Pov Edward

A volta inesperada de Anabella foi uma grande surpresa que trouxe tumulto para uma situação que antes era de calmaria e paz.

Bella se culpava por estar no lugar da irmã e eu a todo custo, tentava tirar essa idéia absurda de seus pensamentos. Segundo a mesma, ela estava usurpando o lugar que a irmã deveria estar ocupando e isso foi a causa de nossa primeira briga.

Anabella havia voltado há uma semana e ainda não tínhamos conversado. Por esse motivo, a chamei em meu escritório para saber qual seriam suas próximas atitudes.

– Sr. Cullen. A sua esposa está aqui. Devo mandá-la entrar?

– Sim Giana. Mande-a entrar.

Ela entrou elegantemente em minha sala e parou em minha frente me fitando intensamente.

– Olá Edward. Finalmente iremos conversar. Cheguei a pensar que isso não aconteceria.

–Não seja absurda Ana. Sente-se.

Apontei para a cadeira e voltei toda minha atenção para ela.

– Bom, vim terminar nossa conversa como você mesmo pediu. Então por favor, não gostaria de ser interrompida. Essa é a minha vez de retratar os fatos.

– Claro.

– Há sete meses atrás, quando tentaram me matar eu fiquei muito ferida, e meu antigo namorado de faculdade simulou minha morte para que ninguém tentasse me ferir novamente. Ele então me levou para Londres e cuidou de mim. Eu fiquei em coma por seis longos meses em estado vegetativo, logo que eu dei entrada no hospital os médicos fizeram uma cesariana de emergência em mim, pois se não, haveria o risco da criança não sobreviver. Faz somente um mês que despertei do coma e percebi o transtorno que minha vida havia se tornado em poucos meses. Acordei sozinha, sem minha família, com um filho na incubadora e sozinha. Não totalmente mas, sem você ao meu lado. E quando retorno para minha vida encontro você aqui aqui com uma desconhecida que se diz minha irmã e com um filho seu. Você já parou para pensar como eu me senti? Me senti horrível, com os piores sentimentos que você poderia imaginar.

Eu me aproximei cautelosamente dela que estava em prantos devido a confissão de seus sentimentos.

– Sei que deve ter sido horrível. Mas quando encontrei Bella, tão indefesa, não pude deixar de pensar que a vida havia sido bondosa comigo. Afinal, pensei que estava morta. Então achei que era hora de recomeçar.

– Edward não fazia nem um ano que havia sido dada como morta e você achou que era hora de recomeçar? Realmente não lhe entendo. - Ela me olhou com mágoa e prosseguiu. - Onde está todo o amor que você dizia sentir por mim?

– Acho que precipitei em relação aos meus sentimentos. Confundi o amor que sentia por você - o de irmã - com o que sentia por Bella. Acho que devido ao fato de serem tão idênticas. Desculpe-me.

Olhando-me com desgosto ela abaixou a cabeça.

– Mudando de assunto, quem foi esse seu ex namorado que você citou? E como ele sabia que você corria perigo?

– Damon foi meu namorado nos primeiros semestres de faculdade, terminei com ele para ficar com você. - Ela me encarou esperando queeu dissesse algo. Devido ao meu silêncio ela suspirou e prosseguiu. - Ele me disse que aquele tiro não foi por acaso, foi premeditado para matar a nós dois. Eu não lembro muito desse dia mas, ele achou melhor que ninguém soubesse que eu não havia morrido até tudo estar esclarecido.

– Como ele pôde fazer isso? Não imagina o tanto que nós sofremos pensando que estava morta, pensando que...

– Por favor Edward, você é a última pessoa que tem moral para falar sobre isso. Além disso, isso já passou, eu estou bem, já voltei para casa. Está tudo bem.

–Não, não está. - Rebati indignado.

– Olha se você insistir em ficar falando sobre isso, eu vou embora. Aliás, acho que farei isso agora.

Ela se levantou, pegou sua bolsa e caminhou em direção à porta.

– Espere Ana. Onde está nosso filho? Desjo vê-lo.

– Ele está com Damom.

– Com Damom? Por quê?
– Bom, ele se ofereceu para ficar com ele enquanto eu vinha até aqui. Não se preocupe quanto a segurança da criança, Damon tem um carinho muito especial por ele, já teria feito mal à ele se desejasse, mas, não o fez. Então não fique preocupado. Quanto ao pequeno, você vai amá-lo Ed, ele é adoravel, nunca deu trabalho, é um anjo de menino.

– Quero vê-lo. O quanto mais breve possível melhor.

– Sim, claro. Mas, tenho uma... Condição, para que isso aconteça.

– E o que seria? Se eu puder realizar essa condição, eu aceito.

Ela deu um sorriso enigmático e se aproximou mansamente de mim. Falando logo em seguida a frase que eu mais temia ouvir.

– Quero voltar a morar na minha casa, Edward.