The Princess And The Thief escrita por Pacheca
Notas iniciais do capítulo
Pessoas, como vão?
Devo demorar um pouquinho pra postar o próximo, pq to cheia de trabalho ( 3 pontos em física e matemática num é zuera) e semana que vem já tem simulado na escola...
Mas sejam pacientes, o pau vai começar a quebrar logo :D
Boa leitura!
Depois de aprender a usar o arco e observar Finnick e Gale fazendo armadilhas, uma sensação de confiança me dominou. Naquele momento, parecia que eu poderia ganhar aquela guerra sozinha.
Narrow tinha me deixado sozinha no campo de treinamento e foi se encontrar com minha mãe, alguma coisa sobre estratégia. Fiquei praticando com o arco, concentrada no alvo.
Um guarda me chamou depois de algum tempo e me alertou sobre o jantar. Olhei ao redor: Finnick e Gale já tinham deixado o campo e já tinha escurecido.
Agradeci e voltei para meus aposentos, deixando o arco e a aljava com o guarda. Chamei Annie e pedi que ela me preparasse um banho. Em poucos instantes, eu estava na banheira de água morna.
Annie tinha escolhido um vestido verde para mim. Vesti-o e fui até o salão, para o jantar. Annie me acompanhou, calada, porém sorridente. Entranhei aquilo, mas não fiz comentários.
Entrei no salão e parei, surpresa demais para me mover. Narrow, que se sentava meio torta e caída na cadeira da ponta oposta da minha mãe, usava um vestido meu.
Um azul escuro, que deixava sua pele ainda mais clara. Ela encarava a mesa, com o olhar distante. Ela ainda usava suas botas, o bracelete e o colar com o pingente de coração, que ela segurava, girando-o.
– Katniss, que bom que chegou. – Narrow ergueu um pouco o olhar, mas nada demais. Percebi que ela tinha recuperado a espada e o punhal.
– Perdoe-me qualquer atraso, minha mãe. – Ela apenas sorriu e me indicou meu lugar à mesa. Me sentei, ainda olhando Narrow.
– Você simplesmente não serve para esconder surpresa. – Ela riu, finalmente erguendo os olhos pra mim. Ela era bonita, com o cabelo preso para trás e o rosto limpo, a mostra.
– Tem que concordar que eu não esperaria vê-la de vestido.
– Eu pedi para lavarem minhas outras roupas. Por mais que eu não me importe muito com isso, melhorias não devem ser dispensadas.
– Entendo. Ainda assim, é surpreendente. – Ela sorriu.
O jantar foi servido e, como sempre, minha mãe nos deixou comer depois de provar um pouco. Narrow não comeu muito, só um pouco de carne de cordeiro e um pouco de sopa com pão.
Comemos rapidamente, em silêncio. Narrow terminou e empurrou o prato, se afastando um pouco da mesa, ainda mais torta na cadeira. Acho que ela ia colocar os pés sobre a mesa, mas pensou bem e desistiu.
Quando Prim, Hazelle e os irmãos mais novos de Gale foram para seus quartos, a rainha nos pediu para ficar. Respirei fundo e permaneci sentada, observando-a.
Mas quem falou foi Narrow. Ela se endireitou na cadeira e cruzou os braços sobre o peito. Ela não falava muito alto, mas o som parecia ecoar pelo salão.
– Snow tem uma grande vantagem sobre nós em número. Também temos nossos aliados, mas nem de perto superaremos o número do exército dele.
Ela avaliou cada um de nós por um instante, antes de se levantar e continuar.
– Ele já está em marcha, trazendo seu exército até o castelo e as redondezas do distrito carvoeiro, onde estamos. – Ela tamborilava os dedos no botão da espada. – Mas sei que eles não têm planos. Ao menos, não ainda.
– Como pode saber disso? – Gale estava tenso.
– Amigos, companheiros, irmãos...Sempre mantendo um olho nas coisas. – Ela sorriu, calma, e continuou. – Eles vão acampar próximos às muralhas e, como em toda guerra...
– Tentarão um acordo. – Minha mãe completou, se recostando na cadeira de espaldar alto.
– O que faremos, então? – Finnick estava calmo, tranquilo.
– Atacaremos antes deles. Destruiremos a vantagem deles antes que eles possam nos atacar. E então, a rainha terá todo direito sobre Snow e minha Irmandade será esquecida, por um tempo.
– Você está louca? – Perguntei do nada, quase num berro. – Nunca conseguiremos derrotar o exército dele em uma briga, seremos massacrados por todos eles antes de pedirmos misericórdia.
– Alteza, me perdoe a indelicadeza, mas realmente acha que entende mais que eu sobre estratégias? – Não respondi, apenas a encarei. – Eu tenho plena consciência de que um ataque aberto seria um suicídio. Mas não se preocupe, eu e os meus iguais cuidaremos disso.
– E qual é seu plano?
– Finnick e Gale me acompanharão. Do restante, não preciso informar agora. – Cerrei meus punhos sob a mesa, quase tremendo. Os nós entre meus dedos estavam brancos.
– Muito bem, apesar não entender o intuito disso. – Gale concordou, um pouco mais relaxado.
– Katniss, confie em mim. Sei quão horrível é ser mantido no silêncio, mas se assim é melhor, deve se contentar. – Ela falava como Annie teria dito. Talvez Peeta.
– Por enquanto, é isso. – Minha mãe se levantou devagar. – Mantenham suas lâminas afiadas e a pontaria certeira. – Uma antiga despedida de soldados em campo de batalha. – Estão dispensados.
– Que as estrelas os guiem. – Narrow respondeu, saindo do salão acompanhada do guarda. Só quando todos saíram e Annie veio me encontrar é que parei de cerrar os punhos.
– Katniss, está tudo bem? – Ela perguntou, preocupada.
– Sim, sim. Annie, pode ir. Eu preciso de um tempo sozinha. – Ela concordou e saiu, me deixando ali, encarando a mesa.
Por mais que eu detestasse a ideia, eu não conseguia desconfiar de Narrow. Eu sabia que ela tinha um plano, e que se esse falhasse, ela já teria outro.
Mas o jeito dela me incomodava. A frieza e o sarcasmo evidente me irritavam, e de certa forma me enchiam de raiva. Me levantei e sai do salão, colocando uma mão na nuca.
– Alteza, está tudo bem? – Olhei pelo salão e encontrei Peeta, me encarando com uma expressão preocupada.
– Sim, Peeta. Só um pouco confusa, afinal, nunca estive no meio de uma guerra.
– As coisas vão se acertar, logo. NightHunter vai conseguir executar seus planos e consertar as coisas. E vamos ajuda-la.
– Eu sei, mas não facilita muito. – Respirei fundo, enquanto ele se aproximava.
– Então, talvez, se expressar de alguma forma, ajude. – Ele me encarou por um instante.
– Talvez. Obrigada, Peeta. Boa noite. – Sai do salão, pensando no que ele tinha dito. Fui direto para meu quarto e para a escrivaninha. Peguei um pergaminho e uma pena, e sem pensar, comecei a escrever.
Não li quando terminei. Apenas guardei o pergaminho, troquei de roupa e fui para a cama. Dormi, pensando nas palavras de Narrow.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Se aguentem ai, pelo próximo! E me deixem reviews enquanto isso :D