Ex(changes) escrita por Carter James, AliceDelacour


Capítulo 8
II High School Musical references


Notas iniciais do capítulo

N/A: Mil perdões. Mil perdões. Mil desculpas. Mil desculpas. Eu estava em provas, e esses últimos meses foram cruciais para as minhas notas. Não consegui escrever nada. E eu sei que eu deveria. Eu tenho esse compromisso com vocês. Desculpem a Carter aqui. Mas olhem pelo lindo lado bom da história: ESTOU DE FÉRIAS. E eu vou escrever praticamente todos os dias e estarei twittando sneak peeks. Mais uma vez desculpem a pseudo-escritora. E eu tenho agradecimentos a fazer! Obrigada para Lu Moura que recomendou ExC e a Julia Black, LOliveira, Bela e Dani Soegas pelas recomendações em Jealousy (e espero que leiam isso aqui) e a Prongs que recomendou Letters (amo-te jenn). Dedico esse cap a vocês!
NB: Olá povo! Finalmente uma atualização, hum? Hahaha, só pra deixar claro pra algumas pessoas: quem escreve a fanfic é a Carter, eu não escrevo nada, só dou ideias e dicas. Enfim, espero que gostem desse capítulo, pq ele tem UMA LEVE MENÇAO DE ENVOLVIMENTO JILY!!!! AEAE Divirtam-se, as atualizações viram com mais frequência agora :))
Quando for a hora coloque http://www.youtube.com/watch?v=hMURfINv3r4



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||Capítulo VII – High School Musical references

Lily Evans

Marlene McKinnon é a pessoa mais workaholic do mundo, é oficial. Aquela garota (parece mais ditadora militar, na verdade), nos fez treinar quatro horas seguidas. Depois das aulas! Não é o suficiente passar seis-oito horas naquele inferno, eu ainda tenho que treinar cantar.

Tudo porque ela “gostou” do jeito que eu fiz Cup Song. Sinceramente, não há nenhum segredo. É só clap-clap... Enquanto você canta When I’m gone, ou outros mashups. No big deal.

Só de me lembrar da vergonha que eu senti ao começar...

Ugh. So much poop.

Fechei os olhos e deitei a minha cabeça no travesseiro da minha cama. Meus pensamentos se voltaram para o começo da semana, quando fui assediada publicamente.

Ok, foi quando eu fiz a coisa mais humilhante da minha vida. Eu cantei. E eu penso que não sirvo para nenhum tipo de carreira que envolva esse tipo de coisa. Nenhum. Tipo.

“Pense, Lily. Você vai cantar e provar que é ruim mesmo. Todos vão rir da sua cara e cobrir os ouvidos. Você sabe disso. Por que não acaba com isso logo, para poder voltar para casa e chorar?

Faça logo Cup Song e termine de almoçar. Lembre que se você não fazer, não vão deixar você almoçar em paz.

– Alguém pode me arrumar um copo de plástico, por favor? – pedi, baixinho.

Hestia me olhou como se eu tivesse uma doença mental, mas entregou seu copo ainda intocado, me alertando com o olhar: ‘não o estrague’.

Pigarrei e pensei em um lugar melhor. Um lugar onde Marlene McKinnon não pediu atenção. Um lugar onde não houvesse pessoas.

Sim, eu pensei na internet.

I've got my ticket for the long way around
Two bottle whiskey for the way
And I sure would like some sweet company
And I'm leaving tomorrow. What'd you say?

When I'm gone, when I'm gone
You're gonna miss me when I'm gone
You're gonna miss me by my hair
You're gonna miss me everywhere, oh
You're gonna miss me when I'm gone

Um fato engraçado sobre a Cup Song. Você pode fazer quase qualquer música com ela. Particularmente, sou fã de mash-ups.

Gwenog e Emma pareciam ter pegado o ritmo e começaram a seguir com seus próprios copos. Marlene me observava como se eu fosse algo que ela nunca fosse entender. E não me leve a mal, mas eu realmente não sou uma pessoa fácil de ser compreendida.

Talvez eu sofra de bipolaridade.

But you didn't have to cut me off
Make out like it never happened
And that we were nothing
And I don't even need your love
But you treat me like a stranger
And that feels so rough

No, you didn't have to stoop so low
Have your friends collect your records
And then change your number
I guess that I don't need that though
Now you're just somebody that I used to know

Dorcas pareceu não entender o que eu estava fazendo. Deus, essas pessoas nunca ouviram falar de mash-ups? Não é uma coisa muito difícil.

Pousei o copo sobre a mesa e esperei. As vaias? Não sei ao certo. Talvez. Eu estava completamente entorpecida porque eu havia cantado na frente de adolescentes aka pessoas de minha idade que não possuíam nenhum senso musical.

Marlene, por fim, sorriu.

– Eu sabia que você cantava, Lily Evans. Bem vinda ao time. – eu poderia rir, porque me lembrei de High School Musical onde ficavam: “What’s the team? Wildcats!”.

Pode ser que eu seja mesmo bipolar.

– Você tem uma voz legal! – alguém gritou e outros concordaram.

Eu estava ocupada demais corando para procurar quem era.”

Quanta humilhação em um dia só. Por que sou sempre eu que me meto nesse tipo de coisa? Eu não mereço isso, não mereço.

Eu sou apenas uma americana que foi chutada de casa para morar do outro lado do Atlântico. Deveriam ter pena da minha desgraça.

Grunhi e minha barriga roncou.

Ótimo. Além de eu estar ferrada de sono, eu estou com fome. E não quero sair do meu conforto para ir até a cozinha.

Por um mundo onde haja geladeiras nos quartos!

– Evans? – eu sabia que era o Potter. Não pela voz dele, que não é nada agradável, mas porque a única pessoa que me chama pelo sobrenome nessa casa é o cara.

Como eu o chamo pelo último nome também, estamos quites.

Partindo do princípio que eu estava de barriga para baixo, consequentemente também estava de bunda para cima.

Tanta humilhação para pouca eu.

Mas era o Potter, afinal de contas. Eu não ligo para o que ele pensa e ele também não liga para o que eu penso.

– Quê? – respondi, grogue.

Até eu fico impressionada com a minha capacidade com as palavras.

– Mamãe só queria saber se você estava viva. Parecia um zumbi quando chegou e isso a assustou. – contou ele.

– Hmrrrf- estou bem. Apenas um pouco cansada.

Potter riu de minha situação e ouvi seus passos para dentro do quarto. Invasão de privacidade!

Se eu não estivesse tão cansada, teria o mandado para fora com uma porção de palavrões de acompanhamento.

– McKinnon é difícil, não é? – comentou. Fiz sinal de positivo com uma das mãos. – Sabe por que ela ficou dessa forma?

– Na verdade, não. E não sei se quero saber o que passou pela cabeça dela.

– Mas essa história é boa, você verá.

Tá, pfff, acredito. O que é legal para ele? Dormir com garotas a torto e a direito e ficar vadiando com os amigos?

Admito que esse pensamento foi cruel, mas é uma das coisas que eu mais o vejo fazer, além de todos aqueles boatos e fofocas que eu ouço pelos corredores de Hogwarts.

– Fale, então, Mr. Story-teller.

Ouvi-o puxar uma cadeira para falar. E me perguntei de onde ele tirou a cadeira... Até que lembrei que eu tenho uma escrivaninha.

– Não é bem uma história, é mais uma teoria. – avisou.

– Hm... Whatever.

Ele bufou e me deu uma cutucada no braço.

– Quer ouvir ou não?

Levantei e me arrumei como se fosse uma criança do primário ouvindo a professora contar a historinha.

– Bom. – aprovou Potter. – Bem, tudo começou quando nós estudávamos na mesma escola, antes de ir para Hogwarts.

– Você conhecia Marlene desde essa época? – impressione-me.

Yeah, infelizmente. – suspirou exausto. – De qualquer jeito, naquela época Sirius resolveu que iria tentar algo com Marlene, quando ela era uma pessoa mentalmente estável.

Pensei em interrompê-lo para avisar que Sirius gostava de Marlene, mas desisti. Talvez Dorcas fosse um pouco louca também e estivesse vendo coisas.

E eu gosto de saber de dois lados da escola, o masculino e o feminino.

– Eles saíram por um tempo. Acho que mais tempo do que meu amigo já tenha saído com alguém na vida dele.

– É ótimo saber que vocês gostam de um compromisso. – disse eu.

– Para sua informação, Evans, é que eu não encontrei a garota certa ainda... – tentou discutir.

– “... e por isso me divirto com outras durante esse tempo”. – terminei seu pensamento.

Em minha opinião, isso é tudo desculpa para não manter um relacionamento sério, mostrando que eles não são apenas galinhas, mas que também tem medo de se apaixonar.

É bem humano.

– Que bom que entende, ginger. Tento explicar isso às garotas há tempos. – sorriu daquela forma marota/estranha que ele tem. – Enfim, eu acho que McKinnon era realmente apaixonada por Sirius e quando ele ficou com outra garota, ela entrou em pânico e virou essa louca que conhecemos hoje.

– Ele a traiu? Potter! – pulei para olhá-lo de cima, com o indicador em sua têmpora. – Isso é muito indigno, idiota, vagabundo, filho de uma pu-

Ele tapou minha boca com a mão e eu tive imensa vontade de mordê-la até arrancar a pele.

Ninguém me manda calar a boca. Muito menos o Potter que é o exemplo de pessoa que não para de falar.

– Quer me deixar terminar? – fuzilei-o, mas concordei. – Ótimo. Não estou dizendo que ele está certo. Eu posso até não achar completamente errado, desde que ele é assim mesmo, mas ele não está certo tampouco.

Tirou a mão devagar e eu cruzei os braços na altura do peito, ainda o encarando com raiva.

Marlene não merecia ser traída. Não por quem ela realmente gostava/estava apaixonada. Ninguém merece esse tipo de coisa, a não ser, Sirius Black neste momento.

– Ele disse que deixou claro a McKinnon que não queria nada certo, que eles estavam apenas curtindo.

Suspirei.

– Mas Marlene pensava que poderia mudar esse lado de Black.

Potter assentiu.

– Você entende as coisas rápido.

– É um dom.

Ele deu um sorriso torto como resposta e balançou a cabeça negativamente, como se não acreditasse no que eu havia falado.

– Então... Por isso Marlene ficou assim... Metódica, chata e certinha com um toque de vadia? – retomei.

– Uh, pensei que ela fosse sua amiga, Evans. Como vocês, garotas, são venenosas.

Peguei um travesseiro e joguei nele.

– Cale a boca! – gritei, rindo por dentro.

– Consigo até ver o veneno escorrendo! – retrucou, levantando da cadeira e se apressando até a porta.

Mostrei-lhe a língua e o dedo do meio, enquanto ele ria de minha pessoa.

Piss off, Potter!

Vi sua cabeça grande desaparecendo pelo corredor e sorri discretamente. Talvez pudéssemos ser irmãos normais.

– Hey, Evans?

– O quê? – encarei-o com uma sobrancelha levantada.

– Jogo de futebol. Você vai?

Ficar no meio de várias pessoas gritando e suadas, por noventa minutos ou mais, fedendo, sem poder ir ao banheiro porque ninguém vai dar passagem, tendo que segurar a vontade até os noventa minutos acabarem?

– Eu deveria?

– Odeio quando me respondem com outra pergunta. Vai, Evans. Vai ser legal... – começou ele. – Gwenog, sua amiga, vai estar lá. E Diggory também.

A proposta ficara mais interessante. Eu gostaria de ver Amos Diggory de novo, é claro. Pensem comigo: ele foi legal, cavalheiro e gentil comigo, quando ninguém mais queria ser.

Eu posso querer ficar perto dele, não posso?

– Ok. Eu posso ir. – rendi-me.

– Eu não acredito! Você vai pelo Diggory, mas não vai pelo seu quase-irmão-no-qual-divide-a-casa-com-você?

– Não pense que é apenas isso, Potter. – retruquei. – Gwenog precisa de apoio também.

Ele virou a cara e foi para a sala, enquanto eu ria da cara emburrada que ele devia estar naquela hora.

O mundo não girava a sua volta.


James Potter

Eu posso ter errado ao julgar Lily Evans no começo. Talvez eu tenha pensado que iríamos nos odiar para sempre, mas eu acho que podemos ser amigos e parceiros do crime algum dia.

Ela é tão o contrário. Ela é estranha, sarcástica e talvez uma prude, no entanto, Deus me perdoe, Evans tem uma parte traseira muito agradável.

Pensei duas vezes (ou dez) ao vê-la naquela posição, se eu iria ou não bater em sua bunda. Eu poderia – e deveria, por que perdi essa oportunidade? -, mas acho que estaria morto depois dessa.

E eu sei que ela não vai ao jogo apenas por causa daqueles dois. Evans vai por mim também. Seria uma falta de educação não apoiar a pessoa que a está recebendo em casa!

– James, filho, ela está bem? – perguntou minha mãe quando cheguei à sala.

Sentei ao seu lado no sofá e percebi que ela andou assistindo The Notebook de novo, já que seus olhos estão marejados e vermelhos.

– Está. Cansada e tudo e talvez esteja pensando em como matar a McKinnon, contudo, ela está bem.

Minha mãe tentou dar uma risada, mas acabou pegando um lencinho de papel para assuar o nariz.

– Eu adorava Marlene. – comentou. – Uma garota tão divertida.

Eu ri.

– Ex-divertida. Agora ela é uma louca controladora and she hates my guts. – reclamei, mostrando como a situação é irônica.

– Impossível. Você e Marlene eram melhores amigos e os McKinnon são uma família muito querida nossa. – repreendeu.

– Mãe, é difícil de explicar, falando que eu já disse sobre isso para você.

Ela parou para pensar se eu realmente tinha comentado sobre eu não ser mais amigo da McKinnon, aproveitei e coloquei a TV no canal de esportes.

– Por causa do Sirius. – chegou a uma conclusão. – Ah, se eu fosse a mãe dele não o deixaria quebrar o coração de tantas garotas.

– Ainda bem que a senhora não é, cá entre nós.

Ela balançou a cabeça negativamente, rindo. Walburga não é uma das pessoas mais agradáveis e Sirius não é o filho mais fácil de lidar.

E eu sei disso porque eu já estive na casa dele várias vezes. Eu poderia ter morrido com cacos de vidro enterrados no coração.

– Eu soube que você vai ter um jogo. – falou meu pai, entrando na sala.

– É. Você vai?

Não podia sair desesperado. Não. Fazia tempos que meu pai não ia a algo meu e dessa vez seria minha estreia como capitão do time. Eu não sei quanto tempo ficaria sem falar com ele se não comparecesse.

– Não perderia meu filho comandando um time. – ele sorriu orgulhoso.

Suspirei aliviado e fiz sinal de positivo.

Agora eu precisava ganhar esse jogo.

(...)

Quinta-feira seria o último treino antes do primeiro jogo e parecia que todos tinham comido ameba no almoço.

– Longbottom! Você o goleiro e parece que sua cabeça é a bola, colega! – gritou a treinadora, Mrs. Hooch.

– Desculpe Hooch!

Entrei novamente na fila para atacar, atrás de Gwenog Jones, que observava todos com um ar entediado e de braços cruzados.

De vez em quando, eu admito, que até esqueço que ela é uma garota. Ela fala, xinga e anda com garotos como se fosse um de nós. Porém, quando você começa a reparar, ela realmente age como uma garota em pequenas situações.

– Jones, sua vez! – apitou Hooch.

Senti-me sendo cutucado e olhei para encarar Sirius.

Mate, Gwenog é gata, não acha? – comentou.

– Eu acho Hestia gata, então Gwenog é também. – respondi, sorrindo ironicamente.

– Eu poderia sair com ela. – analisou com a mão no queixo, enquanto ela se preparava para chutar.

Padfoot é pior que eu. Eu acho que Gwenog está perto demais de ser uma das minhas colegas de equipe – quase uma amiga se McKinnon deixasse uma de suas garotas se aproximarem dos Marotos –, para ser algo mais, então nem a vejo como possível encontro.

– Acho que não. Não soube que as gêmeas Jones são ligadas no Bones?

– Prongs, meu amigo, quando se tem Sirius Black... – o apito de Hooch abafou o final de sua frase.

Olhei culpado para a treinadora, tentando parecer inocente.

– Black! Potter! Parem de fuxicar e coloquem a cabeça no treino, seu bando de maricas! – mandou.

Assentimos apressadamente. Esperei Gwenog fazer seu ataque novamente para ser minha vez.

– Juntar! – apitou Hooch.

E se vocês estiverem pensando que essa mulher só faz isso da vida... Vocês estão certas. Isso tudo é falta de sexo.

Todos se juntaram a sua volta, em uma roda (ou um bolinho de arroz, porque quando se é adolescente, não ligamos para a métrica).

– Amanhã é nosso jogo, meus jovens, façam como treinamos e vamos ganhar essa partida!

– What’s the team? – puxou o coro Gwenog.

Wildcats! – respondeu Sirius, enquanto ríamos de sua cara.

Referências a High School Musical? Sério, Padfoot, sério? Depois não quer que eu o chame de gay porque ele é “mais macho do que um lutador de UFC”.

Francamente.


Lily Evans

Ugh, como eu odeio multidões. Odeio, odeio, odeio. Suor e pessoas gritando. Nenhum lugar confortável para sentar.

Mas eu gosto de futebol. De bom futebol.

Acabei convencendo Marlene a ir ao jogo comigo, Dorcas, Hestia e Emma. A garota é tão teimosa que ameaçou colar a bunda no sofá para não ter de ver o jogo.

Eu a ameacei de volta, falando que iria queimar todas as partituras dos nossos treinos. Posso ser mandada para o inferno depois dessa.

Porém, se eu for ao inferno, será por uma boa causa.

– Eu não estou vestida adequadamente para isso. – grunhiu ela, ao se sentar na arquibancada.

Rolei os olhos e pude perceber que as outras fizeram o mesmo.

Marlene parecia ser uma pessoa tão descontraída e legal quando a conheci, mas ela ficou presa àquele negócio com o Black. Get over it, sweetie.

– Por que estamos aqui? – perguntou pela décima vez. – Meus pais iam me levar a um restaurante francês.

Suspirei e olhei para as meninas que falaram: “problema seu” com o olhar. Grandes amigas.

Estou chamando-as de amigas com menos de uma semana que nos conhecemos? Eu realmente deveria aprender a não me apegar fácil as pessoas.

– Porque Gwen está jogando.

Olhei para o céu já escuro e com uma lua bonita, pedindo a Deus que ela não pedisse mais explicações, porque eu não tinha mais nenhuma.

– E por causa do Potter? – adicionou.

– É... Ele pediu para que viéssemos.

Ouvi-a bufar. Ou, suspirar. Acharia mais provável que ela bufaria, mas ela realmente suspirou, como se estivesse cansada disso tudo.

– Lily... Desculpe-me, é que eu realmente não gosto deles. Não necessariamente do James Potter...

– Do Black, é. Eu sei. Você não tem culpa. Mas você deveria deixar isso no passado e voltar a ser o que era antes.

Ela me olhou triste e eu mordi a língua, pensando que eu tinha ido longe demais. Eu deveria aprender a segurar minha boca maldita de falar esse tipo de coisa que magoa. O negócio é que eu não consigo evitar.

Marlene desviou o olhar.

– Olha, vai começar.

Repreendi-me novamente e olhei o time de Hogwarts entrar em campo, junto com seu adversário, Beuxbatons.

E... Eles são bonitos.

– Hormônios femininos aprovam esse instituto! – comentou Hestia, alto. – Besides, Hogwarts continua mais quente que todos ai!

Abriu a bolsa e tirou o cartaz que havia feito com os dizeres: “Edgar Bones para presidência” e bem embaixo “Gwenog, tire os olhos do meu homem!” na forma de um P.S.

Como eu passo vergonha.

– Dá para você abaixar isso, Hestia? – falei entredentes.

Ela me encarou, ainda com o cartaz levantado.

– E perder uma chance de elogiar o Edgar? Não, obrigada. – e voltou sua atenção ao campo.

Bati a mão na testa e tentei me esconder. Mas quando se é ruiva no meio de várias morenas e loira, automaticamente você se sobressai.

Potter e Black me localizaram lá de baixo e acenaram, e depois apontaram para Hestia perguntando o que diabos ela estava fazendo.

Acho que vou morrer de vergonha. Vou morrer mais ainda se Amos e Edgar verem o que a minha amiga está segurando.

O juiz apitou. Era o professor Flitwick, o de Álgebra 2. Baixinho, alegre e saltitante. Eu o adoro.

O que eu posso dizer do jogo? Que Hogwarts tem chances. Muitas chances. Com todos esses jogadores. Frank Longbottom fez defesas espetaculares. Gwen pode ser a menina, mas ela não sofreu falta nenhuma vez. Deve ser justamente o fato de ela ser uma garota e os homens serem machistas e terem medo de machucar uma menina.

– PORRA POTTER, FAZ ESSA MERDA DIREITO! VOCÊ É CEGO? É POR ISSO QUE USA ÓCULOS, NÉ SEU- VIU? PERDEU A MALDITA BOLA! – gritei até minha garganta ficar mais seca que pão amanhecido.

Minha mãe me mandaria lavar minha boca com detergente de cozinha. Marlene, a classe em pessoa, estava bem puta da vida.

– Lily, por favor, sem esse vocabulário perto de mim. – fez piada.

– Marley, a culpa não é minha que ESSE ENERGÚMENO NÃO SABE A DIFERENÇA ENTRE A BOLA E A PROPRIA CABEÇA!

Ela riu e comemoramos mais uma defesa de Frank.

Ainda estava 0x0 quando Potter – que é o capitão desse time, shame on him – finalmente acordou para vida e começou a se movimentar como se deveria.

Segurei a mão de Hestia e Marlene. Ou a gente fazia gol agora, ou ficaria 0x0 até o final da partida, porque uma chance dessas não se perde.

– Vai, vai, vai. – ouvi Dorcas murmurar e Emme acompanhar.

– GOL! – gritou Hestia. – ISSO, E FOI POR CAUSA DO EDGAR!

Vi Potter comemorar com o resto e dedicar o gol para alguém.

Até que percebi que era para mim. Percebi que ele queria dizer alguma coisa, algo como: “para a melhor quase-irmã”. Mas não tenho certeza. A quantidade de barulho não me deixou entender direito.

Marlene me encarou como se eu fosse a louca daqui e me pediu explicações com o olhar.

Dei de ombros e assoprei um beijo sarcástico para ele.

Vi Charlus na primeira fila gritar um: “ESSE É MEU FILHO”.

Sorri com a cena. Charlus quase não tinha tempo para outra coisa a não ser trabalhar e vê-lo assistir ao primeiro jogo do filho é uma coisa tão legal.

Eu realmente estou me sentindo mais a vontade na Inglaterra. Talvez não seja tão ruim quanto eu pensava.


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Notas finais do capítulo

N/A: Espero que tenham gostado! Comentem, reclamem de mim etc etc. Eu sei que sou uma pessoa nada responsável, mas eu cumpro as coisas. Demoro, mas cumpro. Se quiserem mandar recomendação eu não reclamarei rs BRINCADEIRA SUAS LINDAS, AMO VOCÊS E ESPERO QUE ESTEJAM AÍ!
NB: Eu simplesmente amei esse momento jily que eles tiveram no quarto da Lily, sério, i can die HSHAHDHSDAH Gostaram? Sim ou não? Esperamos que nos sigam no twitter: @lilyinfallible e @fictionalcarter
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