My Cure escrita por Lacrist


Capítulo 15
Capítulo 14 - Engolir


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas, como vocês estão?
Eu sempre tenho demorado a postar, não é? Acontece que estou escrevendo um livro e semana passada eu fiquei me dedicando a ele o máximo que consegui. Eu ia escrever ontem, mas fiquei o dia inteirinho fora de casa só cheguei a noite e exausta.
Se tudo der certo, ano que vem eu vou para a minha sonhada faculdade de Jornalismo e se isso acontecer, eu vou demorar a aparecer por aqui.
Todo o mundo sabe que a faculdade é muito mais puxada que a escola e que se a gente não se dedicar e não levar a sério, a gente entra pelo cano.
E como eu não quero entrar pelo cano, vou estudar pra caramba. Fiquem tranquilas que eu não vou abandonar a fic. Tenho um projeto para que ela se torne uma long-fic, mas não sei se terei idéias para isso haha. Quero que essa fic tenha pelo menos 30 capítulos. Será que eu consigo?
Tenham uma boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/327395/chapter/15

– Feliz dia das bruxas, Elena. - a voz disse, perigosamente perto do meu ouvido. - E então, o que vai ser? Doce ou travessura?

Soltei o ar pesadamente, sentindo um arrepio na espinha quando senti aquelas mãos frias e pálidas tocarem o meu pescoço como se fossem me degolar. Klaus sorriu, gostando de ver o quanto eu estava apavorada.

– Você se acha muito esperta, não é? Acha que eu não chequei as câmeras de vigilância da escola para ver o que você estava aprontando? Fiquei muito surpreso ao ver que você tinha filmado ou tirado fotos do meu desentendimento com Caroline. - Klaus apertou um pouco o meu pescoço e eu arfei, tremendo de medo.

Agora que ele sabia o que eu tinha feito, a certeza de que ele cumpriria a ameaça que fez a mim hoje era absoluta.

– Eu não filmei nada. - eu disse, com um pouco de dificuldade, já que ele apertava o meu pescoço.

– Então você confessa que tirou as fotos? - perguntou, afrouxando um pouco o aperto no meu pescoço.

– Eu tentei tirar, mas não consegui. - Menti, torcendo para que ele acreditasse.

– Sabe, Elena, eu poderia até acreditar nas porcarias que você diz mas como eu sei que está mentindo, acho melhor você apagar logo essas fotos. Se você não apagar, eu vou atrás de você e faço com que aquele despinhadeiro te engula inteira, entendeu? - Ele colocou mais força no aperto em meu pescoço e eu fiquei sem ar.

Quanto mais ele apertava o meu pescoço, mas eu sentia que sufocaria. Fiquei me debatendo por um bom tempo, mas Klaus era muito mais forte do que eu e eu sabia disso. Quando senti que estava quase perdendo a consciência, Klaus tirou as mãos do meu pescoço e me jogou no chão.

Fiquei deitada no chão frio com a respiração ofegante e quando dei por mim, estava sozinha novamente naquele corredor sombrio.

Algumas lágrimas caíram dos meus olhos e eu me levantei, segurando o meu vestido longo com as mãos trêmulas e correndo de volta para a festa.

Enxuguei as lágrimas que caíram assim que cheguei no ginásio. Ninguém podia saber o que estava acontecendo.

– Elena, eu já estava indo te procurar. - Damon apareceu bem na minha frente, me olhando com o cenho franzido quando viu que a minha cara não era das melhores. – O que aconteceu com você?

– N-nada. - gaguejei, sentindo que meu corpo inteiro estava tremendo.

– Você demorou muito e agora está toda estranha. - disse ele, olhando-me desconfiado. – O que houve?

– Não houve nada, está tudo bem. - Dei um sorriso forçado e trêmulo.

– Tem certeza? - Era óbvio que o Damon não acreditava em nada do que eu dizia.

– Absoluta. - disse eu, ainda sustentando o sorriso robótico.

– Acho que vou embora. Estou um pouco cansada.

– Vamos, eu te levo. - Damon abraçou-me pelos ombros e eu me senti mais protegida após aquele gesto.

Subitamente eu acabei me lembrando do beijo que trocamos antes de todo o pesadelo começar. Mesmo que estivéssemos agindo como se nada tivesse acontecido agora, aquele foi o momento da noite em que eu fui mais feliz.

E eu lutaria para não esquecê-lo.

Fomos para casa, mas a sensação horrível que eu tinha era a de que depois dessa noite, nada seria igual.

Eu ainda podia sentir as mãos geladas de Klaus em meu pescoço, sufocando-me até que eu ficasse sem ar. Uma parte dentro de mim quase implorava para que eu contasse ao Damon o que havia acontecido. Eu sabia que ele faria de tudo para me proteger. Porém, eu não podia me dar ao luxo de colocá-lo em perigo. Klaus havia me mostrado que era capaz de tudo e que tinha Caroline nas mãos.

E eu também, inclusive.

[...]

– Amiga, seu pseudo-namorado agora é um homem importante. - Anna disse sorrindo assim que me viu cruzando o pátio do colégio.

– Do que você está falando, Anna? - perguntei, unindo as sobrancelhas.

– Ele acabou de se candidatar a presidência do grêmio estudantil. - Anna bateu palminhas, empolgada. - Isso não é demais?

– É, talvez. - falei olhando para todos os lados possíveis à procura de Klaus. Eu estava com muito medo.

Eu havia apagado as fotos do meu celular, mas as salvei em um CD que ficava muito bem escondido no "meu" quarto. E se de alguma forma ele descobrisse que eu ainda tinha as tais fotos?

– Quem você tanto procura? - Ela perguntou assim que percebeu o quanto eu estava inquieta.

– O Damon! - eu disse, sorrindo amarelo. - Quero parabenizá-lo.

– E você vai parabenizá-lo com o quê? Um beijo? - Anna me olhou de forma maliciosa.

– Mas é claro que não! - exclamei, praticamente gritando.

– Achei que vocês estivessem namorando, depois de ontem. - ela disse, olhando diretamente para as suas unhas.

– Nós nem nos beijamos mais depois daquilo.

– Que pena.

– Onde está Caroline? - perguntei, pois não a tinha visto desde a hora em que cheguei.

– Ela ainda não apareceu no colégio e isso é super estranho, já que ela não costuma faltar. - disse ela, mexendo numa mecha de cabelo rebelde.

– O que será que aconteceu? - Me senti estranha após o que Anna disse, mas tentei me controlar.

– Não sei. Eu também não vi o professor Klaus hoje. - Fiquei gelada na hora. Tentei disfarçar, mas era como se algo dentro de mim me avisasse que o sumiço dos dois não fosse uma mera coincidência.

– Sério? - Anna assentiu com a cabeça.

– Oi meninas! - Bonnie disse, se aproximando.

– Você viu a Caroline ou o Klaus hoje? - perguntei, indo direto ao ponto.

– Não, não vi. Estranho né? - Bonnie ajeitou a mochila nas costas. - Todo o mundo só sabe falar das eleições para o grêmio estudantil e sobre o fato de que o Damon irá participar. Ninguém está falando sobre Caroline e o Klaus, apenas você. O que tá' pegando?

– Nada, só estou curiosa. - Dei de ombros, entrando no prédio da escola junto com Anna e Bonnie, já que o sinal estava prestes a tocar.

Uma garota estranha esbarrou em mim com força, como se estivesse fazendo aquilo de propósito. Eu cambaleei para o lado e quase caí no chão.

– Ai garota! Você não está me vendo aqui não? - esbravejei, ajeitando a alça da mochila que havia saído do meu ombro após o esbarrão.

– Desculpa, não foi a minha intenção. - ela disse, ajeitando o óculos enorme que usava no rosto. Ela era muito esquisita. Usava uma saia amarela e uma blusa verde musgo. Seus cabelos pareciam estar na época dos flashbacks dos anos 80 e ela tinha uma testa enorme.

– Tem certeza disso? Parece que você fez isso de propósito. - perguntei, cruzando os braços.

– Mas é claro que não. - ela deu um sorriso cínico e eu acabei me irritando.

– Você é apenas um verme. Eu poderia te esmagar com apenas uma das mãos. - Levantei a mão direita na altura da minha cabeça e a fechei. Ela fingiu estar assustada e aquilo me irritou mais ainda.

– Calma, garota! Eu não fiz de propósito! - A garota disse, ainda fingindo estar amedrontada.

– Mas é claro que fez, sua ridícula! Você é totalmente feia e eu tenho pena do que o seu espelho tem que aturar toda a vez que você o usa. Deveria ser crime uma pessoa como você ter espelhos em casa. - Só depois eu percebi que estava falando alto demais e que todas as pessoas olhavam para a discussão. Uma dessas pessoas era o Damon.

A garota saiu correndo com lágrimas (totalmente fingidas) nos olhos. Damon tinha uma postura rígida. Seus braços estavam cruzados acima do peito e ele me olhava de um jeito tão frio e desaprovador que eu me senti culpada na hora.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa, ele saiu, deixando-me sem reação.

Minhas amigas me fitavam com uma expressão estranha.

– Deu mole. - disse Anna, com os braços cruzados. - Você nunca poderá namorar com o Damon se ele for mesmo o presidente do grêmio.

– E porquê não? - franzi o cenho, sem entender porque ela estava dizendo aquilo.

Foi Bonnie quem respondeu a minha pergunta:

– Porque humilhar as pessoas não está nas regras de conduta da escola e o Damon não pode compactuar com isso.

Deixei as duas plantadas no corredor e fui atrás do Damon. Ele conversava alegremente com Mary-Jane, uma das integrantes do Grêmio. Pelo andar da carruagem, Damon parecia ser o preferido dela e pelo que todo o mundo estava dizendo, da diretora também.

Ele era o candidato mais forte.

Mary-Jane saiu e Damon ficou parado por um tempo no corredor.

Toquei em seu ombro, já que ele estava de costas para mim. Ele se desvencilhou rapidamente quando viu que era eu.

– Damon, me desculpe pelo que eu disse para aquela garota no corredor. Eu me descontrolei. Aquilo foi um resquício do meu antigo eu.

– Então toda a vez que você maltratar alguém vai ser essa desculpa que você vai dar? - Fiquei sem fala após essa pergunta. Damon esboçou um sorriso irônico. - Acho que você sempre foi assim. Eu é que nunca percebi.

– Assim como? - Engoli em seco, sentindo um nó na garganta tão grande que eu achei que morreria sufocada.

– Superficial. - Damon disse, deixando-me sozinha no corredor.

Senti vontade de chorar, mas não o fiz. Ao invés de ir para a sala de aula, fui direto para a loja de CD's onde eu estava trabalhando atualmente.

Meu chefe me olhou surpreso quando me viu.

– O que você está fazendo aqui tão cedo? - ele perguntou, passando um pano no balcão.

– Eu posso ficar aqui?

– Mas o seu turno só começa depois da escola.

– Pois é... - Meu chefe me observou atentamente. Percebendo que eu não estava bem, ele deu um sorriso compreensivo. - Tudo bem, se é isso o que você quer... Fique aqui no caixa que eu vou arrumar uns discos novos que chegaram. - Sorri, indo para trás do balcão.

Pensei em tudo o que o Damon dissera e cheguei a uma terrível conclusão:

Talvez ele esteja totalmente certo e eu seja mesmo uma garota má.

[...]

Já havia escurecido quando a loja fechou. Me despedi do meu chefe e estava quase virando a esquina quando fui surpreendida pelo Damon, que me puxou pelo braço e (acreditem ou não) me beijou.

Havia tanto desejo se espalhando por nós dois que era difícil saber quem desejava mais o outro.

Espalmei as minhas mãos em seu peito coberto pelo sobretudo e arqueei um pouco o meu corpo para trás, deslizando minhas mãos lentamente até chegarem aos seus cabelos, no qual fiz questão de bagunçar.

Damon grudou suas mãos em minha nuca, beijando-me com tanto fervor que eu desejei que ele fizesse aquilo com mais frequência. Meu coração já estava tão acelerado que eu conseguia ouvir seus batimentos com clareza e perfeição.

O beijo era tão mágico e intenso que eu senti que me desmancharia a qualquer momento.

Nossas bocas se moviam como uma confusão de sentimentos, e mesmo que nossos movimentos estivessem desconexos, eles se encaixavam perfeitamente.

Porque nós dois éramos exatamente assim. Dois idiotas desconexos, projetados a se desentenderem. Mas era em toda a desconexidade existente entre nós que nos entendíamos.

E nos amávamos.

Quando nos separamos, encostei a minha testa na dele e dei um sorriso totalmente involuntário.

– Desculpe por ter dito aquelas coisas horríveis para você. - ele disse, com a voz entrecortada.

– Está tudo bem. - Esbocei outro sorriso, bem maior que o primeiro e lhe dei um longo e inesperado selinho.

Entrelaçamos nossas mãos sem que percebêssemos e soltamos uma risada contagiante.

Andamos pela rua como se fôssemos um verdadeiro casal apaixonado, apesar de nem termos admitido aquilo um para o outro.

Meu celular começou a tocar e eu soltei a mão dele para atender.

– Alô.

– Amiga, sou eu, Caroline. Por favor, amiga eu estou correndo perigo, me ajuda!– Apertei o telefone contra a orelha e um tremor se apossou de minhas mãos. O telefone começou a reproduzir um chiado muito alto, fazendo com que a voz dela falhasse.

– Caroline, onde você está? Caroline?!? - Minha voz estava tão estridente e aflita que o Damon se aproximou, querendo saber o que estava acontecendo.

O telefone continuou chiando e ao fundo eu podia ouvir gritos e vozes desconexas, falando ao mesmo tempo.

– Olá, Elena. O despinhadeiro chegou para te engolir.– Foi a última coisa que eu ouvi antes que o Klaus encerrasse a ligação.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, quem surtou com o final desse capítulo?
O que vocês acham que vai acontecer?
Elena teve uma recaída, mas logo se recuperou. E o Damon não está mais resistindo aos sentimentos que nutre por ela *-*
Acreditem ou não, o fato dele se candidatar a presidência do grêmio estudantil irá influenciar em algumas coisas na fic.
Principalmente por causa do vídeo que a Elena gravou na festa da Rebekah. Mas a partir daí eu não direi mais nada HSUAHSUAHU
Se vocês quiserem me perguntar alguma coisa sobre a fic ou alguma curiosidade sobre mim, me mandem uma ask:
http://ask.fm/Larisonhadora
A fanfic tem um grupo no face, vamos interagir um pouquinho ;3
https://www.facebook.com/groups/628139443865770/
Isso é tudo, espero que vocês comentem muito este capítulo, pois o escrevi com muito carinho. E eu também to meio bad, então seria legal se vocês me animassem comentando aqui pra mim *-*
Fiquem com Deus meninas, tenham uma boa noite!