Percy Jackson - As Armas Sagradas escrita por Rafael Ed Kepler


Capítulo 20
Como o fim terminou - FINAL


Notas iniciais do capítulo

Siim, esse é o capítulo final :3 boa leitura ^^



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                Quando meus olhos abriram novamente, não estava de volta à terra, mas sim ao universo de Urano. A fogueira ainda queimava, mostrando um pequeno colchonete, onde eu estava deitado, mais a frente estavam Francis juntamente com Urano, ambos observando as brasas com atenção.

                Quando notaram que eu estava lúcido, os rostos sérios desapareceram e deram lugares a sorrisos brilhantes.

                -Percy, você acordou! - falou Francis.

                -Pensei que fosse morrer dormindo. - comentou Urano

                -O-O que aconteceu? - perguntei, sentando no colchonete.

                -Hades e Nico o salvaram no final, não lembra? - perguntou Francis.

                -Ah, sim, está certo. - disse, me lembrando das duas figuras negras aparecendo em minhas últimas alucinações.

               
                Esfreguei a cabeça algumas vezes, ela doía ainda, mas nada insuportável. A dor em meu corpo era muito mais intensa, como se meus músculos estivessem sendo disputados em um cabo-de-guerra.

                -Você ficou quatro dias apagado, e, mesmo assim, seu corpo ainda está beirando à destruição. - falou Francis. - Que poder medonho.

                -O próprio casaco divino não aguentou, pensei que duraria por cerca de dez minutos, mas, perto dos cinco ele já estava em trapos. - falou Urano

                -Bom, o importante é que ninguém morreu no final. - respondi. - Bem, exceto os demais Shines...

                -Ah, não se preocupe com eles. Assim como eu acabei me hospedando no seu corpo, eles estão hospedados na minha alma, somos todos morte, afinal.

                -Entendo. - falei.

                -Então, Percy. - falou Urano. - Temo lhe dizer isso nessas condições, mas temos más notícias.

                -Mais problemas? - perguntei.

                -Infelizmente. - respondeu Francis. - Sabe, como eu disse, passamos de planeta em planeta buscando destruir a imortalidade. Em um planeta paralelo à esse, encontramos uma raça de guerreiros. Eles são incomparavelmente fortes, suas vidas são longas, cerca de oitocentos anos, e, quinhentos anos desses oitocentos, são investidos em treinos para suas habilidades físicas e o controle de seu poder interior. Podemos dizer que são uma versão evoluída dos humanos.

                -O quão fortes eles são? - perguntei.

                -Como eu disse, são incomparáveis. Depois dos quinhentos anos de treino, até o mais fraco dos alunos pode facilmente emparelhar com a força que você tem naquela transformação. - respondeu o Francis. - Eles são poderosos demais!  Assim que entramos naquele planeta, tivemos de fugir, nosso poder não era páreo nem para os estudantes novatos.

                -Certo, entendi que são medonhos e poderosos. - falei - Mas, o por que está me dizendo isso?

                -Então, quando entramos naquele planeta e nos anunciamos, um dos habitantes, está morrendo devido à velhice. Ele têm nos caçado por quase meio ano, pensando que se nos matar, poderá continuar vivo, se tornará imortal. - disse Francis. - Pode ser uma informação desnecessária, pois para acharmos a terra foi muito difícil, talvez ele nunca nos ache. Mas, sempre existe a possibilidade do pior acontecer.

                -E... Esse cara, o quão forte ele é? - perguntei.

                -Devido a idade, seu poder está menor, e, até me arrisco dizer que deve ser um pouco mais forte que seu poder máximo.

                -Isso significa... - falei.

                -Que ele é mais forte que eu, mais forte que você, e, provavelmente, mais forte que Urano. - disse Francis.

                -Você precisará treinar, Percy. - falou Urano. - De uma forma muito mais radical que aqueles três meses. Mas, por ora, não se preocupe com isso. A próxima vez que você acordar, poderá ver seus amigos. Durma bem, Percy.

               

                Quase como se fosse uma ordem à meu subconsciente, minhas pálpebras pesaram e apaguei novamente.

                Quando meus olhos se abriram novamente, a dor em meus músculos havia cessado. Com um olhar para o teto, já reconheci o local onde estava, o quarto que marcou uma total mudança em minha vida, um local que ficou gravado em minha mente para sempre, o lugar onde fui tratado, logo depois de ter derrotado o Minotauro.

                Tentei sentar na cama, mas um peso me impediu, uma garota loira jazia sobre meu corpo, seus olhos estavam fechados, grandes marcas de olheiras marcavam seu rosto, o que indicava que ela não devia dormir direito à dias.

               

                -Annabeth... - falei passando meus dedos pela face adormecida da garota.

                Senti um sorriso se desenhar em meu rosto, à medida que eu pensava: Acabou, finalmente, acabou.

                Pela janela do quarto, era perceptível os destroços, várias criaturas e semideuses trabalhavam duro, reconstruindo cada chalé, até mesmo os sátiros ajudavam, com suas flautas enfeitiçavam diversas plantas para ajudar a carregar o material.

                Apesar da destruição, e de todo trabalho que ainda estava por vir, o clima era alegre, todos sorriam e riam, enquanto carregavam imensas tábuas de madeira, baldes de cimento e barras de ouro.

               

                Por um instante, me senti mal por estar aqui descansando enquanto os demais trabalhavam tão duramente. Quase me levantei para ir ajudar, até perceber dois olhos cinzentos me observando.

                -Percy! - gritou a garota ao me arrancar um abraço apertado.

                -Estou de volta... Annabeth. - falei.

                -Seu idiota! - gritou ela - IDIOTA! Pensei que fosse morrer!

                Não respondi, pois até eu pensei que fosse morrer, e, de fato, esse era o último cenário que me vinha em mente quando penso na batalha contra os Shines.

                Ela se afastou, até me olhar diretamente nos olhos. Seu rosto, agora, além das olheiras, tinham lágrimas marcando sua trajetória. Nos aproximamos, até nossos lábios se enroscarem. O beijo durou o suficiente para nos deixar ofegantes, porém, quando nos afastamos novamente, seus olhos fecharam-se, seus lábios desenharam um sorriso e a garota voltou ao sono profundo do qual saíra a pouco.

               

                A deitei na cama com cuidado, após ver minha camiseta alaranjada do acampamento, senti a nostalgia voltar. Com esse sentimento dominando meus sentidos, dei um beijo na testa de Annabeth e saí do quarto, rumando o sol do lado de fora.     


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Notas finais do capítulo

Perceberam que deixei uma deixa para uma continuação, certo? O que vocês acham? Melhor acabar aqui, ou uma continuação seria melhor?