Acordei com o som do despertador e passei a mão pela a cabeceira da cama para desliga-lo, esfregando os olhos algumas vezes antes de finalmente abri-los. Meu primeiro pensamento foi sobre o casamento de Alice e Jasper. Eu necessitava em saber dos mínimos detalhes.

Fui rapidamente ao banheiro e fiz a minha necessarie, saindo encolhida em seguida pelo o frio, vestir uma blusa de mangas compridas branca com uma jaqueta de couro e uma calça jeans, desci as escadas pulando em direção à cozinha.

– Mãe? – perguntei ao vê-la tomar café sozinha. – Cadê as outras?

– Charlotte foi deixar a Anna na escola, ela tinha que ir cedo para terminar um trabalho. – segurei o suspiro, ótimo, teria que ir com o meu carro.

Sentei na mesa ao lado de mamãe e passei um pouco de manteiga na torrada, levando a boca.

– Soube que Alice vai casar? – perguntou mamãe antes de levar a xicara de café a boca.

Concordei com a cabeça.

– Sim, eu fiquei feliz por ela e pelo o Jasper. Fazem um casal muito bonito. Mas como ficou sabendo?

– Marília me contou assim que Alice chegou em casa com a novidade. Pelo menos uma noticia boa para aquela família. – Espera... Como assim “pelo menos uma notícia boa”?

– Como assim? – perguntei. – Eles estão passando por dificuldades? Porque a Alice não me contou nada.

Mamãe olhava-me como quem pedisse desculpas.

– É problema deles, filha, quando tudo se resolver a Alice contará. Mas não pergunte nada, Isabella, por favor.

– Mas, mãe... – insistir. O que estava acontecendo?

– Não, Bella, prometi a Marilia que não contaria. Agora próximo assunto. – suspirei.

Ótimo, minhas amigas estavam passando por problemas em casa e minha mãe sabia e eu não, muito obrigada Alice e Gabriela Bradon.

Terminei o café aos poucos e deixei um beijo na bochecha de Dona Esme, haviando que já ia a escola, voltei ao quarto e troquei os livros do dia, pegando a chave da caminhonete e saindo logo em seguida. O tempo havia se fechado e começava a garoar, fechei a jaqueta de couro e destranquei o carro.

Liguei o motor rapidamente e o mesmo jogou um vento quente dentro do veiculo, fazendo-me sorrir, coloquei a mochila ao meu lado e liguei o som onde tocava Bury Me Alive não era o tipo de som que eu ouvia, mas não estava a fim de mudar a estação.

Desci da caminhonete quando a estacionei no colégio e a tranquei, joguei a mochila sobre o ombro direito e corri os olhos pelo os carros, avistando apenas o volto sem o dono.

Mordi os lábios de leve.

Ao invés de continuar minha procura pelo o Edward, deixei meus olhos fitarem em um casal. Jasper e Alice. Ele estava apoiado em seu carro e abraçava minha amiga por trás, sorri automaticamente e me aproximei deles.

– Oi, noivinhos. – ri.

– Oi, cunhadinha. – disse Alice, rindo, ela se soltou dele para vim me abraçar. E Jasper fez o mesmo em seguida.

– Cadê a Anna e a Gabi? – perguntei.

– Entraram, tinham que organizar sabe-se lá o que. – Jasper respondeu.

Olhei novamente pelo o estacionamento e não vi o Edward ainda.

– Cadê seu irmão?

– Qual deles?

– Edward.

Ele e Alice olharam rapidamente envolta e Jazz enrugou o cenha.

– Eu... não.. sei. Minutos antes de você chegar ele estava escorado no carro.

– Ah.. – encolhi os ombros, talvez ele estivesse ocupado...

Balancei a cabeça para afastar os pensamentos inconvenientes e me despedir do casal quando a campa soou o inicio da primeira aula, segui em direção a turma de sociologia e nada de interessante ocorreu, ora e outra meus olhos passavam pela a porta tentando ver se Edward passava por ali.

Quando a campa soou a próxima aula, me peguei seguido o corredor da sala dele quando vi uma garota da mesma sala dele. Tentei lembra-me de seu nome... Mary... Marcia... Mariana...

A parei no meio do caminho, corando de leve quando ela tirou os fones de ouvido.

– Pois não?

– Me desculpe, mas você estuda algumas aulas com o Edward Cullen, certo?

– Certo. Por quê?

– Você o viu hoje? – ela pensou por um tempo. – Apenas no estacionamento.

– Ah, obrigada. – sorri.

Em que buraco Edward Cullen havia se enfiado, cara?

– Ah, está procurando pelo o Edward, Bella? – ouvir uma voz feminina atrás de mim e me virei no momento que a menina que pedir informação se afastava.

Era Milena.

Milena havia chegado no colégio recentemente vindo da Itália para morar com os avôs aqui já que seus pais não estavam com condições de continuarem a pagar o colégio, Milena tinha um metro e sessenta e seis e seus cabelos laranja-loiros combinavam perfeitamente com a branquice de sua pele.

Ela era a nova namoradinha de Jacob Black e consequentemente amiga de Rosalie e Nicole. O que significava que não éramos amigas e nunca seriamos.

– Além de cega é surda, Bella? Estou falando contigo. – continuou ela.

– Ih, Mi, a Bella é retardada, não brigue com ela. – foi a vez de Rosalie comentar, revirei os olhos.

– Sabem onde ele estar?

– Edward foi liberado mais cedo por não se sentir bem.

– O que ele tinha? – porque ele não me ligou para avisar? Eu cuidaria dele.

– Não sei, mas parece que você não é assim tão importante para ele, né?

– O que quer dizer?

– Quer dizer que se ele gostasse de ti, com certeza te avisaria para não ficar preocupada. Mas ele não se importa com a namoradinha mesmo. Tadinha de você. Namorando com alguém que não te ama, mas invés disso a Nicole que o levou para a casa.

O que? Porque a Nicole?

Elas estariam blefando, Edward me chamaria e não a Nicole...
A segunda aula continuou enquanto minha mente trabalhava ferozmente, Edward não podia ter ido chamar a Nicole para cuidar dele. Levantei-me um pouco para olhar pela a janela onde dava para ver a metade do estacionamento, mordi os lábios de leve ao ver o volvo ainda estacionado.

Ele estava no colégio ainda.

Ou... Ou saiu no carro dela.

Tamborizei os dedos na folha em branco do caderno.

Suspirei pesadamente e tentei voltar a atenção para o professor que estava na frente do quadro explicando o novo assunto, mas a voz bastante conhecida e irritadinha começou a cantarolar em minha cabeça.

“A Isabella virou corna, a Isabella virou corna”

Olhei para o relógio do celular e suspirei, as horas passavam-se lentamente, eu estava entendendo quase tudo que acontecia comigo, exceto esse ansiedade de vê-lo. Eu precisava encontra-lo para saber se estava tudo bem.

Eu sei, na verdade, todos sabiam que eu estava viciada nele, mas era impossível. Ele já estava se transformando em uma droga pra mim, uma droga sem cura.

E eu tinha medo disso, eu não podia me apega tanto a ele, porque tudo que um dia chega ao fim e esse fim me dava medo.
Balancei a cabeça afastando tais pensamentos e coloquei os livros de qualquer jeito dentro da mochila, saindo com passos largos quando o sino anunciou o almoço.

O carro dele ainda estava aqui, então dele deveria estar no colégio. Apertei a mochila nos braços ao passar os olhos pela a mesa onde ele costumava sentar e vi apenas Milena, Jacob, Rose e mais algumas garotas, porém, ele e a Nicole não se encontravam presentes.

Me aproximei da “minha” mesa e Gabi, Alice e Anna já estavam lá, sorri ao sentar ao lado de Gabi.

– Achou o Edward? – perguntou-me Alice.

Neguei com a cabeça e murmurei um “Mas o carro dele ainda estar no estacionamento.” Percebi minha irmã abri a boca, mas logo a fechar, dando de ombros.

Alice olhou novamente para a mesa deles e a encarei, ela pareceu com o pensamento longe. E logo puxou um assunto qualquer com a minha irmã, meus olhos desviavam algumas vezes para a mesa deles ou para a porta do refeitório, ele poderia aparecer... Mas não.

POV ANNA

Achei estranho a Bella ter dito que não havia visto o Edward porque eu mesma o vi correndo pelo os corredores como se estive-se fugindo de algo (“ou de alguém”), mas não comentei nada minha irmã já esta preocupada o suficiente ela não precisa se preocupar com os problemas dele.

Deixei meus olhos caminhar por todo o refeitório até que parou na mesa deles, todos estavam super entretidos em alguma coisa engraçada, já riam gostosamente. Entretanto, nem Nicole e nem Edward estavam lá...

Eu só torcia para o otário não estar dentro de algum banheiro transando com a vadia!

POV ESME

– Carlisle, você tem certeza? – perguntei nervosa.

– Esme, quanto vezes terei que dizer que eu te amo? – ele sorriu – É com você que eu quero casar, isso se você quiser...

– Eu não sei o quanto grande é o tamanho do seu amor por mim, mas eu sei o quanto eu te amo. Só estou preocupada com nossos filhos. Minhas filhas.

Carlisle sorriu amorosamente

– Eu entendo a sua preocupação, meu anjo, mas não acha que estar na hora de ser feliz? E eu posso te fazer feliz e já estamos juntos a bastante anos, e agora eu sei que eu te amo e te quero ao meu lado para sempre.

Sorri. Ele estava com razão, só estava meio receosa em relação as minhas filhas e principalmente com Bella, minha novinha não gostava de Edward e seu sentimento era reciproco, então... Como seriam os dois dividindo o mesmo teto?

Puxei Carlisle pela a nuca e o beijei, demostrando todo o meu amor que sentia por aquele homem e que jamais o deixaria. E esperava que ele fizesse a mesma coisa.

– Eu aceito, Carlisle – sussurrei baixo, mas foi alto o suficiente para ele ouvi. E nos beijamos mais uma vez.
 

POV JASPER

Estava no campo da escola com meus irmãos, tinha acabado de contar que eu havia perdido Alice em casamento no dia anterior, e que grande burrice eu fiz conta a eles, agora tanto Emmett quanto Edward me olhava abobalhados e com a boca aberta.

– JASPER, VOCÊ ESTA FICANDO DOIDO? – exclamou Emmett – ESSE É O CAMINHO PARA A ETERNA PRISÃO. – Emmett continuava a gritar.

– Emmett, pare de gritar. Não sou surdo.

– Mas é burro. – foi à vez de Edward.

– Mas eu a amo. – falei pela a milésima vez

– Para amar precisa casar?

– Lógico que não, mas eu quero fazer as coisas certas. - Emmett e Edward bufaram, ignorei. - Não sou igual a vocês, que só vão casar se a garota engravidar.

– Nem se ela engravidar eu caso – falou Edward

– Você sabe que a Bella vai querer casar. - Emmett não aguentou e começou a rir e soltava alguns “se fodeu” para nosso irmão.

– Então ela se casará sozinha. Nós só estamos juntos a o que? Dois meses? – disse visivelmente confuso.

– Ótimo namorado você, Edward, nem sabe quantos meses está com Bella. – rebati.

– Se fosse coisa mais importante eu decorava, agora uma idiotice dessa. – ele bufou.

– Então porque não termina?

– Porque eu quero brin... Não termino porque eu a amo e muito. – ele falou sorrindo falso no fim.

Edward a ama? Em que mundo? Nenhuma mulher conseguiu amarar o Edward e de uma hora pra outra ela consegue? Faça-me ri.

Nicole chegou por trás fechando os olhos de Edward com as mãos, eu e Emmett a olhamos interrogativa vimos os músculos de Edward endurecerem.

- Adivinha quem é? – falou Nicole

Edward respirou fundo.

– Ah, Nicole você me assustou pensei que fosse a Bella – ele respondeu e ela tirou a mão de seus olhos.

– Você adivinhou rápido – dizendo isso ela deu um beijo no canto da boca de Edward.

– Ei, Nicole, não. – ele falou rindo.

Ela piscou. Tanto eu como Emmett não estávamos entendendo nada, como Edward dava toda essa abertura a ela? Mesmo estando namorando?

– Edward, se eu fosse você tomava cuidado com o que diz, e para quem diz. – dizendo isso ela olhou pra mim, bufei.

Nunca gostei dessa garota, desde o momento que ela entrou na escola, eu tenho certeza que a mesma vai causa muitos problemas, se já não estiver causando.
Não ouvi mais nada, porque comecei a andar, não sei o que eu faria com Edward se ele estive-se traindo a Bella, mesmo que a gente não converse muito, eu a considero como uma irmã e isso seria um erro terrível.

Eu era capaz de bater em meu próprio irmão se algum dia isso chegar a acontecer, algo que eu espero que nunca.

Entrei na escola e estava a procura de Alice, quando a vejo caminhando para sua próxima aula com a Gabi, comecei a andar em passos largos quando a assusto.

– Buuuh. – ela que estava garrendo os cadernos na mão, se virou e os tacou em mim.

Parecia que minha cabeça estava pra explodir, a força foi tão tremenda que eu não conseguia ficar em pé, me sentei no banco e vi minha Alice com os olhos preocupados e quase lagrimejando.

– Gabi, liga pra ambulância que o meu homem não pode morrer – ela dizia desesperada e minha cunhada só fazia rir.

– Maria Gabriella Verneck Brandon – Verneck? Eu poderia estar zonzo, mas não existia um Verneck no sobrenome dela.

– Alice, no meu nome não tem Verneck, tá doida? – Alice ficou branca e engoliu em seco como se soube-se de algo que ninguém mais sabia.

– É, é, eu sei, não sei de onde eu tirei esse Verneck – ela sorriu amarelo e veio olhar minha cabeça que nesse estado já havia parado de doer.

– Alice, você sabe de algo que eu não sei? – Gabi perguntou de braços cruzados.

Minha noiva a ignorou, respirando fundo e passando as mãos pequenas na lateral de onde me bateu.

– Mary Alice Brandon – Insistiu Gabi. – Você nunca fala nada por acaso.

Alice me olhou perdendo ajuda e como um bom namorado, interferi.

– Alice, tá doendo. – tentei soar o mais dolorido possível.

– Onde, amor? – apontei no centro da minha cabeça e Gabi revirou os olhos.

– Meu bebe estar machucado, deixa que eu cuido, tá amor?! – Gabi não aguentando mais tanta melação se despediu, deixando um aviso bem claro de “A noite conversamos.”

– Pronto, Alice, sua irmã já foi e não precisa mas fica preocupada comigo. – beijei sua testa.

– Sua cabeça esta bem mesmo? – Lice perguntou preocupada

– Lógico, amor, a cadernada nem foi com tanta força mesmo. – menti. Foi sim e estava iniciado uma dor de cabeça, mas para que preocupa-la com pouco?

– Okay então, é que você me assustou – dei de ombros..

– Porque a chamou de Verneck? – perguntei, fazendo minha namorada se encolher.

– Já disse, eu não sei.

– Alice, prometemos não mentir.

– Eu sei, Jasper, eu sei... Mas.... Mas... É tão recente e por favor, respeite meu silencio. – suplicou.

– Tudo bem. Mas prometa que saberei em breve? – ela concordou com a cabeça e disse teria que ir pra aula.

Seja o que for que elas estejam passando ou que iram passar... Seria um momento bem... turbulento.

POV BELLA

O tempo já havia terminado e tínhamos aula juntos, porém, ele não apareceu. Nem na de Literatura (onde a professora contraiu algum tipo de vírus e o trabalho foi adiado) e tampouco a de biologia.

Meu nervoso chegou ao limite. Se antes eu estava preocupada, agora então...
Respirei fundo e a campa soou, corri até o estacionamento e o volvo não estava lá.

Porra, cadê o Edward?!

Entrei na picape e segui rumo a casa dele, me peguei telefonando a ele algumas vezes, porém, caia na caixa postal. Segurei firme o volante sentindo minhas mãos tremerem. Que merda era essa agora? Porque tal tremedeira?

Notei seu carro em sua vaga e sair do meu, correndo em direção a porta e toquei a campanhia algumas vezes, mas ninguém veio atender. Nem mesmo ele.

Minha mãe era namorada de Carlisle então a casa era minha também, né? Seria falta de educação se eu entrasse? Bem... Entrei e para a minha sorte a porta encontrava-se encostada.

Respirei fundo e notei uma bolsa feminina sobre o estofado e alguns livros espalhados sobre o mesmo.

Edward estava em casa e pelo jeito não estava sozinho. Olhei para em direção a escada que dava em direção ao quarto dele.

“Sobe, boba, veja se seu namorado estar bem.. Cuide dele.” Uma voz disse baixinho em minha cabeça.

Pisei no primeiro degrau e...