Stripetese. Era isso que estava acontecendo na minha frente. Um cara alto, ruivo e forte, dançando uma música super sensual na minha sala. E adivinha? Eu estava delirando!

Ele tirou a camiseta lentamente, tentado fazer movimentos no ritmo da musica... Mas acho que ele não nasceu para isso.

– Quem bom que você não consegue ficar vestido!

Ele riu e me mandou um beijo. Gargalhei quando a camiseta ficou presa em sua cabeça e ele se abaixou na minha frente para que eu pudesse puxá-la.

Jake voltou a tentar dar uma de sexy para mim, mas eu simplesmente não conseguia parar de gargalhar.

– Ei, preste atenção!

– Desculpa! Mas não dá!

Senhor 6B rosnou para mim – juro que rosnou – e me senti ameaçada quando ele começou a vir em minha direção... Ai, nossa! Era melhor eu ter parado de rir.

– Jake, o que você vai fazer?

– Você não deveria ter dito isso! Agora vou ser obrigado a dar uma de médico pirado e tirar sua pele!

Ah, meu Deus! Eu sempre soube que esse dia chegaria! Agora eu vou morrer, e ninguém vai poder fazer nada por mim... Eis que algo aparecendo correndo pelo chão (quando digo correndo, quero dizer rolando) e pula em umas das pernas de Jake.

– Ei! Mas o que...?

– Lotte!

Eu simplesmente não conseguia decidir entre rir e desgrudar a gatinha da perna dele. Optei pela segunda opção quando Jake começou a ficar vermelho e eu me desesperei.

Segurei-a pela barriga e puxei suas patinhas delicadamente da panturrilha de Jake. Ele respirou fundo e a Lotte deu um guincho estranho, pulou das minhas mãos e saiu correndo. Fiquei paralisada no lugar vendo a gata entrar de baixo do armário. Jake estava pior: tentava estancar o sangue escorrendo da perna.

– Isso foi muito...

– Horrível? Maldoso? Assombroso?

– Na verdade eu ia dizer que foi hilário, mas já que você pensa assim.

Dei de ombros e ele fez cara feia.

– Acho que minha perna vai cair...

– Para de drama!

Peguei Jake pelo braço e o arrastei para o banheiro.

– Tire a bermuda!

– E lá se vai meu stripetese sexy.

– Foda-se.

– É por isso que eu te amo.

Jake tirou a bermuda... O que me faz lembrar que ele já estava sem a camiseta... E eu podia ver agora, que sua cueca era azul. Com listras... Rosas!

– Ér, gostei da cueca...

Eu disse e mordi a unha do dedão, me controlando ao máximo para não perguntar.

– Gostou?

Jake abaixou a cabeça para olhar a própria cueca. Droga, não consigo resistir! Vou perguntar e que se exploda!

– Você ia mesmo fazer um stripetese com essa cueca?

– Qual o problema? Eu comprei para fazer justamente isso.

Ele me olhou de forma inocente com aqueles olhos coloridos e eu quase morri de desespero. Quando dei por mim já estava com o corpo grudado ao dele, beijando desesperadamente.

Jake me segurou pela cintura e começou a me empurrar, senti o material gelado da banheira atrás do meu joelho e estiquei a mão para abrir a torneira. Ouvi a água caindo enquanto eu entrelaçava meus dedos nos fios da cabeça dele.

– Hum... Você está puxando meu cabelo.

– Pensei que os caras gostassem.

– Não quando sentem que vão ficar carecas só com um puxão desses!

Sorri e puxei sua cabeça para trás. Beijei sua garganta e senti seu corpo se arrepiar.

– Argh, vai ficar me torturando agora?

– Uhum.

– Já chega!

Jake me puxou para os braços dele e me jogou na banheira cheia. Senti minha roupa pesando de tão molhada e ele colocou seu copo por cima do meu, tomando cuidado de manter minha cabeça erguida. Jake fitou meu olhos e eu o encarei de volta. Seu cabelo estava molhado só na frente e essa parte estava grudada na testa.

Ok, eu sabia que o meu não estava muito legal. Tinha certeza que estava todo grudado e emaranhado e pior, só de um lado da cabeça

– Jake...

– Que foi?

– Seu sangue está manchando a água.

– Foda-se.

Suspirei e agarrei sua cintura molhada.

– É por isso que eu te amo.

– Eu sei.