Casamento Infernal escrita por Miss America


Capítulo 2
Two


Notas iniciais do capítulo

Quem conhece a história original vai sacar as indiretas :)



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O grito de Deméter ecoou pelo Olimpo e fez todas as plantas do monte secarem instantaneamente.

— ONDE... ESTÁ... PERSÉFONE???

Ártemis e Atena se entreolharam, aflitas.

— Ela estava conosco, colhendo flores — contou Atena. — E, de repente...

Deméter estreitou os olhos.

— De repente???

— Ela sumiu — concluiu Ártemis.

As três se reuniram em um dos morros pequenos dos quais se formava o Monte Olimpo. Fazia algumas horas desde que a filha de Deméter havia desaparecido, e todos os deuses juravam que não a tinham visto.

— Como SUMIU? — berrou a deusa da agricultura. — É praticamente impossível alguém como Perséfone SUMIR!

Dioniso apareceu entre as árvores queimadas, tentando restaurá-las.

— Tia, pare com isso. Está acabando com a vegetação. E deixe Perséfone para lá. Fica muito mais silencioso sem ela.

Deméter ergueu olhos fuzilantes em sua direção.

— Cale a boca, seu bêbado bastardo!

— Ai, doeu.

— ZEUS! — ela gritou. — Você não vai fazer nada? É sua filha também!

Zeus surgiu em uma nuvem, flutuando morro acima, profundamente irritado. Pequenas faíscas de eletricidade circulavam sua cabeça.

— O que quer que eu faça? — ele devolveu, erguendo os braços. — Se cuidasse mais daquela menina, ela não seria tão... tão...

Deméter ergueu uma das sobrancelhas.

— Tão o quê?

— Chatinha, mimada, infantil, fútil — sugeriu Dioniso. Ártemis segurou um risinho. — Quase uma segunda Afrodite.

A mãe da moça virou em sua direção e o transformou em uma espiga de trigo. Zeus lhe fez uma cara feia.

Afrodite colocou as mãos na cintura, ofendida.

— Não me compare àquela criatura! Estou farta de ouvir dizerem que ela é tão bela quanto eu, e agora vai acrescentar mais adjetivos? Sou única, entendeu?! — sua voz fina e gritada irritou os ouvidos de todos.

— Aham, claro — respondeu Ártemis.

Atena revirou os olhos.

— Vamos parar com tanta infantilidade! Vamos fazer algo digno dos deuses que somos, não essas discussões estúpidas. Parecemos mortais — então ela suspirou e olhou à sua volta. — Ah, Hermes! Encontrou algo?

— Nem sinal — o deus anunciou de cima de suas sandálias com asinhas.

— Apolo? — Atena se virou para o oeste.

Da carruagem do sol, Apolo apontou com o polegar para baixo.

Atena passou a mão pela testa tentando pensar em um novo plano. Olhou para todos os deuses. Zeus e Deméter discutiam sobre a filha. Hera estava corada de ciúmes. Dioniso havia retornado de trigo para um deus novamente. Ártemis tentava fazer Afrodite calar a boca.

Deméter havia convocado todos os deuses, desde os menores que existiam, apenas para encontrar a filha. Zeus negava-se a varrer o céu, e Poseidon afirmava que havia visitado cada mar e oceano e nada havia visto.

Foi então que Atena percebeu que nem todos estavam ali.

— Hades — ela sussurrou para si mesma, com os olhos cinza brilhando.

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Perséfone fora atada pelas mãos e pés em uma estaca de madeira no centro da sala do trono de Hades. Amordaçada também, só para garantir seu silêncio.

Hades andava de um lado para o outro, murmurando maldições e coçando a cabeça, em busca de um modo de devolver Perséfone sem arranjar briga novamente com Deméter. Hora ou outra ele gritava para que os espíritos ficassem um pouco mais quietos, e seus gritos faziam o Mundo Inferior tremer e Perséfone empalidecia.

Finalmente, depois de tanto pensar, ele se virou para a deusa da primavera e a encarou com sua costumeira impaciência.

— Você volta para o Olimpo ainda hoje — apontou o dedo para ela, como se faz com um cachorrinho pequeno.

Perséfone negou com a cabeça. Hades inflamou-se.

— O QUE VOCÊ QUER DE MIM, CRIATURA??? — urrou e Cérbero latiu ao longe, fazendo o Mundo Inferior ter novamente um mini terremoto.

A deusa remexeu a cabeça tentando tirar a mordaça. Demorou tanto que Hades a retirou pessoalmente.

— Fale, infelicidade.

Perséfone hesitou.

— Não quero voltar...

— Você vai.

— ...sem você — seus olhinhos brilharam.

Hades franziu o cenho.

— Pare de comer flor de lótus, criança. Ou melhor, pare de produzi-las.

A jovem corou.

— Gosto de você — sussurrou, tímida.

Hades se aproximou dela, sombrio, e perguntou em voz grave:

— Por quê?

Ela se encolheu ainda mais.

— Porque... é diferente — ela sorriu.

O deus a encarou por um momento, fingindo pensar sobre aquilo, e então revirou os olhos e voltou a andar de lá para cá.

— Você vai voltar — gesticulou em sua direção, como se a expulsasse. — E ainda hoje.

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— Não sei do que você está falando — retrucou Zeus em seu trono, olhando para o nada.

Atena estreitou os olhos.

— Por favor, pai. Deméter está enlouquecendo todos no Olimpo. Diga-me, o que fez com Perséfone?

Zeus virou seus olhos azuis elétricos para a filha, curioso.

— Por que acha que tenho algo a ver com isso?

A deusa suspirou.

— Bem, vejamos — ela começou a enumerar os fatos com os dedos da mão direita. — Um, o senhor não quer ajudar Deméter a encontrar a própria filha. Dois, o único deus que não está aqui, e que foi embora mais ou menos na mesma hora em que Perséfone desapareceu é Hades. Três, todos sabemos que o senhor adora ver sua filhinha irritar Hades. Quatro, Hermes o ajudou a brincar com seu irmão dessa vez.

Zeus arregalou os olhos.

— Como descobriu sobre Hermes?

Atena brincou com um dracma entre os dedos e o jogou para o alto.

— Hermes sabe negociar.

O deus do céu esparramou-se em seu trono, vencido pela filha.

— Muito bem. Adivinhou. Sim, combinei com Hermes e Perséfone para escondê-la na carruagem de Hades assim que ele partisse. Encheria o saco de Hades o dia inteiro, talvez até comesse algo de lá e ficaria no Mundo Inferior para sempre. Veja pelo lado bom, ela não incomodaria mais ninguém por aqui — sorriu como um menino travesso.

— Incrível como não tem dedo de Poseidon nessa história — Atena ergueu as sobrancelhas em falsa surpresa.

— Anfitrite atrapalhou — contou Zeus. — Parecia que Tritão estava dando problemas.

— E agora? — Atena repreendeu. — Não pensou nos sentimentos de Deméter? Ou que talvez Perséfone não gostasse de ficar no Mundo Inferior eternamente? E se Hades trouxer a menina de volta? Teremos outra briga?

Zeus apoiou o queixo sobre a mão e o cotovelo sobre o trono.

— Vamos trazer Perséfone. Hades não deve tê-la deixado comer nada. Talvez Hécate a traga de volta com sua magia. Então contamos qualquer coisa para Deméter.

— Tudo bem — concordou Atena. — Pode dar certo.

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— Não, não, não e não! — repetia Hades, empurrando Perséfone com uma mão e mantendo a romã na outra mão, distante dela.

— Mas estou com fome! — ela reclamou.

— Mas não vai comer isso. Está louca? Ficaria eternamente aqui dentro!

Perséfone sorriu. Hades esmagou a romã entre os dedos, com ódio. Sacudiu a mão para que o bagaço a semente se soltassem.

— Não — repetiu.

A deusa emburrou. Sentou-se com um estrondo no chão, os braços cruzados. Hades apenas a havia soltado porque a deusa transformara a estaca de madeira onde estava presa em um pé de hortênsias.

Hades cansou-se de brigar e se sentou ao lado dela. Ambos permaneceram assim, bravos um com o outro, em silêncio, por longos minutos.

A sala gélida do trono estava deixando Perséfone roxa e arrepiada de frio, e seu queixo começou a tremer. Hades, por fim, suspirou e começou a falar.

— Você... é a deusa das flores — ele hesitou. — Não sabe o que é viver na escuridão. Não suportaria um dia aqui.

Perséfone assoprou uma mecha do cabelo para longe dos olhos.

— Estou cansada das propostas idiotas dos outros deuses — reclamou. — E estou cheia da minha mãe. Ela nega todas as ofertas. Até aceitaria me casar com Apolo, ele foi gentil, mas minha mãe disse-me que era demasiado infantil. Não sei o que ela espera de mim.

— Eu que não sou — retrucou baixinho Hades, porém a deusa escutou. Ela não disse nada.

Ela encolheu os ombros de frio. Hades sentiu dó e, em um impulso desconhecido, cobriu-a com seu manto de almas. Ela pareceu não se importar com os rostos horrendos estampados, e o calor do manto foi o suficiente para que ela parasse de tremer.

— Sei que sofreria aqui — ela confessou em um murmúrio. — Sentiria falta do sol, da grama... até de minha mãe.

— Então não fique — insistiu Hades, mas de forma suave e com um sorriso para que não soasse estúpido demais.

Perséfone o olhou tristemente.

— Mas... quando o veria de novo?

O deus pareceu desconfortável.

— Ora, na próxima vez que voltar ao Olimpo.

— E isso será...?

Ele deu de ombros.

— Em alguns éons, quem sabe.

Hades olhou para ela, conforme Perséfone baixava a cabeça e seus ombros caíam. Não sabia dizer por que a menina encantava-se tanto por ele. Mas ela também era... hã, bela. Realmente bela. E talvez não fosse tão burra como sempre pensou. Apenas queria liberdade.

Hades também sempre quis. Ele, para evitar a sombra dos irmãos. Ela, a sombra da mãe.

Repentinamente, ela apoiou a cabeça no ombro de Hades.

— Desculpe — segredou.

O deus dos mortos imediatamente congelou. Sentiu medo de mover-se e ela se machucar, talvez cair, ou apenas afastar a cabeça novamente. Sentiu-se mal pela menina. Talvez tenha sido rude demais durante todos esses anos. Era apenas uma jovem, e ele torcia para que ela se apaixonasse por alguém que realmente a merecesse. Quis que ela soubesse que ele sentia muito também, mas não tinha coragem de pedir-lhe perdão. Em vez disso, teve uma ideia.

— Gostaria de conhecer o Mundo Inferior antes de partirmos?

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Atena, Zeus e Hécate encontraram um lugar perfeito entre as árvores do Olimpo. Lá estariam suficientemente bem escondidos para que a deusa da magia trouxesse Perséfone de volta. Como a menina vivia entre as árvores, ninguém estranharia se ela voltasse de lá.

— Vamos lá — Hécate sorriu enquanto esfregava as mãos. Seus olhos tinham aquele brilho lilás de quando ia praticar alguma magia complexa. Fechou-os e começou a recitar palavras estranhas.

Zeus e Atena se entreolharam. A deusa sempre causara desconfiança, mas, naquele caso, a cena era cômica: os três deuses reunidos em um círculo com pétalas de rosa, recitando mantras, mais parecia uma pegadinha do que qualquer outra coisa.

Luzes lilases brilharam e Atena já se preparava para enxergar Perséfone surgir entre elas, mas então as luzes se apagaram.

Zeus e a filha encararam a deusa.

— O que houve? — sussurrou Atena.

Hécate balançou a cabeça descrente.

— Não consigo trazê-la. Há algo impedindo. Mais forte que eu.

— O que diabos Hades fez com a menina? Matou-a? — Zeus tentava comprimir um grito em um sussurro irritado.

Atena não concordou. A resposta parecia bem clara, mas ao mesmo tempo nebulosa.

Hécate? Sua magia ajudou a dizer onde está minha filha? — a voz de Deméter surgiu.

Atena e Zeus se esconderam rapidamente entre as árvores, deixando a deusa da magia sozinha para lidar com Deméter.

Hécate gaguejou por alguns segundos, pensando no que dizer, mas então seu olhar se clareou. Atena colocou uma mão na testa, sabendo o que viria.

— Deméter, minha querida — a voz de Hécate era sedosa, e fez a outra deusa atentar os ouvidos ansiosamente. — Sei onde está Perséfone.

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Hades caminhava com Perséfone ao longo do rio Lete quando um clarão irrompeu na escuridão.

HAAAAAAAAAADES! — a conhecida voz de Deméter ecoou o lugar. Perséfone agarrou-se a Hades, assustada.

A deusa finalmente tomou sua forma um pouco mais simples e caminhou a passos tempestuosos na direção do casal. Atena, Zeus, Hécate e Hermes a seguiam de perto.

Deméter vinha com o dedo em riste para apontar na cara do deus inferior, quando notou que a filha abraçava-se a ele.

— Perséfone... — ela franziu o cenho, confusa. — O que... significa isso?

Hades tentava afastar a garota de si.

— Ela veio escondida — começou a justificar, temendo que Deméter causasse novamente uma batalha em seu reino e perturbasse os espíritos. Da última vez foram precisos décadas para restaurar a paz no Mundo Inferior.

Deméter parecia perplexa. Atrás dela, Atena cruzou os braços e olhou séria para Zeus e para Hermes.

— Não vão dizer nada?

— Ainda não — cochichou Hermes de volta.

— Mãe, eu amo Hades — anunciou Perséfone. — Quero me casar com ele.

A deusa olhou com ódio para o deus dos mortos. Hades já não sabia se aquilo o irritava. Pensou até que poderia sentir falta da conversa amigável – não ridícula – de Perséfone. Ela era realmente, hum, especial.

— Nós vamos para casa — decretou Deméter, puxando a filha pelo braço.

— Não, não vão — interferiu Hécate.

— Como assim? — irritou-se a mãe.

A deusa de olhos lilases mudou o peso do corpo de um pé para o outro.

— Bem, já estava tentando trazer Perséfone de volta — confessou. — Mas algo a impediu de vir comigo.

Zeus arregalou os olhos. Pareceu ter entendido algo.

— Seu ESTÚPIDO! — gritou para Hades, deixando o outro perdido. — Deu de comer a ela alguma coisa daqui?

Deméter reprimiu um grito, Atena bateu com a mão na própria testa e Hermes riu.

— É claro que... — Hades começou, mas Perséfone o interrompeu.

— NÃO FOI HADES! — ela gritou. — Fui eu! Senti a magia de Hécate tentando me trazer de volta. Por isso engoli a semente da romã que Hades deixara cair no chão perto de mim. Fiz isso quando ele foi buscar as chaves do Elísio.

Deméter aparentou estar magoada.

— Você... não queria vir comigo? — pediu para a filha.

— Mãe, quero me casar com quem amo — ela respondeu.

— Mas Hades não a ama — retrucou Atena.

Perséfone olhou carinhosamente para ele. Hades não gostou da pressão sobre si.

— Hã, eu...

— Então você veio porque quis? — cortou-o novamente Deméter.

A filha hesitou, olhando rapidamente para Zeus e Hermes.

— Agora é com vocês — disse Atena, dando um passo para trás.

Zeus tentou manter sua pose de autoridade. Hermes dava risinhos sem graça.

— Foi uma armação para cima de Hades — contou o deus mensageiro. — Ideia brilhante de Zeus — acrescentou.

O deus do céu bateu nas próprias roupas, nervoso. Deméter inclinou a cabeça para um lado e o encarou, numa mistura de surpresa e ódio.

— Bem, foi apenas uma brincadeira — justificou Zeus, sem sucesso. — A menina adorava irritá-lo, e eu também. Era apenas, apenas uma brincadeira, até essa daí decidir comer a semente e piorar as coisas. Isso não estava nos planos, obviamente.

Deméter escondeu o rosto nas mãos, indignada.

— Seus tolos! Sabiam que se Perséfone alcançasse o Mundo Inferior, ela ia ficar aqui para sempre! A menina não mede as consequências, imbecis!

Zeus irritou-se. Cheiro de ozônio dominou o ar.

— O que nos resta saber, minha querida — Atena interferiu, evitando que o pai falasse qualquer besteira ainda maior — é se todo esse amor vale a pena.

Os olhos voltaram a se focar em Hades. O deus fitou Perséfone e pensou que a pobre menina foi apenas um brinquedo nas mãos dos deuses idiotas. Ninguém procurou pensar em como ela se sentia. Houve uma profunda identificação dele com ela, o que ele nunca imaginara acontecer.

Hades deu um passo corajoso à frente. Já sabia o que dizer.

— Sim, eu a amo — anunciou, com todas as letras. — Profundamente.

Os queixos de todos caíram. Perséfone sorriu largamente e começou a bater aquelas palminhas malditas, e seus olhos encheram-se de lágrimas.

Mas Hades não havia terminado.

— Eu a amo, porém... — ele teria continuado, e teria esclarecido que a amava como uma verdadeira amiga e que se preocupava com ela, e que por isso lhe daria a liberdade... mas Perséfone encerrou a frase por ali mesmo com um beijo.

O único beijo que Hades recebera em toda a sua vida. E ele era doce. Doce como o mel das flores de Perséfone.

Por que continuar sua frase estúpida, mesmo?

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Bem, o resto vocês conhecem. Pelo menos essa parte é verdade. Deméter queria ver a filha durante seis meses, e Hades teria sua risadinha, como chamava a esposa, por outros seis meses. Então nasceu aquilo que os homens chamam de ciclo anual de colheitas.

Nasceram também os motivos das constantes discussões entre Hades e Deméter, já que a deusa jamais aceitou o fato da filha enamorar-se por aquela... criatura.

O casamento? Bem, isso foi outra história. Zeus e Hermes pagaram por sua brincadeira e Poseidon adorou o castigo. Afrodite fez uma decoração ridícula, e Dioniso espalhou vinho aos quatro cantos do Olimpo. Hades pagou mico em seu terno de noivo, no entanto, em compensação... Perséfone estava perfeita.

Talvez ela sempre tenha sido. Bastou enxergar.


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Notas finais do capítulo

Êeeee
Desculpem, eu sei que ficou um lixo mas não sei ser romântica. kkkk
Talvez um dia eu faça um capítulo a mais sobre como foi o casamento. Pensando ainda.
Agradeço de verdade a quem leu! Obrigada, gente!