My Cure escrita por Lacrist


Capítulo 14
Capítulo 13 - Feliz Dia das Bruxas


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas, como vocês estão?
Quero agradecer a Huntress Crazy pela linda recomendação MUITO OBRIGADA FLORZINHA ♥
Eu ia postar o capítulo na sexta ou no sábado, mas ontem eu não consegui escrever nada que prestasse.
Hoje eu já me sinto mais inspirada, graças a Deus!
Esse capítulo é em homenagem ao Halloween que é no final do mês.
Espero que gostem dele e feliz dia das bruxas antecipado!
Boa leitura!



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Caroline estava histérica. E tudo porquê hoje era Dia das Bruxas e o colégio ia dar uma super festa para comemorar. Uma festa onde Caroline ficara responsável pela decoração e organização da festa.

Eu sabia que a minha amiga estava uma pilha de nervos. Andava de um lado para o outro dentro do colégio, gritando com os alunos que estavam ajudando-na e mandando e desmandando nas pessoas.

Eu e minhas amigas nem nos atrevemos muito a falar com ela hoje. Era capaz dela nos colocar pra trabalhar também ou então gritar conosco, descontando toda a sua raiva na gente.

Nós sabíamos bem como a Caroline ficava quando tinha que cuidar de algum evento do colégio então, para o nosso próprio bem, ficávamos bem quietinhas para não sermos alvo de sua própria fúria e nervosismo.

O colégio estava alvoroçado aquele dia. Não só por causa da festa que teria a noite, mas porque o Dia das Bruxas costumava deixar as pessoas agitadas. Era a noite do ano em que as meninas se empolgavam em encontrar as melhores fantasias e se libertar de seus próprios visuais para assumirem uma nova identidade, mesmo que fosse por uma noite.

Os garotos também costumavam ser muito criativos nessa época da ano. Lembro que Damon, Jeremy e sua trupe saíram de vampiros ano passado. Eles assustaram várias crianças na rua, que também fantasiadas, saíram para bater na porta da casa dos vizinhos para pedir os famosos doces que eram distribuídos naquela noite.

A fantasia ficou tão realista que até eu tive medo. Eu até briguei com o Damon naquela mesma noite, por ele ter me assustado mas isso não é nenhuma novidade, já que a gente sempre brigou.

Eu ainda não sabia que fantasia iria usar, mas esse ano eu estava pensando em criar a minha própria fantasia. Mamãe tem muitos vestidos guardados em um baú dentro do porão da minha casa e depois que as aulas acabarem eu vou para lá, ver se eu acho algo que me agrade. Se eu for bem sucedida, nem os acessórios da fantasia precisarei comprar.

– Cara, não sei o que acontece com os sachês de ketchup dessa escola. - sorri quando Damon se sentou ao meu lado na mesa do refeitório, colocando sua bandeja de comida bem ao lado da minha.

Anna havia ido comprar um refrigerante na lanchonete da escola e Jeremy a acompanhou. Bonnie foi ao banheiro e Stefan estava ajudando Caroline com os preparativos da festa (coitado).

– O que aconteceu com os sachês de ketchup? - perguntei, contendo a vontade de rir da carranca que o Damon estava fazendo.

- Acabaram. - ele disse, irritado, dando uma mordida em seu hamburguer.

- Traga ketchup de casa da próxima vez. - eu ri, deixando claro para ele que eu estava brincando. Damon entendeu e deu uma pequena risadinha.

Nossa amizade estava cada vez mais forte. Não nos afastamos após o que aconteceu. As coisas ficaram meio estranhas no início, mas eu já estava me acostumando.

Estar perto do Damon era tão bom. Parecia que eu tinha voltado a ser aquela garotinha de vestidinho branco que era tão amada pelo amigo.

Parecia.

Eu sabia que nada seria como antes, mas estava disposta a tentar.

Pena que os sentimentos que nutro por ele continuam os mesmos.

Eu vivi por tanto tempo dizendo que o odiava, negando para eu mesma os meus sentimentos, tentando me convencer de que o Damon não significava nada para mim, que agora eu vivia me punindo por pensar nele o tempo todo.

– A Caroline está me dando nos nervos! - Anna, Jeremy e Bonnie apareceram. Ambos estavam frustrados.

– O que aconteceu? - perguntei, já prevendo a resposta que Anna daria.

– Ela está dando fora em todo o mundo que vem falar com ela porque ainda não trouxeram as luzes de neon que ela pediu. - Anna bufou, jogando sua bandeja de comida de qualquer jeito. Jeremy apenas se divertia com o estresse de sua namorada.

– Ela sempre passa dos limites quando fica responsável por decorar e organizar alguma coisa. - eu disse.

– Eu desisti de ajudá-la. - disse Stefan, ainda frustrado. - Hoje ela está impossível!

– Esse é o verdadeiro dia das bruxas, irmãozinho. Tortura. - Damon debochou, falando de boca cheia.

– Feche essa boca, Damon. - instruiu Bonnie, enojada. - Ninguém precisa ver o hamburguer que está comendo mastigado dentro dessa sua boca.

– De qualquer maneira, o ginásio da escola está ficando bem bonito. - Jeremy sorriu, também falando de boca cheia para irritar Bonnie, que agora não amava mais o meu irmão. Na verdade, eles se tratavam como se fossem irmãos de verdade.

Jeremy a defendia e a ajudava sempre que ela precisava e Anna aprovava o jeito que os dois se tratavam.

Até eu gostava da amizade dos dois. Era fofo.

Jeremy agora me tratava bem, apesar de não termos colocado em pratos limpos a briga que tivemos.

– Onde estão Matt e Tyler? - Damon perguntou, achando estranho não vê-los no refeitório, já que eles sempre eram os primeiros a comer.

– Estão de castigo na diretoria por terem respondido o Klaus. - quem respondeu foi Stefan, bebendo seu refrigerante.

– Klaus? O que ele faz aqui? - perguntei, largando a batata-frita que eu levava a boca. Eu não ia muito com a cara dele, mesmo sem saber direito o motivo.

– Ele é o novo professor de educação física. - respondeu Jeremy, olhando para mim.

– Parece que o Tyler está apaixonado pela Caroline e como ela está saindo com o Klaus as escondidas, ele faz de tudo para implicar com o novo professor. - explicou Stefan.

– Sinceramente, não sei o que ele faz aqui. - eu disse, irritada.

– Pelo que eu vejo, você não gosta do Klaus. - observou Damon, sorrindo de lado.

– Eu nem sei porque me sinto desse jeito quando o vejo. - respirei fundo, sentindo-me insegura em continuar. - Algo no jeito em que ele age não me inspira confiança. Não gosto que a Caroline esteja saindo com ele, principalmente agora que ele foi contratado como o novo professor do colégio.

– Isso também me preocupa. - concordou Anna e Bonnie acenou positivamente com a cabeça.

– Klaus não é o tipo de cara que você pode fantasiar castelos, unicórnios e pôneis. Ele é o tipo de cara que procura diversão e não um matrimônio ou relacionamento sério. - pela resposta do meu irmão, eu e minhas amigas não éramos as únicas que não gostavam do jeito dele.

– Mas vai falar com ela sobre isso! - disse Anna, frustrada novamente. - Ela nem vai querer ouvir.

– Eu já até desisti. - todos riram com a frase de Bonnie.

– Galera, mudando um pouco de assunto, que fantasia vocês vão usar hoje a noite? - Damon perguntou, curioso.

– Isso você só verá na hora, queridinho. - eu disse, dando uma piscadela para ele.

– É isso aí! - disse Anna.

O sinal tocou e cada um foi para a sua respectiva sala. A aula que eu teria agora era com Tyler, mas se ele estava na direção, não apareceria na sala de aula tão cedo.

O corredor estava quase vazio, exceto por duas pessoas que conversavam baixinho no corredor. Me escondi atrás do armário, com medo de atrapalhar aquela conversa quando vi que se tratava de Klaus e Caroline e que eles pareciam estar brigando.

– ... você vai sair comigo sim, Caroline! - a voz de Klaus estava alterada. Inclinei um pouco a minha cabeça para o lado e vi que Caroline estava assustada. Eu queria fazer alguma coisa para interromper, mas a única coisa que consegui fazer foi sacar o meu celular, pronta para tirar alguma foto daquela cena.
Klaus era perigoso e ameaçador.

– Não, eu vou sair com você quando eu puder sair. - ela respondeu, meio irritada e assustada.

– Resposta errada. - Klaus sussurrou, olhando para minha amiga com raiva e apertando o seu braço com força.

– Solta o meu braço, Klaus. - pediu, choramingando. Tirei 4 fotos de Klaus apertando o braço de minha amiga e guardei o celular, pronta para intervir.

– Amiga, eu estava procurando por você. - saí de trás do armário, fazendo a maior cara de inocente. Os dois se voltaram para mim abismados e Klaus logo soltou o braço da minha amiga.

Apesar dela ter certeza que eu havia visto Klaus apertando o seu braço (seu rosto denunciava isso), resolvi me fazer de sonsa. Eu sabia que não adiantava alertar a minha amiga sobre o perigo que eu sentia sempre que Klaus chegava perto. Talvez com o que acabou de acontecer, ela pudesse se dar conta disso e caísse fora dessa roubada.

– Porque não foi para a sala de aula ainda? - ela perguntou, com a voz trêmula.

– A diretora pediu pra te chamar, parece que alguns engraçadinhos estouraram algumas bexigas que você colocou na entrada do ginásio. - menti.

– O QUE? - ela gritou. Percebi que Caroline tremia de nervoso pelo que acabara de acontecer. - Eu vou resolver isso. Obrigada por me avisar, amiga. - minha mentira foi tão convincente que Caroline acreditou mesmo no lance das bolas.

Talvez eu estivesse me tornando uma boa mentirosa.

Caroline saiu correndo pelo corredor, deixando-me a sós com Klaus. Ele me olhava de um jeito tão indolente e intimidador, que eu mesma tive vontade de sair correndo. Ele andou em minha direção, os passos compenetrados, diretos, firmes.

– Estou de olho em você. - ele se abaixou um pouco, para ficar da minha altura e poder olhar dentro dos meus olhos. Mesmo morrendo de medo, eu o encarei de volta.

– Nossa que coincidência! - exclamei, debochando. - Pois eu também estou.

– Cuidado, você pode ter se salvado do despinhadeiro, mas pode cair em um outro bem maior. - e tendo dito isso, ele saiu dali, me deixando petrificada, com o coração retumbando e uma sensação trêmula de pavor.

No fim das contas, eu era mesmo uma péssima mentirosa.

[...]

Abri a porta da minha casa, sentindo uma saudade enorme do lar que eu morava antes do acidente que deixou minha mãe em coma acontecer.

Os móveis estavam todos em seus devidos lugares.

Por um momento, eu tive a sensação de que a minha mãe desceria as escadas correndo e me daria um beijo na testa, perguntando como foi o meu dia e quais eram os meus planos para o Halloween.

Mas ela não apareceu.

Engoli o choro e subi as escadas, indo para o porão onde mamãe costumava guardar as coisas que ela não usava, inclusive, o baú repleto de vestidos, que estava num canto, empoeirado.

Espirrei algumas vezes quando abri o baú, tirando os vestidos que estavam ali dentro. Mamãe costumava me dizer que não os jogava fora porque sabia que haveriam ocasiões de minha vida que eu precisaria usá-los.

Talvez essa seja uma das ocasiões que minha mãe tanto dizia.

Eu não sabia ao certo o que estava procurando e não tinha em mente nenhuma fantasia, mas quando eu vi aquele vestido dentro do baú, eu tive a certeza de que era aquele que eu usaria.

O vestido era longo e rodado, de um tecido tão delicado quanto seda, rosa claro. Ele era repleto de pedrinhas brilhosas e em seu busto, havia bojo e não tinha alças.

Fiquei examinando o vestido por um bom tempo e sorri ao saber que mamãe já havia usado-o quando era mais nova, no mesmo baile onde conheceu o meu pai.

Era um vestido especial que foi usado em uma ocasião especial.

Saí do porão e entrei no quarto que fora de minha mãe, passando a mão pela caixinha de jóias que ela tanto amava e abrindo-a, no intuito de pegar algumas jóias para usar com o vestido.

Eu iria de princesa na festa.

Ao passar as mãos pelas suas coisas, eu não me aguentei e comecei a chorar compulsivamente. Eu não podia evitar me sentir daquela forma, não quando minha mãe parecia estar tão distante.

Ela fazia muita falta.

Todos os dias eu me pegava pensando no que aconteceria se ela nunca acordasse e os pensamentos me assustavam de uma maneira absurda.

Enxuguei as lágrimas com as costas da mão e peguei tudo o que precisava, saindo dali o mais rápido possível.

[...]

A festa já havia começado. Eu sabia disso porque eu estava em frente ao colégio, mas o nervosismo me deixava incapacitada de entrar.

Eu estava com medo do Klaus. Medo do que ele podia fazer com a minha amiga e medo do que ele podia fazer comigo se descobrisse que tenho fotos dele ameaçando a minha amiga.

Eu não era burra. Klaus tinha me ameaçado de morte mais cedo e seu olhar de predador me fez acreditar que ele seria capaz de cumprir qualquer ameaça destinada a mim.

O vestido esvoaçava conforme eu andava e eu tirei uma mecha do meu cabelo que havia ido parar em minha boca.

Meu cabelo estava meio preso e meio solto, com ondas que me deixaram mesmo parecida com uma princesa.

Entrei na festa, vendo um monte de pessoas fantasiadas, dançando loucamente alguma música do Panic! At The Disco.

Não consegui reconhecer ninguém. As poucas luzes, as fantasias, maquiagens e máscaras me incapacitavam de enxergar alguém conhecido.

Andei pelo ginásio, vendo que Caroline tinha mesmo arrasado na decoração da festa.

– Parece que você é a minha princesa. - sorri instantaneamente ao ouvir aquela voz.

– Oh meu Deus! - me virei, encarando Damon surpresa. - Você veio de príncipe?

– Não foi porque eu quis, tá legal? Eu perdi uma aposta pro Tyler. - ele fez uma carranca, mas isso só o deixou mais bonito. A fantasia de príncipe que ele vestia caiu perfeitamente bem nele.

– Não ficou ruim. - o que era uma maneira muito humilde de dizer que ele estava um gato.

– Você está linda. - eu fiquei vermelha de vergonha, em parte pelo comentário e em parte pela maneira com que o Damon me olhava.

Seus olhos brilhavam tanto quanto as luzes de neon que Caroline havia encomendado especialmente para aquela noite.

– Amiga, você está linda! - Caroline, Bonnie e Anna me olhavam admiradas.

Caroline estava fantasiada de fada, Bonnie de bruxa e Anna de Chapeuzinho Vermelho.

– Vocês também estão lindas! - as três sorriram, saltitantes e felizes.

– E aí galera! - Matt gritou, dançando feito um pelicano com dor de barriga. Ele estava fantasiado de bebê, o que consistia em apenas uma fralda extra grande e uma chupeta na boca.

Eu, Damon e minhas amigas demos altas gargalhadas.

– Matt você está muito engraçado. - Bonnie disse, rindo.

– Hey, você sabe do Tyler? - achei estranho o interesse repentino de Caroline pelo Tyler e achei que aquilo pudesse ter alguma coisa haver com o Klaus.

– Ele deve estar por aí com o Stefan. - deu de ombros, tornando a dançar feito doido.

Damon revirou os olhos para o amigo, sorrindo genuínamente logo em seguida.

Stefan e Tyler chegaram, bebendo algo que com certeza havia sido batizado com álcool. Stefan havia se fantasiado de Super-Homem e Tyler estava vestido de Lobo. Caroline tentou cumprimentar Tyler, mas ele virou o rosto, indo para um canto afastado com Rebekah, que estava fantasiada de Coelhinha. Estranho, não?

– É a primeira vez que eu vejo um lobo andando com uma coelhinha. - Jeremy zombou, chegando perto de Anna e abraçando-a de lado. Meu irmão estava extremamente bizarro com a fantasia do Batman.

Todos riram com o que ele disse.

– Amiga, você está bem? - perguntei para Caroline quando percebi que ela estava inquieta e preocupada.

– Estou, eu só preciso fazer uma coisa e já venho. - pensei em segui-la, mas Damon pegou em meu braço quando uma música lenta começou a tocar. Quando olhei para a direção que Caroline havia tomado, ela não estava mais lá. Havia se misturado com as outras pessoas.

– Quer dançar? - olhei para os lados, vendo que todos os meus amigos estavam dançando com alguém. O clima era de puro romance.

Voltei a olhar para o Damon e assenti com a cabeça, tentando controlar o suor de minhas mãos e o tremor de minhas pernas.

Nos movemos lentamente pelo salão de festas. Nossos corpos estavam colados e eu podia sentir o perfume gostoso que Damon sempre costumava usar. Minhas mãos envolveram o seu pescoço e as dele já estavam em minha cintura.

– Eu tinha me esquecido de como era bom ficar assim com você. - ele deu um sorriso genuíno e eu, abaixei a cabeça, mordendo o lábio logo em seguida.

– E eu me lembrei recentemente disso. - eu disse, referindo-me as lembranças que voltavam a minha mente o tempo todo.

– Pena você ter se esquecido.

– Você poderia refrescar a minha memória. - eu sabia que o que eu estava insinuando era demais. Entretanto, naquele exato momento, eu percebi que faria qualquer coisa que eu pudesse para mantê-lo comigo.

Seu olhar era cativante e o momento era tão mágico que até cheguei a pensar que eu era mesmo uma princesa e aquele era o meu palácio. Damon era o meu príncipe encantado.

Sua mão acariciou a minha bochecha de forma suave e eu fechei os olhos, sentindo um formigamento gostoso naquela região.

A música já estava acabando, mas eu não queria que aquele momento tivesse um fim.

Continuei de olhos fechados e senti os lábios de Damon alcançarem os meus. Ficamos assim por um tempo, apenas sentindo aquele simples toque. Sentindo todo o meu ser serem ligados a fios elétricos e o meu coração, pulando frenético dentro do peito.

Abri os meus lábios quando a língua de Damon encostou em meu lábio inferior e um beijo lento e calmo fez com que uma paz inebriasse todo o meu ser. Eu já não tremia, mas eu sentia que as borboletas em meu estômago faziam uma festa.

A forma como Damon me beijava era tão doce que eu quase senti vontade de chorar. Os momentos que eu lembrava de minha infância tomaram a minha mente e eu sorri entre o beijo, apertando a nuca de Damon de forma carinhosa. Ele deu um suspiro baixinho, afastando-se de mim quando o ar faltou.

Nós dois sorrimos e encostamos nossas testas, mas não paramos de dançar.

– Elena, estão te chamando lá na sala dos professores. - Stefan disse, meio desconcertado por ter nos interrompido.

Eu ainda estava meio desnorteada, mas mesmo assim, respondi um "Ok" meio estranho para ele.

– Eu já volto. - eu disse, quando Damon segurou em meu pulso.

– Quer que eu vá com você? - perguntou.

– Não precisa, eu já venho.

Saí do ginásio, que era onde acontecia a festa e andei pelos corredores estranhamente vazios. Algumas caveiras, aranhas e outras coisas meio assustadoras enfeitavam o corredor que mesmo bem iluminado, me causou alguns calafrios.

Quem estava me chamando na sala dos professores aquela hora? Eu não sabia.

De repente, o arrependimento de não ter aceitado a companhia de Damon me atingiu em cheio.

Eu estava quase virando o corredor quando uma das luzes do mesmo se apagaram, me deixando com mais medo do que antes. Meu corpo todo tremia e minha respiração parecia estar tão desregulada quanto um carro sem freio em uma avenida.

Pensei em tudo o que eu perderia se caso algo acontecesse comigo. Lembrei-me da ameaça de Klaus, e meu corpo tremeu mais ainda.

As caveiras e bruxas de brinquedo que estavam penduradas nas paredes se tornaram mais assustadoras ainda. Seus rostos pareciam sorrir de forma maldosa para mim.

Continuei andando, mesmo com o corredor parcialmente escuro. Eu nem tinha coragem de olhar para trás.

Pensei em Damon e no beijo que havíamos trocado. Se eu morresse hoje, pelo menos morreria feliz. Era uma pena não ter tido a chance de dizer que o amava.

A última luz do corredor se apagou e eu gritei, quando fiquei totalmente na escuridão.

As bruxas de brinquedo na parede emitiram risadas cruéis e malígnas e o pânico se fez presente. Fiz menção de voltar para a festa, mas ouvi passos vindo em minha direção. Eu estava tão perdida e impotente, que continuei parada em meu lugar. A sensação de estar ali no escuro era aterrorizante.

– Feliz dia das bruxas, Elena. - a voz disse, perigosamente perto do meu ouvido. - E então, o que vai ser? Doce ou travessura?


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Notas finais do capítulo

O que vocês acham que vai acontecer com a Elena? Será que foi o Klaus que apareceu ali?
Essa é a primeira vez que escrevo algo assim e não sei se ficou bom. Eu espero que vocês tenham gostado do capítulo e do beijo Delena awwn *-*
Comentem o capítulo girl's. A fanfic tem muitas leitoras e acho que nem a metade comentam. Deixem aí sua opinião sobre o capítulo, eu amo os comentários de vocês que eu tenho que terminar de responder haha.
Tenham uma boa noite e um bom começo de semana!



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