A Enfermeira escrita por yaya2stuart


Capítulo 9
Negócios a parte




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Quando ela abriu a porta sentiu um misto de alivio e surpresa, “Como os três podem ter uma voz tão parecida?”, perguntou-se, afinal pensou que quem estiva ali no quarto do seu chefe, esperando para demiti-la era Sasuke, mas quem estava ali não era ele e sim Itachi, que soube do que aconteceu com o pai e foi visita-lo logo cedo.

- Bom dia Sakura-san

- Bom dia Itachi-sama, Fugaku-sama – e dizendo isso realizou seu trabalho como sempre , sem se incomodar com a presença do outro Uchiha. Reparou na verdade em como o senhor Fugaku estava pálido e decidiu que deveria tomar um lanche durante a manhã mais reforçado. Ela preferia ele rabugento como sempre, do que mudo como ele estava. Saiu do quarto com a consciência mais leve, Fugaku estava bem e não tinha sido demitida até agora, porém sentia a culpa de não estar presente durante o momento do infarto, afinal o motivo de morar ali era para cuidar dele á todo momento, mas ela não fez isso quando ele mais precisou.

- Sasuke me ligou hoje cedo e me disse o que aconteceu. – levou um susto ao escutar Itachi, não tinha percebido que ele saíra logo depois dela – Não se repreenda por causa disso, você não teve culpa do que aconteceu.

- Eu sei, mesmo assim meu serviço é cuidar da saúde de seu pai e eu não fiz nada. – coincidência ou não, ela não conseguia explicar como aquele homem á sua frente sabia o que ela estava pensando, podia ele ler mentes? Pensou.

- É só que ele está bem, um pouco fraco, mas sobreviveu. Ao menos agora você sabe que deve ter um pouco mais de cuidado com ele, e depois você só teve muito azar do infarto ter acontecido sem você por perto.

- Você tem razão – disse mais para si mesma do que para Itachi.

- Eu vim me despedir, amanhã vou fazer uma viagem e não tenho data para voltar. Foi muito bom conhece-la Haruno Sakura – ele fez que iria dar um abraço nela porem foi impedido por uma voz vindo de cima.

- Itachi – Sasuke disse surgindo do nada atrás do irmão – preciso falar com você.

- Tudo bem – o mais velho se dirigiu à ele e voltando-se para a Haruno falou – Tchau Sakura-chan – e  junto com o irmão entraram na porta que dava á biblioteca, deixando-a sozinha.

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Biblioteca – Pov’s Itachi

- Não me parece que você veio aqui preocupado com nosso pai – Sasuke disse daquele mesmo jeito de sempre frio e grosso, não sei mais o que fazer para melhorar o humor dele.

- E o que te faz pensar isso?

- Você flertando com aquela mulher inútil – sempre, sempre curto e grosso. Ele não sabe que isso cansa.

- Ora Sasuke você sabe muito bem que eu tenho namorada, e daqui algumas horas estarei em um avião indo visita-la – não menti para ele, realmente tinha uma namorada, Konan, tudo bem que as coisas não estavam indo nada bem entre nós mas isso não quer dizer que eu vou sair traindo ela com toda mulher que vejo pela frente.

- Hum, pouco me importo com seus relacionamentos. Eu te chamei aqui para falar sobre a empresa.

- Claro, a empresa – disse desanimado, eu só trabalho nela porque meu pai me obrigou nos tempos em que ele ainda estava bem de saúde. Meu sonho mesmo era ser médico neurologista, para poder ajudar as pessoas, e seria muito mais útil hoje para meu pai que já teve um AVC.

Cabeça, coração, pensando bem Uchiha Fugaku é realmente forte.

- Tivemos um prejuízo de sete milhões de ienes em um investimento feito em Fukushima.

- Certo, e o que tem de errado nisso? Além, lógico, do dinheiro perdido.

- Estive estudando melhor o caso – falou parecendo um detetive – e conclui que foi um golpe.

- O que? Sasuke você tem certeza do que ‘tá falando? Um investimento ruim é coisa normal no mundo dos negócios, vamos nos reerguer disso. – tinha medo de meu irmão tivesse alguma atitude precipitada. Sasuke nunca admitiria que estava errado, mas nunca criaria um golpe apenas para não dizer que falhou. Eu acho. Sinto que não o conheço mais.

- Estava em Hiroshima, e mandei um representante para Fukushima apenas para receber o dinheiro que nos tinha sido prometido.  O cliente nos pagou, porém os preços das ações que ele comprou despencaram. – deu uma pausa. Creio que faz muito tempo que ele não fala tanto assim. – De um dia para o outro. E seguindo o contrato tivemos que devolver uma parte do dinheiro para ele. Afinal lhe prometemos lucro, que seria repartido conosco.

- Ainda não entendi como pode ser um golpe. Para mim foi apenas falta de sorte.

- Preste bem atenção. Depois disso o empregado que me representou simplesmente se despediu, dizendo que não precisava mais do emprego.

- Tudo bem que é um pouco estranho. Mas pode ser coincidência, – e então ele me olhou como se quisesse me matar – ou não.

- E se eu disser quem foi. – disse fazendo suspense.

- Não sei o que mudaria, mas tudo bem.

-Foi Orochimaru – O.k, isso muda tudo.

Pov’s Itachi, fim

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A Haruno estava conversando com Chyo desde que se despedira de Itachi. Estava triste por ele ter que viajar, não sabia o porque, afinal não se conheciam á muito tempo e apenas conversaram algumas vezes. Conversas ótimas e divertidas tinha que admitir. Mas não eram íntimos. Talvez porque ele era o único dos Uchihas alegre e quando chegava à mansão tirava aquele silencia de funeral da casa, que só não existia quando conversava com Chyo,Tanaka, Mina e Tina (responsáveis pela limpeza, mas não dormiam na mansão), Rikaru (jardineiro, e da mesma forma que as gêmeas, Tina e Mina, não dormia na casa dos Uchihas) nas horas das refeições dos empregados, e quando ela não almoçava sozinha, afinal todos tinham serviço á fazer. Raras vezes conversava com a senhorinha como hoje.

- Chyo – sama vou levar o lanche e os remédios para o senhor Fugaku, e não é muito seguro eu ficar jogando conversa fora com a senhora, apesar de eu gostar muito. – Chyo riu, gostava da animação da jovem, que saiu com a bandeja na mão.

Enquanto subia encontrou Itachi no meio da escada e aproveitou para dar um último adeus, assim como ele, que parecia distraído como raramente ficava. A rosada percebeu o comportamento do Uchiha do meio, mas continuou subindo até chegar ao corredor que dava ao quarto do seu chefe mais velho, e caminhou até ele.

Ao entra no quarto viu o seu chefe na mesma posição de sempre, com as costas encostadas na cabeceira e as pernas esticadas, ou como a rosada pensava, nem deitado e nem sentado, olhando-o ela se lembrou dele olhando para o banco no jardim e relacionou o momento com o infarto, “Será que foi emocional?”, perguntou-se.

- Percebi que você aproveitou a folga – disse ele, sendo um pouco irônico.

- Eu fui jantar com Ino senhor, me desculpe por não estar aqui para ajuda-lo.

- Hum, o erro foi meu, por ter sido bondoso– “O que ele quer dizer com ‘bondoso’? Fazer descer todas aquelas escadas sendo que tinha uma rampa, isso é ser bondoso?” – Eu não quero esse suco hoje, busque o de limão.

- Sim senhor – pegou o copo com o suco rejeitado para levar até a cozinha e trocar, essa era a sua intenção, pois ao abrir a porta foi com se um jato tivesse passado por ela fazendo-a derrubar todo o liquido em sua roupa branquíssima e no chão, vendo apenas as costas de Sasuke descendo as escadas apressadamente. “ Esses Uchihas estranhos”.


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