Por Isabella Swan

– Isabella?

Rostos de espanto e surpresa foram a primeira coisa que eu vi ao adentrar a sala da enorme mansão.

Um homem que não conhecia, cujo rosto era extremamente familiar se aproximou de mim.

– Isabella é você mesmo?

– Sou eu sim. Como sabe o meu nome?

Não estava entendendo nada, como aquele estranho sabia o meu nome? Quem era ele?

– Bom, eu... Eu...

Vendo a incapacidade do homem se expressar a loira que estava ao seu lado respondeu minha pergunta.

– Porque ele, Charlie, é seu pai... Isabella.

– Não há nenhuma possibilidade de eu ser sua filha.

Vendo minha confusão a loira perguntou.

– Você é filha de Reneé Dwyer?

– Sim, eu sou mais ainda não entendi onde você quer chegar com essa conversa.

– Então deixe-me contar a sua históra querida. Há vinte e dois anos comecei a namorar com Renee Dwyer, naquela época eu achava que ela era o grande amor da minha vida, estava perdidamente apaixonado por ela, tanto que, me casei com a mesma três meses após nos conhecermos e para mim aquele casamento era um conto de fadas. - ele respirou profundamente e olhou para Carlisle prosseguindo sua explicação não interrompendo o contato visual. - Dois anos depois descobri que ela me traia, essa notícia veio seguida com sua gravidez. Fiquei completamente destruído, nos divorciamos logo após o nascimento de vocês. No processo de divórcio foi decidido que cada um ficaria com a guarda de uma das gêmeas. Eu fiquei com Anabella e sua mãe com você. Não nos falamos ou mantivemos contato depois disso por achar que seria o melhor para evitar encontros desagradáveis. Eu dei a ela uma gorda conta bancária e uma casa mobiliada com toda comodidade em Seattle, não sei o que aconteceu desde então com nenhuma de vocês.

– É verdade querida apesar de você não ter meu sangue e não termos convivido muito, já lhe considero minha filha. E assim como amava sua irmã como filha, eu amarei você do mesmo modo. A propósito, me chamo Tânia.

Do outro lado da sala, via Esme me olhar com um olhar indecifrável. Ele inclinou a cabeça e expressou uma indecisão.

– Então Isabella é a irmã de Anabella, Charlie?

– É sim, não é ótimo Esme? Vim para casa do meu genro esperando uma notícia trágica e me deparo com a mrlhor notícia que tive nos últimos tempos.

– Mamãe do que vocês estão falando, não estou entendendo nada.

Henrique que até então estava silencioso ao meu lado, resolveu se manifestar atraindo a atenção de todos os presentes na sala.

– Não é nada meu amor é coisa de adulto, porque você não vai brincar lá fora enquanto nós terminamos de conversar?

– Sim mamãe, só me dá o meu carrinho.

Lhe entreguei o brinquedo e ele fora brincar do lado de fora da residência com Tânia que se oferecera para o acompanhar.

– Essa criança é seu filho Isabella?

– É sim Sr. Swan. Nosso filho. Mas, por que você não pergunta à Esme, Charlie, o motivo do nosso filho ter sido criado sem todo conforto necessário. - Edward deu uma pausa e dirigiu uma risada sarcástica em direção à mãe.

– Que história é essa Esme?

– Não sei o que a que ele se refere Charlie.

– Sabe sim, estou falando de todas as humilhações que você fazia Bella passar, pricipalmente quando você a expulsou grávida de casa sem nada, nem ninguém no mundo que pudesse a proteger.

– É mentira, eu lhe dei tudo o que lhe era de direito. Além disso, eu não sabia que ela estava grávida.

– Ah! Então em questão de minutos você lembrou do que fez a ela né? Sua cínica.

Nesse momento Carlisle interferiu na discussão pela primeira vez.

– Edward, mais respeito com a sua mãe. Ela teve seus motivos.

– Desculpa pai mas, não tente defendê-la. Ela não é digna de respeito. - Olhou para a mãe e disse claramente. Eu tenho nojo de você.
No momento seguinte, Charlie assustoua todos quando rapidamente prendeu suas mãos ao redor do pescoço de Esme e tentou a enforcar,

– Você fez isso com a minha filha vagabunda. A deixou desabrigada sem ter pra onde ir, sozinha e ainda por cima grávida. Quer saber, Edward tem toda razão, você não passa de um monstro.

– Não fale assim comigo Charlie, você não tem esse direito.

Intensificando o aperto que Carlisle e os outros inutilmente tentavam a libertar, Charlie a perguntou o motivo de ter tomado essa atitude e a resposta, veio inesperadamente.

– Porque eu achava que Bella fosse tia do Edward.

Se antes, eu não estava entendendo nada, agora menos ainda.

Ontem, eu era uma simples catadora de lixo que vivia em baixo de uma ponte com meu pequenino e agora, descubro que nada do que eu vivi, era real.

–Por isso me tratava tão mal. Presumo.

– Sim, quando descobri que você era apaixonada pelo meu filho eu passei a tratá-la mal na esperança de você se demitir e se afastar dele.

– Isso não explica o que você fez Esme! Você humilhou a Bella das piores formas possíveis, você é um monstro.

– Não meu filho, eu juro que não fiz por mal, ao contrário queria salvar vocês.

– Há vinte e um anos, Renee teve um caso que durou anos com meu irmão. Ele a amava. Em meados de novembro de 1994 ela chegou aqui com uma menina nos braços alegando ser filha do meu irmão. Ela dissera também que perdera tudo que tinha em uma negociação fraudulenta. Meu irmão se casou com Renee e assumiu a criança. Ele morreu em um acidente de avião meses depois, como ninguém concordava com o casamento e meu irmão não possuía grandes patrimônios ela começou a trabalhar aqui em casa como cozinheira e disse que queria recomeçar uma nova vida, enquanto a menina, Isabella fora criada junto ao meu filho. Sem ninguém suspeitar desse segredo. Descobri recentemente que você era filha de Charlie Swan quando Anabella morreu e Tânia me contou a história de vocês. Espero que algum dia você possa me perdoar.

Me aproximei dela e lhe dei um abraco.

– Claro Esme, apesar de tudo, eu nunca lhe odiei e lhe perdoo por tudo que me fez, agora entendendo suas razões.

– Então estou perdoada?

– Claro... Sogrinha.

E dei uma sonora gargalhada que foi acompanhada pelos restantes convidados quebrando o clima tenso que dominava o ambiente.