A Física Das Possibilidades escrita por Jessy Hell


Capítulo 11
Bônus: Dia de neve


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos leitores amados!!!
Este capítulo é especial. É um flashback que eu fiz dos irmãos Winters. Ele vai ser importante pro futuro.

E fiz também para agradecer os reviews e as quatro lindas recomendações que tive!!! Aaaaah!

Luna
Sophia Valdez
Deadkill
AliceSalvatore

Muito obrigada mesmo.

Ah! Mais uma coisa: Quero muito, muito, muuuuito saber o que acham dos irmãos da Judy. Sério... Por favor, comentem!

Que a força esteja com vocês.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/325171/chapter/11

Dia de neve

— Judy! Judy, levanta!

Era o primeiro dia de inverno em New Jersey. Um garotinho de cabelos ruivos e desgrenhados que usava um pijama do Buzz Lighter pulava na cama da irmã. Judy cobriu-se totalmente com o seu edredom da Hello Kitty.

— Jack, cala a boca! Quero dormir! – Jane, com sete anos, sentou-se mal humorada na cama com lençóis do tema do filme Cinderela. Jack soltou um estalido com a língua.

Dormiam no mesmo quarto, mas cada um tinha sua cama e seu espaço. Jack correu para a cama de Jane e fez uma careta.

— Não estou falando com você,sua bobona! – Ele mostra a língua para a garota loira – Não vem com essa de “irmã mais velha”. Você só tem a vantagem de dois minutos e 54 segundos sobre a Faísca! – Jack tentou puxar o lençol de Judy, mas ela agarrava firme.

— M-Maninho, está muito frio! Não puxe o lençol... – Ela pede num murmúrio. Jack estranha e abre uma frestinha e consegue ver um olhinho verde sob o pano – É o dia de neve, Judy! Tem quase dois metros de neve branquinha e fofinha lá fora!! Vamos... – Ele pede dengoso até ouvir um espirro vindo da garota.

— Judy, você tá bem? – Jane pula da cama e retira o lençol roxo da irmã. Eles dão de cara com uma ruivinha com o rostinho triste e o nariz tão vermelho quantos seus cabelos. Os olhinhos verdes quase fechados.

— A-Acho... (atchim!)... Q-que estou resfriada – Judy lamenta enquanto espirra novamente. Jack solta um muxoxo.

— Aaaaah, justo hoje?! Olha a neve, Faísca! – Ele corre para a janela e afasta as cortinas. O raio de sol inunda o quarto, fazendo Jane se espreguiçar lentamente e Judy se cobrir mais ainda.

— É, ela está mal... – Jane começa a se trocar e sai do quarto. Jack vê a irmã tirar o lençol da cabeça, espiando feito uma corujinha.

— Quer seus óculos? – Jack pergunta já pulando na cama. Ela confirma. Ele desce numa cambalhota, que faz a irmã rir. Acaba pegando os óculos e colocando na irmã.

— Caramba... Você tá ardendo em febre! – Ele se assusta – Acho até que dá pra fazer um pão na sua testa! – Ele ri enquanto se senta na cama da irmã.

— Jack, vá brincar lá fora... Não vou gostar se você não aproveitar esse dia de neve! – Ela diz num bico enquanto cruza os bracinhos. Jack se assusta:

— Não! Tenho que ficar, você tá doente! – Ele diz decidido, mas a ruiva continua teimando.

— Por favor, maninho... Vá! Aproveite por nós dois... – Ela insiste dando um sorriso. Sabia que Jack tinha esperado por esse dia as férias inteiras. Ele estava acompanhando cada previsão meteorológica da tv. Ele também se troca. Judy olha tristonha os flocos de neve caindo pela janela e seu irmão vestindo um grande casaco. Ela se embrulhou novamente.

— Vou fazer um boneco de neve gigante, tá? – Jack fala enquanto sai – E trago umas bolinhas de neve e a gente coloca no freezer! – Ele grita pela casa. Jane sai junto com irmão aos berros.

— Aaaah... Justo hoje? – Ela reclama segurando uma lágrima.

— Judy, levante o braço. Vou colocar o termômetro – Judy se assustou com a voz enérgica da mãe invadir seu quarto e tirar o lençol rapidamente – Como você ficou doente?

— N-Não sei, mamãe... P-Pen (atchim) Pensei que tinha um congresso para ir! – A ruiva usava um tom de voz solene, quase pedindo desculpa. A mãe bufou enquanto cruzava os braços.

— Eu tenho e vou! Seu pai já está chegando... – Ela diz enquanto tira o termômetro e verifica a temperatura – É, a febre está bem alta mesmo... Acho que está gripada.

— P-Papai?O... O p-papai está vindo?! – A pequena se senta rapidamente com um sorriso enorme. Helen, sua mãe, acaricia a cabeça da ruiva.

— Sim. O plantão dele acabou cedo e com essa neve, deram o dia de folga – Helen se permite um sorriso – Pena que eu tenho que ir ao congresso, senão ficaria com vocês. Bom... Vou fazer uma canja para você, está bem? Se embrulhe!

Helen sai do quarto com passos rápidos. Judy treme ao saber que tomaria canja logo de manhã. Odiava sopa, caldos e canjas. Preferia uma boa e grande xícara de chocolate quente. Mas uma canja era preço pequeno a se pagar se seu pai estaria ali em poucos minutos.

Robert Winters servia no Corpo de Bombeiros de New Jersey como Capitão. Além de ser paramédico. Dos três filhos, só Judy herdou seus olhos espantosamente verdes esmeralda e os cabelos ruivos alaranjados. Helen era professora de física na Universidade de NJ. Eles se conheceram durante um incêndio na biblioteca em que Helen estava. Acabou desmaiando pela falta de oxigênio e Robert a salvou. Ele se apaixonou por aquela loira de olhos azuis e que tinha uma delicadeza até mesmo inconsciente. Passou algum tempo em que eles saíram e acabaram namorando. Casaram-se logo em seguida. Apesar das grandes diferenças, se amavam muito.

Helen Winters, antes se chamava Summers quando solteira, tinha aquele jeito durão e até meio grosseiro, mas amava o marido e os filhos. Aquela característica foi reforçada ao ingressar na faculdade. Muitos acreditavam que uma mulher não poderia ingressar na carreira das Exatas, o que a fez ser bem rabugenta. Robert, por outro lado, era um bonachão. Não entendia nada de números que não fossem relacionados a dosagem de remédios e afins. Ele sempre chegava em casa e narrava para os filhos o que fizera no Batalhão. Judy adorava quando o pai salvava gatinhos. Jane tinha rinite e por isso não podiam ter animais na casa. Jack tinha uma alergia na pele que nunca curava. Era uma mancha em alto relevo cheia de bolinhas no joelho esquerdo. Judy chamava aquilo de “a pele-plástico-bolha pessoal de Jack”. Já ela era míope e tinha astigmatismo. Usava óculos desde os três anos de idade.

Robert sempre brincava com o nome da esposa. “Você era muito fria quando nos conhecemos. Acho que nossos nomes estão trocados, ‘Verão’. Você realmente nasceu para ser um ‘Inverno’”. Ela adorava essa coincidência de “Summers” e “Winters”, mas não admitia para o marido. Quando os trigêmeos nasceram, foi apertado lidar com os gastos e todo o resto. Robert tinha que se virar em três com turnos extras enquanto Helen estava de molho em casa. Mas para eles isso não era nada quando olhavam aqueles três pacotinhos cor-de-rosa no berço. Judy nasceu muito menor que os outros.  Que levou o pai a dizer que a pequena era uma amostra grátis de Winters. Era um floquinho de neve.

Quando cresceram, Robert deu os apelidos característicos de Faísca para Judy, Fagulha para Jack e Solar para Jane. Jack era a mistura perfeita dos pais. Os cabelos ruivos avermelhados e os olhos azuis da mãe. Era hiperativo, nunca ficava quieto. Bastava ele estar no lugar para ser barulhento. A “Fagulha” que começava o incêndio.

Jane era toda a mãe. Tanto fisicamente quanto temperamentalmente. Robert não viu nada seu ali. Ela era toda uma “Summers”. Então, a chamou “Solar”. Mas nunca disse o motivo, falava para a filha que era pelos seus cabelos loiro-caramelo.

Já Judy era todinha uma “Winters” fisicamente, mas seu jeito quieto, tímido e acanhado nada tinha do seu pai. Ele a achava uma figura, pois quando ficava brava ou teimava com algo, nada a fazia mudar de ideia. Era uma “Faísca”. Demorava pra pegar, mas quando pegava... Saíssem de perto da ruiva!

Ele adorava os pequenos e sempre se perguntava o que teria feito para merecer um presente daqueles que era sua família? Ele brincava que, se eles não se parecessem tanto com os pais, ia jurar que tinham os trocado na maternidade. Como ele, um bombeiro e paramédico, poderia ter ajudado a fazer três gênios? Helen ria e dizia que ela tinha se dividido por Mitose e que ele nada tinha a ver com aquilo.

Judy ouviu passos fortes no corredor. Seu pai havia chegado e conversava com sua mãe. Ela soube que estava muito doente quando tentou se levantar para ir ao pai, mas não conseguiu.

— Sua mãe me disse que você está doente... Como está se sentindo? – Judy sorriu de um jeito enorme ao ver aquele ruivo já meio grisalho de 1,90 entrando em seu quarto. Ainda usava o uniforme do Pelotão e repousou o capacete na cômoda. Ele sentou-se na cama da filha e sorriu de um jeito parecidíssimo com ela.

— P-Papai! (Atchim) O senhor veio mesmo!!! – Ela tentou abraçá-lo, mas sentiu-se tonta e recostou-se na cabeceira da cama novamente. Isso não impediu seu pai de abraçá-la apertado.

— Claro que vim! Falei com os seus irmãos, mas eles preferiram um monte de neve no lugar do velho pai! Nem me deixaram fazer uma bolinha de neve – Robert disse num tom fingido de tristeza. Mas Judy se sentiu mal.

— E-Eu escolheria o (atchim,atchim) o senhor... – Ela limpa o nariz com a manga do pijama.

— Eu sei, por isso eu vou cuidar da minha faísquinha!!! – Ele diz sorridente enquanto sua esposa trazia um prato (gigante, na visão de Judy) de canja – Olha! Parece estar gostoso...

— Como o senhor é mau! Como pode dizer que vai cuidar de mim quando quer me dar isso?! – Ela treme ao ver o pai pegando o prato e a colher e já assoprando uma generosa colherada para a ruiva. Ele não conseguiu segurar o riso e acabou por derrubar a colher, fazendo sua esposa bronquear sobre a bagunça.

— Vamos Faísca, sua mãe fez isso com todo o amor para você melhorar... – Ele dengou num sorriso. Judy não viu como fazer birra e acabou abrindo a boca, mesmo contrariada. Helen deu um sorriso e saiu do quarto avisando que ia para o Congresso de Física e que não tinha hora para voltar. Robert confirmou e disse que cuidaria das crianças.

Mas assim que ela saiu, ele jogou a canja pela janela aberta e acabou acertando o filho do vizinho. Ele se desculpou sem graça e fechou a janela.

— Me desculpe, Faísca! Mas sabemos como a mamãe é ruim na cozinha, né? – Ele deu uma piscadela, fazendo a filha gargalhar gostosamente – Não quis ser mau!

— Hahaha... Tu-(atchim)-Tudo bem, papai! Mas ainda não comi nada! – Ela diz enquanto seu pai a ajudava a descer da cama e colocar um roupão felpudo de coelhinhos.

— Vamos para cozinha! Quero tomar uma caneca gigante do meu chocolate quente cremoso com biscoitos e marshmallow! Mas sei que você não gostaria... – Ele diz num tom falso enquanto saía do quarto, para desespero da pequena.

— Não! Eu quero!!! Quero sanduíche de marshmallow no biscoito, papai!!! – Ela se enrola nas pantufas colocando-as errado, enquanto seu pai gargalhava já na cozinha.

***

Eles já estavam acomodados no sofá com cobertores e segurando a quarta xícara de chocolate quente. Jane e Jack ainda brincavam lá fora. Judy se aconchegou no pai enquanto assistiam Mulan novamente.

— Acho melhor chamar seus irmãos para dentro – Ele diz olhando pela janela vendo que nevava mais forte – Está na hora de fazer o almoço...

— LASANHA! – A ruiva berrou, fazendo o pai se assustar e rir.

— Ok, sua danadinha! Vá para a cama enquanto chamo seus irmãos. Você é uma doentinha bem exigente, viu? – Ele diz enquanto coloca as mãos no quadril, claramente imitando Helen quando ficava brava. Judy riu mais alto enquanto deu um pulinho e saiu do sofá arrastando seu cobertor.

Ela ouviu a algazarra que Jack fazia ao ver o pai e tentando mostrar o boneco de neve e as bolinhas que tinha feito. Jane balançava a cabeça quando entrou no quarto.

— Você está melhor? – A loira disse enquanto se sentava na cama. Judy confirmou.

— O papai está aqui! Como não ia melhorar? – Ela disse num sorriso.

— Ele não te fez tomar aquela canja, né? Quando senti o cheiro daquilo pensei que a mamãe estava cozinhando as meias do Jack! – Ela termina numa careta.

— Jane, já tomou banho? – A voz do pai ecoou pelo corredor tentando abafar a gritaria do filho.

— Já vou, papai!! – Ela pegou sua toalha e correu para o banheiro. Judy sorriu e voltou a se deitar. Resolveu ler um pouco enquanto o pai cuidava de Jack. Ela já tinha tido atenção bastante do pai. Nada mais justo seus irmãos aproveitarem agora.

Estava absorta no livro que lia, uma biografia de Einstein, quando ouviu o pai chamá-la para almoçar. Quando se arrastou para a mesa, viu o irmão e o pai usando lençóis como capas e eles tinham arrancado a cortina da sala e recortado máscaras. Jane ria enquanto seu pai fazia sua boneca bebê “dormir”.

— Ok, vou deixar a Rapunzel dormindo no sofá, ok Solar? – O pai pediu permissão e a loira deixou. Ele tirou Jack do seu ombro e o sentou à mesa. Levou a travessa de lasanha para a mesa e serviu os filhos. Comeram num burburinho de conversar paralelas e o pai teve a maior paciência com Jack, que não parava de levantar para mostrar qualquer coisa para Judy sobre o dia de neve.

— Jack, você tá espalhando ricota pelo chão todo, menino! A liga da justiça não gosta de heróis bagunceiros! – O pai comenta de boca cheia. Jack vira-se para o pai e ri.

— Então o jeito vai ser apelar para os Vingadores! – Ele fica em pé na cadeira – Avante, Vingadoreeees! – Ele dá um salto da cadeira e finge que está voando. Robert revira os olhos e ri. Jane tinha acabado de comer e já tinha ido escovar os dentes. Judy a seguiu.

— Ok, ok! É hora dos três terem a soneca da tarde! – Robert diz depois de lavar a louça e limpar o chão. Jack e Jane soltam um muxoxo de tristeza. Judy estava ficando mole com a gripe e concordou com a cabeça.

— Nem vem com essa cara, Fagulha! Vocês tem que dormir, senão a Faísca não vai descansar. E vocês querem que o papai morra quando a mamãe chegar e não ver vocês descansados e a Judy bem? – Ele se abaixa e fica na altura dos filhos. Os dois confirmam com a cabeça – Ótimo! Assim que acordarem, vamos tomar sorvete!!!

— Mas e eu, papai?! – Judy pergunta enquanto os irmãos dançam no sofá pela notícia. O pai tinha esquecido desse detalhe.

— Eu faço uma pilha de waffles com calda de chocolate. OK? – Ele diz e a filha lhe dá um beijo no rosto.

Colocou os pequenos na cama e contou várias histórias sobre salvamentos e missões que teve. Jane e Jack dormiram, mas Judy ainda estava um pouco acordada.

— Durma um pouco, lindinha... Você está cansada e a febre parece estar aumentando. Depois venho aqui para ver como estão. Vou botar umas correntes nos pneus do carro. A nevasca aumentou – Ele deu um beijo na testa da filha e saiu.

Judy estava sonolenta, então pegou o livro que lia antes e recomeçou a ler onde tinha parado. A neve aumentava bastante e ela pensou na mãe. Esperava que ela voltasse em segurança para casa, e não muito tarde.

“Em 1911, calculou que, com base em sua nova teoria da relatividade geral, a luz de uma estrela seria curvada pela gravidade do Sol. Essa previsão foi dada como confirmada...”

Judy pensou ter ouvido algo como um gemidinho de dor lá fora. Ela sacudiu a cabeça e voltou para a leitura. Como poderia ouvir algo com a nevasca lá fora?

“...pela gravidade do Sol. Essa previsão foi dada como confirmada...”

O ruído ficou um pouquinho mais alto, como se, seja lá o que fosse, estivesse lutando para resistir aos ventos lá fora. Ela desceu da cama silenciosa e calçou suas pantufas de coelhinhos. Ela se aproximou da janela, que estava trancada, e colou o ouvido nela:

... Meow ...

— Oh meu Deus! – A pequena exclama alto, acordando os irmãos. Ele se assustam e a veem dando passinhos apressados para a porta. Jack se atrapalha com o cobertor e tenta segui-la.

— Faísca!! Aonde vai?! – Jack pergunta enquanto Jane tenta calçar uma meia.

— Salvar uma vida!!! – A ruiva vai apressada e passa pelo pai, que voltava da garagem e se assustou com a expressão decidida no rosto da filha.

— Eeei, pensa que vai aonde? – Ele a pega pela cintura e a ergue. Ela tenta se debater mas era inútil.

— P-Preciso (atchim)P-Preciso ajudar!!! Tem (atchim,atchim)... Lá fora!! Rápido!!! Vai congelar!!!

— Espera, tem o quê lá fora? – O pai a abaixa e ela recomeça a andar para a porta. Ele a pega de novo e a deixa em seu colo. Seus irmãos apareceram no corredor.

— Vocês fiquem dentro de casa, ok? Sua irmã diz que tem algo lá fora... Vou ajudá-la. Não saiam...

Eles afirmam. O pai sempre fazia tudo por eles. Não importava o que fosse ou em que condições. Por isso não estranharam quando ele consentiu com a loucura de Judy de sair.

Ele começa a andar pela neve enquanto Judy estava em seu ombro. Ela segurava os óculos com força e seus cabelos estavam desgrenhados pela força do vento. Ela pediu para o pai abaixá-la perto de sua janela e andava nas pontinhas dos pés.

— O que, afinal de contas, estamos procurando? Sua mãe vai me matar se sonhar que te deixei sair nessa nevasca! Você ainda tá com febre, lindinha!!

— Isso aqui!!! – Ela vira-se para o pai com um filhotinho magrela. Um gatinho branco que tremia de frio. Ele olhou a filha e depois para o gato e deu um sorrisinho. Voltaram para casa rapidamente. Judy ficou de joelhos no chão, enquanto colocava o gatinho no sofá e o enrolava com a capa do mesmo. Jack e Jane olharam para a bolinha felpuda branca admirados.

— De onde saiu esse gato, papai? – Jack perguntou. Jane o olhava a distância, com medo de acordar o bichano com seus espirros que dormia nos bracinhos da irmã. O pai deu de ombros.

— Não sei... Sua irmã que sabe!

— Eu ouvi ele miando! Tentava se proteger do frio... Acabou afundando na neve quando o encontrei. Ele é tão pequenininho!!!

— Igual você, Judy – Jane falou – Aaaaah pai... (atchim) – Minha alergia!

— Espere, vou buscar seu remédio – Ele sai para a gavetinha de primeiros socorros. Jane esboça um sorriso pro gato.

— E agora? Ele vai ter que ficar... – O pai disse quando voltou e estava dando o remédio para Jane. Jack e Judy se entreolharam, fascinados.

— Jura?! – Judy era um sorriso enorme. Se afeiçoara rápido com o gatinho. Nunca tiveram bichos na casa.

— Claro! Vou ter que convencer sua mãe, lógico... Mas a Judy vai me ajudar...

— Eu?! – Ela se admira, enquanto ela e seus irmãos já estavam ajoelhados e faziam carinho no filhote. Jane segurava o nariz para não espirrar.

— Claro! Eu seria um pai muito irresponsável se pedisse para o gatinho ficar, sabendo que sua irmã tem rinite e seu irmão, alergia... Mas você... – Ele diz com um sorriso maroto. Jack dá um pulo.

— É!!! Mas você só tem miopia!!! Pode ficar com o gato!!! Aaaah Judy, pede pra mamãe!!! – Ele pede num sorriso maior que o do pai. Jane confirma.

— É, a gente sempre quis um bichinho... Por favor...

— Claro que vou pedir pra mamãe!!! Eu o salvei!!! – Ela diz, decidida. O pai riu.

— E qual o nome dele? – Ele perguntou sério. Judy levantou o olhar e num risinho, respondeu:

— Einstein!!! - Enquanto abraçava o filhote

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quem sentiu falta dos desenhos dos capítulos?! rsrsr



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Física Das Possibilidades" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.