A senhora Ono era a responsável por supervisionar os trabalhos no templo. Era uma velhinha simpática e amiga de Kobayashi. Convidou a todos a entrarem no templo. Havia algumas moças trajadas em quimonos que fizeram uma espécie de corredor uma na frente da outra e fizeram uma saudação.

O café da manhã foi bem servido. Era carne com arroz frito em ovo, além de peixe grelhado e muito molho. Era a comida típica da ilha. Ono agradeceu a presença de todos.

O salão de banquetes não era pomposo, apesar de toda a grandiosidade do templo. Dentro havia estátuas de personalidades santas e quadros feitos por alguns moradores artistas. Uma criatura ajudava Ono a servir os pratos, além das próprias mulheres.

Jynx era o nome da criatura. Era um pokémon exclusivamente fêmea. De corpo humanóide, cabelos loiros e longos, parecia vestir um vestido vermelho enquanto o seu rosto era roxo com uma boca rosada e olhos arregalados.

Nome: Jynx

Designação: Pokémon forma humana

Número: 124

Tipo: Gelo/Psíquico

Sexo: Fêmea

Grupo de ovos: humanóide

Peso: 40,6 kg

Altura: 1,40 metro

Razão de Gênero: 100% feminino

Estado: Ataque especial

Jynx não era endêmico de Hokkaishin, mas essa em específico fora treinada por Ono quando vivia em Kanto.

A pokémon ofereceu mais comida aos visitantes. Jason e Charmander comiam tudo sem medirem as consequências. Robert tentava acalmar o filho, mas era em vão.

— Quer comer, Joltik?

A aranha se irritou com o menino e liberou descarga elétrica.

Após o café da manhã, Windsor agradeceu mais uma vez à senhora Ono e partiu com Lola e Trent ao seu ginásio. Deixou Jason com o sacerdote Li e Kobayashi a fim de treiná-lo melhor antes do confronto pela insígnia.

...

Por volta das 11 da manhã, Kobayashi chamou Jason e Robert até um campo verde que ficava nos arredores do templo.

— O nome desse templo é Omotenashi, e os sacerdotes que vivem aqui prezam pela boa recepção aos forasteiros. — falou Kobayashi enquanto caminhava.

A natureza exuberante e o clima fresco contrastavam com o praiano do resto da ilha.

— Sacerdote Li.

— Sacerdote Momotaro.

Outros sacerdotes fizeram reverências ao verem os convidados. Momotaro era o sacerdote ajudante do sumo-sacerdote da ilha. Era bem mais jovem do que Li e de linhagem japonesa.

O sumo-sacerdote era um senhor idoso vestido num quimono branco. Seus cabelos brancos lisos e longos esvoaçavam com o vento. Ele também tinha uma barba branca proeminente.

— Jason, Robert, esse é o sumo-sacerdote Li Yamato. Sim, ele é o meu pai.

— Seu pai? — perguntou Robert.

Kobayashi se aproximou de Yamato. Todos esperavam que ambos, dois anciãos, fizessem reverência. No entanto, os dois correram na direção um do outro e trocaram golpes. Os sacerdotes auxiliares jogaram espadas de madeira, ambos pegaram e iniciaram assim uma luta de espadas.

Robert, Jason e Charmander ficaram impressionados.

Kula puxou uma pokébola e sumonou Ariados para o campo de batalha. Jason havia visto aquela aranha antes e se arrepiou. Pegou a sua pokédex.

Nome: Ariados

Designação: Pokémon perna longa

Número: 168

Tipo: Inseto/Venenoso

Sexo: Macho

Grupo de ovos: inseto

Peso: 31,6 kg

Altura: 1,05 metro

Razão de Gênero: 50% macho e fêmea

Estado: Ataque

Yamato também pegou uma pokébola. O monstrinho retirado també era inseto, mas bem mais bonito. Era um Ledian.

Nome: Ledian

Designação: Pokémon cinco estrelas

Número: 166

Tipo: Inseto/Voador

Sexo: Macho

Grupo de ovos: inseto

Peso: 33,2 kg

Altura: 1,29 metro

Razão de Gênero: 50% macho e fêmea

Estado: Defesa especial

Ledian era uma joaninha humanóide com um par de antenas pretas, cabeça lembrando um capacete, corpo vermelho e barriga amarelada e 2 pares de braços.

— Ledian, use o Supersonic.

— Ariados, use o String Shot.

Os dois golpes colidiram. Mas antes de retomarem a luta, quem lutava eram os idosos. Ledian e Ariados ficaram confusos se prosseguiriam ou não.

— Resolveu virar um velho que quer ser jovem, Kula?

— Prefiro ter esse espírito jovem do que parecer esse velho decrépito... assim como você.

O sacerdote Li separou os dois e pediu que parassem a briga. Yamato chamou Li por seu nome completo, ou seja, Li Muto.

— Você não me apresentou os hóspedes.

— Claro! O senhor agia feito criança de quinta série!

Yamato deu as boas vindas a Robert e Jason. Lembrou especificamente do nome do garoto, alegando que uma visita foi falar acerca dele.

— Alguém quer me ver?

— Sim.

Gary apareceu diante deles. O menino se alegrou ao ver o seu professor.

— O que faz aqui? — indagou Robert.

— Antes do treinamento preciso falar algo de suma importância. Tem a ver com o Charmander.

— Pyro? O que houve, professor?

O homem resolveu falar tudo acerca da perigosa Equipe Black e sobre o ataque ao pokécenter no dia anterior.

— O quê? Querem levar o meu Pyro? Não. Isso eu não quero.

Charmander e Jason se abraçaram.

— É por isso que vocês precisam treinar. Professor, o Jason precisará ficar algum tempo a fim de ficar mais forte — falou Robert bastante determinado.

— Um mês.

Todos viraram depois que Kobayashi falou. Era um prazo enorme.

— O menino e o Charmander precisarão ficar um mês no mínimo aqui no templo. Se alcançarem o esperado no treino, meu filho e líder do ginásio será o seu adversário.

Jason suspirou. Pensou que seria fácil ter que ir ao primeiro ginásio. Reconheceu, porém, que ainda estava fraco. Necessitava treinar. Concordou.

...

Enquanto isso, Maytsa estava dentro do submarino em forma de Wailord. Na cabine, ela mexia no seu celular quando recebeu uma mensagem de Dark Ling.

— Acabei de conversar com o comprador. Ele nos deu mais algumas semanas para capturarmos aquele Charmander.

— Nunca duvidei da sua capacidade diplomática, Ling. Estou pensando em dar uma retirada estratégica, por enquanto. O tal garoto está rodeado de treinadores poderosos, e eu jamais teria chance.

— Claro. Melhor voltar ao Q.G. Discutiremos mais e arranjaremos um plano mais eficiente para pegarmos de volta aquele Charmander.

Nesse ínterim, Gamb e Chucky estavam ilhados numa pequena formação de pedras e rodeados por Sharpedos. A sorte era que Maytsa teve pena para ir buscá-los. Mas a capitã apenas deu um bote aos dois.

— Voltem remando. Tchauzinho, boys.

A dupla enfureceu, mas nada podia fazer. O jeito era voltar à ilha Celestial.