The Princess And The Thief escrita por Pacheca


Capítulo 17
In To The Night


Notas iniciais do capítulo

Um pouco mais devagar, sem emoção, mas eu gostei! Deixem reviews :D

P.s.Queen Lucy não vai ter que me matar!! Postei antes do domingo haha

Bjs pessoas!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/323975/chapter/17

Me sentei graciosamente e esperei minha mãe experimentar um pouco do banquete antes e nos dar o sinal. Eu estava ao lado de Gale, mas para meu alívio Finnick estava do outro lado.

O que minha mãe estava planejando dessa vez? Tentei me convencer de que aquilo tudo era só uma boa ação dela com Hazelle, mas algo também me dizia que era mais uma tentativa falha de me arranjar um pretendente.

– Então, Gale, o que gosta de fazer? – Eu estava me acostumando a fazer essa pergunta pra todos. Travei o maxilar num sorriso tímido e esperei a resposta.

– Não muito, alteza. – Estava prestes a erguer a mão que estava por baixo da mesa para lhe pedir que me chamasse apenas pelo nome, mas Finnick segurou meu pulso e apenas piscou um olho quando me virei discretamente para perguntar o que tinha acontecido.

– Te entendo. Eu também quase tenho tempo para me dedicar a algo que realmente goste.

– Ora, alteza, não vá me dizer que não gosta nem um pouco de se dedicar ao piano! – Madge comentou,sem querer ser rude, tenho certeza. Gale a encarou por um curto segundo antes de cravar seus olhos cinzentos em mim novamente.

– Gosto de pensar que eu ainda só não descobri o que gosto de fazer. – Ele sorriu e eu retribui. Foi exatamente o que Peeta tinha me dito.

– É um bom pensamento.

Não continuei a conversa, apenas respondia quando me perguntavam algo. Madge estava animada com Gale e com seus irmãos, e Finnick estava simplesmente indiferente.

O banquete se passou mais rápido do que eu esperava, do que eu percebi de fato. Minha mãe, como eu já esperava, acolheu Hazelle e os filhos no castelo, assim como tinha feito com os pais de Finnick e Madge.

Dessa vez ela não me pediu para ficar, mas não sai do lugar. Deu um suspiro cansado antes de falar.

– O que houve, Katniss?

– O que a senhora está fazendo? Ou ao menos tentando?

– Ajudando uma família muito próxima de nós, por acaso.

– Próxima?

– Eles eram nobres. Ainda são, ao menos,por enquanto.

– Isso não é nenhuma tentativa inútil de me arranjar um casamento?

– Ora, Katniss. Ele é um bom rapaz, eu não me importaria se quisesse se casar com ele. Mas quero que entenda bem uma coisa, Katniss, se um dia eu quiser te casar a todo custo, eu vou.

– Como?

– Claro que gostaria que você fosse feliz, mas isso não quer dizer que eu vou esperar sua escolha para sempre. Assim que tiver que se casar, se não tiver escolhido alguém, vou escolher para você.

Assenti devagar, triste. Eu já tinha certa consciência disso, mas ouví-la falando foi como me prender em um cômodo frio. Sai do comôdo, ainda incomodada e subi para meu quarto.

Tirei o vestido com a ajuda de Annie e vesti uma longa camisola de linho. Annie percebeu que eu estava triste, ou ao menos desapontada.

– O que foi? Não gostou da surpresa durante o jantar?

– Não é isso, Annie. É só algo que não tenho como mudar. Eu só não entendo, por que minha mãe vem sendo tão direta e indelicada comigo?

– Talvez a perda de seu pai a abalou de um jeito diferente de como te afetou.

– O que quer dizer?

– Você ficou mais... não sei. Mais reclusa.

– Fiquei?

– Sim. Antes disso tudo, você já seria amiga de Gale e de seus irmãos, não teria gastado tanto tempo para se aproximar de Finnick e Madge. Mas agora, não sei o que sente, mas acho que tem medo de perder mais alguém e simplesmente se afasta.

– Pode ser. Talvez eu possa falar com Gale mais tarde, ou procurar Madge ou Finnick. Amanhã, eu digo. – Ela assentiu, satisfeita. – Mas e a senhorita e o senhor Finnick Odair?

– Ah sim, sobre isso... – Ela parecia se sentir um pouco desconfortável.

– Não me venha com desculpas, Annie.

– Não é isso. Eu só queria perguntar se, bem, se poderia me emprestar um dos seus vestidos velhos.

– Não está falando sério, está?

– Perdão se te ofendi, mas... – Annie as vezes agia como se não me conhecesse por anos.

– Me ofender? Nunca. Só se for por me pedir um vestido velho. – Ela ia argumentar alguma coisa, mas apenas continuei a falar. – Vou te emprestar um maravilhoso, novo e elegante.

– Só não quero usar trapos, não virar uma princesa.

– Eu sei o que estou fazendo, Annie. – Ainda não estava convencida. – Ora, vamos, Annie. Me dê o prazer de te arrumar para esse encontro.

– Tudo bem, mas não quero que tenha problemas com sua mãe.

– Não terei. Prometo.

O sorriso dela poderia iluminar ainda mais um lugar ensolarado. Assim como o de Finnick era radiante. Afinal, os dois ficariam perfeitos juntos, mesmo que Annie ainda se convencesse de que Finnick só queria uma conversa.

Ela saiu do quarto e eu me deitei depois de tirar o diadema.


Virei na cama, sem sono algum. As palavras de Annie ecoavam na minha mente, me incomodando. Me levantei e vesti um robe de seda por cima da camisola e sai do meu quarto, carregando uma vela.

Abri sua porta devagar, esperando ele dizer alguma coisa antes de entrar.

– Entre, Katniss. – Coloquei a cabeça para dentro antes de entrar, pensando no que dizer.

– Como tem tanta certeza de que sou eu? – Ele tinha uma vela acesa na mesinha ao lado da cama, coloquei a minha ali, sorrindo com um certo sarcásmo.

– Você é a única pessoa que entraria num quarto de um jovem senhor no meio da madrugada, imagino que mal pensando nos riscos de ser vista com maus olhos. Certo?

– Em parte. – Ele deu um sorriso tão sarcástico que comecei a sorrir junto. – O que estava fazendo?

Ele ergueu um pedacinho de corda, com um nó estranho em uma das pontas.

– Também não consegui dormir. Não sei, acho que estou ansioso.

– Para encontrar Annie?

– É tão óbvio, não? – Ele deu um sorriso largo, feliz. – Não sei porque, mas eu não consigo mais esquecer quão linda ela é.

– Isso é amor, meu querido! À primeira vista, claro, mas ainda assim, amor.

Ele parou um momento, me encarando com a boca aberta para dizer algo. Mas logo ele fechou a boca e riu, voltando a fazer seus nós.

– Eu sei. E eu adoro isso. – Ele parou de rir e passou a mão nos cabelos. – Minha mãe nunca me deixou fazer muita coisa, conhecer muita gente. Ela me criou para, bem...

– Casar comigo?

– Sim. Mas desde cedo eu escapava pelo muro do ducado e ia até a praia, ver os pescadores. Annie me lembra o mar quebrando sob meus pés, a sensação de liberdade.

– Então é melhor cuidar bem dela, Odair, do contrário vou ter que tomar minhas próprias providências.

– O que faria? Me arranharia? Me prenderia em um barril do vilarejo? – Ele disse rindo.

– Conheço uma pessoa que poderia te ma... – Eu não podia ter falado dela. Mas ali, com um amigo, eu me esqueci que ela era um segredo.

– O que? Me matar? – Comecei a pensar em algo para justificar o que tinha dito, mas ele continuou. – O que você tem feito no vilarejo, Katniss?

– Não é nada, esqueça.

– Eu não sou só bonito, alteza, eu sou esperto também. – Revirei os olhos. Até naquela situação ele fazia piadas?

– Eu te explico um dia, mas não agora, por favor.

– Por quê? Ele te faz sentir o que sinto por ela? – Ignorei a pergunta e voltei a falar de Annie. Só falamos mais alguns minutos antes do sono chegar.

Me levantei e peguei minha vela, um pouco menor. Caminhei até a porta e abri a porta devagar. Antes de sair me virei para Finnick e falei.

– Ela.

– Quem? Annie?

– A pessoa que eu conheço. É ela. Não ele. – O choque na sua expressão foi divertido


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Adorei, minhas leitoras estão voltando :DD

Mas deixem reviews pessoas, por favor!