Pokémon Pyro Max escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic
O incêndio no arrozal tomou grandes proporções. Os trabalhadores ajudavam a apagar o fogo levando baldes de água e mangueiras, tiveram também ajuda de alguns pokémons do tipo aquático. A polícia chegou por volta de vinte minutos após o início da queimada.
A oficial amiga do Windsor chamava-se Linda, e era a xerife da ilha. Ela perguntou sobre a possibilidade de ter sido um incêndio criminoso. Um dos empregados reiterou que vira um motoqueiro ali perto.
Trent voltou para a sua moto e saiu em disparada até o ponto de encontro costumeiro dos motoqueiros. Era um estacionamento abandonado onde rolava até churrasco. Windsor foi o único a reparar que o seu sobrinho saíra sem dizer nada.
O líder dos motoqueiros não quis conversa com ninguém e ignorou até mesmo a sinalização de trânsito. Entrou na Vila do Arroz.
No estacionamento abandonado, viu seus parceiros comendo churrasco e conversando com dois homens esquisitos.
— Nosso líder chegou — disse Charlie.
— Líder, hoje temos dinheiro de sobra — disse Vince.
O rapaz desceu da moto e segurou Vince pela jaqueta.
— Estúpidos! O que pensaram em fazer botando fogo na fazenda do meu tio?
Iniciou assim uma discussão entre Trent e seus colegas. Vince e Charlie disse para o amigo ficar calmo ou ele cairia fora do bando.
A dupla de criminosos se apresentou ao adolescente.
— Eu me chamo Gambler, mas pode me chamar de Gamb hehehe — era o bandido sem o boné e o mais atrapalhado.
— E eu sou Chucky. Sim, demos dinheiro ao seu bando para por fogo na fazenda pois soubemos que um menino com um Charmander estava se envolvendo com o dono de lá. — Chucky retirou o boné, seu cabelo era tingido de rosa e curto. — Queremos saber se ele ainda estar por lá e se o tal fazendeiro o protege?
— Nem adianta mentir hehe. Temos informação que ele é líder de ginásio e que é bastante forte.
— Quem são vocês? De onde vieram?
Ambos se apresentaram. Fizeram posições ridículas ao revelarem ser da Equipe Black.
Todos ficaram levemente constrangidos com as posições e a apresentação da dupla. Mas Trent não quis conversa. Sacou a sua pokébola para assim enfrentar os dois bandidos.
...
Enquanto isso, Kobayashi viu a luz do incêndio bem ao longe. A fumaça era visível mesmo naquela distância.
— Vovô, isso é lá em casa.
— Calma, Lola. Os dois venham comigo.
O velho entrou no veículo e pediu aos outros para entrarem. Saiu em disparada em direção ao local do incêndio.
— Perdão, mas ir ali é importante? — perguntou Robert.
— Claro que sim. É onde vive o meu filho e líder do ginásio. Se tivermos sorte, acharemos o seu filho lá. — Revelou Kobayashi.
Os bombeiros ainda não chegaram. Ninguém sabia o motivo para a demora deles. Linda chamou no rádio para saber o porquê do atraso. Ninguém respondeu.
O fogo estava se alastrando para a floresta ao redor. Não havia muito a se fazer. Windsor teve uma ideia.
— Jason.
— Sim?
— Preciso da sua ajuda. Tá vendo aquela floresta adiante?
— Tô.
— Ali vai na direção de um pântano. Quero que você e o Charmander entrem lá e só saiam depois de capturar um pokémon do tipo aquático. Acha que consegue?
O menino se mostrou confiante para prosseguir com essa ideia.
Durante o trajeto para a fazenda, o celular de Kobayashi tocou. Era o número de Trent. Ele colocou o fone bluetooth na orelha e iniciou uma conversa ali mesmo, dirigindo.
— Trent? Trent!
— O senhor deve ser o tal Kobayashi, certo? — falou uma mulher.
— Cadê o Trent?
— Aquele moleque rebelde? Acabamos de derrotá-lo num duelo. Vou te enviar uma foto.
A foto mostrava Trent amarrado numa cadeira. Kobayashi parou o carro imediatamente.
— Quero que venha sozinho ao endereço que darei via mensagem. E não faça mais perguntas ou o seu precioso neto terá um destino cruel.
Kobayashi pediu a Lola que prosseguisse a pé até a fazenda. A menina até perguntou o motivo daquilo tudo, mas ele não quis dar mais detalhes. Deu meia volta e saiu na direção da vila.
Robert presumiu ser algum problema familiar. A mesma sensação que Kobayashi sentiu era a dele.
— Melhor deixarmos o seu avô resolver o que tem que resolver. Precisamos logo ir até o seu pai pedirmos ajuda para encontrarmos o filho dele — disse o sacerdote Li.
A moça assentiu. Os três foram caminhando para a fazenda.
Enquanto isso, várias árvores caíram na pista que dava acesso ao arrozal. Os bombeiros não puderam passar. A pergunta que não queria calar era: o que fez isso? Alguma força muito forte arrastou aquelas árvores de cerejeiras e as colocou para impedir o acesso dos bombeiros à via responsável para a direção da fazenda.
Eles saíram do carro e viram uma grande sombra sobre a estrada. Era o Gyarados voando o local.
— Que monstro! O que faremos?
— Não há nada que se possa fazer. Esse é um Gyarados.
— Mas não existem Gyarados nesse mar.
Os bombeiros discutiam enquanto o monstro do tipo aquático e voador apenas girava pelo céu.
...
Mais trabalhadores jogavam baldes de água para tentarem apagar o fogo.
— Se eu fosse especialista em aquáticos — murmurou Windsor.
Ele viu Jason e Charmander andarem pelo caminho do arrozal que ainda não pegava fogo. O menino retirou o tênis, levantou a calça e caminhou pela lama da plantação. Charmander prefiria continuar dentro da mochila em suas costas.
— Pra você é fácil. Fica aí aproveitando o bom de ser pequeno.
O garoto conseguiu passar a parte inundada e finalmente foi para a terra seca. Já era a floresta mais à frente, e o seu desafio era tentar capturar um pokémon do tipo aquático a fim de fazé-lo ajudar a apagar o incêndio. Não era fácil, porém.
Anoiteceu e alguns monstrinhos venenosos saiam das suas tocas para caçarem. Os pokémons eram os maiores predadores. Jason não sabia o que esperar ao entrar na floresta.
— Fala sério.
Charmander permaneceu dormindo dentro da mochila e quanto o garoto sofria a cada passo que dava rumo ao desconhecido. Era o seu primeiro grande desafio.
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