No capítulo anterior...

- Bom Sakura, acho que você está bem! Pode ir para casa. – disse o médico.

- Obrigada, doutor!

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Já havia anoitecido quando Sakura voltou para casa. Coincidência ou não, estava próximo do horário de seu pai chegar do trabalho.

Já estavam na esquina da mansão dos Haruno, quando viram diversas viaturas de polícia e uma ambulância. Os três (Sasuke, Sakura e Margot) acharam estranho. Quando foram se aproximando, um guarda pediu para que parassem.

Sasuke abriu a janela.

- O que tá acontecendo? – perguntou Sasuke.

Sakura na mesma hora viu um carro conhecido parado em frente ao portão de entrada da mansão.

- Aquele é o carro do meu pai! – exclamou a rosada que saiu do carro e correu em direção à movimentação. Margot a seguiu.

- Sakura! Espera! – disse Sasuke também saindo do carro.

Sakura viu a porta do carro de seu pai aberta e o vidro da frente estilhaçado. A rosada congelou ao ver a cena.

- Você não pode entrar aqui, mocinha! – disse um policial.

Sasuke, finalmente havia alcançado Sakura. Também ficou chocado com o que viu

- O que aconteceu? – perguntou Sasuke.

- Houve uma tentativa de assassinato. Aconteceu agora a pouco.

Sakura ficou de olhos arregalados.

- O que aconteceu com o meu pai?!

- Você é Sakura Haruno?! – perguntou o policial, que apenas viu a rosada concordar. – Tentaram matar seu pai... estamos encaminhando - o ao hospital mais próximo.

- Não... – murmurou Sakura

Margot que estava atrás de Sakura a abraçou. A garota tremia, enquanto chorava desesperadamente.

- Eu percebi que estão de carro, podem seguir a ambulância se quiserem! – disse o policial friamente.

- Me deixa ir na ambulância com o meu pai... Por favor! – disse Sakura aos soluços.

- Sinto muito! Não há mais lugar. – finalizou o policial para depois se retirar.

- Vamos, menina... – disse Margot ainda abraçada a rosada. – você precisa descansar...

- Sakura, você acabou de voltar do hospital...

- Eu vou com o meu pai, Sasuke!  - disse Sakura encarando-o

- Ótimo! – bufou ele. – Vamos, entrem no carro!

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O percurso foi silencioso. Sasuke tinha olhos apenas na ambulância logo a sua frente. Às vezes, olhava de esgueira para a rosada ao seu lado. Ela permanecia quieta, com os olhos em algum ponto fixo. Parecia hipnotizada. Enquanto isso, Margot estava murmurando alguma coisa, porém era inaudível. A única coisa que Sasuke pensava era como que Sakura suportava tudo isso. Um casamento arranjado não era o suficiente... também tinha um pai que a agredia a qualquer “escorregão”, e ainda queria ficar com ele. Não acreditava que Sakura poderia ser tão tola a ponto de se sacrificar por pessoas, como Fazu, que não valiam nada.

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- Teremos que operá-lo, senhorita... – disse um médico à frente de Sakura – Vou providenciar que alguém venha lhe informar sobre o estado de seu pai.

Sakura não disse nada. Permaneceu de cabeça baixa, sentada na sala de espera do hospital. Ao seu lado estava Margot, visivelmente abatida. Sasuke havia ido ligar para casa, avisando que ficaria com Sakura, até seu pai sair do hospital.

- Nós já vimos pela televisão filho. – respondeu Mikoto do outro lado da linha. – Como ela está?

- Ela tá muito triste, mãe...

- Imagino.. seu pai também está inconsolável.

- Hunf... – murmurou Sasuke. – vou desligar. Tchau mãe..

Sasuke logo voltou e ficou do lado de Sakura. A garota estava muda e deixava escapar algumas lágrimas.

Já era tarde da noite, passava das 22 hrs. Ela não havia comido nada, não falava, apenas respondia sim e não com a cabeça. Sasuke ora olhava para a rosada, ora para Margot. Margot apesar de preocupada, estava mais aflita por Sakura.

- Sakura-chan... vamos comer alguma coisa. – disse Sasuke com o tom de voz o mais calmo possível.

Sakura apenas se deu ao trabalho de negar com a cabeça, o que estava deixando o Uchiha realmente irritado.

- Sakura, você precisa comer. Não se alimentou o dia inteiro, bateu a cabeça... você não pode ficar em jejum por tanto tempo. – disse Margot, levantando a cabeça da garota. – fique tranqüila, ficarei aqui para qualquer notícia...

Sakura apenas se levantou e foi indo na frente. Sasuke deu uma olhada para Margot, e seus olhares se cruzaram. Realmente, Sakura estava desnorteada, parecia um zumbi ambulante. Soltou um longo suspiro e andou a passos largos, para alcançar Sakura.

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Enquanto os dois estavam na cafeteria do hospital, Margot continuava na sala de espera, aguardando notícias de seu patrão. Avistou um homem alto, todo vestido de branco.

- A senhora é parente do Sr. Fazu Haruno?! – perguntou o homem.

- Não, sou a governanta da casa... estou aqui acompanhando a filha dele. Mas, como ele está?

- O Sr. Haruno ainda está na mesa de cirurgia... – disse ele com um pesar na voz.- ele perdeu muito sangue e a bala ainda está alojada no cérebro.

- Co-como?! O tiro foi dado na cabeça?! – perguntou perplexa.

- Sim, senhora... qualquer novidade eu avisarei... – disse ele dando um sorriso torto.

Margot apenas concordou e viu o médico se distanciando. A governanta sabia que  seu patrão havia sido baleado, mas não na cabeça. “Pobre Sakura..” pensou Margot ao imaginar a reação da jovem ao saber que o pai estava morrendo.

Não demorou muito e Sasuke e a rosada já estavam voltando. Sakura parecia estar com uma cara um pouco melhor,menos abatida. Talvez estivesse fraca por não ter se alimentado durante o dia. Margot deu um pequeno sorriso.

- Como se sente?!

- Um pouco melhor... deram alguma notícia do meu pai, Margot?!

- Err.. bom, o médico veio aqui e disse que ele está na sala de cirurgia ainda, filha....  – disse ela um pouco tensa.

Sakura não disse nada, apenas abaixou os olhos e se sentou no lugar de antes.

- Margot, se quiser comer alguma coisa, ou descansar pode ir, eu fico com ela. – disse Sasuke.

- Só vou tomar um lanche e dentro de alguns minutos eu retorno. Obrigada Sasuke-sama.

Sasuke apenas assentiu com a cabeça e depois se voltou para Sakura.

- Sakura, fala alguma coisa! – disse apreensivo. – você não falou nada desde que chegamos aqui...

Continua...