Mais Do Que Você Imagina escrita por RoBerTA


Capítulo 33
Um segredo em apuros


Notas iniciais do capítulo

Oooolá!!! Então, antes de qualquer coisa, quero dizer que amei os reviews, e vou continuar amando se vocês continuarem comentando :P
Segundamente - eu sei, essa palavra não existe hsuauhsauhas' - quero dedicar



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*RESTO DAS NOTAS DO CAPÍTULO QUE O NYAH PERVERSO CORTOU FORA*

esse capítulo à Zombie39 pela recomendação divástica ♥

E eu adoraria dedicar outros capítulos a vocês, isto é, só se quiserem susauhasuau' :P

Boa leitura! ♥

.

POV Calli

Ok, aquele definitivamente não era o teto do meu quarto. E esse braço ao meu redor todo possessivo e firme com certeza não pertencia ao meu gato. Certo, ok.

Então... Onde estou?

Limito-me a olhar somente para o teto, com medo de explorar o resto do ambiente e ter alguma espécie de ataque cardíaco. Fora que eu estava praticamente nua, fato completamente irrelevante, certo?

Tento me lembrar do que aconteceu na noite anterior, mas minhas memórias aparentemente sumiram, simples assim.

A melhor opção era encarar de uma vez aquela situação.

Primeira pergunta. Quem era o ser que estava se aproximando de mim nesse exato momento?

Opa! Que coisa é essa que está cutucando as minhas costas?! Mas que inferno!

Pulo para fora da cama, mandando a cautela à merda. Quando me viro para a pequena cama de casal, vejo um Leonardo sonolento me fitando.

─ Mas o quê...? ─ Ele definitivamente parece um tanto perdido, como se estivesse se perguntando o que raios eu estava fazendo ali, seminua, recém-saída de sua cama.

Meu Deus! Tapo minha boca com as mãos, enquanto meus olhos dobram de tamanho. Será que nós...?

Não, claro que não. Eu saberia, certo? Certo?!

─ Callilda? Você está bem?

Eis que surge uma ideia em minha mente perturbada.

─ Você me sequestrou!

─ Eu o quê? ─ Ele parece genuinamente confuso, mas não se pode confiar em caras gostosos usando apenas uma calça fina de flanela deixando certo lugar inominável à vista. Principalmente os gostosos com cara de anjo. Acreditem em mim, esses são os piores.

─ Você me sequestrou! ─ Afirmo convicta. ─ Me sequestrou por que é um tarado sem vergonha que quer me desvirtuar! ─ Acrescento triunfante.

Sua expressão é de descrença.

─ Isso é sério? ─ Quando não digo nada, ele acrescenta: ─ Não acho que haja tanta virtude para ser roubada. Ontem à noite você não parecia nem um pouco virtuoso enquanto sentava em meu colo.

Puta merda. Alguém me diz que isso é mentira.

Provavelmente meu rosto deve estar branco como uma folha de papel. E mesmo não querendo admitir, eu podia ver em seus olhos que ele não estava mentindo. Esse era definitivamente o funda da fossa que eu já estava afundada até o pescoço.

─ O que mais eu fiz? ─ Pergunto de olhos fechados, esperando mais humilhação.

─ Você aceitou bebida de um estranho que continha algum tipo de droga. Não que ele precisasse te dopar para dormir contigo.

Olho para ele com raiva.

─ Ah, depois que eu te salvei daquele idiota, te levei para cá, no meu apartamento, e então te dei um remédio. Depois você resolveu subir em mim feito uma louca, e para completar, vomitou em nós dois.

Definitivamente não poderia ficar pior.

Deslizo pela parede, e me afundo contra o chão. Abraço meus joelhos e escondo meu rosto, que arde em vergonha. Minha estupidez parecia ser ilimitada. Fico um tempo assim, me xingando internamente, quando o sinto se aproximar.

─ Ei, ninguém é perfeito. Todos cometem erros.

Ergo minha cabeça, e fito Leonardo, que está ajoelhado à minha frente.

─ Obrigada pelo conselho, por mais inútil que sege. ─ Um canto de sua boca sobe.

─ Você é uma criaturinha detestável.

─ E você é um babaca cutucador. ─ No mesmo instante que falo isso, quero engolir as palavras de volta. Meu rosto arde de vergonha, enquanto ele me encara de forma questionadora. Graças a Deus ele não entendeu...

─ Ah... ─ É, parece que a minha cara pegando fogo o fez ter uma ideia do que eu queria dizer. Agora é Leonardo quem parece querer cavar um buraco e se enterrar nele.

Limpa a garganta, e tenta não olhar para mim.

─ Hum, quer comer alguma coisa?

Meu estômago ronca, respondendo por mim.

Ele assente, se levanta e sai do quarto. Continuo sentada, até que minha bunda comece a doer em virtude do chão duro. Levanto e vou até Leonardo.

Seu apartamento é pequeno, porém aconchegante. Claramente é de solteiro, mas isso não quer dizer que sege desorganizado, muito pelo contrário. Todo limpinho, com cada coisa em seu devido lugar. E pelo jeito, havia apenas três cômodos aqui. O quarto, o banheiro e o resto.

Leonardo está virado para o fogão, enquanto um cheiro delicioso chega até mim.

Aproximo-me furtivamente, querendo lhe dar um susto.

─ Espero que goste de omeletes. ─ Diz calmamente, me causando extrema decepção. Como ele pode ter notado a minha presença? Eu nem fiz barulho!

Sento em uma cadeira, e apoio os cotovelos na mesa minúscula.

─ Você sabe cozinhar. ─ Ok, coisa errada a se dizer. Ele me olha achando graça.

─ Pois é, eu sei. E gosto. ─ Acrescenta com um sorriso.

Um prato é colocado à minha frente, com uma omelete de aspecto bastante apetitoso. Ele vai até a geladeira e paga o que parece ser uma garrafa de suco. No caminho pega os copos.

─ Gosta de suco de laranja? ─ Assinto com a cabeça, e então ele me serve.

Comemos em silêncio, e evito olhar para ele. Por fim, as palavras escapam.

─ Sinto muito.

Ele me olho surpreso.

─ Pelo quê?

─ Por ter te assediado e depois vomitado em você. ─ Olho para meu colo, e agora eu sei por que estava com uma camisa masculina que mal me cobria de forma decente.

─ Não precisa se desculpar. Embora a parte do vômito não tenha sido exatamente agradável, eu gostei de ter sido assediado por você.

Imediatamente olho para ele, que sorri com o rosto inteiro.

Algo me ocorre.

Sei que não é certo, nem para ele e nem para mim, mas talvez eu fosse capaz de esquecer John se ficasse com Leonardo. Dizem que é a maior viagem curar um amor com outro. Mas no meu caso, seria uma benção.

Eu não estava certa se meus sentimentos por ele tinham tanta profundidade assim, mas com certeza havia uma atração física. Além do mais, eu já não me sentia a mesma garota que se apaixonou pelo seu meio-irmão. Eu não era mais essa garota. Sentia-me muito mais madura. Madura o suficiente para o que estava prestes a fazer.

Levantei da cadeira e contornei a mesa até ele. Ignorei sua expressão de curiosidade, e o beijei.

A princípio, o beijo era unilateral, até que o senti começar a corresponder. Levantou da cadeira e me puxou junto a si. Suas mãos exploravam meu corpo inteiro sem pudor algum, e sentia sua língua explorar minha boca de forma quase faminta, como se ele precisasse de mim. E embora eu não fosse muito experiente nesse ramo, sabia exatamente o que fazer.

Com John foi um ato de amor, enquanto esse era carnal, puramente paixão e luxúria, embora houvesse algo a mais que eu não sabia nomear.

Fui empurrada contra uma parede, e ele subiu a minha blusa, passando a mão pelas minhas cochas e barriga. Enquanto isso beijava meu pescoço, minha clavícula, meu ombro...

Era enlouquecedor, e meu corpo parecia arder em uma febre de desejo.

Apertei seus braços, cravando minhas unhas neles. Um grunhido escapou por seus lábios. Como punição, ele tirou a blusa que mal me cobria. Praticamente fui devorada com seus olhos naquele momento.

Leonardo era um homem, e fazia com que eu me sentisse uma mulher.

Desejada.

Pulei nele, cobrindo sua boca com a minha, enlaçando minhas pernas ao seu redor, arranhando suas costas. Suas mãos eram grandes, másculas, e pareciam idolatrar minha pele nua por onde passavam. Misteriosamente, encontraram o fecho do sutiã, e com um movimento rápido, abriu ele.

Agora minha pele inteira estava arrepiada contra seu peitoral, e apenas uma única peça de roupa era o que me restava.

Leonardo não parava de me beijar, e eu não queria que ele parasse. Comigo enroscada nele, andou até seu quarto, seus passos sempre lentos e arrastados.

Jogou-me sobre a cama, e ficou me olhando de forma faminta. Passou as mãos nos cabelos, exasperado.

─ Você me enlouquece. ─ E é com aquela voz rouca e arrastada, que minhas últimas barreiras se desintegram. Quero tanto ele que chega a doer.

Levanto da cama, e me aproximo dele até que nossos rostos estejam praticamente colados. Seus olhos estão escuros, muito escuros, carregados de desejo. Ficamos assim, nos olhando, e o que eu sinto nesse momento vai muito além do que senti com todos os seus beijos e toques.

Por favor. ─ Digo, com uma voz que eu nem imaginava ter.

Agora sua expressão parece quase desesperada.

─ Eu vou para o inferno por isso.

E então ele me puxa contra si.

Iríamos para o inferno juntos.

POV Chris

É sábado. E eu estou aqui, simplesmente vegetando em frente à televisão. Ok, está na hora de mudar essa vida.

Levanto do sofá e demoro cinco minutos para encontrar meu celular, que estava no sofá, no lugar onde havia sentado. Genial, eu sei.

Sabia exatamente para quem ligar, já que queria um dia animado.

No segundo toque ela atende.

─ Alô? ─ Sua voz parece sonolenta.

─ Adelina! Sou eu, a Chris! ─ Talvez meu humor estivesse bom demais. Queria não pensar que isso se devia ao fato de ter acordado no quintal, sobre o peito de um Eric adormecido.

Sim, nossos pais são tão horríveis que só deram por nossa falta de manhã. Fabuloso.

─ Oi! ─ Seu tom fica animado, embora ainda haja resquícios de sono nela.

─ Eu estava aqui pensando, você quer passar o dia comigo hoje?

Sua reposta vem a seguir.

─ Eu adoraria, mas prometi que ficaria com o Rafa hoje.

─ Ah... ─ É mais difícil do que parece tentar não transparecer a minha decepção.

─ Ei, você pode vir junto! ─ Ela parece extremamente satisfeita com a ideia.

─ E ficar segurando vela? Nem morta.

─ Leva o Eric junto, então.

─ Ficou maluca? Por que eu faria algo assim?

Sinto nos meus ossos que ela deu de ombros, esquecendo que estava no telefone, por isso demorou um pouco para responder.

─ Nós vamos num circo aqui pertinho, ele chegou ontem. Vocês podem tentar misturar pipoca com algodão doce, sei lá.

─ Um circo? Essa é a ideia de “romântico” para vocês?

─ Você está proibida de abrir a boca para me criticar.

Ok, ok. Com a Adelina não se discute, ela é do tipo que desce do salto ─ que ela não usa ─ e do chinelo.

─ Certo. Acho melhor eu não ir...

─ Se você não for, e não levar o Eric, conto para todo mundo que fez xixi na cama com quinze anos.

Golpe baixo.

─ Você não faria isso! E foi um acidente.

Ouço sua risada diabólica do outro lado da linha.

─ Quer apostar a sua dignidade nisso?

Maldita hora que fui ligar para ela.

Desligo o celular na cara da minha prima, confirmando que ela havia ganhado a discussão. Como em todas as outras vezes.

Olho para mim mesma. Estava com um jeans e uma camisa com um zumbi na frente. Ele parecia muito fofo comendo aquele cérebro apetitoso. Catei um All Star desbotado, e peguei meu celular e as chaves de casa enquanto o calçava.

Vou até a casa dos meus vizinhos, e bato na porta deles. Quem me recebe é Guilherme, que, a me ver, parece entrar em pânico, saindo quase correndo, enquanto gritava para quem quisesse ouvir que eu estava na porta.

Alguns minutos depois um Eric arfante para à minha frente. Um ponto de interrogação paira sobre ele.

─ Quer ir ao circo com a Adelina, o Rafa e eu?

Sou direta.

Ele sorri de modo zombeteiro.

─ E por que eu faria isso?

Dou um sorriso amigável, tentando convencê-lo. Poxa passamos a noite juntos, ele deveria ser mais simpático.

­Resolvo falar a verdade.

─ A Adelina disse que se você não fosse comigo, ela iria espalhar um segredo vergonhoso meu para quem quisesse ouvir.

Vejo a malícia em seus olhos, e me arrependo na mesma hora de ter dito aquilo.

─ Pois bem... eu vou se você me contar que segredo é esse.


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Notas finais do capítulo

Gente, desculpa as notas inicias estarem no início do capítulo, acho que colocaram uma "cota" de palavras e eu não pude escrever tudo o que queria lá, e geralmente poucos lêem as notas iniciais e quase ninguém as finais.