My Cure escrita por Lacrist


Capítulo 17
Capítulo 16 - A Casa de Praia - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Hey meninas! Tudo bem?
Me desculpem por ter demorado tanto a aparecer por aqui é que eu tenho acordado muito cedo. E quando digo cedo, falo de 03:30 da manhã. Tá sendo dureza.
Por enquanto as aulas na faculdade ainda não começaram, mas eu arranjei um emprego e ainda estou no treinamento e para chegar lá na hora certinha tenho que acordar super cedo.
Eu teria postado ontem, mas a internet não quis pegar de jeito nenhum.
Espero que vocês gostem do capítulo. Ele não tá muito movimentado, mas creio eu que os próximos serão bem mais agitados e os flashbacks voltarão!
Tenham uma boa leitura!



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Caroline havia recebido alta do hospital ontem. E apesar de afirmar que está bem, vejo que seus olhos estão tristes e que ela está totalmente traumatizada.

Eu e as meninas ficamos o tempo todo com ela, mas Caroline permaneceu calada a maior parte do tempo.

A preocupação que nos invadiu foi iminente. Ela não podia deixar que o Klaus a traumatizasse daquela maneira. Caroline é mil vezes mais forte do que pensa e ela tinha que saber disso.

Hoje começa a temporada dos jogos estudantis no nosso colégio e é obrigatório que todo o mundo participe nem que seja para ficar na platéia.

Como eu não sou uma garota muito esportiva, preferi ficar na platéia junto com as minhas amigas.

Ninguém sabia ao certo se Caroline compareceria ao evento, mas eu e minhas amigas achávamos que a resposta era não.

A porta do meu quarto provisório se abriu e Damon colocou a cabeça para dentro do meu quarto. Olhei na direção dele e esbocei um sorriso, contendo a vontade de sair correndo e cobri-lo de beijos.

- Está pronta? - perguntou, entrando no quarto.

- Sim. Só vou ligar para a Caroline. - respondi, pegando meu celular.

- Acho que você devia deixá-la descansar. - disse ele, brincando com o ursinho de pelúcia que eu sempre deixava em cima da minha cama. - Ainda é tudo muito recente, é compreensível que ela queira se isolar um pouco.

- Mas eu sou a amiga dela e estou preocupada. Além do mais, eu só vou me sentir bem se ouvir a voz dela no telefone. - eu disse, sentindo uma agonia que fez meus olhos arderem.

- Tudo bem, mas não demore. Os candidatos a presidência do grêmio estudantil não podem se atrasar. - Damon sorriu sem jeito e passou a mão pelos cabelos, jogando o ursinho na cama, fazendo-o quicar antes de cair todo torto no colchão.

- Eu não vou demorar, eu prometo. - Eu sorri de volta.

Ficamos ali nos encarando por algum tempo. Ambos sem jeito de fazer alguma coisa. Nós não estávamos namorando e nem sabíamos classificar o que tínhamos e por isso, nunca sabíamos o que fazer numa situação como essa. Deveríamos nos beijar? Ou um simples abraço poderia ser a solução de tudo?

Eu não sabia a resposta e podia jurar que Damon sabia tanto quanto eu em relação ao que estávamos sentindo.

Nos despedimos com um aperto de mão totalmente desajeitado. Damon saiu do quarto apressadamente. Respirei fundo e disquei o número de Caroline em meu celular, levando o objeto à orelha logo em seguida.

Oi amiga. A voz de Caroline soou fraca e baixa do outro lado da linha. Imaginei que estivesse chorando antes que eu ligasse para ela e aquilo me deixou muito mal.

- Oi Car. Só liguei para saber se você vai ao jogo hoje. - Mordi o lábio, esperando a sua resposta com um pouco de expectativa demais.

Ainda não sei. Ela estava estranha. E eu estava morrendo de medo de que ela não se recuperasse.

- Os meninos querem ver você. - eu disse, tentando agir de forma empolgada para ver se aquilo a contagiava. - Estão todos muito preocupados.

Talvez eu apareça por lá. disse, mas não senti muita confiança em suas palavras.

- Tudo bem então, amiga. - suspirei, querendo poder fazer algo para alegrá-la. - Você quer desabafar?

Houve um pequeno silêncio na linha antes que Caroline respondesse novamente.

Não, eu estou bem.

- Então tá. Tchau amiga.

Tchau.

Definitivamente Caroline está estranha. O medo de que o trauma de tudo o que ela sofreu a fizesse mudar fez com que um calafrio percorresse a minha espinha.

Caroline sempre fora uma das garotas mais alegres, falantes e calorosas que eu já conheci. Quando ela ficava triste com alguma coisa, não deixava se abalar. Pouquíssimas vezes eu a vi desabar. Ela sempre foi muito forte.

Porém, aquela garota que saíra do hospital parecia não ser a minha melhor amiga. E apesar de compreender tudo o que ela passou e seus motivos para agir daquele jeito, eu estranhava o seu novo modo de agir e esperava que ela se recuperasse logo.

Porque ela é uma das minhas melhores amigas e eu não posso deixar a sua essência ir embora por causa de um professor maluco e psicopata.

[...]

O jogo estava um saco. O time do nosso colégio estava perdendo feio, mas quem disse que eu me importava?

Tyler estava sentado ao lado de Damon, encarando o vazio com uma expressão estranha. Eu sabia que ele estava daquele jeito por causa de Caroline. Ele gosta dela, é compreensível que ele esteja preocupado com o novo jeito de ser de minha amiga.

Damon também estava bem pensativo, mas eu tinha certeza de que aquele pequeno distanciamento não se devia ao fato de que Caroline estava esquisita e traumatizada.

Acho que tinha alguma coisa haver comigo mas eu resolvi não me atrever a perguntar o que era.

Anna e Jeremy haviam fugido do jogo para darem uns amassos atrás de uma árvore e Bonnie e Stefan ninguém sabia onde tinham se enfiado e se estavam juntos.

Quando o jogo finalmente terminou, os caras continuaram conversando sobre como o nosso time era ruim porém, eu fiquei totalmente desconectada da conversa.

Olhei para o campo onde os jogadores lamentavam a sua derrota e o time adversário comemorava quando vi dois adolescentes muito familiares ali por perto. Um deles filmava o campo onde havia acontecido o jogo.

Logo me lembrei de tê-los visto na festa da Rebekah me perguntando sobre o Damon. A mesma câmera que o menino segurava era a que eles usaram para gravar a minha entrevista. Meu coração ameaçou saltar pela boca quando percebi a gravidade do problema que eu tinha em minhas mãos e saí correndo na direção dos adolescentes de forma desesperada.

Parei na frente deles totalmente esbaforida e eles arregalaram os olhos quando me viram.

- Cadê o vídeo? - perguntei sem rodeios. A garota trocou um olhar amedrontado com o menino antes de me encararem.

- Que vídeo? - bufei, irritada.

- O vídeo que vocês gravaram na festa da Rebekah. - eu disse, sem paciência para aturar pirralhos como eles. - Aquelas perguntas que vocês me fizeram sobre o Damon, lembram?

- Desculpe, mas acho que você está nos confundindo. - respondeu o menino, sério.

- Não estou não! - exclamei, pensando seriamente na possibilidade de arrancar a câmera das mãos dele e sair correndo.

- Está sim! - retrucou a garota, fingindo ingenuidade. - Nós nunca vimos você na nossa vida e nem sabemos quem é essa tal de Rebekah.

- Quanto cinismo! - eu disse, ficando cada vez mais irritada.

- Algum problema? - Arregalei os olhos e meu corpo imediatamente ficou tenso quando ouvi a voz de Damon soar de algum lugar atrás de mim. Os adolescentes sorriram, pareciam estar se divertindo muito com aquilo.

Tratei de colocar um sorriso fingido no rosto e me virei para Damon.

- Não, nenhum. - falei, torcendo para que ele acreditasse. - Achei que os conhecia de algum lugar.

- Tem certeza? - Ele arqueou uma das sobrancelhas, claramente desconfiado. - Vocês pareciam estar discutindo.

- É que eu cismei que os conhecia de algum lugar mas eu me enganei. - Eu dei uma risada, me virando para os adolescentes com um sorriso plastificado no rosto logo em seguida: - Desculpem, vou deixá-los em paz agora.

- Está desculpada. - disseram os dois em coro.

Damon se despediu dos dois e eu o acompanhei para a saída do colégio. Apesar de ainda sentir a desconfiança presente entre nós, percebi que havia algo de errado com ele.

Resolvi não perguntar por medo de já saber a resposta.

Afinal, eu tinha mais uma coisa para me preocupar:

A filmagem da minha entrevista sobre o Damon.

[...]

Alguns dias depois...

- Vamos logo, Elena! - Gritou Damon do lado de fora, apressando-me. Joguei o vidro de perfume que eu voltara para buscar dentro da mochila e saí correndo na direção do carro de Damon, colocando a última mala no porta-malas.

- Eu não podia ir sem levar o meu perfume francês. - eu disse, ajudando Damon a fechar o porta-malas.

- Você já está levando cinco frascos de perfume. - respondeu, presunçoso. - Um a menos não faria a menor diferença.

- Mas é claro que faria. Este perfume é o meu favorito. - retruquei, sentindo-me totalmente contrariada.

Stefan apareceu em nossa frente, parando ao nosso lado.

- Agora só falta os outros atrasadinhos. - Stefan disse, rindo.

Como Caroline continuava estranha, tivemos a ideia de fazermos uma viagem até a casa de praia dos pais de Anna. A casa ficava em uma outra cidade e seus pais haviam cedido o espaço para nós por alguns dias. Como teríamos um feriadão que começava hoje, decidimos que era a hora perfeita para irmos.

Caroline não estava muito animada com a ideia, mas concordou em nos acompanhar.

Dois carros familiares pararam em frente a casa de Damon. Anna dirigia o carro em que meu irmão estava juntamente com Caroline e Tyler e logo atrás vinha Bonnie. Stefan sorriu e foi até o carro dela, pegando suas malas e alegando que iria com Bonnie.

- Vamos logo. Quanto mais cedo chegarmos, mais tempo teremos para aproveitar. - disse Anna, colocando seu óculos de sol.

Antes de entrar no carro de Damon, cumprimentei os meus amigos. Caroline estava séria e apenas deu um aceno totalmente desajeitado com a mão quando eu sorri para ela.

Pegamos a estrada logo em seguida. Enquanto uma música tocava na rádio e eu olhava a paisagem pela janela, eu pensava no quanto seria bom se essa viagem trouxesse a minha melhor amiga de volta.

E o Damon também.

Ele estava estranho comigo. Estranho de um modo diferente. Ele ainda fala comigo normalmente e até brincamos um com o outro mas toda a magia e cumplicidade que estávamos começando a cultivar desapareceu.

As vezes eu penso que ele se contém o máximo que pode para não tocar o meu rosto, mas o pensamento é tão passageiro quanto o tic-tac de um relógio. Porque ao mesmo tempo que sinto que ele quer me tocar, eu também sinto que ele quer me repelir.

Ele nunca quis se envolver comigo e eu sabia muito bem disso. Talvez ele se sinta culpado.

Por mais que eu queira perguntar a ele o que está acontecendo, alguma coisa sempre acaba me freando no último segundo.

Dei uma olhadela de canto para ele. Damon estava concentrado na estrada. A música que toacava no rádio era suficientemente alta para impedir um diálogo calmo e amigável dentro do carro.

Eu suspirei, frustrada demais para tentar puxar algum assunto. Encostei minha cabeça no vidro fechado da janela do carro e adormeci.

[...]

Abri os olhos quando Damon sacudiu meu ombro. Bocejei e saí do carro cambaleando. Já havíamos chegado e eu nem tinha percebido.

Os meus amigos ficaram encarando a casa boquiabertos. Ela era realmente muito bonita. Não pude deixar de sorrir com aquela visão.

- Uau, parece até um sonho! - exclamou Bonnie, embasbacada, tirando o que parecia ser a décima fotografia da frente da casa.

- Cuidado, vai acabar pifando a câmera. - Tyler zombou, fazendo com que os outros garotos gargalhassem.

- Vai se ferrar Lockwood!

A casa era enorme. Por fora, exalava elegância e imponência. Um jardim enorme e bem cuidado com flores tão lindas e cheirosas davam uma magia ao lugar.

Entramos na casa em êxtase. Eu olhava para todos os lados possíveis, desejando gravar cada detalhe que eu conseguisse. Não queria me esquecer de tanta beleza.

Se mamãe não estivesse doente, tiraria uma foto da casa e mandaria para ela por e-mail. Meu coração se encheu de tristeza quando pensei nela, mas resolvi respirar fundo para reprimir toda a avalanche de sentimentos depressivos que já faziam menção de me invadir.

Tirei uma foto da entrada da casa e guardei mentalmente a informação de que se algum dia mamãe acordasse, eu mostraria para ela aquela foto.

Meus olhos começaram a arder e eu saí correndo para o primeiro quarto que eu vi pela frente, me jogando na cama e liberando algumas lágrimas.

Depois de algum tempo chorando, talvez uns 5 minutos, Damon abriu a porta do quarto que eu estava. Enxuguei os olhos rapidamente e tentei não olhar diretamente para o seu rosto.

- Vim trazer as suas malas. - disse ele, depositando as malas num canto do quarto. - Você está bem?

- Claro que estou, não se preocupe. - falei, dando um sorriso falso. Damon balançou a cabeça devagar, sinal de que não havia acreditado na minha mentira.

- Se você precisar de algo... estarei lá embaixo. - assenti, franzindo os lábios e assistindo-o se direcionar até a porta do quarto que eu havia escolhido.

- Tudo bem. Obrigada.

A porta se fechou e eu recomecei a chorar.

Talvez eu e Caroline não sejamos tão diferentes emocionalmente, afinal.

[...]

- CABUM! - Tyler e Stefan gritaram antes de se jogarem dentro da piscina. Anna e Bonnie pularam logo depois dos dois e Damon já estava na água, dando vários mergulhos e Jeremy ria de algo que Tyler contava para ele.

Eu estava ao lado de Caroline, deitada numa espreguiçadeira. Ela continuava muda e eu não fazia a menor questão de puxar assunto. Eu ainda não estava muito bem e não a ajudaria naquele momento nem se ela mesma quisesse.

- Venham para a água! - Jeremy nos chamou. - Está uma delícia isso aqui!

- Vamos, Car. - A chamei, levantando-me da espreguiçadeira.

- Depois eu vou. - disse ela, com o olhar vago. Suspirei frustrada e pulei na água.

Dei um mergulho que acabou relaxando todos os músculos do meu corpo. Fechei meus olhos e continuei mergulhando até encostar a barriga no fundo da piscina. Aquela sensação me fez bem.

Submergi logo em seguida, pensando no quanto Caroline estava me deixando preocupada. A viagem era somente para que ela se divertisse porém, até eu que estou meio melancólica estou me divertindo mais do que ela.

Soltei um gritinho quando senti algo na minha perna e dei alguns passos para trás. Damon submergiu bem na minha frente, com o rosto quase colado ao meu. Fiquei tremendo com aquela aproximação repentina e ele deu um sorriso torto quando percebeu.

- Bu. - murmurou, ainda sorrindo.

- Você não me assustou. - Menti, dando um sorriso descarado e fingido.

- Tem certeza? Posso jurar que ouvi você gritando. - disse ele, dando alguns passos para a frente e me fazendo recuar.

- Foi apenas impressão sua. - falei, sentindo minhas costas encostarem nos ladrilhos da piscina. Ele havia me encurralado.

- Eu acho que não. - ele sussurrou, bem próximo a minha boca. Sua respiração suave batia em minha boca.

Todo o meu corpo pareceu entrar em curto circuito com aquelas provocações tão descaradas. Quando eu dei por mim, eu já havia grudado a minha boca na dele.

Minhas mãos agarraram seus cabelos negros e as dele me puxaram fortemente pela cintura. Porém, antes que pudéssemos aprofundar o beijo, ouvimos Caroline dar um grito agudo e estridente.

Nos separamos na hora e vimos o momento em que ela acertou um tapa bem forte no rosto de Tyler e saiu correndo para fora de casa, totalmente descontrolada.

E insana.

Aquela definitivamente não era a minha melhor amiga.


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Notas finais do capítulo

Será que a Caroline vai voltar a ser o que era antes? Porque será que ela bateu no Tyler?
Porque será que o Damon fica estranho com a Elena do nada?
E que vídeo foi esse que a Elena gravou que a deixou tão preocupada?
Quantas perguntas HSUAHSUA
Bom meninas sei que não tenho respondido as reviews de vocês mas eu vou responder todas. As daqui e das outras fics tbm, não se preocupem com isso. Tenho q arranjar um tempo só para responder as reviews.
Meninas, peço a compreensão de vocês para que não me apressem a postar os capítulos. A partir do mês que vem o meu tempo será muito curto e nem sempre eu poderei postar os capítulos com antecedência.
Peço que entendam e que comentem esse capítulo pra eu ficar feliz KKKKK
Ah se quiserem recomendar a fic eu ficaria mais feliz ainda *---------* Por favor HSUAHSAU
Tenham uma boa noite