The Princess And The Thief escrita por Pacheca


Capítulo 26
The Rescue


Notas iniciais do capítulo

Dois capítulos num dia, já deu né? Espero que gostem :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/323975/chapter/26

       O homem loiro se apresentou como Haymitch enquanto o garoto da pele escura libertava o guarda e entrava no quarto, com uma expressão preocupada, encarando Narrow.

       Ele tirou a sacola bege que carregava no ombro, e que eu sói tinha percebido naquele momento, e pegou um tipo de faca, porém menor e mais afiada.

       – Preciso que me ajude com a flecha, garoto. – O garoto da pele escura descruzou os braços e o encarou.

       – E o que eu faço? – Perguntei preocupada, me sentando na beirada da minha cama.

       – Tire o corpete dela com cuidado. E peça sua empregada um pouco de água morna.

       Tirei a capa dela e o corpete, com cuidado, como Haymitch tinha dito. A pele dela era ainda mais clara sob o corpete. Deitei-a de novo na cama e sai correndo do quarto, chamando Annie.

       – O que está acontecendo? – Ela me encarou, assustada.

       – Preciso de água morna, rápido. – Ela concordou e foi até meu quarto, passando direto pelos homens, pegou a jarra que ficava sobr eo criado mudo, e foi pro banheiro.

       Em um instante, ela voltou, com a água morna, da banheira. Colocou de novo a jarra no criado e ficou encarando Narrow, preocupada. Haymitch levantou Narrow, segurando-a sentada pelo ombro e começou a falar com o garoto, nos ignorando.

       – Essa droga de flecha a atingiu na diagonal. Aqui atrás ela está pouco acima do coração, mas na frente ele está um pouco pra baixo, quase no próprio coração.

       – Fale logo o que tenho que fazer. – O garoto a segurava na frente, sem olhá-la diretamente um momento que fosse.

       – Eu vou ter que empurrar a flecha até a ponta dela estar totalmente pra fora ai na frente. Então eu corto a ponta aqui atrás e você puxa o que sobrar devagar, para não quebrar a maldita dentro dela ou deixar alguma farpa.

       – Como assim? – O encarei, pasma. – Por que você simplesmente não puxa?

       – Seria mais rápido, mas a ferida abriria mais e infeccionaria. E ai ela morreria. – Ele olhou pra mim com uma expressão séria. – Tome. – Ele entregou a faquinha pro garoto.

       Annie buscou uma toalha e se ajoelhou ao lado de Haymitch, com a jarra d’água ao seu lado. Ele começou a empurrar a flecha, com esforço. Narrow não acordou, mas deu um gemido alto, de dor.

       Ele continuou empurrando a flecha, até que Thresh disse que já era o suficiente e o entregou a faquinha de novo. Haymitch cortou a ponta da flecha.

       Annie molhou a toalha e o entregou. Ele pressionou a ferida das costas com a toalha e mandou o outro puxar. O garoto pegou a ponta da flecha e puxou, fazendo Narrow gemer de novo.

       Ele jogou a flecha ensanguentada no chão e pegou outra toalha com Annie, também pressionando a ferida na frente. A toalha de Haymitch já estava encharcando com sangue.

      – Segure aqui. – Annie pegou a toalha, molhou de novo e voltou a pressionar. Ele se levantou e pegou algumas bandagens na sacola, e um frasquinho com um unguento esverdeado.

      Ele voltou a se ajoelhar ao lado de Annie e abriu o frasquinho. Molhou a toalha, limpou a ferida e passou o unguento rapidamente. O cheiro forte me deixou enjoada, e eu corri pro banheiro.

      – Pode voltar. Já terminei. – Haymitch entrou no banheiro e lavou as mãos com o resto da água morna, que já devia ter esfriado.

      – Ela está bem?

       – Ninguém que acabou de levar uma flechada está bem, docinho, mas ela vai ficar. Só precisa repousar.

       – Posso garantir isso. – O garoto entrou no banheiro também e se virou pra mim.

       – Onde coloco isso? – Era a flecha e a ponta cortada, ainda sujas de sangue.

       – Deixe no canto, ali no chão. Depois eu me livro disso. – Ele concordou e colocou a flecha, com cuidado, onde eu tinha indicado.

       – Obrigado, por nos deixar ajuda-la. Eu sei que você se importa com ela, assim como ela se importa com vossa alteza.

       – Obrigada por ajuda-la. Quem é você?

       – Thresh, alteza. Eu a recrutei para a Irmandade.

       – Obrigada, Thresh. E pode me chamar por Katniss, se precisar de mim.

       Ele concordou. Depois de explicar que tinha que fugir dali e informar o resto da Irmandade sobre o ocorrido, ele correu para a varanda e sumiu. Haymitch apenas perguntou como sair dali como um ser humano normal.

       – Nem se eu ainda fosse jovem eu conseguiria pular da altura que esses malucos pulam. – Dei uma risada fraca e chamei Annie. Ela concordou em guiar Haymitch.

      

       Sai do meu quarto depois de confirmar que Narrow estava bem. Tudo que ela poderia fazer agora era dormir, descansar. Fui para o quarto de Finnick, desejando que ele já estivesse lá.

       Bati na porta duas vezes, mas ele não respondeu. Um guarda confirmou que ele estava no quarto, com a mãe. Não insisti, eu mesma precisava de um tempo para acreditar nas duas mortes que tinham acabado de acontecer.

       Fui para o salão de novo. Alguns criados limpavam o sangue que estava lá. Minha mãe conversava com Hazelle e Gale. Me aproximei devagar, hesitante.

       – Ande logo, Katniss. – Me apressei e parei ao seu lado. – Espero que aqueles dois já tenham saído do castelo. – Concordei com a cabeça. – Ótimo, lidarei com a garota depois.

       – Sua mãe percebe que, no momento, precisamos nos concentrar em Snow, alteza. – Gale falou rapidamente, com a voz calma.

       – Precisamos compreender o que ele está planejando. E logo. Antes que seja tarde. O que aconteceu hoje não pode se repetir. Tivemos sorte por aquela...garota ter intervindo, mas não podemos contar com a sorte sempre. – Minha mãe suspirou.

       – Precisamos ter ainda mais cuidado, majestade. Mas também precisamos lidar com esse problema logo. – Hazelle falou rápido, diretamente. – Se isso significar uma...

       – Não, Hazelle. Agora, vá. Seus filhos devem estar assustados. O que eles presenciaram hoje não se apagará mais, mas pode ser amenizado. – Hazelle suspirou antes de concordar e sair do salão. Gale a seguiu. – Você também deve ir, Katniss.

       – Prim está no quarto dela? – Minha mãe concordou, se sentando na cadeira da ponta da mesa. – Vou vê-la. A senhora está bem?

       – Vou ficar. Vá. – Sai do salão, e fui direto pro quarto de Prim, quase correndo.

       Ela ficou me abraçando por alguns minutos, perguntando o que estava acontecendo e chorando por Madge. Apenas disse que gostaria de saber tudo. E chorei por Madge também.

       Fui para meu quarto quando Prim finalmente dormiu. Entrei exausta, a noite passando toda por minha mente. Olhei ao redor assim que consegui pensar de novo. Narrow não estava lá.

       Chamei um guarda que estava no corredor e perguntei onde eles tinham levado-a. Ele disse que ela estava nas masmorras. Encarei-o um momento, mas voltei pro quarto. Tentar ajuda-la só pioraria. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Meus reviews ^^