Minha cabeça estava em chamas, eu estava preocupado com o bem estar da minha família, do meu povo. O que será que aconteceu de tão importante a ponto de os reis terem que nos ligar? Desde que recebi a tal ligação de minha mãe, eu não consigo me acalmar. Elena já tentou conversar comigo, me fazer ouvir musica, mas não tem jeito, até eu não entender o porquê da ligação eu não pararei. Por sorte já estávamos dentro do carro indo em direção ao castelo. O veiculo teve que parar umas duas ruas antes por que a rua a qual estávamos se encontrava congestionada e não acreditava que aquilo acabaria tão rápido. Parecia que todos haviam decidido visitar o castelo hoje.
  – Alfredo faça alguma coisa – Rosnei para o motorista.
– Senhor, não podemos passar, todas as ruas que circulam o castelo estão congestionadas. – O homem magrelo me encarou pelo espelho do carro.
– Tudo bem. – Bufei retirando o cinto de segurança e abrindo a porta do carro. Elena fez o mesmo e correu até mim.
– O que você está fazendo? – Segurou meu braço.
– Indo para o castelo. – Encarei a morena que estava com os olhos castanhos arregalados. – Minha mãe ligou-me desesperada, ela precisa de mim e eu não posso ficar apenas dentro desse carro esperando o tempo passar. – Joguei meus braços ao alto.
– Então vamos juntos ao castelo. – Ela pegou minha mão entrelaçando nossos dedos e começou a caminhar pela rua movimentada e lotada de plebeus e paparazzis. Cansado de esperar aquelas pessoas nos derem passagem, comecei a correr entre elas, com Elena em meu encalço. Eu sentia que precisava chegar o quanto antes ao castelo. Alguma coisa muito séria havia acontecido, eu podia sentir.
Corremos mais um pouco e enfim chegamos a frente ao castelo que estava cercado por viaturas de policia e paparazzis desesperados por uma reportagem de primeira capa. Meu coração estava prestes a voar pela minha boca quando finalmente avistamos uma Caroline afobada em frente ao portão conversando com um segurança. Corri até a loira e Elena apenas me seguiu.
– Caroline? O que aconteceu? – Perguntei atraindo a atenção da loira que no mesmo instante correu em nossa direção e nos abraçou aos prantos. Não sei por que, mas comecei a chorar com ela e Elena.
– Que bom que vocês chegaram – Ela se afastou tentando em vão secar as lágrimas que teimavam em escorrer pelo seu belo rosto.
– O que aconteceu? – Foi à vez de Elena perguntar.
– É melhor os dois entrarem – A loira entrelaçou suas mãos com a minha e com a de Elena e nos arrastou portões a dentro.
Entramos na sala do castelo e nos deparamos com todos meus parentes e parentes de Elena conversando. Quando minha mãe nos viu ela veio correndo em nossa direção e nos envolveu em um forte e apertado abraço.
– Meu fi-filho – Ela chorou sentando-se ao sofá.
– Todos para a sala de jantar, por favor. –Maria anunciou e todos os integrantes da sala menos eu, Elena, Kate e Caroline saíram.
– Alguém nos conte o que aconteceu? – Exigi cruzando os braços.
– A Rebekah foi seqüestrada – Minha mãe mal conseguiu terminar a frase e já recomeçou a chorar em meus braços. A dor angustiante tomava conta do meu corpo enquanto sentia os braços pequenos de Elena envolver meu corpo e os soluços doloridos de minha mãe tomar conta de meus ouvidos. Senti meu rosto ficar úmido e sabia que estava chorando.

Minhas mãos se encontravam gélidas, o aperto em meu coração se aumentou, não podia ser real, isso tudo é apenas um pesadelo, um pesadelo horrível do qual eu irei acordar, fechei meus olhos com força tentando em uma vã tentativa sair do meu terrível pesadelo. Minha Rebekah se foi, sabe se lá o que estão fazendo com a minha irmãzinha, eu havia crescido ao lado daquela loira, me tornei o homem que sou por ajuda dela, não conseguiria administrar um governo tão extenso como esse se não fosse por suas insistentes falas de como eu seria um ótimo rei, e agora eu me pergunto, que grande irmão eu sou? Não vou deixar que levem a minha loirinha, minha cabeça rodava pensando e várias formas de tê-la de volta.

– Já fizeram contato? – Elena ousou perguntar já com a voz tremula, estranhei vê-la daquela forma já que as duas não se davam muito bem.

– Não deram nenhum sinal, minha querida – minha mãe estendeu as mãos até o rosto se entregando as lagrimas que jorravam da mesma.

– Quando foi a ultima vez que a viram? – Elena puxou Caroline pelo braço esperando pela resposta da loira.

– Ontem a tarde – respondeu passando as mãos em seus cabelos – Disse que iria dar um volta na cidade, eu me candidatei para ir junto, mas ela recusou, estranhei seu comportamento, mas relevei pensando que ela estivesse em um mal dia – completou, pude ver Caroline se sentindo desconfortável, provavelmente se sentindo culpada.

– Onde estavam os seguranças desse castelo que não a acompanharam? – berrei

– Você sabe como a Rebekah é meu filho, nunca aceitou que seguranças ficassem por perto – Rainha respondeu tentando se recompor. Bati o pé andando em passos largos até os policiais.

– Aonde você vai? – Elena disse num tom de voz baixo me puxando pelo braço.

– Parado eu não vou ficar Elena – me soltei de seu braço e continuei andando, os policiais pareciam estar grampeando o telefone, provavelmente para caso os bandidos tentarem manter contato. Andei até um policial alto que eu já conhecia, tratou sempre de todos os problemas da família.

– Príncipe Damon – esticou a mão para me cumprimentar – Sinto muito pelo o que aconteceu, estamos fazendo o possível e o impossível para trazê-la de volta em segurança – completou puxando a ponta da sua farda para baixo a realinhando em seu corpo.

– Preciso que me intere de tudo o que você já saiba, cabo Tyler – falei cruzando meus braços e ouvindo as poucas informações que ele havia obtido até então.