Pessoa Certa escrita por Mary


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Meu Deus '-' eu sou muito má, me odeiem!
Desculpa gente, estou ocupada com a vida de etec aqui... Ta dificil, e era para eu estar estudando, mas estou aqui, postando mais um capitulo pra vocês u.u então me amem e não me odeiem mais!



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Estava encarando Jake tomar banho de porta aberta. Ele estava de costas para mim, lavando o cabelo castanho avermelhado que já estava comprido. Ele trancou o contrato do apartamento dele e se mudou pro meu de vez. Segundo ele: o meu era mais “divertido”... Se você pensou besteira, pensou certo.

Eu estava apenas de calcinha e sutiã, tentando colocar a meia calça quando reparei que a porta estava aberta. Isso fazia uns quinze minutos. E já era para estarmos prontos.

                - Hey.

                - Que foi?

                - Vamos nos atrasar.

Jake desligou o chuveiro e pegou a toalha que tinha deixado na pia. Secou o rosto e se virou para mim enquanto enrolava a toalha na cintura.

                - E por que a senhorita ainda não está pronta?

                - Me distrai.

Ele andou até mim e me puxou para seu corpo molhado. Uau! Parece que eu só o conheci á algumas semanas e não á um ano e meio.

Dezoito meses. Só isso.

                - Você sabe que eu vou te esperar, não é?

Pode ser que você não saiba do que ele está falando (não é de se admirar sua velha caquética!), mas eu sabia.

                - Jake... Eu sei que vai, mas faz pouco tempo que estamos juntos... Não é apressado?

                - Qual o problema? Não tem ninguém pra comentar isso!

Suspirei e com relutância me separei do corpo quente dele. Arrastei a meia azul pernas acima e coloquei meu short, logo jogando a blusa por cima. Eu sabia que ele não tinha feito por mal, mas as pessoas que não estariam ali para comentar seriam minha família...

                - Calli...

                - Tudo bem.

Jake suspirou e quando pensei que fosse me abraçar, ele foi até o armário e pegou uma calça jeans, vestiu-a com uma camiseta branca e jogou um casaco de couro por cima. Nem se preocupou e arrumar o cabelo, apenas secou com a toalha. Sequei a baba...

                - Não fique bravo comigo...

                - Não estou!

Ele pode ter dito isso, mas disse de forma rude e contrai o corpo involuntariamente. Virei de costas indo até o banheiro e passando alguma maquiagem sem graça no rosto, deixei o cabelo vermelho do jeito que estava: um caos completo! Cachos aqui e fios arrepiados ali.

                - Calli...

                - Não Jake.

Peguei meu casaco vermelho e estava cagando e andando para o fato de não estar combinando com o resto da roupa. Desde quando eu me preocupo com isso? Argh!

Sai do apartamento com Jake vindo atrás de mim. Entramos no elevador, ele tentou chamar minha atenção, mas nem liguei. Esse era o problema dos relacionamentos: um dos lados sempre é mais fraco.

E pode apostar que esse lado sou eu. Chegamos à rua e levantei o braço chamando um táxi.

                - Aonde você vai?

                - Para a boate...

                - E por que de táxi, se agora estou com meu carro?

Um táxi parou e eu abri a porta, virei parei responde-lo, mas ele já estava me empurrando para dentro do carro e sentando-se ao meu lado. Olhei para frente tentando não explodir de raiva – raiva essa que surgiu de sei lá onde – e me assustei quando vi o taxista.

                - Mas vejam só! A ruivinha fugitiva! Como vai?

                - Nossa, estou bem e você?

                - De quem você fugiu Callissa?

Virei a cabeça em câmera lenta para encará-lo... Estava me sentindo a garota do Exorcista, tirando a parte do vômito. O taxista pigarreou e olhei para ele de novo.

                - Aposto que esse é o namorado.

                - É quase isso.

                - Do que vocês estão falando Callissa?

                - Por que você está agindo desse jeito!?

O taxi deu uma guinada e freou bruscamente. Meu rosto foi parar no encosto do banco do motorista e voltei com tudo no meu banco. Gemi de dor e coloquei a mão na testa.

                - Estão todos bem?

Olhei para Jake que estava com uma linha escarlate escorrendo pelo canto da boca. Tentei colocar a mão no local para ver se era grave, mas ele só me olhou com raiva e saiu do carro. Mas qual é o problema desse cara?

                - Argh! Mas que merda!

                - Calma garota! Respire fundo... E acho melhor você ir atrás dele...

                - Não vou não! Pode ir para o endereço que eu te passei da primeira vez?

                - Está bem então...

Ele virou o táxi e eu vi pela janela Jake andando no meio da confusão de carros que tinham feito o taxista frear.

Quando ele finalmente parou, dei-lhe o dinheiro e sai do carro. Olhei a torre gigante na minha frente e imaginei a neve caindo inversamente. Mas, por algum motivo terrível que eu ainda não sabia qual, aquele não era o lugar que eu queria estar. Suspirei e comecei a andar pela calçada.

Andei por muito tempo, até parar na frente do meu prédio... Como foi que fiz isso, meu Deus?

Olhei o relógio no meu pulso e vi que já eram duas da manhã... Demorei três horas para chegar. Entrei no prédio e subi pelas escadas.

Abri a porta do apartamento e vi que Jake ainda não tinha voltado. Um aperto esquisito no meu coração me fez sentir vontade de chorar. Fechei a porta e deixei os sapatos pelo meio do caminho, fui para o quarto que agora estava entulhado de coisas dele e procurei por alguma roupa. Troquei-me, peguei meu boombox e subi no telhado.

Ergui os dois braços mantendo-os esticados acima da cabeça e fechei os olhos terminando meu alongamento. Respirei fundo e relaxei meu corpo, pra finalmente abrir os olhos e fitar a paisagem incrível de Seattle de cima do meu prédio. Sorri satisfeita.

Apertei o botão para ligar meu boombox. Deixei que a música se liberta-se pelo ambiente e segundos depois já estava me movimentando em seu ritmo. Que era bem contagiante se quer saber. Nem liguei para o fato de estar frio, ou que meus pés descalços estavam congelando.

Balancei a cabeça de forma a jogar meu cabelo vermelho para os lados. Fechei os olhos e apenas continuei me mexendo, fazendo passos que tinha aprendido na época que era do grupo de Cam.

Quando a música terminou, ouvi palmas. Abri os olhos e Jake estava parado, encostado na porta que dava para o telhado. Sua boca estava inchada, o que significa que o corte valeu por pontos. Tentei sorrir, mas a vontade de chorar era maior.

                - Por que está tão difícil Calli?

Coloquei as mãos na cintura nua. Eu estava com um top vermelho e uma calça de moletom larga azul. Não conseguia olhar nos olhos dele, mas me forcei a fazer isso.

                - Não sei Jake... Mas, eu amo você.

                - Eu sei que ama. Desculpa-me por ter dito aquilo... Eu não pensei direito na hora, mas fui conversar com Ally e ela me explicou... Eu amo você e quero ficar com você sem interrupções.

Abri os braços chamando-o para um abraço. Jake se endireitou sobre as pernas e caminhou até mim tirando a camiseta. Não sei por que ele fez isso... Capacidade mínima de continuar vestido.

Eu estava um degrau a mais e aproveitei a altura para me pendurar no pescoço dele. Jake passou as mãos pelo meu corpo e senti sua barriga quente contra a minha.

                - Eu quero ficar com você Jake, não me importo se você diz coisas idiotas sem pensar, ou se não consegue ficar vestido ou se não entende quando eu digo que não é pra fazer algo. Não importa por que eu te amo.

                - Eu amo você, pequena sereia.

Ele começou a me empurrar para o colchão inflável e, pela primeira vez, entendi o motivo pra ele ter tirado a camiseta. Soltei uma risadinha em seu pescoço e sua pele se arrepiou.

                - Está frio!

                - Eu trouxe cobertores da ultima vez que subi aqui... Estão debaixo do colchão.

                - Garoto esperto, é por isso que eu te amo.

                - Por isso e por outras coisas...

                - Mais pelas outras coisas.

Jake me jogou de costas contra o colchão, puxou os cobertores de onde ele tinha dito que estavam e me enrolou com eles. Abriu um sorriso pervertido e eu soube que estávamos perdoados. 


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Notas finais do capítulo

Comentem? Sim? Ok? Por favor? Sejam pessoas lindas e me façam felizes *-*



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