Rendendo-se escrita por Jajabarnes


Capítulo 11
Oh-oh...


Notas iniciais do capítulo

Estava esperando por mais reviews, mas não resisti à ansiedade de postar esse capítulo. Ele é curto, mas eu amei! Enfim, divirtam-se!



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Lúcia percebeu o que estava acontecendo e tratou logo de puxar Susana para longe, com a desculpa de estar indo apresentá-la aos amigos da faculdade. Edmundo puxou-me pelo braço de volta ao interior do apartamento.

–Ed, faça-me o favor! - rolei os olhos.

–Eu faço as perguntas aqui! - brigou. - Você me prometeu que falaria com ela.

–É, eu sei, mas não consegui. Ok? E quer saber, foi melhor assim.

–O que? - olhou-me incrédulo.

–É! Ed, eu não esperava que aquele beijo acontecesse, mas aconteceu. Só que nós nem tocamos mais no assunto e estamos muito bem assim! Não tem por que remexer nisso. - expliquei. Edmundo cruzou os braços.

–Está me dizendo que você não teve vontade que se repetisse. - encarou-me como se fosse o dono da verdade. Calei-me. - Caspian, por favor! Um beijo, é um beijo. Não é como um... sei lá... um abraço!

–E você acha que eu não sei?!

–Não, eu acho que você não quer saber! - retrucou. - Está mentindo para si mesmo. Você quer que aquele beijo se repita. Está escrito na sua testa. Dá pra ver toda vez que você olha para ela!

–Mesmo que seja, é sempre eu. Como vou saber se ela sente a mesma coisa?!

Ele me lançou um olhar do tipo “se entregou outra vez, tadinho”.

–É por isso que eu falei para você falar com ela! E foi o que você me prometeu.

–Ei, espera aí, eu não prometi nada.

–Que seja. - deu de ombros. - O que importa, Caspian, é que você não quer ver. Ou melhor, você já viu, mas não tem coragem de admitir, não sei por que!

–Eu tenho medo, tá legal?! Eu não quero estragar as coisas com ela. Além disso, já parou para pensar se ela não quer nada comigo? As coisas pareciam estar indo muito bem entre ela e Pedro, quem garante que ela gosta de mim desse jeito?! - argumentei.

–Eu já dei meu conselho. Só acho bom você de decidir, meu caro, por que você tem razão. As coisas estão indo muito bem entre ela e Pedro. - falou, deixando-me sozinho em seguida.

Passei as mãos no rosto. Filho da mãe, está certo. Bufei antes de seguir de volta ao terraço. Ele estava perto da mesa de bebidas com Lúcia e eu passei lá antes de ir atrás de Susana.

–Odeio quando você está certo. - murmurei para Edmundo, passando a mão num copo de bebida.

–Do que ele está falando? - perguntou Lúcia.

–Que odeia quando provo que ele está sendo um idiota, amor. - virou para mim. - Então, decidiu o que vai fazer? - perguntou.

–Já.

–Vai falar com Susana sobre aquele assunto?

–Que assunto? O beijo? Puxa, já estava na hora, né, Caspian?! - falou Lúcia. Fechei os olhos.

–Você contou do beijo. - falei entredentes.

–Não tenho segredos com a Lú. - defendeu-se ele.

–Acontece que era o meu segredo e...

Lúcia olhou para a direção oposta à nossa.

Oh-oh. - disse ela.

Edmundo e eu viramos e olhamos para onde ela olhava. Do outro lado do terraço, apoiada no parapeito, Susana conversava com Pedro. Mas eles estavam mais próximos do que o apropriado. Ele se inclinava para ela, estava prestes a beijá-la. Senti meu sangue ferver. Mais rápido do que eu pude reagir, ele a beijou.

PEDRO!ouvi minha voz carregada de fúria, vendo-me mais perto deles do que lembrava. Acontece que quase corri até eles antes mesmo de me dar conta.

Minha voz assustou-os ao mesmo tempo que Susana desfez o beijo, pouco depois de ter começado, mas eu estava furioso demais para notar isso. Meu berro trouxe a atenção de todos para nós. Puxei Susana para longe dele, ficando entre ela e Pedro.

–Fique longe dela! - ordenei.

–Caspian...! - chamou ela, mas não demos ouvido.

–Ora, faça-me o favor! - desdenhou ele, igualmente furioso.

–Estou falando sério! - falei firme. Nunca tinha ouvido minha voz tão grave. - Já lhe disse que Susana não é como as vagabundas que você costuma brincar!

–Claro que não. Ela é diferente! Além de livre! Quem é você para botar regras?! - Pedro avançou para mim, mas Lúcia o segurou.

–Pedro, para. - pediu ela.

–Você é tão hipócrita! Nunca se importou com ela! - gritou ele. - Nem queria que ela viesse para essa cidade!

–Eu estava sendo infantil, mas...

–E está sendo agora! - interrompeu ele, avançando, mas Lúcia o segurou. - Pare de bancar o bom moço, Caspian! Susana não é criança!

–Não vou deixar que brinque com ela como faz com todas! - dessa vez eu avancei para ele, mas senti as mãos de Susana segurando-me.

–Não estou brincando! - defendeu-se ele. - Estou apaixonado por ela, Caspian, e você não pode fazer nada quanto a isso, entendeu?! Nada!

Foi suficiente para eu estourar. Consegui vencer as mãos de Susana e, num átimo, empurrei Lúcia para o lado e senti o impacto de minha mão contra o rosto de Pedro. Ele revidou e eu tentei devolver antes que nos separassem.

–Isso não é suficiente para me impedir de conquistá-la! - ameaçou ele, quando foi contido por dois dos convidados. Senti braços me puxando para longe, mas não antes de eu sentir minha voz rasgando a garganta.

–SUSANA É MINHA, ENTENDEU?! MINHA!


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Notas finais do capítulo

Que tal? Hahahaha comentem, não custa nada e eu posto mais rápido. Vocês vão gostar bastante do próximo capítulo...

Beijokas!!



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