My Cure escrita por Lacrist


Capítulo 4
Capítulo 3 - Catando Lixo


Notas iniciais do capítulo

Hey, demorei de novo né? É que é muito complicado postar 3 fic's eu sempre acabo me embolando. Quero agradecer as reviews que recebi no capítulo passado. Obrigadaaa meninas!! *-* Minha cabeça está a mil com algumas coisas e não consigo escrever nada quando algo me preocupa. Eu ainda estou preocupada, mas deixei isso de lado se não eu nunca ia escrever.
Nesse capítulo, terá dois flashback's de quando Elena e Damon tinham 6 e 7 anos. Atualmente, na fic, ela tem 16 quase 17 e ele tem 17 ok?
Tenham uma boa leitura!



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Flash back on:

10 anos atrás...

— Ei, você, devolva isso! - Eu já estava cansada de correr atrás daquela peste que atendia pelo nome de Damon Salvatore. Que garotinho irritante viu?

Eu estava muito bem no meu cantinho desenhando a flor mais linda do mundo e comendo amendoim como se não houvesse amanhã quando ele surgiu em minha frente, carregando um pote cheio de formigas mortas e meu saquinho de amendoim junto consigo.

Larguei meu desenho no chão de qualquer jeito e fui atrás dele. Só que ele corre muito mais rápido que eu e estava em posição vantajosa.

— Me dá meu amendoim, Damon! - Gritei, ofegante, mal me aguentando em pé.

— Não dou, vou comer tudo e você vai ficar sem nada, amendoimzinha. - Disse ele, colocando um monte de amendoins dentro da boca.

— Ei, não me chame disso! - Ele parou e viu meu rosto vermelho e suado e começou a rir da minha cara.

— Disso o que? Amendoimzinha? Você vive comendo isso, daqui a pouco vai ficar com cara de amendoim e quando tiver filhos, eles nascerão com cara de amendoim também. - Eu odiava aquele garoto!

Ele vivia infernizando a minha vida. Porque o Jeremy se dava ao trabalho de ser amigo de alguém como ele?

— Pare com isso, seu... seu... CHUCK! - Fiquei um tempo pensando num apelido quando lembrei daquele boneco horrendo da TV.

— Porque Chuck? - Ele franziu o cenho enquanto colocava mais amendoins dentro da boca.

— Porque você é como o boneco assassino, só que moreno. - Eu ri da piadinha mas um certo garotinho de tênis surrados não gostou nadinha. Dane-se ele!

— Você não tem nenhuma criatividade para inventar apelidos! - Dei de ombros.

— Muito menos você, idiota! - Ele me deu língua e se aproximou de mim.

Pensei que ele fosse me devolver meu saquinho de amendoim, mas com muita indignação da minha parte, o vi dar um sorrisinho cínico enquanto colocava mais amendoins dentro da boca, acabando com uma das coisas que eu mais amava.

— Mas eu sou o melhor, Elena. Você nunca me vencerá. - Damon colocou o saquinho vazio na minha mão e eu apenas o olhei, incrédula demais para fazer qualquer coisa que estivesse passando na minha mente (como virar minha mão na cara dele). - Ops, acho que alguém ficou sem amendoim. - Então ele se virou, pondo-se a caminhar com uma auto-confiança que parecia não ser dele.

Minha boca estava escancarada e não me mexi por um bom tempo, segurando o saquinho de amendoim vazio e vendo Damon se distanciar cada vez mais.

Ele ia me pagar! Ah se ia!

Flash back of

— Caramba Elena, eu tô falando com você! - Caroline me empurrou, me fazendo despertar dos meus devaneios.

Encarei a loira ainda meio aérea, tentando entender porque vislumbrei mais uma vez o que parecia ser meu passado com Damon, nossa infância.

Dessa eu não me lembrava! Como eu não me lembrava disso? E porque eu estava lembrando disso agora?

— Desculpe Carol, eu estava um pouco distraída. - Dei um sorriso amarelo e a loira colocou as "mãos na cadeira."

— Um pouco? - Ela arqueou a sobrancelha na minha direção.

— Tá, muito. - Me dei por vencida.

— No que estava pensando? - Passei as mãos pela testa, tentando tirar o suor que tinha se acumulado ali e andei pelo quarto, ainda me sentindo estranha.

— Em como acabar com a vida daqueles garotos sem sujar minhas mãos. - Falei a primeira coisa que me veio a mente.

— Nossa Elena, as vezes você me dá medo! - Bonnie gritou, entrando no quarto.

— É, se não te conhecêssemos, pensaríamos que você é algum tipo de vingadora homicida. - Completou Anna, atrás de Bonnie e eu revirei os olhos.

— E seus pais? Ainda estão brigando? - Bonnie fez a pergunta que fez meus olhos ficarem levemente marejados.

— Sim. Ontem eu os ouvi falando algo sobre divórcio... estou com tanto medo... - Soltei um suspiro totalmente frustrado.

— Talvez eles se acertem amiga... - Anna se aproximou, me dando um olhar complascente.

— Eu já estou perdendo as esperanças. Jeremy nem fala mais comigo direito, é como se ele estivesse me culpando pela suposta separação dos dois. - Eu queria chorar, mas não naquele dia. Não na frente das minhas amigas.

— Seu irmão é um idiota! Sério, eu odeio ele, ainda mais depois de ter colocado aquela droga de câmera no seu quarto! - Caroline bateu os pés no chão. Podia jurar que ela estava se lembrando da cena da nossa "Noite das Garotas." Ou como os garotos gostam de chamar aquela noite fatídica, a "Noite do Compasso."

— Chega de ficar falando dessas coisas, vamos logo se não chegaremos atrasadas e como vamos ter que fazer as vontades daqueles idiotas, quanto antes chegarmos, melhor. - Bufei quando Bonnie me lembrou disso. Não estava nenhum pouco afim de ir aquela droga de festa. Não podia mais me vingar do Damon e isso me deixava praticamente de mãos atadas.

Odiava aqueles garotos!

Festa, diversão, água salgada, música e muita azaração. Se você achou que era isso que eu e minhas amigas fazíamos lá, se enganou bonito. Damon, Jeremy, Stefan, Matt e Tyler praticamente falaram para a "patrulha da reciclagem" da escola - que era composto por um grupo de nerd's e loser's - que eu e minhas amigas estávamos afim de ajudá-los a catar o lixo da praia! Principalmente de onde a festa estava concentrada! Eu quase voei no pescoço daqueles idiotas naquela hora. Minha reputação estava sendo manchada e eu amaldiçoei até a quinta geração do Damon Salvatore por isso.

Eu e minhas amigas estávamos de cara feia, catando o lixo da praia junto com os loser's e nerd's e ouvindo as piadinhas dos demais alunos. Populares ou não, lá estavam eles rindo da nossa cara e tacando mais lixo no chão de propósito!

Respirei fundo umas 5684587 vezes pra não jogar uma garrafa quebrada que estava ali perto acidentalmente na cabeça de algum engraçadinho quando Rebekah apareceu perto de mim, louca para me irritar (como se eu já não estivesse nenhum pouco enfezada).

— Ora, ora, ora... Não sabia que Elena Gilbert e suas amiguinhas estavam fazendo caridade. Bom, pelo menos agora vocês estão junto com seus familiares, ou seja, o lixo. - Ela deu um sorriso angelical, como se não estivesse provocando minha ira.

— Saia daqui antes que eu resolva dar com essa garrafa quebrada na sua cabeça! - Diferentemente da expressão angelical que estava no rosto de Rebekah, a minha era totalmente irritada. Se alguém me desse uma faca, eu com certeza sairia matando todo o mundo que entrasse na minha frente.

— Você? Me batendo? Nossa, não sabia de suas origens violentas! - Não me provoque, não me provoque, não me provoque...

— Agora sabe. CAI FORA DAQUI SUA BISCATE DE QUINTA! - Eu estava descontrolada, queria catar aquele lixo em paz e queria que aquela droga de festa acabasse logo para poder ir para minha casa e só sair de lá quando eu fosse uma velhinha de 70 anos.

Rebekah se assustou com meu grito, e saiu dali, para o meu alívio. Os outros nem perceberam nada, já que a música alta os impedia de ouvir qualquer coisa.

— Olha a lixeeeeeeeeira! - Uma menina que eu nunca vi na vida passou por mim e jogou uma lata de coca-cola vazia na minha cabeça.

Fechei as mãos em punho e vi tudo vermelho.

— Se você acha que eu tenho cara de lixeira, está muito enganada sua fracassada, invisível e horrorosa! - Taquei a latinha de coca-cola em sua direção, mas ela se abaixou e acertou a cara de Damon Salvatore.

Comecei a rir com aquela visão.

A garota desconhecida saiu correndo, com medo de que eu resolvesse tacar a garrafa vazia e quebrada que eu não tinha pego até agora em sua cabeça. Tinha certeza de que se eu a catasse e a jogasse dentro do saco preto que eu carregava, eu iria pegá-la pra jogar em alguém e isso não seria nada legal.

— Você ficou louca garota? - Damon veio em minha direção me fuzilando com os olhos.

— Ela me provocou! Estou aqui torrando nessa droga de praia, catando essa droga de lixo e tendo que ouvir essas pessoas rindo de mim e jogando lixo na minha cabeça! - Ele riu debochado quando eu disse isso.

— Isso é apenas uma pequena parcela do castigo. Vocês merecem isso! - Quem é ele para dizer o que eu mereço ou não? Céus, Damon é o garoto mais idiota que eu conheço!

— E você merece uma garrafada na cabeça! - Apontei para a garrafa quebrada que estava ali perto. Ele olhou com desdém na direção que eu apontava e me desafiou com o olhar.

— Eu estou com o vídeo da Noite do Compasso aqui no meu pen drive. Mais um insulto e você e suas amigas ficarão famosas. O telão que está aqui na praia em cima do palco está funcionando muito bem! - Grunhi, pensando em várias formas de torturar mentalmente Damon Salvatore.

— Eu te odeio. Muito. - Senti vontade de chorar mais uma vez naquele dia. Nunca tinha sido tão humilhada na minha vida.

— A recíproca é verdadeira. - Foi o que ele disse antes de me deixar ali, catando o lixo da praia.

— ELENA, ELENA! - Bonnie chegou nervosa, ofegante e aflita.

— O que aconteceu? - Perguntei já sentindo coisa ruim no ar.

— Anna deu um soco no Matt e ele foi correndo chamar o Damon pra colocar o vídeo no telão! - Foi Caroline quem respondeu minha pergunta enquanto chegava com uma Anna vermelha em seu encalço. Naquela hora quase que eu desmaiei tamanho o susto.

— O QUE? Eu me controlei pra não dar uma garrafada no Damon! Porque você não se controlou, mulher? - Eu podia sentir meus olhos se arregalando.

— Não consegui, as pessoas estavam me humilhando e os garotos também. Principalmente o Matt. - Eu sabia como ela se sentia porque o mesmo acontecia comigo mas eu me controlei!

— Temos um problemão! Vamos, temos que impedi-los! - Puxei Caroline e Bonnie pelo braço que puxou Anna junto consigo para que não fugisse na direção dos garotos.

A multidão dificultava a nossa passagem e alguns loser's que catavam lixo corriam atrás de nós, gritando e pedindo para que continuássemos com nosso trabalho.

Quase que os mandei irem pro quinto dos infernos!

Parei abruptamente quando vi os meninos em cima do palco, entregando o pen drive a um cara que cuidava do som da festa. Damon olhou em nossa direção (mais precisamente na minha direção) e passou o dedo pelo seu pescoço, como se estivesse cortando-o.

Nós entendemos muito bem a mensagem: Estávamos fritas!

Minhas mãos tremiam muito e eu suava demais. Caroline chorava e Bonnie parecia que iria desmaiar a qualquer momento. Anna estava do mesmo jeito.

A música cessou e os alunos se viraram para saber o motivo e uma imagem apareceu no telão. Pude me ver ali, entrando no quarto, sendo acompanhada por minhas amigas.

Merda, merda, droga!!!!

Nos sentamos em meu tapete rosa e vi Anna tirando alguns objetos de dentro de sua bolsa.

— Pra que isso, Anna? - Caroline perguntou, enquanto pegava um compasso que tinha caído de dentro da bolsa, olhando intrigada para o objeto.

— Um compasso! Dã! - Anna respondeu fazendo cara de retardada.

— Eu sei né? Mas pra que você trouxe um compasso? E pra que é essa folha? - Perguntou a loira.

— Pra brincarmos do jogo do compasso, né gente? - Nós olhamos Anna estupefatas. Eu não gostava de brincar com essas coisas, já ouvi histórias muito ruins a respeito de pessoas que brincavam com isso e eu não queria de jeito nenhum mexer com o sobrenatural.

— Eu não vou brincar disso! - Falei, me levantando rapidamente.

— Nem eu! - Bonnie e Caroline responderam ao mesmo tempo.

— Como vocês são medrosas hein! Isso é só um jogo bobo. - Anna estava totalmente despreocupada.

— Jogo bobo nada! Odeio essa brincadeira e você sabe muito bem disso! - Ralhou Caroline olhando assustada para o compasso que estava na mão de Anna.

A imagem estava um pouco ruim, mas dava para nos ver nitidamente. As pessoas riam, apontavam para nós e cochichavam.

— PAREEEEEEEEM, TIREM ISSO AGORA! - Eu gritei, subindo no palco e sendo vaiada por todos os alunos.

Jeremy e Stefan me tiraram dali a força e eu, desesperada, esperneava, querendo que eles me soltassem, mas só o fizeram quando me trancaram na cabine do som.

Pude ouvir a voz de Caroline, gritando, e as risadas que as pessoas davam ao fundo. Agora eu tinha certeza de que a minha reputação estava acabada.

— NÓS VAMOS MORRER!!! O COMPASSO VEIO NOS MATAR! - Caroline estava apavorada.

Tive vontade de me matar ali mesmo, dentro daquela cabine. Eu nunca mais iria sair dali, pois dava para me esconder. A humilhação era grande. E claro, o gran finale, com a minha parte do mico não foi deixada de lado.

— AAAAH, É O MONSTRO, É O MONSTRO DO COMPASSO, SAI DE MIM! - Comecei a me debater em cima do tal corpo estranho e duro e acabamos rolando pelo chão como se fôssemos uma bola de neve. Fomos direto para as escadas e rolamos uns três degraus antes de sentir a "coisa dura" me segurando. Nem assim parei de gritar e me debater.

— AAAAAAAAAAAAAH, SOCORRO!!! - A "coisa dura" continuava me segurando. Eu não me importava em cair. Preferia isso do que enfrentar o monstro cara a cara.

— Calada, Elena! - A coisa dura tinha a voz muito familiar mas o medo não me deixou raciocinar direito.

— AAAAAAAAAAAH

— Sou eu, garota idiota! - Parei de me debater abruptamente e fiquei chocada quando as luzes se acenderam novamente.

— AAAAAAAAAAAAH Da... Damon? - Perguntei, tremendo de medo.

— Não, o monstro do compasso! - Damon deu um de seus famosos sorrisos irônicos.

— Gravou tudo, Matt? - Ouvi a voz do Stefan perguntar.

— Tá gravado! - Estava tão chocada que nem percebi que ainda estava pendurada na escada, prestes a cair. Damon ainda me segurava.

O vídeo acabou e destrancaram a cabine naquela hora. Eu fui em direção as minhas amigas e pude ver os alunos rindo de nós, apontando, cochichando.

— AAAAAH É O MONSTRO DO COMPASSO!! AAAAAH! SOCORRO! - Um grupinho gritou olhando diretamente para nós.

Não tivemos coragem para revidar o insulto. Os meninos vieram até nós nessa hora.

— Se não andarem na linha, colocaremos o vídeo no YouTube. - Que audácia! Eles ainda vem nos ameaçar, querendo que façamos o que eles mandam depois do que acabaram de fazer?

É demais pra mim!

— Quer saber? Coloquem o vídeo onde vocês quiserem, ATÉ MESMO NA PUTA QUE PARIU! - Eu gritei, irritada.

Minhas amigas olharam para mim espantadas. Elas nunca tinham me visto tão irritada.

— Amiga, calma. - Bonnie sussurrou enquanto Caroline colocava a mão no meu ombro.

— Não me desafie, Elena. - Damon sussurrou, baixinho.

— VÁ SE DANAR, DAMON! Já estou cansada de você roubar meus amendoins, arrancar a cabeça das minhas bonecas e arranjar um motivo pra me humilhar. Querem colocar essa droga no YouTube? COLOQUEM!! Vão pro raio que o parta, seus MISERÁVEIS! EU ODEIO VOCÊS, ODEIO!! ODEIO, ODEIO, ODEIO! - Comecei a chorar e saí dali, sendo vaiada por todos os alunos. Mas senti um braço me puxando quando eu estava me distanciando da festa.

— Espera, Elena. Não vamos colocar o vídeo no YouTube. - Me desvencilhei das mãos de Damon e o fuzilei com o olhar.

— Agora eu não quero saber o que vocês vão fazer ou não! COLOQUEM O VÍDEO EM TUDO QUE É CANTO, EU NÃO LIGO! - Explodi mais uma vez, vendo-o me olhar desaprovadoramente.

— Você é a garota mais nogenta que eu já conheci! - Dei de ombros, enxugando as lágrimas que caíam.

— Eu? Tem certeza de que eu sou nogenta Damon? - Me aproximei dele, tremendo de raiva. Ele tinha arruinado a minha vida!

— Gente preconceituosa me dá nojo! Eu vi como você tratou os nerd's hoje! Nem suas amigas o trataram tão mal quanto você. - Algo no jeito em que ele proferiu aquelas palavras mexeu profundamente comigo, mas resolvi deixar para pensar nisso mais tarde.

— E O QUE VOCÊ TEM A VER COM A MINHA VIDA? - Eu gritava cada vez mais alto e ficava cada vez mais irritada ao ver que Damon nem se abalava ou se exaltava.

— Graças a Deus, nada! - Ele sorriu, debochado como sempre

— Então me deixa em paz! - Eu me virei, disposta a caminhar, mas tropecei numa pedra e caí no chão, ralando meu joelho.

— Você está bem? - Ele se agaixou em minha frente. Eu nunca tinha olhado Damon de tão perto, apenas quando nossas discussões alcançavam um nível elevado e eu estava irritada o bastante para não reparar nos olhos dele.

E agora que eu estava me sentindo estranha novamente, senti uma estranha familiaridade com aquele olhar preocupado que Damon me lançava, até que me lembrei...

Flash back on:

10 anos atrás...

Eu estava chorando. Damon me maltratou demais naquele dia quando comeu meu amendoim. Uma parte minha queria muito fazer as pazes e ser sua amiga enquanto a outra, queria distância e ao mesmo tempo, vingança.

— Me desculpe por ter comido seu amendoim. - Enxuguei as lágrimas que caíam quando vi Damon se sentando no balanço ao meu lado.

— Não entendo... eu simplismente não entendo porque não gosta de mim. Queria te odiar, mas a raiva que sinto de você sempre acaba passando. Porque isso acontece? - Me virei para encarar o rosto de Damon e me assustei ao vê-lo tão perto.

— Eu... não sei. Bom, minha mãe me deu uns trocados e comprei um saquinho de amendoim para você, sabe, para me desculpar já que eu comi o seu. - Ele me estendeu um saquinho e eu o peguei, sorrindo e contente.

— Obrigada! - Abri o saquinho, colocando vários amendoins ao mesmo tempo na boca.

— Não tem de que. Me desculpe, vou tentar ser menos implicante. - Levantei uma sombrancelha.

— Vai tentar? - Ele riu.

— Vou e não reclame, porque já é um bom começo. - Assenti meio a contragosto.

— Ok, ok... - Sabe aquele momento que não se tem mais nada pra falar e o silêncio predomina? Bom, já vi muito isso em alguns filmes mas não sabia que isso também acontecia na vida real.

Ficamos ali, nos olhando por um bom tempo. Os olhos dele sempre me foram muito convidativos. Eram azuis e profundos, como um céu sem nuvens ou como a vista azul e límpida que eu tinha do sotão da minha casa. Damon com certeza iria ser um garoto muito bonito quando crescesse e eu com certeza, me apaixonaria por ele, como nos filmes de comédia-romântica que eu assisto na TV a cabo.

Será que o Damon se apaixonaria por mim também?

Flash back of

— Acorda, Elena! Perguntei se você está bem? - Damon estalou os dedos em frente ao meu rosto, despertando-me.

— Eu... es... estou bem. - Gaguejei, me levantando desajeitadamente.

— Tem certeza? - Ele se afastou, mais ainda podia lembrar de seus olhinhos azuis, na minha mente enevoada.

— Tenho eu... preciso ir. - Virei as costas sem ao menos esperar que ele respondesse e saí correndo.

Porque eu estava tendo flashback's do meu passado com o Damon? Eu não me lembrava daquelas coisas e ainda não tinha certeza se elas realmente aconteceram ou se foi tudo fruto da minha imaginação fértil. Eu não queria perguntar ao Damon se tudo o que tenho lembrado é realmente verdade, pois não confiava nele o suficiente para isso.

Abri a porta de casa, me sentindo exausta e muito melancólica e eu tinha a sensação estranha de que tudo pioraria. E eu estava certa.

Vi minha mãe chorando ao mesmo tempo que descia as escadas e meu coração acelerou, com medo do que aquilo podia significar. Jeremy chegou na mesma hora, me distraindo momentaneamente.

— Mãe? O que houve? - Perguntei, mas ela não me respondeu.

Olhei na direção das escadas e vi meu pai ali, carregando duas malas enormes em suas costas, com um semblante nada agradável.

— Crianças, precisamos conversar. - Foi o que ele disse, mas eu entendia perfeitamente o que estava acontecendo ali.

Meus pais iriam se separar.


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Notas finais do capítulo

Nesse capítulo eu ia fazer as meninas tramando algo para se vingarem deles mas achei melhor fazer desse jeito. Como vocês viram, a Elena tem se lembrado de momentos com o Damon que ela tinha acabado esquecido e quase sempre ela se lembrará de alguma coisa nova. Seja briga ou momentos meio fofos que ela teve com ele na infância. Mais pra frente vocês saberão porque ela esqueceu deles.
Bom agora o "drama" da fic vai começar. Ainda terá muita comédia, mas agora a trama vai se desenvolver no problema da separação, da reação da Elena e seu relacionamento com Jeremy e ela ainda terá que encarar os alunos a zoando pelo vídeo.
Ah, a Rebekah aqui não será uma vilã. Ela tem uma pequena richa com a Elena e suas amigas mas nada que a faça ser uma vilã irritante.
Muita coisa ainda está por vir.
PS: Isobel e John são os pais da Elena e do Jeremy aqui na fic
Comentem pra mim meninas? Comentem muitoooooo vou tentar não demorar da próxima vez mas não deixem de comentar.
Tenham uma boa tarde!