Percy Jackson - As Armas Sagradas escrita por Rafael Ed Kepler


Capítulo 3
A decisão de Percy.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pra vocês :3



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Depois de alguns minutos, ajoelhado, com pensamentos alheios em relação à tudo que acontecia, imagens ricocheteavam em minha mente, com tudo que acontecia. Desde a manhã, que talvez tenha sido deste mesmo dia, ou de algum outro atrás, porém, isso, no momento, não importava. Imagens do homem vestido de branco, seus olhos leitosos, todo acampamento reunido em volta da luta dele contra Dionisio, o soco que me arremessou quase um quilômetro de distância, a chegada nos destroços do acampamento.

Tudo vinha e voltava muito rápido, diversas questões continuavam pairando em meu subconsciente, o ar a minha volta se tornava difícil de respirar, aos poucos, enquanto eu raciocinava o que aconteceu. O fim, sim, acabou, os deuses estão derrotados, caídos, o acampamento juntamente com o Olimpo foram ao chão, a era dos deuses acabou.

Era o que eu pensava, porém, no fundo de meu coração, uma pequena ponta de esperança batia forte, "A espada do olimpo" meu pai dissera, uma chance de derrotar aqueles que derrotaram os deuses.

Porém, o medo de perder a vida era intenso, horrível e dominador. Como eu faria uma espada viva me ajudar? E, acima de tudo, o que significava o "Torne-se forte para controlar a espada.".

"Siga aqueles que me obedecem.", bem, isso não é lá muito difícil. Todo mar obedece meu pai, porém, o que exatamente eu teria que seguir? Um tubarão? Um peixe? Uma orca devoradora de baleias?

Mas, quase que seguindo a deixa, algo brilhou no mar. Uma luz ofuscante irrompeu do mar escuro, me cegando temporariamente.

Estava ali, boiando no mar, uma figura monstruosa, uma imensa lula rosa me observava atentamente. Ela mexeu a cabeça repetidas vezes, até cair algo do topo dela, a partir dali, a lula voltou para o mar, me deixando com uma caixa de madeira que brilhava em um tom dourado.

Ela tinha inscrições na tampa, estava em grego antigo, porém, eu consegui traduzir, devido minha certa "facilidade" de ler essa língua "morta“.

"Objeto divino, não mexa sem autorização." dizia a caixa, e, claro que, mesmo sem autorização eu mexi. Dentro dela havia uma esfera, que mais parecia aquelas bolas de cristais das clarividentes, juntamente com a esfera, vinha uma esfera menor, que brilhava em um azul intenso, quase como o azul do mar.


Encostei na bola de cristal, e, instantaneamente depois, ela brilhou no mesmo tom da esfera menor e exibiu a miragem de uma sereia.



–Você é Percy Jackson? - perguntou a sereia, que mudava de aparência a cada segundo, se parecendo com as pessoas que amo. Annabeth, minha mãe, Paul Blófis, Tyson, Grover, e assim por diante.


–Sim. - respondi.

–Meu nome é Sirena, trouxe comigo uma encomenda de Poseidon. - revelou.


"O casaco divino" pensei. Mas, apesar da esperança ainda existir, o medo era maior. Eu poderia mesmo lutar contra aqueles monstros?



–Percy Jackson. - chamou Sirena.



Quando olhei para a sereia de novo, ela estava com o rosto de Annabeth, fixo, sem trocar para outros como à segundos atrás.



–O que está fazendo, cabeça de alga? - falou ela, na voz de Annabeth - Você não é assim. Está com medo?


–Pare de falar na voz dela. - alertei.

–Enquanto você está ai, tremendo, nós estamos sendo mortos! - falou ela, ainda com a voz de Annabeth - Vai deixar isso acontecer?!

–Pare...

–É normal ficar com medo. Mas já passamos por tanta coisa juntos, você até enfrentou Atlas aquela vez, lembra? Agora, não é tão diferente assim.

–Claro que é diferente! - gritei - Eles são mais fortes que deuses! Como eu posso enfrentar isso?!

–Do mesmo jeito que enfrentou tudo até agora. - disse ela - Se superando. Se você olhar, a cada ano que se passa, mais inimigos aparecem, e ainda mais fortes. Mas, você derrotou o Minotauro, lutou com Ares e até mesmo com Atlas! A cada vez, foi se tornando mais e mais forte, até se tornar o homem pela qual eu me apaixonei.

–Pare de falar na voz dela... Por favor... - reclamei, eu quase não conseguia segurar as lágrimas. Droga, Annabeth! Eu não posso simplesmente ficar aqui, parado, tremendo. Eu vou salvá-los. Custe o que custar! - Sirena. Me passe a encomenda de Poseidon.


A sereia sorriu, parece que sabia que algo assim aconteceria, enfim, não consegui ficar brava com ela, afinal, foi ela que me mostrou que, apesar de tudo, ainda vale a pena lutar.



–Certo, segure. - ela disse.



A sereia esticou a mão em minha direção, e, da palma dela, surgiu uma pequena chama azulada, que não era quente, nem fria, na verdade, era água em forma de chamas.


Encostei nela, e, automaticamente, as chamas correram por meu braço e foram tomando outra forma, logo, eu vestia um sobretudo negro, que cobria meu torso e pernas, juntamente com o braço esquerdo.

O sobretudo era em total, negro, mas continha diversos enfeites em prata, como algumas listras nas costas, e outras que cruzavam o peito, o braço direito havia ficado de fora, enquanto o esquerdo ganhava uma manga que se estendia até minha mão.


–Esse... É o casaco divino? - Falei, apesar de isso não ter nada a ver com um casaco.


–Sim. Faça bom uso dele, Percy. - disse Sirena, notei agora que ela usava o rosto de minha mãe. - Salve o mundo, mais uma vez. Quando voltar, farei um bolo com cobertura azul para comemorar.


Eu sabia que não era minha mãe, que não passava de um rosto artificial de Sirena, mas, mesmo assim, respondi:



–Certo, mãe.



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Notas finais do capítulo

O que acharam?



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