Guardiã - O Projeto Evans escrita por Alex Baggins


Capítulo 2
Capítulo 1




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–CAPÍTULO UM-

Seus cabelos ruivos voavam atrás dela enquanto ela avançava pela a estação King Cross. 1°de setembro amanhecera frio e chuvoso e o vento chicoteava o rosto com feições delicadas de Lily Evans. Ela usava um longo casaco negro e botas, com camisa branca de botões, que a davam um ar sério. Lily carregou suas malas sem dificuldade, apesar de estarem extremamente pesadas. Entrou no primeiro compartimento que viu e acomodou-se para esperar Marlene. Como sempre, chegara adiantada. Ainda faltava pelo menos meia hora para o trem partir. Ela esperou pacientemente pela chegada da amiga, que havia se atrasado por conta de um compromisso. Na verdade, estava um pouco ansiosa. Ela iria descobrir para quem fora designada.

Lily deixou sua mente vagar. Lembrou-se do dia em que descobrira o cruel assassinato dos pais e lembrou-se como virou uma guardiã.


–Lily? Precisamos conversar.

A Lily de apenas doze anos virou seu olhar para a amiga. Marlene tinha uma expressão séria, mas ao mesmo tempo feroz e ansiosa.

– Marlene, eu não estou de fato no clima para conversar – dissera ela.

Marlene deu de ombros e lhe lançou um olhar compreensivo.

–Eu entendo. – disse ela e se sentou ao lado da amiga – Mas essa conversa não pode esperar nem um segundo.

Lily suspirou e deixou a cabeça tombar para trás, apoiando-se no vidro frio da janela que a pouco admirava.

–Ok, diga. O que quer falar?

A amiga puxou o ar, como se tivesse algo extremamente complicado para dizer. Depois de alguns segundos de hesitação, Marlene segurou as mãos pequenas de Lily e disse:

–Lily, meus pais querem te adotar.

Lily arfou. Poucas pessoas sabiam da morte dos pais de Lily, e ela não tinha nem ideia de que os McKinnon eram uma delas. Ela não entendia o motivo da decisão, sendo ela tão repentina.

–Eu entendo que pode ser meio difícil para compreender a decisão deles agora – continuou Marlene nervosamente – mas deixe-me explicar o porquê dessa decisão.

Lily ainda estava atônita e assustada, mas assentiu fracamente e deixou a amiga continuar.

–Lily, lembra-se de todos aqueles dias que você me chamava para estudar e eu não podia? – Lily assentiu – Eu nunca te contei porque eu não podia. Eu não podia porque eu estava treinando.

Lily franziu o cenho, claramente confusa.

–Treinando para que? – perguntou ela.

Marlene hesitou mais uma vez antes de responder:

–Desde sempre, a família McKinnon foi uma família do que chamamos de guardiões. Nós aprendemos isso, lembra-se? Nós aprendemos o que eram guardiões. – disse Marlene.

Lily concordou com um aceno de cabeça.

–Sim, eu lembro. – respondeu ela – Guardiões eram pessoas que eram contratadas para cuidar e proteger pessoas das grandes famílias de puro-sangue. Mas essa era uma técnica medieval, não há relatos de guardiões atualmente.

–Mas não quer dizer que eles não existam. – respondeu à amiga – Lily, eu faço parte de uma família de guardiões. Fui criada para ser uma. Ser um guardião é difícil, principalmente em tempos como os de hoje. Com a falta de guardiões por aí, os poucos guardiões que existem não tomam mais conta de apenas uma pessoa, e sim de uma família inteira de puro-sangue. Precisamos de mais guardiões e, Lily, eu vi o que você é capaz de fazer. Você é uma bruxa incrível. Bem, o que eu quero dizer é que, bem, meus pais querem que você vire uma guardiã Lily. Uma guardiã McKinnon.


Lily piscou várias vezes para retornar ao presente. Ainda agora, cinco anos depois, era difícil acreditar que era uma guardiã. Ou que era Lily McKinnon.

Claro, ninguém a chamava assim. Nem os professores (até os dos guardiões) que ainda a chamava de Srta. Evans. Lily ainda queria acreditar que era apenas Lily Evans.

Lily ainda estava perdida em pensamentos quando ouviu a porta do vagão ranger ao ser aberta. Era Marlene. Ela havia cortado os cabelos bem curto nas férias, e agora seus cachos negros batiam na altura do pescoço. Os olhos dourados brilhavam de ansiedade, porém sua expressão era tão séria e impassível quanto à de Lily. Ela segurava sua mala com facilidade em uma mão e, na outra tinha uma pasta. Ela colocou a pasta cuidadosamente debaixo do braço e fechou a porta. Jogou a mala no compartimento e sentou-se, a pasta em mãos.

–Isso é...? – disse Lily deixando a pergunta no ar.

–Sim. – respondeu Marlene agora sorrindo de excitação – Uma carta do Conselho dos Guardiões.

Lily sorriu ansiosa e esticou a mão para a pasta, mas parou.

–Você não leu, não é? – perguntou ela.

Marlene e balançou a cabeça

–Não. – respondeu – Eu achei que deveríamos ler juntas.

Lily assentiu e tirou uma mexa ruiva que caia em seu rosto. A tensão no ar era quase tangível. Suas mãos tremiam e suavam de nervosismo e ansiedade, mas o rosto continuava indiferente e frio como uma parede.

Marlene abriu a pasta lentamente, quase receosa. Tirou o primeiro papel de lá e leu, seus olhos correndo pelas linhas da direita para a esquerda. Lily leu as expressões de Emmeline cuidadosamente. A boca dela estava se abrindo lentamente, em um “O” de choque. O rosto estava ficando pálido, ficando branco. Algo estava errado.

–Marlie ... – começou a chamar Lily.

Prezada Guardiã Marlene McKinnon – começou a ler ela, a voz não mais que um sussurro embargado – temos o prazer de informa-la... Blá, blá, blá... Que a senhorita foi designada para o Sr. Sirius Black.

Lily gritou de surpresa.

Sirius Black... Sirius Black...

–Sirius Black! – gritou ela.

Marlene estava arfando em seu assento, a respiração acelerada. Olhava de um lado para o outro, em desespero e depois focou seu olhar em Lily.

Lily arrancou a pasta de suas mãos e puxou um segundo papel de lá. Leu em silêncio, o rosto ficando mais assustado e decepcionado a cada linha.

Prezada Guardiã Lily Evans McKinnon – leu ela, o desapontamento evidente na voz geralmente livre de qualquer sentimento – Temos o prazer de informa-la... Por favor, não... Que a senhorita foi designada para o Sr. James Potter.

Um silêncio incomodado se instalou no vagão. O coração de Lily parou.

Não, pensou ela em uma lamuria silenciosa, Potter não.

Tantas pessoas que o Conselho poderia ter escolhido, tantas famílias e Lily havia sido designada para o único puro-sangue que ela não queria proteger. Lily estava prestes a rasgar a folha com brutalidade quando viu, no pé da folha, em letras quase minúsculas: Guardião (ã) Requisitado (a).

Guardiã Requisitada? – leu ela em voz alta – O que isso quer dizer?

Marlene leu a própria folha, percebendo que a frase também se encontrava ali. Ela levantou o rosto, os olhos semicerrados em fúria e respondeu friamente:

–Quer dizer que Potter e Black pediram especificamente para que fossemos nós suas guardiãs.

Os olhos de Lily arderam e o mundo se coloriu de carmim. Ela se levantou bruscamente e saiu da cabine, pegando a folha que havia caído ao passar. Todos que passavam por ela, viam um borrão de fúria ruiva, atravessando o trem como um furacão, a caminho da cabine em que James Potter se encontrava.

Ele estava na última cabine, juntamente com Black, Lupin e Pettigrew. Encontrava-se esparramado no chão, o pomo de ouro em seus dedos. Os cabelos escuros estavam mais desalinhados do que nunca e os olhos cor de avelã se arregalaram ao ver a ruiva entrar em sua cabine.

–Lily, o que... – ele não conseguiu completar a frase.

–MAS QUE PALHAÇADA É ESSA, POTTER?


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Notas finais do capítulo

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