The Princess And The Thief escrita por Pacheca


Capítulo 4
The Deal


Notas iniciais do capítulo

Pessoas lindas, já de cara eu dedico essa capítulo as 5 queridas que me deixaram reviews *-* Isabelle Weasley, Pam, Queen Lucy, Girl On Fire e Elgin :3 Lindonas :*
Ao resto dos leitores , deixem reviews, critiquem, recomendem, me mandem dinheiro rsrsrs Enfim, façam o que vocês quiserem :)



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Me levantei pouco antes do alvoroço começar. Observei meus seguidores, todos os 40 restantes, ainda dormindo. Vesti minha capa e embainhei minhas armas. Refiz a trança no meu cabelo, a luz restante dos lampiões iluminando os fios lisos e negros.

Fui até um corredor pequeno, estreito e sai em outra caverna, tão grande quanto a primeira, mas menos iluminada. Peguei um pedaço de queijo e tomei um pouco de vinho, para aliviar um pouco a dor no meu nariz.

Um vulto pequeno e magro, silencioso demais hesitou assim que me viu. Só uma pessoa podia ser tão silenciosa assim, talvez mais que eu. FoxFace.

— Sou eu, FoxFace. – A garota baixou o capuz e entrou ainda receosa no recinto. – Como vai?

Ela deu um sorriso fraco antes de pegar um pedaço de pão e comer em silêncio, evitando meu olhar. Eu nunca tinha escutado sua voz, mas ela sempre foi útil.

Sai dali direto para as ruas, por uma outra saída que tinha ali. Subi as escadas já fechando um pouco os olhos pela claridade. Puxei o capuz um pouco mais.

As ruas estavam cheias, então eu não poderia ir pelos telhados. Baixei o capuz e me misturei com a multidão, andando calmamente. Era um dia tranquilo.

— As trevas ainda lhe seguem, NightHunter. – Me virei já sabendo quem eu encontraria. Coin, a cigana. Ela sorria de forma astuta.

— Lendo a sorte das pessoas sem permissão, Coin? – Ela revirou os olhos e caminhou a passos rápidos até mim. Usava a mesma roupa de sempre, mas o bracelete de serpente era novo. Ri comigo mesma com a ironia.

— Não deveria pensar assim dos outros, por mais detestáveis que sejam. – Ela sorriu. Voltei a andar, ela logo ao meu lado. – Mas a propósito, não preciso ler sua sorte pra saber que as trevas lhe seguem, qualquer iniciante pode sentir sua aura.

— Tanto faz. Agora, se não tem nada mais a dizer eu realmente tenho que ir.

— Seu destino e o dela ainda vão dar muitas voltas, NightHunter. – Ela foi embora antes que eu pudesse perguntar qualquer coisa. Coin era daquelas que cobrava algum trocado pra falar qualquer coisa para os tolos que a pagavam.

Mas se ela viesse atrás de você, era bom lembrar de suas palavras. Era o mínimo que deveria ser feito.

Entrei no beco e bati na porta dos fundos da casa. O homem ranzinza abriu me olhando de baixo a cima, saindo do caminho pra eu entrar.

— Belo nariz, imagino que seja por ele que veio. – Ele tomou um gole de alguma coisa e se sentou na minha frente.

— Com certeza não é porque eu gostaria de me sentar e conversar até o cair da tarde tomando chá com você, Haymitch.

— Claro que não. – Ele avaliou o estrago que Cato me causou sem falar mais nada. Depois do que pareceu uma eternidade ele falou sobre o machucado. – Ele não conseguiu quebrar seu nariz, só esmagou alguns vasos sanguíneos. – Ele foi até um armarinho e pegou um frasco azulado. – Tome algumas gotas disso pelos próximos 3 dias, vai melhorar. Mas o inchaço vai demorar um pouco mais.

Apanhei o frasco e o entreguei uma bolsinha de couro. Ele nem olhou, só pendurou a bolsinha no cinto e abriu a porta. Sai e me misturei novamente as pessoas nas ruas.

Vi Coin novamente, mas segui direto, sem me dar ao trabalho de pensar no que ela tinha dito. Sai do vilarejo e segui até uma floresta ali perto.

Caminhei até o lago, o mesmo de sempre e me sentei numa pedra manchada de sangue. Sangue de quando eu matei um veado e me cortei tirando sua pele.

O sol não entrava muito entre as copas, então o lugar era escuro. Tirei o capuz e esperei, rolando o pingente do colar entre os dedos. O colar da minha suposta mãe.

Não demorou muito e ouvi passos e galhos partidos. Puxei o capuz. Eu já tinha trabalhado pra ele antes, roubando documentos, mas ele nunca me viu. Não sabia o que ele queria dessa vez, mas deveria ser algo fácil.

— Que bom que veio. O que não fazemos por dinheiro, não?

— Vá logo ao ponto, Conselheiro Snow.

— Eu preciso de um certo documento.

— Aonde?

— É um documento importante, fica no quarto da rainha, provavelmente.

Me levantei da pedra olhando o velho na minha frente. Ele estava sério, esperando.

— Esquece.

— Não está nas suas capacidades?

— Não está no meu interesse. Eu não vou arriscar ser enforcada em praça pública por um papel qualquer.

— Não é um papel qualquer. E você vai pegar aquele documento de qualquer maneira.

— Isso foi uma ameaça, Conselheiro?

— Não, só modo de dizer. Você sabe que pago bem.

— Dinheiro roubado eu consigo por conta própria.

— Desde quando a origem te importa? Vamos, Ruler, eles só vão te pegar se você quiser.

— Quanto?

Ele me jogou uma bolsa de couro cheia, maior do que as do vilarejo.

— É só uma parcela, se aceitar.

Olhei pras moedas de ouro e pra ele várias vezes. Aquilo era muito mais dinheiro do que eu conseguia em um mês, ou mais.

— Tudo bem, mas eu preciso de uma descrição do tal documento.

Ele sorriu e me falou tudo o que precisava saber sobre o tal documento. Peguei a bolsa e fui embora. Já tinha anoitecido, então fui para o esconderijo pelos telhados.

Eu estava ansiosa por aquele trabalho. Eu era uma das melhores ladras do vilarejo, mas aquele seria um trabalho suicida se eu fosse pega. Relaxei com o vento carregando o perfume dos campos de rosas perto do castelo.


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Notas finais do capítulo

Meus reviews, por favor :)