Percy Jackson - As Armas Sagradas escrita por Rafael Ed Kepler


Capítulo 5
Que comece a luta. O poder de Urano.


Notas iniciais do capítulo

fala galera. Como está o final de semana? Domingo meio parado por aqui xP então, vamos ao capítulo?



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Se antes eu já estava perdido com o tempo, agora eu estava definitivamente fora de qualquer padrão. Era claro, o sol jazia no meio do céu, estava muito quente, e tudo que eu conseguia tirar daquela maldita gata eram "Nyah!'s".

Estávamos em um deserto, areia espalhava-se por quase toda vista - salvo uma caverna mais à frente -, diversas dunas tapavam a visão do horizonte, e minha sanidade já estava sendo afetada pela exposição intensa ao sol.

A pequena gata Silha estava no meu encalço, lambendo as patas, não parecia estar sofrendo com o calor, mesmo com os pelos negros.


-Certo então. - disse ela, afastando a língua do pelo. - A espada está nessa caverna.


Olhei para dentro da caverna, uma simples abertura de rocha, abaixo de uma duna de areia muito maior que todas as demais, a escuridão me avisava perigo mas, ao mesmo tempo, o vento gélido era convidativo. Como poderia existir uma caverna assim, em pleno deserto?

Bem, eu meio que me acostumei à isso, tudo no Olimpo era algo inacreditável, desde os monstros até os próprios deuses. Os Shines, bem, não são exceção.

A gata guiou o caminho, quando entramos na caverna, destampei Contracorrente - foi bom ver algo normal nisso tudo, bem, não que Contracorrente fosse uma espada normal, mas, acredito que o meu normal seja diferente do de vocês -, a fraca luz que a espada emitia, era o suficiente apenas para ver a cauda da gata, e a seguir, seja lá onde ela me levasse.


Entramos em uma espécie de salão, uma construção imensa, com pelo menos vinte metros de altura, em largura? Bem, podemos dizer que não seria problema construir um campo de futebol naquele lugar.

Tampei minha caneta esferográfica letal. Não precisava mais de luz, sim, aquele imenso lugar emanava uma luz azulada, muito mais forte que qualquer lâmpada, parecia mais com a luz emitida por fogos de artifícios, mas mais azul e pelo menos duzentas vezes mais potente.

No meio do local, estava ela, cravada no chão com bainha e tudo. Uma espada Japonesa, aquelas que os samurais usavam em tempos feudais, acho que o nome delas eram Katanas. - Meus deuses, Annabeth está mesmo me afetando com todos aqueles comentários e informações... - Ela era negra, mas possuía alguns detalhes prateados, e aquela luz ofuscante parecia vir dela.


-Aquela... É a espada do Olimpo? - perguntei. Pergunta estúpida.

-Sim, Nyah! - respondeu Silha.

-Como eu posso, bem, conversar com ela? - perguntei.

-Quando você encostar nela, sua consciência será levada para dentro da espada. Basicamente, essa espada é uma faca de dois gumes. Se conseguir dominá-la, terá poder suficiente para cortar os céus em dois, e derrotar qualquer inimigo. Nyah! - falou a gata.

-Isso... Me parece familiar. - comentei.

-Nyah! assim como boa parte das lendas nasceram de algo que os humanos não conseguem compreender, as vezes, puras palavras tolas que não representam significado algum, porém, em alguns casos, elas são criadas a partir da verdade. - explicou a gata - Várias lendas já nasceram dessa espada, porém, a mais comum é Excalibur. A lenda de excalibur está diretamente ligada com a espada do Olimpo. Tanto que, em um certo tempo da história, até os deuses falavam Excalibur para referirem-se à espada.

-Entendo.

-Mas, como eu estava explicando antes, existe um preço caso você não consiga controlar a espada. Nyah! - disse a gata.

-Deixe-me adivinhar. Se eu não conseguir controlar, eu morro. Certo?

-Quem dera fosse assim tão simples. - disse a gata. - Se você não convencer Urano a nos ajudar, ele o selará dentro da espada e tomará conta do seu corpo. Nyah!

-O que?

-Como você imaginaria ser viver preso durante milênios e saber que será assim por toda eternidade. É assustador, horrível. Quando Zeus usou seu poder a força, só o deixou ainda pior. Nyah!

-Então era isso que significava o "torne-se forte." - comentei.

-Sim. - disse Silha. - Você terá que derrotar Urano para usar a espada.


Caminhei em direção à espada cravada no chão. A cada passo eu sentia a intensidade daquela força, uma força ancestral, muito antes de qualquer humano, muito antes que qualquer deus, ali estava um pedaço do dono dos céus, Urano.

Encostei no cabo da espada, enquanto Silha murmurava alguns "Boa Sorte's" e outros "Nyah's". Logo eu não ouvia mais a voz da gata, o ambiente ao meu redor se deformara para um imenso mar congelado em baixo de um céu branco como neve.


-Depois de tanto tempo... - disse uma voz, bem, não era bem uma voz, parecia mais um eco. - Alguém resolve me visitar. Quem é você, garoto?

-Meu nome é Percy Jackson, filho de Poseidon.

-Um semideus? - disse o eco, um tanto surpreso. - De fato, inesperado. Que assuntos um semideus teria à tratar comigo?

-Eu vim pedir ajuda. Permissão para usar a espada. - respondi.


Uma correnteza de vento passou ao meu lado, um pequeno tornado formou-se logo em minha frente, mas ele não possuía nenhuma força de atração. De dentro daquele bolo de vento, surgiu um homem.

Um homem idoso, sua barba e cabelos eram grisalhos, mas bem cortados, seu porte era médio, não tinha músculos de halterofilistas, mas também não parecia sofrer com problemas nas costas, como a maioria dos idosos. Seus olhos eram cinzas, e seu rosto me lembrava Zeus, porém, sem aquela carranca de deus orgulhoso e egoísta.


-Você sabe o preço para controlar minha espada, certo? - perguntou ele.

-Sim. - respondi.


Destampei Contracorrente, os noventa centímetros de bronze celestial brilharam, entrei em pose de combate.

A correnteza de vento modificou-se novamente, até outro pequeno tornado surgir na mão do homem. Logo, aquele minúsculo tornado tornou-se na espada que estava cravada no chão da caverna.


-Vejo que os deuses estão tendo problemas. - disse Urano. - Você tem cerca de uma semana até toda energia divina deles ser drenada, e eles tornarem-se meros mortais.

-Do que está falando?

-Fatos. - respondeu ele. - A gata esqueceu de lhe dizer isso. Eu vou dar uma chance à você, vou deixar o tempo nesse mundo mais lento. Você tem dois, não, três meses para me derrotar. Passados três meses aqui dentro, será o equivalente à uma semana no mundo lá fora.

-Uma semana... Até os deuses deixarem de ser deuses... - comentei.

-Sim, após isso, o mundo entrará em loucura. Os Shines, bem, eles não são maus, mas não percebem que destruindo os deuses, destrói-se a humanidade. Pois bem, vamos as regras.

-Regras?

-Sim, toda luta justa tem regras. - comentou Urano. - Quem desmaiar ou admitir derrotar primeiro perde. Com o casaco divino que você usa, deve ser capaz de aguentar estes três meses lúcido. Se você ganhar, lhe dou permissão para usar a espada. Se você perder, passa a viver aqui dentro, enquanto eu vivo no seu corpo no mundo real. Está de acordo?

-Sim. - respondi.

-Pois bem, vamos começar.


Eu não vi, não tinha idéia de que poderia ter sido morto no primeiro ataque. Foi muito rápido, meus reflexos me salvaram por pouco, minha espada bloqueou a de Urano, que impediu que meu pescoço fosse arrancado fora, mas não sem deixar uma grande cicatriz nele.


-Se não tivesse usando o casaco. - comentou ele, atrás de mim. - Se seus limites humanos não tivessem sido rompidos, sua cabeça estaria aos meus pés, Percy Jackson.


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Notas finais do capítulo

Então, quem mais acha que Urano é foda? rçrçrçrç Vamos ver como Percy se sairá dessa né? xP Comentem ai, ou eu não mereço isso? T.T



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