The Princess And The Thief escrita por Pacheca


Capítulo 28
The Spark


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas :D Como vão vocês? Cheguei nessa bagaça pra postar pra vcs, lindjos de meu corazón ^^
Deixem reviews!



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Acordei com a porta da cela se abrindo. Me sentei rapidamente, observando a rainha entrar devagar, com uma expressão estranha. Ela começou a falar, de uma vez.

– Que tipo de cobra peçonhenta você é? Ajudar aquele traidor e ainda colocar minha própria filha contra mim?

– Quer minha ajuda ou não?

– Preferiria não ter que, mas tenho se quiser que Katniss me veja como aliada. – Ela respirou fundo. – Ela e Finnick me contaram sobre você, sobre seus planos...

– Posso não ser muita coisa, mas já sou de alguma ajuda.

– Vai poder passar o dia livre, para ajudar, mas tem que ficar aqui a noite. E sem as armas.

– Posso precisar delas. – Ela apenas negou com a cabeça. Ela chamou o guarda e passou as instruções para ele. – Muito bem, então.

– Eu estou te observando, garota. Você não pode fazer nada de errado.

– Como matar inocentes? Não, eu deixo isso para guardas desesperados para encontrarem inocentes para levarem a culpa. – Ela empalideceu com a resposta, mas não disse nada antes de sair.

Eu estaria livre, logo, logo. Me encostei na parede da cela e fiquei observando uma rachadura, esperando o tempo passar para que eu saísse daquele lugar.


Me senti até mais leve quando sai da cela, respirando fundo. Um guarda me acompanhou até a área onde preparavam os soldados da Guarda Real, a Arena. Katniss me esperava lá, acompanhada por Gale e Finnick.

Me aproximei da princesa enquanto o guarda se afastava de mim. Estava tensa, com os músculos retesados. Olhei ao redor, observando um alvo e um suporte com vários arcos.

Peguei um e estiquei a corda, avaliando-o. Não muito frouxo, não muito apertado, com um bom tamanho. Peguei uma aljava com flechas de pena vermelha e caminhei de volta até a princesa.

– Posso perguntar por que trouxe dois guardas consigo? – Falei indicando os dois garotos atrás dela.

– Não estão aqui como guardas, apenas me fazendo companhia enquanto eu te esperava.

– Seria bem mais rápido se sua mãe não insistisse que um guarda me acompanhasse a cada passo que dou. – Não escondi o tom provocativo. Katniss não me respondeu, mas Finnick respondeu, sorrindo.

– Mas seria negligente da parte dela, como rainha, na proteção da sua filha.

– De fato, Odair. Mas um guarda não me impediria se eu quisesse fazer alguma coisa. E de qualquer modo, eu estou sem minhas armas nesse momento.

– Podemos começar logo? – Katniss falou, ainda tensa. Concordei, dando de ombros e me virei para ela.

– Segure. – A entreguei o arco.

– Eu não sei como.

– Faça como achar que deve ser e então eu digo o que deve fazer.

Ela pegou o arco e o segurou, um pouco insegura. Posicionei as mãos dela de uma forma que mirar fosse mais rápido e fácil. Passamos um bom tempo ali, ela se acostumando com o arco, e eu a ensinando o que podia.

– Ótimo. – Falei quando ela conseguiu segurar, de uma forma que eu consideraria perfeita, o arco. – Agora precisa encaixar fazer isso enquanto segura também uma flecha.

Gastamos menos tempo dessa vez e, naquele mesmo dia, ela conseguiu atirar bem perto do centro do alvo. Sorri para ela.

– Eu te disse que você tinha jeito. – Ela deu um sorriso rápido e me perguntou.

– Como aprendeu a usar um arco? Quero dizer, me surpreende um pouco que alguém que lute com uma espada saiba usar um arco.

– Na Irmandade, quanto mais se sabe a usar diferentes armas, mais importante você é. Cato me ensinou há algum tempo.

– Cato? – Ela ergueu a sobrancelha para algo atrás de mim, antes que eu respondesse. Me virei e vi Gale e Finnick trabalhando com armadilhas e nós.

Me aproximei e observei a armadilha. Algo elaborado, complexo. Algo que eu não saberia fazer. Assumo que fiquei maravilhada com o trabalho deles.

– Posso ver várias dessas, espalhadas em uma batalha, matando vários sem esforços.

– Não é uma boa forma de pensar. – Gale tinha o rosto inexpressivo.

– Mas uma forma bem útil.

Deixei-os na Arena, Katniss treinando e os outros dois montando armadilhas. O guarda logo se aproximou de mim, com um sorriso no rosto, que ele logo escondeu quando eu o encarei.

Fui para o castelo, para a Sala de Estratégia, mais propriamente dito. Depois de ver as armadilhas e a habilidade de Katniss, eu começava a pensar em uma forma de surpreender Snow e seu exército.

Entrei, o guarda parado ao lado da porta, do lado de fora. Fechei a porta e ainda assim a rainha não me encarava. Ela olhava pela janela, com um leve sorriso. Me aproximei um pouco, tentando ver o que ela via, e vi Katniss, atirando as flechas com calma e ótima pontaria.

– Eu sempre digo: Corações selvagens mais cedo ou mais tarde se mostram, mesmo oprimidos pelas aparências. – Ela nãoi me olhou diretamente, mas virou um pouco a cabeça. – Sua filha finalmente deixou esse lado dela transparecer.

– Eu posso perceber. Só acho tudo isso perigoso. – Ela suspirou antes de me observar. – Mas você não entenderia.

– Provavelmente não. Mas entendo que isso também tem seu lado bom. – Ela arqueou uma sobrancelha. – Katniss está se redescobrindo. Ela, a partir de agora, vai começar a pensar mais estrategicamente, cautelosamente, a pensar em limites e em capacidades. Coisas que antes ele só veria em um bordado em uma partitura de piano.

– Eu sei. E, por mais que não queira assumir, sei também que boa parte do sucesso dela e do nosso sucesso nessa guerra são atribuídos a você. – Ela se sentou e eu me aproximei, olhando o mapa do reino, estendido sobre a mesa.

– Então imagino que também entenda que, por mais que eu saiba que ladrões estão errados, nem sempre eles são ruins. – Ela concordou com a cabeça, suspirando novamente. – Majestade, entendo que justiça deve ser feita, mas isso não quer dizer nos odiar.

– Eu não os odeio. – Ela parou, me olhando com um sorriso gentil. – Mas assumo que os temo. Mais do que acho possível.

– Perdão? – Eu estava chocada, como se tivesse acabado de levar uma bofetada de um amigo.

– A forma como são organizados e próximos, sempre pensando nos outros além de si mesmos, é impressionante. Minha hostilidade era puro medo. Mas confio em você, de certa forma.

– Então podemos trabalhar juntas, pelos outros: ladrões, realeza, camponeses e trabalhadores, as pessoas comuns...Vamos nos unir por elas rainha.

– E quando tudo acabar, tudo vai voltar ao normal. Ou, assim espero, vai melhorar. – Sorri, pensando na minha vida antes de ajudar Katniss, sendo apenas NightHunter. Mas também pensei em ser NightHunter e ser amiga de Katniss, se possível. Aquilo era o melhor.

Ela me indicou o mapa e eu apontei várias estratégias e falhas em planos já propostos. Um homem baixinho, com a barba e os cabelos compridos, ia discutindo prós e contras de cada estratégia que eu apontava. O sol ia descendo no horizonte, mas quase não percebi. Só percebia o mapa, e os planos se concretizando.


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Notas finais do capítulo

E entonces? Como foi? Me digam o que acharam, pra eu postar mais rápido e ver se preciso mudar alguma coisa :D
Bjs e good night!