A Física Das Possibilidades escrita por Jessy Hell


Capítulo 9
A Teoria do Caos - Parte II


Notas iniciais do capítulo

"A idéia central da teoria do caos é que uma pequenina mudança no início de um evento qualquer pode trazer conseqüências enormes e absolutamente desconhecidas no futuro. Por isso, tais eventos seriam praticamente imprevisíveis - caóticos, portanto".



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— O que houve? Q...

A voz de Howard só não era mais alta que o tropel de passos que soava atrás dele. Sheldon havia se ajoelhado próximo de Judy, querendo tocá-la. Leonard o segurou pelos ombros:

— N-Não Sheldon, n-não podemos mexê-la! Ela pode ter q... Quebrado algo e...

— Ela está desmaiada, Leonard! Por minha causa! – Responde Sheldon nervoso. Sua mão tremia incontrolavelmente. Verificou se ela respirava e com grande alívio constatou que sim.

— Oh meu Deus! – Bernadette gemeu – Vou ligar para os paramédicos! – Ela avisa pegando o celular. Amy e Penny trocaram olhares sombrios.

— Como isso aconteceu? Só falta ela ter se jogado pelas escadas e... – Alfineta Amy até ver um olhar de fúria de Sheldon:

— “Se jogado”? SE JOGADO?! ACHA MESMO QUE ELA FEZ ISSO DE PROPÓSITO?! – Uma lágrima teimava em acumular no olho direito do homem, fazendo sua vista embaçar. Sheldon engoliu um xingamento e voltou a olhar a testa da ruiva que sangrava. O corte perto da raiz capilar era grande.

— Convenhamos que vocês duas não foram as misses simpatia e educação lá em cima, né? – Diz Howard apontando da castanha para a loira – Vocês são responsáveis por isso!

— Na Índia, isso se chama... – Começa Raj, mas é interrompido por Penny:

— Não estamos na Índia. Eu sei muito bem que lá a vaca é sagrada e que a escada seria destruída por matar uma e...

— PELAMORDEDEUS PENNY, CALE-SE!

Leonard fechava o punho com raiva enquanto chorava. Ele devia ter metido um freio nisso antes, logo no começo. Mas não, achou que essa birra passaria. Que Penny não fosse tão longe nisso. Enganou-se.

— Como pode... Fazer piada com isso? – Diz Leonard num semblante incrédulo enquanto secava as lágrimas – Não vê a situação? Será que você é tão cruel assim?!

— Cruel? Não sou cruel! Não tenho culpa se essa destrambelhada caiu! Deve ter tropeçado nos cadarços e...

— Ela saiu totalmente triste do apartamento. Chorava. Eu não vi suas lágrimas quando fugiu, mas ouvi seus soluços. Chamei-a. Chamei-a duas vezes... – Sheldon agora afastava os fios de cabelo que grudaram na testa por conta do sangue – E ela tropeçou e caiu. Não queria isso, Leonard. Não... – Ele tocou as pontas dos dedos na bochecha da menina – Ela me acalmou em seu apartamento. Cuidou de mim... Duas vezes! E nem temos uma semana de convívio e... – Lágrimas surgiram do nada nos olhos do Cooper.

Leonard ajoelhou-se junto ao amigo e o abraçou pelos ombros. Devia ser confuso para ele, mas não deixava de ser intenso. Sheldon estava chorando. Por alguém que, pelas suas leis, era um completo estranho. Amy cruzou os braços enquanto Berny desligava o celular.

— A ambulância está chegando... A-Alguém devia ir com ela – Diz a loirinha baixinha. Berny nada tinha contra a ruiva. Pelo contrário, achou-a muito fofa numa primeira impressão.

— Eu irei. Nada mais justo. Eu... Trouxe-a e... – A voz de Sheldon falhara e foi interrompida pela Marcha Imperial.

— Quê? De onde vem esse som? – Pergunta Howard para todos e para ninguém. Leonard identifica que o som vem do bolso frontal da calça que Judy usava. Ele olha para Sheldon, como se pedisse permissão. Os olhos azuis claros arregalam-se numa tentativa ocular de dizer: “Pegue logo, mas não demore mais que o estritamente necessário!”. Leonard pega o celular simples e lê o visor:

— Jane? – Ele olha a foto e vê que a mulher é muito parecida com Judy, exceto pelos cabelos loiro caramelo e os olhos azuis escuros. Frios – Mas ela é a cara da Judy!!!

— Deve ser a irmã. Ela comentou que tinha uma irmã – Responde Sheldon num sussurro rouco – Atenda! Não estou em condições de falar...

Leonard aperta o botão verde e responde:

— A-Alô?

— Quem é você e o que aconteceu com a minha irmã? Você a assaltou? Sabe que celulares possuem GPS, não? –O timbre da voz não tinha nada de parecido. Essa voz era fria, enérgica e autoritária. Leonard engoliu em seco.

— O-Oi Jane, não é? B-Bom... Eu sou o Leonard e sou amigo de sua irmã! E... Bom...

— Pare de gaguejar! O que houve com ela?! Senti algo estranho assim que desembarquei do vôo. Resolvi ligar para avisar que cheguei junto com o Jack e... ESPERE! Você disse “amigo”? – Ela termina desconfiada.

— Jane! – Uma voz de homem se aproximava – Com quem tá falando? A Judy tava dormindo? Eu disse que essa viagem surpresa era furada!

— Cala a boca, fagulha! Estou falando com um “amigo” da faísca! – Ela briga. Leonard resolve deixar no viva voz para Sheldon participar também.

— Amigo?! Caraca, achei que a faísca ia demorar mais pra sair da toca! Haha! Me deve uma pizza, solar!

— O que houve com a minha irmã, caro senhor Leonard?! – A voz não passava a educação que a frase tinha. Jack berrava algo “Quê, a faísca não tá bem? O que houve com a minha maninha?”

— Ela... Bom... Hã... – Leonard tenta começar, mas a sirene da ambulância invadiu o ambiente. Um grito sai do aparelho. Jack berrou mais alto:

— SIRENES? JANE, O QUE TÁ ACONTECENDO?!

— Leonard, onde estão? – Jane berrou mais alto. Leonard tampou um lado do ouvido enquanto os médicos aproximavam a maca de Judy. Sheldon levantou do chão e acompanhava tudo.

— Estamos indo para o hospital central de Pasadena. Fica a 20 minutos do aeroporto. Ela caiu da escada e está desmaiada e... – Leonard ouve um ruído de queda do outro lado da linha:

— Fagulha, levante! Já basta a faísca desmaiada! Vamos para o hospital logo, seu ruivo inútil! – Berra Jane para o irmão. Ela desliga enquanto Leonard vê Judy receber uma máscara de oxigênio. Ele resolveu ir com Sheldon. Howard perguntou se era melhor irem também atrás. Leonard disse que não, mas se referindo a Penny e Amy que ainda estavam lá e observaram tudo.

— Vai por mim, acho melhor não... Aviso caso algo aconteça – Diz Leonard num sussurro. Penny se aproxima:

— Não interessa, vou com vocês... – Ela diz se apertando entre Leonard e Sheldon. Cooper olhou com desagrado para a loira e depois para Leonard.

— Não vai mesmo! Saia agora deste veiculo. Judy não pode passar estresse, o médico disse! – Briga Sheldon. Penny bufa e desce. O médico fecha a porta e a ambulância sai a toda.

— Cara, vai ser dureza quando a loira dinamite chegar ao hospital... – Diz Leonard pensando alto enquanto referia-se a Jane, ainda segurando o celular da ruiva.

— Judy é chamada de “faísca” por seus irmãos. Por qual motivo será? – Indaga Sheldon olhando o amigo. Este dá de ombros.

— Faísca, Fagulha e Solar... Que apelidos estranhos! – Diz Leonard num riso – Mas bonitinhos. Parecem que eles são bem chegados...

— Bela maneira de conhecê-los... Droga Leonard, olhe para ela! – Diz Sheldon apontando para a garota que recebia os primeiros socorros ainda desacordada – Está pálida! E inconsciente por mais de dois minutos? E se ela está com traumatismo? Ou hemorragia? Ela se machucou por minha... – Sheldon faz uma careta furiosa – Não! Ela está assim por culpa da Amy e da sua namorada, Leonard! – Ele diz encarando o amigo.

Leonard queria retrucar, gostaria de dizer que era um mal entendido e que tudo ficaria bem. Mas não poderia, pois ele mesmo pensava a mesmíssima coisa. Era irracional o que o ciúme fazia com as pessoas. E o pior, Penny encorajar e fazer comentários maldosos.

Ele esteve ao lado de Sheldon por todo o tempo. E nunca viu o amigo tão mal quanto no dia em que Amy deu o fora. Ele chorou, entrou em choque e surtou! Leonard o buscou em um BAR! Mas ninguém soube disso. Sheldon implorou ao amigo para que ele dissesse a todos que ele estava viajando a trabalho. E foi o que Leonard fez. Disse que Sheldon tinha ido para o Texas. Mas a realidade era mais preocupante, pois Sheldon trancou-se no quarto e só saía quando não tinha ninguém na casa.

Leonard olhou para Sheldon. Ele estava assustado e não só com o fato de Judy estar machucada. Era a situação como um todo. Leonard ainda lembrava-se da confissão que o amigo o fizera. E agora ele estava ali: assustado, confuso, com medo.

— Estamos chegando, Judy! Por favor, acorde! – Sussurrou Cooper acariciando os dedos da menina. Nenhuma resposta.

Leonard não achou justo o que fizeram a Sheldon. Amy não tinha o direito e muito menos Penny. Ele passou as mãos pelo cabelo e soltou um suspiro ao sentir a ambulância frear levemente.

— Bom, rapazes... Vamos levar sua amiga para o atendimento. Ela não está consciente e devo dizer que isso não é nada bom – Diz um dos paramédicos a Sheldon e Leonard. Ambos se olham e vêem o medo espelhado no olhar do outro. Leonard concorda silenciosamente enquanto vê Judy ser levada na maca para uma sala. Cooper fez menção de seguir, mas teve seu cotovelo segurado por Leonard:

— Sheldon, vamos ficar aqui. Só iríamos atrapalhar – Leonard diz num tom solene. Sheldon reflete por alguns segundos e concorda. Eles sentam-se nas poltronas da sala de espera. Ambos nervosos demais para falar qualquer coisa.

— O que faremos com a loira e o irmão da Judy? – Comenta Leonard depois de quinze minutos de silêncio. Afinal, eles já deveriam ter chegado. Sheldon dá de ombros.

— Não conheço os Winters. Não conseguirei ser gentil com eles... Estou tão... FURIOSO! Judy está mal por minha causa! Ninguém veio nos dizer nada, Leonard! Não estou no meu juízo perfeito, ok? Fale com eles. É a irmã e o irmão dela, tem o direito de saber sobre ela... Eu... – Nesse momento Sheldon põe o rosto entre as mãos e sua voz sai abafada – Eu só quero que ela fique bem, Leonard... Mesmo que após esse triste episódio ela queira se afastar de mim – Sheldon deixa sair um soluço tímido.

Leonard ouviu uma breve discussão vindo do hall de entrada e reconheceu a voz de Jane. Ele se levantou num ímpeto de nervosismo que não sentia desde o ginásio, quando fugia dos valentões. Sheldon ainda estava mergulhado em tristeza e nada percebeu. Sentiu o celular de Judy vibrar em sua mão e atendeu extremamente nervoso:

— A... A-Alô?

— Leonard Hofstadter, estou no hospital! CADÊ. MINHA. IRMÃ?! – A voz cortava mais que navalha. Sheldon se assustou com o grito pausado que vinha do aparelho. Começou a limpar as lágrimas rapidamente.

— E-Estamos na sala de espera, Srta. Jane... A-A Judy entrou... – Começa Leonard, mas é interrompido quando ouve a ligação cair. Ele olha para o aparelho confuso. Mas quando levanta o olhar, dá de cara com a loira que vinha acompanhada de um ruivo com os mesmos olhos azuis escuros.

Jane era mais alta, se comparada à irmã e Jack era tão alto quanto Sheldon. A loira usava um agasalho estilo militar e uma calça jeans azul escura. Seus cabelos longos presos num rabo de cavalo. Jack tinha o cabelo um tanto grande também e usava um brinco de brilhante na orelha esquerda e um piercing na sobrancelha direita. Sheldon repara na camisa dele, que tinha vários pokémons do tipo fantasma na estampa e a calça jeans preta com alguns rasgões. O ruivo dele era mais vivo, indo para um vermelho. O ruivo de Judy era mais fraco, delicado como ela.

— O que vocês fizeram com ela?! – Berra Jane agarrando Leonard pela gola da costumeira jaqueta. Ela era vários centímetros mais alta que ele. Sheldon ficou estático pelo choque. O ruivo deu um “adeusinho” para Leonard e Sheldon e depois sorriu:

— Jane, acha mesmo que ESSES dois poderiam fazer algo pra faísca? Calma aí! Que tal a gente se empenhar em descobrir o que tá havendo com a nossa enfermeira Joy, Policial Jenny?! – Ele sugere. Jane bufa de raiva e larga Leonard, que cai na poltrona.

— Onde ela está, Sr. Hofstadter? – Ela pergunta dando as costas. Leonard balbucia sua dúvida:

— C-Como sabe meu nome? D-Digo, meu nome complet...

— Ela está no pronto atendimento a 23 minutos, precisamente. Ainda não nos disseram nada a respeito, Srta. Jane. Estamos tão sem noticias quanto você – Sheldon diz olhando-a nos olhos. Ele havia reconhecido aquele olhar, aquela atitude. Mesmo sendo parecida com a sua Judy, Jane era totalmente diferente. Exceto naquela determinação. Aquilo era totalmente Judy.

— Obrigada. Vou atrás de algumas informações. E você seria...? – Ela diz olhando Sheldon de cima a baixo, com um olhar curioso e levemente desdenhoso. Sheldon retribui.

— Cooper. Sheldon Lee Cooper.

— Hunf, ok. Como disse, vou atrás de respostas, Sr. Cooper. Com licença – Ela vai entrando no corredor branco e mórbido depois de jogar as mochilas em qualquer canto. O ruivo ficou para trás e sentou-se numa das poltronas e avaliava os dois à sua frente.

— Bom, sei os seus nomes mas falta me apresentar: Olá, sou Jack Winters, o irmão caçula da família! Quer dizer, fui o último a nascer das meninas – Diz ele enquanto batia palminhas. Sheldon o olhou e balançou a cabeça, descrente.

— “Das meninas”? Como assim? – Pergunta Leonard já sentado corretamente na poltrona. Sheldon se levanta e coloca as mãos no bolso da calça.

— Você não reparou nas semelhanças físicas deles, Leonard? Trigêmeos – Revela Sheldon numa voz cansada, enquanto Jack confirmava.

— É. A Jane nasceu primeiro e a Judy veio logo atrás. Eu demorei mais um pouquinho para vir... Mas, apesar de ser o caçula, a Judy sempre foi a mais paparicada e protegida de nós. Posso estar aqui, conversando com vocês, mas estou realmente preocupado com a minha maninha. Com a minha faísca – Ele diz num sussurro enquanto olha para cima. Jack solta um longo suspiro.

Sheldon esboçou um sorrisinho ao confirmar que Jane era a irmã mais velha. Aquele brilho de preocupação no olhar. Irmãos mais velhos se reconhecem. Liderança natural. Coisa que um filho único como Leonard não saberia fazer.

— Respondendo a sua pergunta, Sr. Hofstadter: Jane é da polícia. Mais precisamente, ela é investigadora. Nos 17 minutos em que estávamos no aeroporto, ela ligou para o departamento de New Jersey, que é de onde viemos. Aí ela tentou descobrir tudo sobre vocês – Ele diz sorrindo enquanto pegava um saquinho de amendoins que estava no bolso da calça. Sheldon vira-se para o jovem:

— Como assim? Ela colocou a polícia para nos espionar, Sr. Jack?

— Aaaah não... Ela não faria isso. Ela contratou um detetive particular para vigiar a faísca. Nossa irmã não é lá muito sociável e ficamos preocupados quando ela pediu afastamento do cargo de legista médica da polícia da New Jersey e se meteu para cá. Ela já está em Pasadena tem um ano e o detetive nunca disse nada demais. Sempre a mesma rotina. Tá, a Jane pediu uma autorização para seqüestrar o porteiro do prédio da Judy – Sheldon soltou um sorriso ao ouvir isso – Mas ninguém deu bola. Aí... – Ele mastigou um amendoim com força – Teve um dia em que ela saiu para um shopping num encontro! E foi milésimos de segundos para o detetive falar para a Jane e a Solar pesquisar tudo sobre vocês.

— Isso foi... – Sheldon começa, mas Jack sorri com desdém.

— Anteontem, eu sei. Jane é realmente bem séria no assunto “Irmã Mais Velha” – Jack faz aspas com os dedos - Eu até entendo. Papai morreu quando tínhamos 11 anos e ela assumiu a responsabilidade da gente, já que a mamãe sempre estava viajando atrás de teses para doutorados.

Leonard estava boquiaberto. Era informação demais para ele. Sheldon deu as costas novamente para Jack:

— Sua irmã é policial, Judy é médica E legista... E você? – Pergunta Leonard, fascinado. Jack dá de ombros.

— Advogado. Judy prestou para medicina, Jane para física e eu para filosofia. Digamos que depois eu quis ir para o Direito, logo após minha formatura. Jane investiga casos tão mirabolantes que a fazem confirmar que escolheu o trabalho dos sonhos: Pode usar a física e ser paranóica com a mania de controlar tudo. As duas serviram para a polícia e eu fiquei com o lado burocrático e glamouroso da coisa, diga-se de passagem. Enfim, Jane pesquisou sobre vocês e resolveu vir dar uma olhada... E sério, que péssima primeira impressão, hein?

Sheldon sente o gosto da bílis na garganta. Ele tinha razão. Ele deveria ter convidado-a para sair e não para ir ao apartamento. Sheldon só queria mais uma chance para consertar as coisas. Ele viu Jane voltar para a sala de espera com um rosto sem emoção.

— Como ela está? – Sheldon correu ao seu encontro. Jane estala a língua.

— Bem, apesar dos apesares. Mesmo com o desmaio, não aconteceu nada de grave. Ela está dormindo agora. O corte na cabeça foi realmente feio e ela quebrou a ulna. Graças a Deus que ela está bem. Poderia ter sido um desastre, como traumatismo craniano e hemorragia interna... – Ela responde sem olhar para ninguém além do seu irmão. Jack balança a cabeça, afirmando.

— Nanica do jeito que é, a faísca nem poderia se quebrar tanto – Ele diz num riso.

— Vocês dois podem ir, se quiser. Ela está bem e EU – Jack pigarreia – Quer dizer, Meu irmão e EU estamos aqui. Agradeço por tudo – Ela virou-se para eles, mas Sheldon bateu o pé.

— Não irei até vê-la. Não importa o tempo que ela demore para acordar. O Leonard vai para casa!

— EU? Eu vou ficar junto. Também quero pedir desculpas e... – Começa Leonard, até receber um olhar mortifero de Sheldon

— Você voltará. Só quero que pegue meu kit de sobrevivência para noites fora de casa. Álcool em gel, pijamas descartáveis, toalhinhas de papel. Está tudo arrumado atrás da porta do meu quarto.

Leonard nunca vira aquele olhar em Sheldon. Ele concordou e saiu em busca do kit. Teria que pegar um táxi. Sheldon ficou sozinho com os dois:

— Não pense que, ficando aqui... Vai mudar algo. Sei que isso aconteceu por sua causa. E vou descobrir e pegar TODOS os responsáveis – Ela diz apontando para Sheldon para depois se virar e seguir para a lanchonete. Sheldon olha para Jack e este sorri:

— Podia ser pior, ela poderia te interrogar. Ela trouxe uma pasta enorme com coisas sobre você e seu amigo. Mas não me animaria muito, não. Se ela tomar café, ela VAI MESMO te interrogar... – Comenta ele mastigando o último amendoim – Ela até trouxe algemas...


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