Ex(changes) escrita por Carter James, AliceDelacour


Capítulo 7
|| Failing miserably


Notas iniciais do capítulo

N/A: Ok, eu juro que eu tenho uma boa desculpa por deixar vocês esperando.
Juro.
Tipo, eu estive bem ocupada durante esse último mês e a inspiração não vinha. E eu não acredito que não consegui escrever nada durante 1 FUCKING MÊS!! Acreditem se quiser, mas nas últimas duas semanas, eu tive trabalho em grupo pra fazer, o que rendeu poucas horas de sono e muitas olheiras. Tive alguns desencontros com Alice, então as coisas não estavam a mil maravilhas. Espero que ainda tenha alguém lendo essa fic, mas levem pelo lado bom: Eu não sou B.C Daily. (;
N.B: Olá queridas! Estamos atrasadas, sim ou claro? Haha, eu sinto muito por esse capitulo ter demorado tanto, em parte, a culpa é minha também ):
Maaas, em compensação, esse capítulo tem mais de 3 mil palavras /comemora/ e traz também (finalmente!) a interação da Lily com a escola! Morram com as pequenas surpresas desse capítulo :DD
Espero que gostem, pois a Carter escreveu com carinho, haha.



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||Capítulo VI – Failing miserably

James Potter 

- James, cara, você precisa se animar.

Sirius e Remus estão tentando me ajudar a esquecer do fiasco da festa passada em vão. Eu já avisei isso para eles.

Como se isso adiantasse.

Enquanto passamos pelo corredor – eu tentando caminhar com confiança e atitude como sempre, falhando miseravelmente – as pessoas continuam a olhar e comentar.

Sinceramente, já houve porres piores que o meu em Hogwarts FE. E todos sabem que depois de toda a responsabilidade tida nos GCSE as pessoas ficam mais relaxadas.

Todo mundo sabe. Menos a minha mãe. Meu pai não ligou muito. Na verdade, até me deu um tapinha nas costas como se dissesse: “esse é meu garoto!”.

- A gente não se falou desde aquela festa. O que você tem feito, Prongs? – tentou Remus.

Grunhi, lembrando do castigo que levei por 1) me embebedar tanto que o álcool era o suficiente para botar fogo no Buckingham Palace, 2) vomitar no tapete persa do corredor por beber o suficiente para botar fogo no Buckingham Palace e 3) não conseguir levar Lily – responsabilidade minha – para casa por beber o suficiente para botar fogo no Buckinham Palace.

- Eu dormi. E dormi. E lamentei a minha vida e minha dor de cabeça.

Sirius riu: - Por todos esses dias? Pal, eu pensei que tinha te ensinado a beber direito.

Mostrei-lhe o dedo do meio ao abrir a porta da aula de Minnie. É nosso segundo ano na Further Education e é o nosso segundo ano com McGonagall. Essa mulher não se cansa de nós.

- Que saudades, Minnie! – três adolescentes pulando em uma professora de setenta anos. Às vezes, eu sinto pena dela.

Nah, ela nos ama.

- Garotos. – deu-nos algumas palmadinhas nas costas.

- Como foram suas férias, Minerva? – o sempre educado Moony. – Maravilhosas, assim desejamos.

Ela suspirou, cansada.

- Sentem-se e vamos começar, Black, Lupin – não sei se aquilo foi um olhar de pena ou um sorriso ao me encarar. – Potter.

Ela sabia do meu porre. Oh, Deus, eu quero morrer. Não nasci para ser motivo de piada.

Malditas McKinnon e Meadowes. Elas poderiam nos amar e tudo seria ok. Nada disso teria acontecido.

Subimos* até os lugares de cima e jogamos nossos materiais em cima da mesa. Sirius sentou-se e colocou os pés para cima, cruzando os braços atrás da cabeça.

- Vou tirar uma soneca, folks. Acordem moi quando a aula começar.

Remus e eu rolamos os olhos e o empurramos para o chão.

- Deixe de ser folgado, Padfoot. Pelo menos uma vez na vida. – disse eu.

- Sem moral, Prongs. Você é um sem moral para dizer algo de mim e meu corpinho.

- Calem a boca, os dois. – mandou Moony. – Minerva vai começar a falar.

Endireitamo-nos e olhamos para frente ao mesmo tempo. Mais um ano de chatice até que nossa vida realmente começasse.

Yup.

Lily Evans

- Olá, eu sou Hestia Jones e eu vou ser sua guia durante seu primeiro dia em Hogwarts Further Education. – a morena me estendeu a mão.

Cumprimentei-a. Hestia. Hestia. Tenho certeza que eu já ouvi esse nome. Saído da boca de quem, eu me pergunto. Hmmm.

- Hey, sou Lily Evans. WASSUP? – ela torceu ao nariz. Sei exatamente o que ela está pensando. O quão meu sotaque é americano e irritante.

O pior seria se eu fosse de New York e falasse Quooffee em vez do normal Coffee.

Parece que de repente algo acendeu na mente dela e Hestia arregalou os olhos e chegou mais perto para observar-me melhor.

- Você conhece Marlene McKinnon e Dorcas Meadowes? – levantei as sobrancelhas em uma cara de espanto.

- Mais ou menos. Por quê? – desconfiei.

Ela cobriu a boca com a mão.

- Eu sou uma das amigas de Acapella delas. Desculpe Marls pelo porre dela naquele dia, ela nunca é assim. E parte da culpa é minha por não estar lá para ajuda-la. – ela abaixou a cabeça, envergonhada.

Ohhh, agora tudo faz sentido. Eu me lembro de Marlene dizer algo sobre umas tais de Hestia, Emme e Gwen. Acho que tudo eram xingamentos e maldições por elas não estarem presentes nos acontecimentos da festa.

- Não tem problema. Marlene é bem agradável e Dorcas também.

Hestia Jones negou.

- São umas vacas. – arregalei os olhos. – Mas não consigo viver sem elas. – e piscou para mim, rindo.

Isso é uma amostra do humor daqui, senhoras e senhores. Não como se na América fosse diferente, tirando o fato de que nós somos muito mais falsas e falamos em falsete.

Não eu, mas as garotas no geral. “Look at her butt, is so big! Ugh!” e coisas assim.

What a shame.

Caminhamos pelos corredores, com Hestia me explicando cada lugar e tentando me fazer sentir a vontade.

Eu sou uma reclusa social, bitch please. Eu nunca vou estar confortável na frente das pessoas.

- Se me permite perguntar, Lily... – eu a deixei me chamar pelo nome. É estranho chamar as pessoas pelos sobrenomes, quando se gosta delas. – Por que está aqui na Inglaterra?

- Aprendendo a cultura da minha família. – dei de ombros. – Um dia minha mãe apareceu com uns papeis na minha cara dizendo: “São seus GCSE, faça-os!” enquanto eu a olhava, tipo: “wtf”. – Hestia riu. – Depois disso ela me explicou que eu estava de passagem paga de ida para Londres.

Acho que fiquei com uma cara deprimente porque ela me deu um sorriso encorajador.

- Você vai gostar daqui, Lily Evans. É meu segundo ano, e olha que eu não me arrependo um dia.

Sorri e continuamos o nosso caminho até a aula de meu horário, que por acaso era a mesma aula de Hestia.

Agradeci eternamente quando falaram que Potter e seus amigos não precisavam me acompanhar. Já tenho que passar grande parte do dia com eles e é mais que o suficiente.

Vi a cara de alívio de Potter quando falaram isso para ele. O sentimento é mútuo.

- Quer dizer que você mora na mesma casa em que James Potter? – riu-se a minha guia. – Coitada. O garoto parece ter dois anos de idade mental. Esquecendo a quantidade de garotas que ficam com ele.

- Você também não é muito com a cara dele. – presumi.

Hestia discordou com a cabeça.

- Ele é um cara legal. Ninguém realmente o odeia, ou odeia Black e Lupin, sabe? Eles são uma amostra de como a amizade pode perdurar mesmo quando as pessoas crescem.

Fiz uma expressão de interrogação. Pelo o que Marlene e Dorcas me falaram, elas os odiavam sim.

- Não ligue para Marls e Dodô. – ela leu meu pensamento. – Elas gostam de passar a imagem que odeiam os Marauders, mas é tudo fachada.

Fiquei desconfiada e pedi por mais informações. Hestia pareceu se empolgar em falar a verdade sobre as amigas.

- Marlene McKinnon ama Sirius Black desde o primário. E Sirius Black sempre gostou dela.

Interessante.

- Dorcas Meadowes namorou e voltou com Remus Lupin durante todos os anos em que eles se conhecem. Mas sabe, Remus Lupin é um Marauder, então ele dá em cima de outras garotas por instinto.

Oh. My. Godness. Como as pessoas dessa escola são complicadas!

- Oh. Simpáticos.

Hestia assentiu.

- Como você vê, Lily, as pessoas aqui se amam. – finalizou. – Quer dizer, menos eu e minha irmã. – ela olhou para cima, como se estivesse pedindo ajuda para Deus.

De briga de irmãs eu entendo. Eu posso amar Petty, mas eu também a odeio de vez em quando.

- Você tem uma irmã? – perguntei. – Quem é ela?

Cruzando os braços, Hestia rolou os olhos e deu uma checada nas unhas, sem nenhuma pressa de me responder.

- Gwenog. – pronunciou como se fosse algo venenoso e amaldiçoado. – Mais velha que eu dois minutos e trinta e sete.

- Gêmea idêntica? – não Lily. Imagine. As duas nasceram no mesmo dia e na mesma hora, da mesma mãe. Lembrete: dar-me um tapa mental.

- Infelizmente. Porém, pense em uma pessoa completamente diferente de mim. Ela joga futebol, Lily! FUTEBOL! – ela fez uma expressão de “I’m so done”.

Segurei o riso. Pelo pouco que eu já vi de Hestia Jones, já posso dizer que ela nunca pisaria em um campo de futebol na vida, não com essas sandálias de salto dela.

Isso me lembra a música da Taylor Swift, You Belong with Me. Só falta as duas gostarem do mesmo cara...

- E ela ainda teve a audácia de gostar do mesmo garoto que eu, ginger! Ugh! – ela gesticulava com a mão desesperadamente. – Você não tem noção do quanto eu a não suporto! 

Não consegui me segurar, e comecei a rir das caras que ela fazia.

- Pare de rir, Lily! – gritou ela, também começando a gargalhar. – It’s not funny!

Fomos interrompidas por uma mulher de óculos na ponta do nariz, nos olhando severamente.

Isso me assustou até os ossos. O poder do olhar dessa mulher assusta até um terrorista, sem brincadeira.

Preciso ter aulas de olhares mortais com ela algum dia desses.

- Srta. Jones, pare de fazer essa algazarra aí fora. Eu sei que você teve de lidar com a aluna nova, mas seu tempo acabou faz dez minutos. Pare de ser uma babuína balbuciando em bando e entre agora!

Entreolhamo-nos e corremos para dentro da sala em segundos. Olhei em volta para meus futuros colegas.

Ah, não.

James Potter

Parece que Evans não consegue ficar longe de mim por muito tempo. E eu pensava que nos ver em casa já era suficiente.

Pff. Ela virou amiga de mais uma garota de Acapella. Não é possível. Ela não consegue evitar ficar longe delas, consegue?

Parece-me que não.

- Essa é srta. Evans, aluna de intercâmbio.

Evans deu um sorriso constrangido e um aceno de mão.

- Oi...?

Minnie já estava impaciente e apontou para a mesa do lado da nossa, com um olhar de: “só sobrou aquela, corram pelas suas vidas antes que eu as mande para o diretor por atrapalhar minha aula”.

Os saltos de Jones (Hestia, porque Gwenog nunca arrumaria o cabelo desse jeito e muito menos usaria esses objetos de tortura aka sapatos) faziam um barulhinho que deixava Minnie cada vez mais irritada.

Evans atirou a bolsa para a carteira mais longe da minha, mas Hestia sentou-se primeiro. Resignada, se jogou na cadeira e arrumou seus materiais.

Sinto-me tão amado.

- Como foi conhecer a escola, Evans? – perguntou Sirius ao meu lado.

Ela bufou enquanto abria um caderno, fuzilando-o os objetos a sua frente.

- Foi legal. – respondeu. Bem, eu pensava que ela nem se daria o trabalho de olhar para gente, então foi uma surpresa. – É um lugar grande.

Remus jogou uma borracha em minha cabeça e pronunciou com a boca: “fale alguma coisa, for God’s sake”.

- Desculpe por não ter sido eu que guiei você por aqui. – experimentei.

Evans ficou boquiaberta. De surpresa por eu ter me desculpado, aposto.

- Você acha que tudo é sobre você, não acha, Potter?

Ok, Evans 1 x 0 Potter. Não posso deixa-la pensando que vai ganhar sempre. E eu sei retrucar. Juro.

Juro.

- Só estava tentando ser um bom anfitrião, Evans. – falei, levantando as sobrancelhas.

- Falhando miseravelmente, pois é. – cantarolou ela.

Sirius soltou uma risada abafada e eu o encarei. Afastando o olhar, ele continuou a fazer o que ele sempre faz: nada.

- Evans, Potter. – chamou-nos Minerva. Lá vinha. – Querem parar de falar e prestar atenção?

Ela murmura um: “blablabla, Potter estúpido” e pede desculpas.

Cruzo os braços e volto o olhar para frente da sala.

(...)

A voz de Padfoot reclamando de como Binns parece morto ao dar aula entra em um ouvido e sai de outro.

Depois dessas aulas terríveis de História Geral, apenas preciso de comida.

Ahhh, comida. Consigo até sentir o cheiro dela...

Deve ser porque eu estou na frente do refeitório.

O refeitório de Hogwarts FE é como todos os refeitórios são. Cheios de pessoas querendo comer desesperadamente, antes que suas aulas comecem de novo. Se você acha que os refeitórios mudam depois que você cresce é mentira.

Ainda parecemos crianças correndo pela merenda.

Entramos na fila. Seria muito desnecessário dizer que alguns calouros nos deixaram furar algumas posições? Ok.

Batatas. Arroz.

Oh, Deus. Estou no céu.

... E estou falando que nem uma garota na TPM. Deve ser a fome depois de dois tempos seguidos de História Geral. Dois!

Sentamo-nos na nossa mesa de sempre. Apenas Remus, Sirius e eu. Algumas vezes Frank se junta a nós, mas parece que o assustamos. Francamente! Não somos intimidadores.

Ok, talvez um pouquinho.

Sinto-me sendo cutucado e vejo Remus apontando para a porta de entrada.

Evans. Será que devo convidá-la para sentar comigo? Seria algo que uma pessoa decente faria. Eu posso não parecer de vez em quando, porém eu sou decente. Realmente sou. E pessoas decentes convidam pessoas para sentar-se com elas no primeiro dia delas.

Levanto-me para chama-la, até que meus planos são desfeitos por quem mais nem menos? McKinnon e Meadowes.

Evans está em boas mãos, afinal.

... Mãos que vão fazê-la querer me estrangular enquanto eu durmo. Eu não sou uma pessoa terrível. Eu não sou!

Eu não fiz absolutamente nada para que McKinnon e Meadowes me odiassem com tanto fervor desse jeito! Éramos praticamente amigos no secundário e agora isso.

Preciso parar de me preocupar com o que as pessoas pesam de mim. Eu não sou assim. James Potter não dá a mínima para a opinião dos outros.

- Prongs. Prongs. PRONGS! – virei-me de súbito para encarar Padfoot. Ele está me encarando nervoso. Deve ser porque eu não respondi as inúmeras vezes que ele me chamou nesse período que eu estava me preocupando com o que as pessoas pensam de mim. Dammit. – Diabos, quer prestar atenção no que eu falo?!

- Sorry, mate. O que você estava dizendo mesmo? - tomo um gole de Coca.

Sirius bufa.

- Treinos de futebol. Quando você vai marcar?

Treinos. TREINOS. Desde quando isso é comigo...?

Ah. É porque eu sou capitão.

EU SOU CAPITÃO!!! Ladies, um passo para trás que James Potter está passando...

Dou de ombros.

- É apenas o primeiro dia, Pads. Não faço a menor ideia. E ainda tenho que marcar as malditas audições.

- Você sabe que não deve ter nenhuma maravilha. – contestou Sirius.

- E você diz isso porque tem medo de alguém ser melhor que você.

Num ato de pura maturidade, meu grande amigo mostrou-me a língua. Eu, como a demonstração do que é verdadeira idade avançada, eu lhe mostrei o dedo do meio.

De repente, todos do refeitório pulam de suas cadeiras por um grito. De McKinnon, provavelmente. Essa garota sempre prepara alguma “apresentação” de acapella. Suas garotas têm sérios problemas com o time de futebol, como se fôssemos doença ou algo assim.

Somos uma doença que todo mundo pega, ok?

Deus, isso foi terrível. Esqueçam que isso foi falado.

Lily Evans

Encontrei Marlene e Dorcas depois da aula de McGonagall. Sinceramente, eu não sei se fiquei feliz ou decepcionada ao encontra-las.

As duas são completamente piradas. E não do jeito fangirl ou pirado de “omg-passei-a-noite-toda-em-claro”. É pirado de desequilíbrio mental mesmo. Eu fiquei com vergonha.

Tanta. Vergonha. E olha que eu já passei muita vergonha na minha vida aka vida-de-fangirl-não-é-fácil.

- Lilyyyyyyyyyyyy! – receberam-me, gritando uma oitava acima do normal delas. Ou várias. Não tenho certeza, porque fiquei meio surda.

A primeira coisa que eu percebi foram as roupas. E eu não ligo para roupas. Eu nunca liguei para roupas, tal que eu já fui de pijama para a escola, e com um cobertor da Minnie. Mas Marlene McKinnon é extremamente peculiar com as dela.

Marlene McKinnon usa figurinos que eu vi a Lindsay Lohan vestir em Operação Cupido. Quando se tratava da gêmea da Inglaterra, a Anne.

Sim, esse tanto de peculiaridade.

- Oi...? – tentei me esconder quando elas abriram os braços para me abraçar, mas falhei miseravelmente. Não me leve a mal, eu adoro abraços, abraços são ótimos, porém eu pensei que britânicos não eram muito de contato físico.

Tudo o que uma garota quer mentiu para mim!

- Bem vinda, querida! – falou Marlene. – Como foi sua primeira aula em Hogwarts FE?

Tirando que quando eu queria responder alguma pergunta as pessoas ficavam: “ui, a americana quer falar alguma coisa? Não deixe, McGonagall, não deixe!” ou quando eu quis uma borracha emprestada, o garoto me tratou como se eu fosse a Peste Negra; foi legal.

- Não querem falar comigo porque meu sotaque é americano! – reclamei para ninguém em especial. Acho que mais para Hestia.

Infelizmente, fora Potter que respondeu.

- Não querem falar com você porque você é americana.

Obrigada, senhor Gênio, isso esclareceu as coisas. Quer um balão?

- Hm, foi interessante. – omiti. – Conheci Hestia Jones. – apontei para a morena que falava com alguma pessoa que eu desconheço.

Cá entre nós, eu não conheço ninguém aqui. Então é a mesma coisa que falar que ela estava falando com alguém irrelevante.

- Oh, sim. Hestia é uma fofa, não? – respondeu Dorcas. – É uma das nossas melhores amigas.

Virei-me para Marlene.

- Não era ela que você ficou brava porque não estava contigo no...? – fui interrompida pela loira.

Ninguém me manda calar a boca! Ninguém!

- Não falamos desse assunto. O que passou, passou. – falou Dorcas. – Sempre seguimos em frente e de cabeça erguida.

Ela disse isso como um mantra ou algo assim. Acho que isso é relacionado ao fato que ninguém gosta muito das apresentações delas.

Potter que comentou, em seu estupor depois da bebida. Comentou não. Grunhiu, para ser mais exata. E disse uma porção de palavras que não deveriam ser ditas em programas de família. Ou na televisão ao vivo.

Os britânicos falam telly, sabiam? Isso é muito estranho.

- Ok. Não está mais aqui quem falou. – rendi-me. Peguei meu horário para ver minha próxima aula, mas Marlene o arrancou da minha mão antes que eu tivesse a oportunidade de ler um a.

Logo depois, ela deu pulinhos e puxou a mim e Dorcas pela mão.

- Nossa próxima aula é juntas, vamos queridas!

Devo admitir, Marlene McKinnon tem certa classe ao falar. E ao andar também. Se eu estivesse com esse tipo de roupa, não ia conseguir andar elegantemente dessa forma.

(...)

Aulas. Já não gostava delas quando estava nos USA, agora gosto bem menos. Ugh, quem foi o infeliz que inventou Inglês Avançado? Como eu consegui entrar nessa aula, eis a questão.

- Agora que comemos? – reclamei, choramingando.

Minhas novas colegas fizeram um sinal de positivo e me mostraram o caminho para o paraíso (também conhecido como refeitório).

A cada passo, eu conseguia perceber o quanto as pessoas comentavam quando passávamos. Só não sei se são coisas boas ou ruins.

Sinceramente, prefiro quando as pessoas não falam nada mim.

Como era provável, Potter e sua gangue já estava comendo. Por alguma razão, ele levantou ao me ver chegando. Será que ele queria me oferecer companhia?

Nah, acho que não. Ser gentil não é muito a praia dele.

Caminhei com Marlene e Dorcas até a mesa delas. Algumas garotas – as outras componentes do grupo de acapella delas – já estavam ali sentadas. Hestia é uma delas, e sua cópia idêntica, Gwenog, também. Imagino que a última seja Emme alguma coisa.

Olhe, eu tenho boa memória!

- Queridas, essa é Lily Evans. Nós nos conhecemos no evento-vocês-sabem-qual. Lily, essas são Emmeline Vance – eu sabia! – Hestia, que você já conhece – dei um aceno e recebi outro como resposta. – e Gwenog Jones, irmã de Hestia.

- What’s up? – falei.

Terminadas as apresentações, finalmente (!) me levaram ao balcão de comida. Oh, Deus, obrigada!

Sorri internamente ao ver fish fingers and custard. Eleventh Doctor, olhe o que você faz comigo!

Quando voltamos à mesa, elas já começaram a falar sobre a nova temporada de Acapella que estavam planejando. Marlene parece ser uma líder muito meiga e gentil, mas rígida. As outras a ouvem com atenção, mas demonstram uma aparência meio apática quando Marlene fala das músicas. Eu também fiquei, mas contidamente. São escolhas meio... Ultrapassadas.

- Evans-Lily-Ev – embaralhou-se Emmeline.

- Lily. – ajudei, com um sorriso.

Ela agradeceu.

- Então, você sabe cantar? – concluiu o pensamento.

Eu rio ou eu choro, pessoal? EU, Lily Evans, cantando? Não mesmo. Necas. Nope. Nunca. Obrigada.

- Infelizmente não. – respondi.

Todas fizeram expressão de descrença. Sério, eu não estou brincando! Ninguém quer me ouvir cantar, eu posso estourar os tímpanos de alguém. Ou quebrar as janelas do lugar, não sei.

- Duvido. – retrucou Gwenog.

- Eu também. – Hestia disse. As duas se entreolharam desconfiadamente, como se não estivesse acostumadas em concordar uma com a outra.

- Se as gêmeas Jones estão concordando em alguma coisa, quer dizer que é verdade, Lily. – apontou Dorcas.

Marlene assentiu.

- De fato.

Senti-me ofendida. Elas não acreditavam em mim? Por quê?! Eu nunca minto. Quer dizer, quase nunca. Ok, frequentemente, mas elas tinham de entender!

- O que vocês querem? – falei. – Que eu cante agora para provar o contrário?

Recebi cinco acenos de cabeça como resposta.

Essas pessoas querem mesmo que eu fique com a reputação de voz de pato para o resto da minha vida nesse lugar. Eu queria apenas ser uma garota normal, que tivesse amigos normais.

De fato, meu sonho é viver Pitch Perfect, mas... Não dessa forma! Sério, eu vou passar a maior vergonha da minha vida. Maior ainda do que daquela vez em que eu e Alice estávamos no cinema e eu vi um pôster maravilhoso do Avengers e eu o tentei roubar.

Porém, eu odeio ser desafiada. Eu vou provar o contrário. Elas acham que eu sei cantar? Ótimo. Eu vou provar que eu não sei mesmo.

Beca Mitchell, você é a pessoa mais incrível do mundo. Não se importa que eu copie sua performance um pouquinho, sim?

- Ok. – respondi.

Marlene bateu palmas e as outras a seguiram. A líder preparou a voz e deu um grito gutural para chamar atenção do resto do mundo.

- Prestem atenção!

Dammit. Ela ia fazer todo mundo escutar? Potter vai rir da minha cara pelo resto dos meus dias na Terra! Na casa dele, aqui, em todo lugar!

Fui eu que pedi isso, não foi? 


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Notas finais do capítulo

N/A: Bem, queridas, isso é tudo por hoje. E por um tempo. Não sei quando vou ter tempo e inspiração para escrever em Ex(changes). Olhem, eu tenho algumas ones também para escrever e eu queria postá-las algum dia. E com esse feriado, talvez eu consiga escrever tanto nelas, quanto aqui. Vamos ver. 4 dias sem aula. Que lindo. Parece o paraíso. Desculpem qualquer erro, porque eu devia escrever mais frequentemente para não errar em alguns fatos.
N.B: Aca-incrivel, não? Estou louquinha pra ver/ler a Lily cantar (aposto que ela não canta mal e é tudo drama, haha)! Eu amei as gêmeas Héstia e Gwenog Jones (a ideia foi minha! Carter queria fazer elas primas u-u). Beijos pra vocês e espero que comentem, pois eles incentivam a Carter!
PS. Tem alguém do RS ai? Por que eu acho que congelei essas duas ultimas semanas, hahaha.