My Sister's Crush escrita por VanillaNiki


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

O capítulo mais longo até agora, como recompensa pela demora de uma semana... Espero que gostem! É o ponto de vista do Len, de novo.



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Len's POV

– Ne, Rin! –A interrompi, ainda que ela estivesse sentada no sofá vendo um de seus programas favoritos na televisão.
– Aaaah, o que é Len?! Me deixa ver! –Pareceu ficar emburrada quando me sentei na frente.
– Você tem o número da Rui?

Minha irmã pareceu esquecer completamente da televisão, do programa ou de qualquer outra coisa. Simplesmente me fitou com uma expressão surpresa.

– O telefone... Da Rui-chan? Não teve coragem de pedir pra ela e agora está me pedindo, é isso? Está apaixonado, né?
– Baka Rin! – Joguei uma das almofadas do sofá nela- Eu só pensei em arranjar um jeito de falar com ela, pra talvez depois eu...
– Caramba Len! Mas já está muito adiantado, isso não pode!
– BAKA RIN! – Me preparei para jogar outra almofada.
– Tá, tá... Mas sério, pra que isso do nada?
– Na verdade eu queria falar com o Rei. Imaginei que você não tivesse o celular dele, então nem perguntei antes.

Rin sorriu maliciosamente.

– É mesmo, não posso esquecer que no final das contas você se interessa é no Rei, não nela... Decepção, um macho desses!
– E-Eu vou te sufocar com essa almofada! –Falei sem conseguir evitar rir- Eu quero fazê-lo querer ser meu amigo. Bem, lembra do que a Miku disse, né?
– Lembro sim... Hm... Mas quer saber... Não ligue pra Rui. Peça o telefone dele mesmo amanhã!
– Ele não vai se incomodar?
– A Rui é que iria se incomodar se só ligasse pra ela por causa do irmão.
– É... Pensando bem, você está certa... Arigatou Nee-chan! – A dei um abraçado e voltei para meu quarto.

...

No dia seguinte, estávamos na escola. Mais especificamente, na hora do intervalo. Antes de as aulas começaram, cheguei atrasado e não tive tempo de falar com quem fosse.

– Leeen... Onde vamos lanchar hoje?
– Onde você quer, nee?
– Não sei. Acho que temos que saber onde estão os outros primeiro...

Rin me puxou pelo braço e saiu andando alegremente pelo pátio, até alcançar os Kagene.

– Kagene-kun! –Chamou ela.
– Eh?! – Ele pareceu surpreso, sua irmã apenas a olhou com curiosidade.

Rin apontou pra mim, sorriu e falou:
– Len queria falar com você! Agora vamos deixar vocês a sós. Boa sorte, maninho, divirta-se. –Debochou.
– RIN...

Eu vou matar ela, empalhá-la, fazer churrasco. Por quê?! POR QUÊ?! Ela deveria parar de falar essas coisas quanto ao Rei, são meio desconcertantes! Tenho certeza que estou vermelho, de novo, por causa dessas mesmas coisas. Espero que ninguém note...
Já estava quase para esganar minha irmã no meio do pátio quanto percebi uma coisa: O Rei... Riu! Ele riu de algo! O que?! E está um pouco corado... Quando o conheci nunca imaginaria que um dia o veria assim. Acho que me acalmei... Hehe...

– Err... Rin, não diga essas coisas. Eu posso falar com ele depois, além do mais, não é importante. – Respondi calmamente, mas meio abobalhado por ter presenciado a reação do Rei ao que Rin disse.
– Pode falar. – Rei respondeu, parando de corar aos poucos.

Rui alternava os olhares entre mim e Rei, parecendo um pouco atônita. Rin parecia estar se gabando por dentro pelo que tinha dito. Aposto que ela queria que eu tivesse pirado. Essa minha irmã... Há. Quero vê-la ter um nosebleed agora.

– Um minuto, Nee-chan, Rui-san.

Puxei Rei pelo braço, para não muito longe de onde estávamos, ainda no campo de visão delas, mas aposto que foi o suficiente pra fazer Rin ter um delírio fujoshi...

– O que foi, Len?
– Nada... – Respondi achando um pouco engraçado sua surpresa- É que... Etto... Você tem celular?
– C-Celular?
– Desculpa, acho que disse isso muito do nada... – Ri tentando deixar a situação menos tensa.
– Tenho é que... Ninguém nunca quis saber meu número. Então eu nem decorei...

Não sabia como reagir. Acho que devo ter feito alguma cara engraçada, pelo jeito que ele me encarou.

– Ah...
– Nem sequer trouxe pra escola. Geralmente só uso quando estou longe da Rui. Mas eu posso enviar uma mensagem pro seu quando chegar em casa, então... Aí grava... É...
– Sim! Sim, seria bom! – Foi uma vitória psicológica saber que eu receberia uma mensagem. Isso deve querer dizer que já somos amigos.

Peguei um guardanapo em uma das mesas da cantina e anotei meu número, de improviso, com uma caneta que tinha guardada, depois o entreguei a ele.

– Mas por que... Por que você quer meu número?

Eh? Como eu respondo agora? “Eu quero seu número porque eu quero tentar te fazer ser meu amigo e parar de ficar tão sozinho” não parecia a melhor resposta a se dar subitamente.

– Porque eu queria poder falar mais com você, em outras horas, sem ser no intervalo.
– A-Ah, entendo.

Ele pareceu ficar um pouco envergonhado. De novo, não falei a coisa certa. Aliás, que tipo de coisa eu falei? Pareceu algum galã de mangá shoujo tentando conquistar a garota. E acho que Rei se envergonha fácil... Isso é fofo! Tá, melhor parar, isso já está ficando estranho demais...

De repente lembrei que tinha que perguntar uma coisa. De fato, nem deveria. Mas depois que a Miku falou aquilo, realmente, não posso controlar o impulso de perguntar.

– Rei... Você... Me odeia?
– Eh? Por que a pergunta?

Sentiu um aperto no coração. Então era verdade?

– E-Eu só quero saber.
– Não, Len, eu não te odeio – Ele suspirou e se encolheu um pouco- Confesso que dá ciúmes da Rui mas ainda assim... Não é sua culpa, é minha por ser assim. Não o odeio.
– Sério?! – Quase dei um pulo de felicidade.
– Sim... E você, me odeia?
– Claro que não! Não fala besteira!

O abracei, sorrindo. Estava feliz e agora poderia deixar minha mente mais tranquila. Claro, não tinha garantia de que era verdade, mas ainda assim...
AH! Eu abracei a criatura sem mais nem menos! E-Espero que ele não ligue...

– L-Len?!

Ele ligou.

–W-Wa! Desculpa, foi... Sei lá, instinto. Meus instintos felizes!
– S-Seus... Instintos felizes?!
– Sei lá! Eu só estava feliz! E aí te abracei!
– Tudo bem... Eu... – Pareceu que ele estava segurando o riso. Ah, eu quero ver ele rir de novo... Então não foi de todo mal.
– Só não está acostumado.
– Sou previsível?
– Nem tanto... – Ri – Melhor ir se acostumando, Rei-kyun.

Ele corou e desviou o olhar para o lado, enquanto andávamos para voltarmos a onde nossas irmãs estavam.


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Notas finais do capítulo

Não sei quanto vai demorar pro próximo~ Bem... Bye! Arigatou pelos comentários e desculpem minha falta de tempo para respondê-los. Estão me expulsando do computador nesse exato momento.