Ok. – revoltei-me.

Por mais incrível que pareça, a pessoa que se pronunciou depois de mim foi Potter.

- Evans tem razão. Passado é passado. – ele olhou para Vera. – O café tá pronto?

As meninas, Black e Lupin saíram de seu estupor e conversaram. Não entre si, mas já era um começo.

Sussurrei um “obrigado” a Potter, pelo apoio – já que eu era a única pessoa que falou alguma coisa em um período de tempo – e ele deu de ombros, dizendo que não foi nada.

Mas eu realmente fiquei agradecida. Já chega de momentos estranhos e constrangedores por uma manhã.

James Potter

Eu sei que não devia ter ficado tão sem palavras. Mas eu não vejo McKinnon e Meadowes pisarem nessa casa a tanto tempo que me desacostumei de vê-las aqui. Principalmente McKinnon, que sempre estava aqui e era minha amiga de infância...

Estou começando a ficar nostálgico.

Até que o café da manhã não foi tão ruim quando podia ser. As coisas que estão acontecendo podiam ser tão piores do que são, mas acabam não sendo e eu estou grato por isso.

Pegaram a ideia?

Depois que todos nos alimentamos – estou me sentindo na hora do lanche do primário –, Padfoot, Moony e eu fomos para o salão de jogos, enquanto as outras foram assistir TV.

Eu quase ri quando Evans deu a ideia. Evans + TV são uma combinação explosiva. Você não deve assistir nada com ela. Primeiramente, porque ela já deve ter assistido ao filme e vai ficar falando dele a duração inteira. E se ela não houver assistido, ela deve conhecer um dos atores e vai ficar tagarelando sobre ele. E, na última opção, ela acabaria conhecendo o ator e o filme ao mesmo tempo e ficaria falando sobre ele.

Ou seja: assistir um filme com Lily Evans não é uma boa escolha. E eu aprendi isso no suor e na raça.

- Remus, Sirius, vocês estão bem? – perguntei, enquanto dava uma tacada. Sinuca. Nunca fica velho.

- Estamos ótimos, Prongs. – respondeu Remus, pelos dois. – Nossas ex estão logo ali do lado...

- Na verdade, no andar de cima. – corrigi.

Ele me fuzilou e Sirius soltou uma risada, tentando encaçapar a bola 8.

-... E ainda devem nos odiar a ponto de nos querer mortos. Não sei a Dorcas, mas a Marlene.

Sirius deu um pulo.

- Nomes. Proibidos. – apontou para o rosto de Moony com o indicador em riste.

Bufei e olhei para cima pedindo ajuda de Deus. Estávamos ficando cada vez mais parecidos com meninas e isso era assustador.

- “Nomes proibidos” é coisa de menina. Quer apostar que seus nomes são proibidos na conversa delas também? – mandei a real.

Eles se encolheram e continuamos o jogo.

Pouco me importa que eles não sejam machos o suficiente para encarar suas respectivas exs. Desculpe-me, mas eles que escolheram esse destino, sabendo que um dia teriam de enfrenta-lo.

Estou tão filosófico hoje, poderia escrever um livro.

- Prongs, você tem razão. – admitiu Remus. – Dorcas e eu podemos quase não nos falar mais, porém, nosso término foi consciente e eu quase não me arrependo.

Quase. Ele se arrepende por inteiro, isso eu tenho certeza. Do pau até a cabeça, se é que estou me expressando certo.

- Não posso falar o mesmo de mim e Marlene. – pronunciou o nome dela como se fosse algo amargo e doloroso. – No entanto, vamos tentar sair dessa.

Sorri e continuamos nosso jogo.

Eu não quero brigar. Não estou no clima para brigas, nem que for para participar ou apartar uma. Apenas quero aproveitar um final de semana, no qual – não sei como – não foi mandada nenhuma lição de casa ou trabalho a ser feito que gastasse muito tempo.

Dorcas e Remus não são de brigar. Mas Sirius e McKinnon sairiam no tapa. Quase saíram, no dia negro. O que os impediu foi a tristeza infinita dela. Foi algo de se cortar o coração.

Ele perdeu uma namorada e amiga, e eu perdi uma amiga.

Dia negro.

- Mate, eu quero assistir TV. – resmungou Sirius.

- Ninguém está te impedindo, meu caro. – retruquei, encaçapando a bola seis. – Vocês que me puxaram para cá.

Sirius grunhiu.

- Mudei de ideia. – e largou o taco na mesa. – Preciso de TV.

- Graças a Deus, estava cansado disso. – disse Moony, largando o dele também.

Isso fere meus sentimentos, porque eu pensava que eles gostassem de jogar comigo. Ahhh, quer saber, eu também não gosto desse jogo e TV é muito melhor.

- Vamos todos e tomara que elas não estejam assistindo nada romântico. – concordei.

(...)

Quando ouvimos o som de choro, percebi que talvez não tenha sido uma boa troca. Era algo romântico. Só podia ser.

Aproximamo-nos com cautela. Eu podia distinguir o choro de Evans, porque era uma coisa habitual quando ela está assistindo alguma coisa que a dê... Feels. É uma coisa nasalada e engraçada, além de ela gritar: “MY BODY WAS NOT READY” e coisas assim.

Hilário, uma comédia.

Sirius e Remus as observavam e pediram para darmos meia volta, porém, eu não estava nem ai. Estou mudando de lugar por eles, e nada que eles façam vai me fazer mudar de ideia novamente.

Sentamo-nos no sofá ao lado delas e eu percebi porque estavam chorando.

Doomsday.

Oh, não.

- Mas, mas... – lamuriava-se McKinnon. – Não. Não! Eles... Eles... Por quê?

- Meu emocional está acabado. – disse Meadowes.

Evans assuou o nariz e nos encarou com os olhos vermelhos, o que virou uma combinação interessante, baseando-se no fato que ela tem olhos verdes e assim, parecia uma referência ao Natal.

- Estamos vendo uns episódios de Doctor Who de novo. Uma maratona. Querem se juntar a nós? – indagou ela com a voz embargada.

 Eu posso ter dado de ombros, mas o meu próprio emocional não ficaria bem. Não com alguns finales.

Lá vamos nós. Geronimo.

Lily Evans

Quando assuei o nariz pela centésima vez e passei o lencinho para Marlene que estava do meu lado, percebi que estávamos sentados assistindo os episódios o dia inteiro.

Não que eu ligue muito. Eu faço isso praticamente toda a semana, mas fica mais legal em grupo, com pessoas chorando contigo.

Até os Marotos choraram, foi emocionante. Não sabia que eles possuíam um coração.

- Chega desse clima. Vamos assistir outra coisa. – pediu Dorcas. – Qualquer coisa com pôneis, pandas ou pinguins. Ou quem sabe, o Chris Pine.

- Ahh, Dorcs, eu tava com vontade de assistir Sherlock! – brincou Marls.

Eu ri e chorei ao mesmo tempo, porque isso é muito cruel com o meu coração. De repente, Black salta do sofá.

- Cara, ainda bem que acabou, estou com vontade de mijar faz horas. – e ele correu para o banheiro mais próximo.

Gargalhamos do desespero dele, atraindo a atenção de Dorea que veio checar se estava tudo bem.

- Pelo visto, não se mataram.

Potter sorriu para a mãe e fez um sinal de positivo, enquanto nós assentíamos.

- Pelo visto não, mãe.

Dorea bagunçou os cabelos do filho. Eu achei essa cena tão fofa que eu podia apertá-los e não soltar nunca mais.

Estou tão emocional hoje. Meus sentimentos estão à flor da pele.

- Vocês querem pizza? – perguntou ela, para a alegria de nossos estômagos.

Sim, o meu roncou agora.

Uma cabelereira comprida chegou por trás de Dorea e a abraçou.

- Pizza! Hurrah! Amo você, tia Dorea!

Black é tão criança. Mas não posso negar que ri naquela hora, quando Potter, Black e Lupin abraçaram Dorea.

Eles são coisas muito fofas de se ver. Apenas não conte que eu disse isso.

(...)

Comer pizza é o paraíso. Pizza + Doctor Who é a coisa mais perto do céu que um dia eu vou chegar. E não vamos esquecer sobre passar o dia de pijama e pantufas, enquanto você sabe que não tem nada para fazer e não precisa se preocupar.

E eu não estou nem ligando para o fato de que eu tomei banho logo depois que eu comi. Na minha barriga e no meu vocabulário, não existe esse negócio de indigestão.

Joguei-me no colchão com os cabelos recém-secados e esperei as outras saírem do chuveiro para eu finalmente fazer perguntar sobre o dia que tivemos na companhia dos Marotos. Onde não saímos no tapa, ninguém sangrou, ninguém foi ofendido.

Isso não pode ser frequente, mas tem uma primeira vez para tudo.

Deu tempo de eu escrever uma ou duas mensagens para Alice e reblogar algumas coisas até as duas chegarem, cheirando a baunilha. Que nem eu.

Adoro esse cheiro. De verdade. É tão bom. E lembra comida. Doces, bolos, cupcakes (ou fairycakes).

Baunilha é coisa dos deuses.

Minhas anotações mentais do dia: Marlene não pediu nenhuma hora para tomar chá, Dorcas não ficou tão avoada e elas realmente são pessoas muito divertidas de se ficar e sim eu quero manter essa amizade.

Quem diria que elas também tinham seus lados fangirls quando David Tennant entrou em cena?

- Ginger, saiba que eu ainda tinha minhas dúvidas – começou Marlene, ao se sentar ao pé da cama. – Mas você é legal.

- Eu disse para você, Marley. – falou Dorcas, puxando a cadeira da escrivaninha.

Eu sorri. É claro que sorri. Como eu já disse, não sou amigável, não sou legal, não sou carismática. Fazer pessoas gostarem de mim não é a meta da minha vida. Mas com certeza, a sensação de uma amizade se construindo é ótima.

- Eu também tinha minhas dúvidas. – admiti. – Porém, elas já se esvaíram e vocês são pessoas ótimas.

- Nós brilhamos como mil sóis. – brincou Dorcas.

- Vocês brilham como mil sóis. – concordei.

Conversamos sobre outras coisas banais, até chegar ao ponto de elas finalmente quererem falar sobre os ex.

- Eles não estavam ruins, mas isso não significa que mudaram ou melhoraram. – comentou Marls.

- Mas não estavam de todo ruins, não mesmo. Até foram engraçados e, hm, gentis algumas vezes. – completou Dorcs.

Quem sabe, as coisas estavam dando certo entre os dois gêneros nessa casa.

(...)

Acordei assustada, porque gritos vinham do corredor.

Acabamos adormecendo lá pelas duas da manhã, quando Marlene começou a contar sobre um dos fatos mais estranhos da vida dela e não terminou.

Todas nós estávamos felizes. Não fora um completo fiasco. Elas iriam embora hoje, nessa tarde de domingo.

Eu pensei que não daria mais tempo de nada acontecer.

Até ouvir gritos e algo caindo no chão.

Nada. Bom.

E o pior? Eu acho que esses são Black e Marlene.


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Notas finais do capítulo

N/A: Isso é tudo por hoje, espero que não tenha sido muito cansativo, porque está bem grande mesmo, rs. E os próximos também serão grandes, então preparem seus olhinhos e imaginação. Até a próxima!
n.b: Briga! Briga! Briga! HDSAHDA sou muito idiota, nem parece que tenho 16. Próximo cap: Marley e Sirius brigando ooooh, eu amo brigas Eu e a Carter vamos dar umas combinadas pra que não haja tanto desencontro pra postagem dos próximos capítulos, bele? Beijos, Alice s2 @lilyinfallible
P.S da autora: sejam legais e sigam-me nas redes sociais (rimou lol):
twitter: @fictionalcarter
tumblr: addictive-memories
FANGIRLEIEM COMIGO E VAMOS SER UMA GRANDE FAMÍLIA FELIZ!