Pokémon Pyro Max escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic
A cada passo que o garoto dava a floresta ficava mais densa. Era incrível um lugar assim numa ilha com pouco mais de 200 quilômetros quadrados.
— Meu pé tá doendo.
Jason retirou a mochila das costas e colocou encostada ao lado de uma árvore e sentou num tronco cortado. Secou bem os seus pés e voltou a por os tênis.
Charmander saiu da mochila e ficou olhando para a frente. Sim, havia uma trilha na mata que dava para perceber se olhasse para o chão, contudo as plantas eram densas e cheias de gravetos que mais pareciam espinhos.
Logo um som de zumbido surgiu. Mais outros sons estranhos como gemidos, zumbidos, gritos animalescos, roncos entre outros. Isso deixou o menino bastante assustado.
— Onde eu estou?!!
...
O carro de Kobayashi parou perto do estacionamento. Ao chegar lá, viu o neto amarrado numa cadeira. Do lado estavam Chucky e Gamb.
Ele tentou negociar a soltura do neto, mas os bandidos usaram o Licklicky para atacar o idoso. O pokémon estava com uma coleira abaixo da cabeça onde seria o pescoço, evidentemente um acessorio que controlava o bicho. Ele golpeou Kobayashi com a língua, fazendo-o cair longe.
— Esmaga ele — disseram os dois.
Trent não quis ver o seu avô sendo esmagado por Licklicky. Mas o velho retirou uma pokébola do bolso e liberou o seu próprio monstrinho.
A luz vermelha oriunda de dentro do acessório redondo deu lugar a um pokémon inseto chamado Ariados. Era uma aranha de tamanho significativo, coloração vermelha com dois desenhos em forma de anéis pretos na região entre a cabeça e o abdome e no abdome. Dois pontos pretos no final do abdome, coloração amarela com listras roxas nas quatro patas e nas duas patas falsas que ficavam na parte de trás do corpo erguidas numa posição que lembrava a letra V. Havia um ferrão em forma de esporão no fundo do abdome, quelíceras brancas e olhos arroxeados com pupilas pretas. Ariados era incomum na região de Hokkaishin, mas era possível encontrar naquela ilha.
A aranha soltou um String Shot nas pernas de Licklicky, imobilizando-o com a teia. Em seguida capturou a dupla de bandidos.
— Até parece que seria tão fácil assim, velho.
Ele olhou para trás e viu Maytsa aparecer com o seu Vaporeon.
— Quem são vocês? Por que fizeram isso ao meu neto?
— Porque você se envolveu em um de nossos interesses. Estamos procurando um Charmander e queremos levá-lo conosco. Soube que você e o seu neto conheceram o moleque que está com ele. Você vai nos ajudar a pegá-lo de volta.
Kobayashi respirou fundo e disse com todas as letras que jamais faria algo do tipo. Maytsa riu, alegando adivinhar a resposta dele. Mandou o seu Vaporeon duelar contra Ariados.
...
O pântano não era muito longe, e, a cada passo que Jason dava, não seria tão improvável que encontrasse um pokémon aquático.
— Isso só pode ser brincadeira!
O menino encontrou em seu caminho uma porção de teias nos troncos das árvores. Era de arrepiar. Até que viu uma criaturinha com 6 patas. Tanto ele quanto Charmander arregalarem os olhos com medo. Correram. Ao se aproximarem do rio, tropeçaram e caíram à margem. Viram uma planta como uma vitória-régia boiando. De repente, uma criatura verde e com um bico parecendo um pato aparecer diante deles.
— Um pokémon aquático?
Pegou a sua pokédex e verificou o monstrinho.
Nome: Ludicolo
Designação: Pokémon despreocupado
Número: 272
Tipo: Água/Grama
Sexo: Macho
Grupo de ovos: Água 1 / Grama
Peso: 55 kg
Altura: 1,50 metro
Razão de Gênero: 50% masculino e feminino
Estado: Defesa especial
Jason ficou boquiaberto com a informação daquele inusitado pokémon. A parte estranha era o fato de um pokémon evoluído estar ali. Talvez sorte?
— Atacar! — Ele e o seu Charmander se lançaram para cima do pokémon. Ludicolo se debatia.
Num certo momento, o menino segurou no topo da cabeça do pokémon, que mais parecia um sombreiro, e o Charmander no caule acima. Ludicolo correu pela margem do rio, carregando os dois.
— Não larga dele, Pyro. Vou capturar.
O som do pokémon parecia o de um grasnar de pato.
...
Os bombeiros conseguiram finalmente chegar ao local do incêndio, e ao mesmo tempo o trio. Lola chamou pelo seu pai. Windsor estava perto da plantação quando foi avisado por um funcionário.
— Papai, que houve aqui?!
— Um assunto muito longo para tratar agora. Sacerdote Li...
— Windsor...
— Você deve ser o pai do ansioso Jason, não é?
— Sim, sim. Ele está aí?
— Vamos entrar primeiro.
Um tempo depois, todos estavam sentados na sala de estar.
— Seu filho não está nesse momento. Ele foi fazer um serviço como parte de um treinamento como treinador pokémon.
— O senhor pediu algo ao meu filho? O quê?
— Pedi que ele capturasse um pokémon no pântano dessa ilha.
Li se levantou indignado e disse acerca dos perigos do pântano. Existiam criaturas venenosas e até Beedrills imigravam para aquela região dependendo da época.
— Você é um irresponsável. É uma criança de dez anos! — Falou Robert.
— Por favor. Ele tem um Charmander ao lado dele. Qualquer perigo que ele passe, terá um companheiro para protegê-lo. Vocês precisam confiar no Jason.
...
O Gyarados que impedia a passagem dos bombeiros foi afastado. Isso deixou Maytsa curiosa para saber que tipo de criatura deixaria o seu monstro assustado.
Na estrada, Gary desceu do seu pokémon e o colocou de volta à pokébola. Viu as árvores destruídas pelo caminho. De fato um grande estrago.
— Equipe Black...
Seu celular tocou. Era a doutora Milla. A conversa era acerca do ataque ao laboratório. Segundo a polícia, havia poucas informações sobre a Equipe Black e a sua atuação em Hokkaishin. Tentou se comunicar com o governador-geral em White City mas não obteve resposta. Segundo ela, parecia que as autoridades tentavam esconder algo.
— Tem cuidado, professor. Parece que esses caras não são apenas gângsteres locais. Acho que o buraco é mais embaixo. Para mim também envolve figurões da política local.
— Contate o meu avô em Viridian. Se ele não estiver, deixa recado. Boa sorte, doutora.
— Para você também, professor.
Gary sabia no vespeiro que mexia.
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