The Princess And The Thief escrita por Pacheca


Capítulo 19
His Plans


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas :D
Não viu? Eu não morri, só tava enrolada em Física, mesmo.
E com eu to tentando postar mais rápido eu não to revisando os capítulos, então me avisem qualquer erro :D
Agora podem ler!!



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        Respirei fundo, procurando algum rosto conhecido, familiar, mas não encontrava ninguém. A não ser ele. Snow acabara de chegar à sua grande mansão de mármore, no topo de outra colina.

        Desci do telhado em que estava e segui pelas ruelas desertas, a não ser por gatos ou cães. Olhei para o alto tentando me acalmar quando a encontrei. Clove. Ela simplesmente fez um gesto com a cabeça e voltou a correr. Fui atrás dela.

        Paramos perto da mansão, Cato já estava lá, no telhado sobre a biblioteca. Consegui escutar alguma coisa, mas não prestei atenção. Cumprimentei Cato com um aceno de cabeça antes de me prender às palavras que saiam pela janela.

        – Oh, vai ser uma tarde gloriosa, não é mesmo? – Snow, conversando consigo mesmo. Prestei ainda mais atenção. – E depois que aquela ladrazinha me entregou esse pergaminho tudo será tão mais fácil.

        Pensei no que aquele pergaminho poderia ser. Também reconheci quão tola eu fui por sequer olhar o que era. Agora eu teria pesadelos com aquele pergaminho.

        – Só preciso botar meu plano em prática. E não vai demorar muito. Apenas alguns dias, até a véspera do grande Festival da Colheita. – Ele deu uma risada macabra. – Não é divertido? Saber que eu vou liderar um reino inteiro?        

        Olhei para os outros dois confusa e horrorizada. Eles continuaram prestando atenção.

        – E é ainda mais divertido saber que a culpada por tudo vai ser nossa querida NightHunter.  – Por um instante senti como se fosse muito mais pesada do que realmente era. Ele parou de falar, como se soubesse que estávamos lá.

        Corri junto de Clove e Cato, seguindo-os até um beco, parecido com o do esconderijo. Eles bateram numa porta lascada, do que me parecia uma estalagem mal frequentada.

        Uma mulher abriu a porta. Ela era jovem, com cabelos e olhos claros. Ela sorriu de forma simpática para Cato e Clove, e da mesma forma para mim, se não fosse pela dúvida subentendida naquele olhar.

        Clove apenas anuiu e a mulher nos deixou entrar. Assim que ela fechou a porta Clove nos apresentou.

         – Dark Queen, essa é Effie Trinket, ela tem nos ajudado desde que chegamos aqui. – Aquela mulher era uma simpatizante. Antes que eu pudesse pensar em mais algo, Effie começou a falar.

         – Rue vem sendo muito útil, ela me ajudou a conseguir uma informação hoje. – Ela não se importava em estar rodeada de ladrões, além de nos ajudar. – Os planos de Snow, inclui a princesa mais velha, Katniss.

         – O que ele vai fazer com ela? – Perguntei tirando o capuz e pegando a caneca que ela me ofereceu.

         – Eu não sei, mas é algo ruim. Ele é cuidadoso, não fala mais do que isso. Duvido que ele sequer pense nisso.

         – E Thresh? Ele ainda está aqui?

         – Pois não? – Thresh pegou uma caneca antes de me cumprimentar. Rue o acompanhava.

         – Só queria saber de você.

         – Estou bem. Só achei mais prudente esperar até o dia clarear para partir. Terei companhia dessa vez, não? – Sorri, confirmando o que ele disse.

         – Não que eu me importe com o reino e a liderança, mas se deixarmos tudo como está, Snow vai transformar nossas vidas num massacre. – Cato se pronunciou pela primeira vez na noite.

         – Tudo que precisamos agora é esperar até a véspera da Colheita. – Clove disse o que eu pensava.

         – De preferência próximos ao castelo. – Cato complementou

         – Dentro dele, Cato. Snow não está preocupado com as defesas internas, isso pode ser nossa maior pista. – Eu disse terminando de tomar o que tinha naquela caneca.

         – Talvez ele simplesmente não vá machucar ninguém diretamente. – Rue falou, entrando na discussão.

         – Pode ser, pequenina. – Thresh a tratava com tanto carinho. – Mas tudo que podemos fazer é ficarmos atentos.

         Entregamos as canecas para Effie, que prometeu continuar prestando atenção. Descobri que ela era criada na mansão de Snow, por isso conseguia tanta informação.

         Nos dividímos pelos quartos. Clove e Cato dividiam um e Thresh dormia no chão do quarto de Rue, como um cão guardando uma casa. Effie me ofereceu um, que eu aceitei, mesmo sabendo que eu não dormiria.

         Coloquei a capa numa cadeira ali perto e tirei as botas. Desembainhei a espada e o punhal, relutante. Me deitei e fiquei olhando o teto, a imagem de Foxface pálida, segurando a pintura da garotinha impregnada na minha mente. 

        

         Me levantei, peguei minhas coisas e saí do quarto. Os outros ainda estavam nos quartos, o sol sequer tinha nascido. Fui para o bar, aonde tínhamos nos reunido na noite anterior. Effie já estava lá.

          – Oh, bom dia. Vejo que também acorda cedo, não? – Ela sorria de forma triste. – Tive que me acostumar, Snow gosta de tudo do jeito dele, desde cedo.

          – Imagino. – Me sentei ee ela me entregou um pouco de vinho. – Obrigada. Não só por mim, mas pelos outros também.

          – Sabe, nunca achei justo, o mundo todo. Alguns com muito e outros sem nada. Não acho que os ladrões estejam errados, só mal compreendidos.

          – Ainda assim, seu apoio é algo raro e muito valioso. – Ela deu um sorriso antes de ficarmos em silêncio. Observei os  detalhes daquele  lugar. Escuro, com cheiro de fumaça, mas de certa forma aconchegante.

          Ouvi Thresh se aproximando, também pronto para partir, apesar da expressão cansada e triste.

          – O que houve? – Ele me olhou pensando por um momento.

          – Eu me apeguei à presença de Rue. Vai ser estranho voltar sem ela. Mas ao menos não estarei sozinho. – Ele deu um sorriso, tentando parecer mais alegre.

         – Então, espero que esteja disposto a correr muito. Já ficamos muito tempo longe.

         – Claro que estou. – Saímos sem nos despedir de ninguém, apenas de Effie. Ainda tínhamos um longo caminho pela frente. E um  grande problema.

         Thresh olhou para um ponto específico da estalagem antes de começar a correr comigo. O quarto de Rue. Acho que da mesma forma que a imagem de Foxface não me abandonaria nunca, a lembrança de Rue também não o abandonaria.

         Saímos do vilarejo, correndo para nosso vilarejo. Para nossa casa.                                                                                      


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Notas finais do capítulo

E ai?? Gostaram? Me deixem seus reviews, favoritem, recomendem e me deixem feliz.
E a Effie tem as características da atriz mesmo :D
Bjs e até a próxima, que eu espero, não demorará tanto.