Pokémon Pyro Max escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 3
PPMAX-003: O ovo e o linguarudo




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— Como vocês podem dormir num momento como esse? — O comandante repreendeu a dupla de capangas. — Sabe que precisamos levar isso para Rock'atown amanhã, não é?

Eles dormiam na cabine do capitão. O velho também quis descansar, mas um estrondo assustou-o definitivamente. Ele pensou logo na possível fuga dos pokémons que estavam presos em gaiolas.

Sem chamar a dupla, o comandante desceu o convés até o porão do navio. Abriu a escotilha, viu a confusão generalizada e abriu a porta. Foi recebido por uma língua bastante elástica, que deu voltas em sua cintura e o puxou para dentro daquele lugar. O grito do velho foi abafado com o barulho dos trovões.

Alguns pokémons escaparam daquele recinto, outros continuavam presos. O monstro rosado, enorme e gordo segurava o comandante pela língua.

— Maldito Licklicky, solte-me!

Mas o pokémon brincava com a cara do velho. Girou ele várias vezes.

Enquanto isso, o capanga de boné acordou com o seu colega abraçando-o. Imediatamente ele deu um cascudo no outro. Este resmungou de ter levado uma pancada enquanto dormia.

— Isso não é hora para dormir, seu animal. Onde está o capitão.

— E eu sei? Quero mimir...

Mais outro cascudo. Um galo cresceu na cabeça desse capanga de tanto levar cascudo.

— Algo de errado aconteceu. O velho não tá por aqui.

— Para com isso. Minha cabeça ainda dói. Seu energúmeno!

— Eu devia ter te jogado no mar. Era o mínimo que eu podia fazer para me livrar de um encosto como você. Agora vem me ajudar a procurar o capitão.

Ambos saíram da cabine e andaram pela chuva. Abriram a uma porta no convés, entraram e desceram as escadas.

— Que merda é essa?

— Por que você parou de repente?

Alguns pokémons correram. A dupla subiu imediatamente, tentaram fechar a porta, mas receberam uma rajada de água. Viram metade do carregamento fugir. Alguns voadores simplesmente bateram asas e voaram, outros do tipo aquático mergulharam e os demais desceram para a praia.

— Pega eles! — ordenou o de boné.

Eles foram para a cabine do capitão, pegaram armas com tranquilizantes. Vestiram capas para chuva e desceram do navio.

— Além de me agredir, obrigou-me a enfrentar esse frio. Te odeio por me obrigar a fazer isso.

— Pare de frescuras. Precisamos recuperar esses pokémons mais cedo ou mais tarde. Não quero ter a minha cabeça a prêmio por alguma falha de outros.

Eles saíram à procura de pelo menos os do tipo terrestre que fugiram pela praia.

Dentro da embarcação, o comandante foi nocauteado. Licklicky com a sua língua soltou todos os demais pokémons ainda presos. Foi o último a sair, porém viu o baú no canto. Com a sua língua conseguiu abrir o cadeado. O ovo apareceu diante dele. Sabendo que era um ovo, levou com ele para fora do barco.

— Quer saber de uma coisa. Eu não tô nem aí mais para esses lixos. Eu tô pouco me lixando pro que o Dark Ling vai achar disso.

— Para de chorar. Ainda nem começamos as buscas.

A ilha Cocconut não era tão desenvolvida assim. Depois da praia havia uma floresta e após isso a cidade. Como estava chovendo muito forte, nenhum morador se atreveu a sair para passear à noite, e também por causa da maré agitada.

Licklicky desceu do barco e caminhou pela praia. Sentiu bastante frio. Mas o seu objetivo era proteger o ovo.

Durante a procura, os dois capangas caíram num buraco. Era uma armadilha local.

— Como vamos sair? Oh céus!

O de boné não fazia ideia de como sair daquela situação.

...

Na manhã seguinte, Jason acordou bem cedo e disposto a ir para a cidade buscar o seu pokémon inicial. Seu pai chegou da padaria com alguns pães e preparou o café. Era um lanche bem simples, mas o suficiente para saciar a fome da criança.

Na vila Mimigasa, lar de Jason, um sacerdote apareceu para os moradores. Ele distribuía alimentos aos necessitados. Chegou à casa do garoto e bateu palma.

— Sacerdote Li. Uma honra tê-lo conosco.

— A honra é minha, Robert. Eu sempre tento ajudar os mais necessitados. E como vai esse garotão?

— Senhor Li, hoje eu vou buscar o meu pokémon inicial com o professor Gary.

Li era um homem de meia idade, com a cabeca raspada e trajes de monge. Ele avisou aos dois que foi especialmente buscá-los para irem à cidade Cocconut.

— Esse jovem falou para eu ir buscar as crianças acima de dez anos que estão aptas a se tornarem treinadoras pokémon. Você é o primeiro que eu pensei, mas a notícia da ida do professor se tornou pública. Vi algumas pessoas no laboratorio improvisado dele.

Jason era um garoto que sempre sonhou em ser um treinador pokémon. Ele estava prestes a conseguir realizar o seu sonho. Ele acabava de tomar café da manha e foi rapidamente se arrumar. O garoto, moreno com pele bronzeada, cabelos castanhos e olhos azulados vestiu a sua roupa de treinador. Uma camiseta preta sob uma jaqueta vermelha com um símbolo da pokébola no lado esquerdo e sua calça jeans.

O sacerdote aprontou para ir com os dois. Pelo menos a chuva forte havia parado e isso permitiria dirigir pela estrada sem problema.

— Vamos logo, papai, estamos atrasados — disse já do lado de fora da casa e junto ao sacerdote.

— Espera, filho. Vamos, vamos — eles saíram da casa e foram caminhando até o carro do sacerdote Li.

Eles moravam muito próximos à estrada, única rodovia da ilha Cocconut. Porém não muito longe do centro da cidade.

...
Depois de fugir com o ovo, Licklicky se escondeu numa gruta longe do barco. Pelo menos o pokémon conseguiu se refugiar da chuva torrencial. Ele sentiu fome e só pensava em como faria para comer aquele ovo. Mas viu um cardume de "peixes vermelhos com coroas" e logo mudou de ideia.

A situação também não estava tão boa no lado dos criminosos. Passaram a noite toda no buraco. Estavam com água pela cintura. Dois meninos apareceram. O de boné pediu ajuda para serem tirados dali.

— Maldita seja...

Ambos não aguentavam mais.


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