The Princess And The Thief escrita por Pacheca


Capítulo 25
Reaping Festival Dinner


Notas iniciais do capítulo

Gente, to tão feliz!!! Capítulo passado eu completei 100 reviews nessa fic ^^
Me deixem mais reviews, acho que posto outro ainda hoje :D



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Me sentei na cama, enquanto esperava Annie preparar meu banho. Tinha sido um dia cheio, cansativo, mas o banquete do Festival da Colheita me animou. Era a única vez do ano que eu não brigava com minha mãe.

– Katniss, já está tudo pronto. Posso chamar Cinna? – A encarei por um momento, demorando um pouco para compreender o que ela tinha dito.

– Oh, claro. – Tirei os brincos que estava usando enquanto respondia. – Por favor.

Ela me observou por um breve momento antes de sair do quarto com um passo apressado, quase trombando em Finnick enquanto passava pela porta. Ela se desculpou e saiu num passo rápido.

– Vossa alteza sabe por que Annie tem fugido de mim? – Ele fechou a porta enquanto perguntava.

– Não sei, mas sei que já disse que não de ser chamada assim. – Tirei a coroa e respirei fundo. – Posso ser útil em alguma outra questão?

– Ah, sim. Minha irmã me pediu para perguntar se você aceitaria cantar enquanto ela toca, no banquete.

– Claro que sim. Algo mais? – Me levantei depois de tirar os sapatos. – Não quero ser rude, mas Cinna logo vai trazer minhas roupas.

– Não, é só isso. Eu vou te deixar em paz agora. – Ele deu um sorriso fraco e saiu. Caminhei até o banheiro, me contorcendo para abrir o vestido nas costas.

Consegui depois de algum esforço, e entrei na banheira, sentindo a água quente, relaxante. Ouvi Annie e Cinna entrando no quarto e sai da banheira, chamando Annie.

Ela entrou, já carregando o vestido, e fechou a porta devagar. Me vesti e calcei os sapatos. Fui até o quarto, onde Cinna me ajudou a me arrumar. Como de costume, quando ele terminou de prender o diadema, fui até o espelho e me observei.

Era um vestido diferente de todos que Cinna já me entregou. Ele não tinha uma saia tão rodada, e de cores diferentes. Tons de verde, azul e roxo se misturavam, parecendo rolos de tecido esticados sobre o chão.

Os sapatos e os brincos tinham um tom de verde meio azulado, muito bonitos, que deixavam o vestido ainda mais incrível. Meu cabelo caia em cachos sobre meus ombros, e o diadema dourado prendia uma mecha no centro.

– Se estiver pronta, Katniss, já pode ir para o salão cerimonial. – Annie parou ao meu lado, enquanto eu ainda observava o espelho.

– Claro. Eu já vou. – Olhei o espelho mais uma vez. Não me vi com o vestido e o diadema, e sim com roupas parecidas com as de Narrow e um arco preso às costas.


Já estavam quase todos no salão. Apenas minha mãe não tinha chegado ainda, provavelmente conversando com algum criado. Observei os vestidos ao meu redor.

Prim e seu vestido azul claro, parecendo frágil. Madge usava um rosa, como quase sempre. O da duquesa era algo simples, mas muito bonito. Hazelle usava um azul escuro de renda, que a deixava muito mais bonita do que já era.

Minha mãe entrou, segurando a aliança e com a coroa reluzindo sobre sua cabeça. Sua roupa era muito bonita, destacando sua pele clara. Ela exibia um sorriso gracioso, cumprimentando seus convidados, os Odair e os Hawthorne.

E Snow, infelizmente. Minha mãe confiava cegamente naquele homem, e eu ainda não tinha provado que ele era um traidor, como Narrow tinha dito.

Nos sentamos, ouvindo o discurso da minha mãe e esperando sua permissão para nos servirmos. O pai de Finnick chamou minha atenção. Ele conversava baixo com Snow e logo em seguida sorria e falava normalmente com a esposa ou minha mãe.

Ignorei aquilo e me concentrei nas conversas ao meu redor. Logo, consegui conversar de uma forma alegre e simpática, me concentrando apenas em comer e na música que Madge me pedira para cantar.


Enquanto os outros terminavam de comer e eu esperava pelo fim do banquete, fiquei pensando em como seria bom ter a companhia de Annie e Peeta.

Os outros terminaram, e minha mãe ordenou que os pratos fossem retirados. Antes que os criados entrassem no salão, nos levantamos e fomos até o canto oposto do salão.

Um piano tinha sido colocado ali mais cedo. Madge se sentou e me olhou. Todos nos olhavam, enquanto decidíamos que música apresentaríamos.

– Gostaria de escolher a música, alteza? – Ela sorriu para mim e esperou a resposta. Pensei por um momento antes de uma música passar por minha mente.

– Você conhece “The Hanging Tree” ? – Ela anuiu de leve. – Então, se nãose importar, é a que escolho.

– Pois bem, alteza. – Ela colocou os dedos de forma leve sobre as teclas do piano e respirou fundo.

Também respirei fundo e, então, dei um sinal com a cabeça, indicando que ela podia começar. A música logo começou a soar pelo salão, e eu comecei a cantar.

Ouvi uma exclamação ao meu lado, vinda de minha mãe, e me virei, parando a música. A figura encapuzada correu na minha direção e desembainhou a espada.

Antes que eu reagisse ela fez um movimento complicado e desviou algo reluzente que vinha em minha direção. Olhei no chão, onde o objeto tinha caído. Um punhal.

Fiquei paralisada, observando as costas dela, ofegando por causa do susto. Ela ficou ereta, mas não se mexeu. Ouvi minha mãe chamando os guardas ao meu lado, mas não houve resposta.

Tentei chama-la, mas não conseguia emitir som algum. Ela caminhou até o pai de Finnick, a passos largos. Snow, que estava ao lado dele, se moveu um pouco pro lado.

De repente ela atacou. Muito rápido. Tudo o que pude ver foi a espada cravada até a metade em seu peito. Ele foi empalidecendo rapidamente, olhando a espada e a ladra.

Finnick e Madge estavam pálidos, observando o pai caindo no chão enquanto Narrow empurrava o corpo do homem com o pé e puxando a espada. A mãe deles correu até ele e se agachou, lamentando.

– Sua vez agora, não? – Ela se virou pra Snow, a espada apontada pra ele, falando com a voz fria.

– Por que quer me matar, como uma covarde que sequer dá a oportunidade de defesa a um homem digno?

– Digno? Ninguém que ajuda um rato imundo como o senhor deve ser chamado de digno. – Ele deu uma risada, que fez meus ossos gelarem. – E você pode falar de covardia como ninguém, certo? Afinal, foi você quem matou aqueles três e acusou meus pais.

– Oh, sim. Veja o lado bom, com o enforcamento deles você e seu amiguinho, Crane puderam fazer essa maravilhosa canção. – Fiquei pálida ao ouvir o que ele tinha dito. Me lembrei de quando ela contou sobre os pais, antes de me deixar na floresta.

A música que eu estava cantando era sobre os dois, e eu não pude perceber, mesmo depois de ter ouvido a história de Narrow. Ela provavelmente me olhou, mas não reagi.

– Pegue algo então se quer se defender, mas eu ainda vou cortar sua garganta. – A voz dela não estava mais fria como antes. Tinha algo misturado com a frieza além da raiva.

– Não. – Ele parou um pouco, como se escutasse algo. – Mas nesse momento, tenho que reunir meus “parceiros”. E você tem que se explicar com a rainha, limpar o chão do salão dela e enterrar corpos. Se puder, claro.

Eu ainda estava parada, tentando entender o que ele tinha dito agora. Parceiros? E como assim, se puder? Antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa, qualquer resposta, ele saiu correndo do salão.

Narrow não foi atrás dele. Não pode ir. Antes que ela se mexesse para segui-lo uma flecha, vinda não se de onde, a atingiu nas costas. Ela caiu no chão, tremendo e empalidecendo.

Dei um passo na direção dela, mas um berro de Finnick chamando Madge me fez olhar pra trás. A garota loira estava caída sobre o piano, com uma flecha igual à que atingiu Narrow, cravada nas costas, na altura do coração.

Olhei Madge um momento e me virei, correndo até Narrow. Finnick corria na direção oposta, indo até Madge, tentando acordá-la. Era algo inútil, mas ele não desistia.

Me agachei perto de Narrow a virei no chão. Ela estava quente, mas pálida. A flecha estava apenas alguns centímetros acima do alvo, o coração.

Gritei por um curandeiro, tentando deixar minha voz mais alta que os berros de Finnick e de sua mãe, ainda encolhida perto do corpo do marido.

Um garoto de pele escura entrou no salão pela porta da frente, com um homem loiro ao seu lado e um guarda, preso pelo braço. O homem loiro correu até Narrow e observou a ferida.

– Preciso que me ajude, docinho. – Ele me olhava sério, pegando-a no colo. – Preciso de um lugar calmo para cuidar dela.

Me levantei e corri para o corredor, esquecendo os outros do salão. Fui correndo até meu quarto, chamando Annie pelo caminho. Narrow salvara minha vida, e eu tinha que ajudar a salvar a dela agora.


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Notas finais do capítulo

Olha só, um capítulo grande no POV da Katniss, que milagre ^^
Reviews!!