NEW WAR ; Dramione escrita por Mrs Delacour


Capítulo 2
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Mudança de planos... Irei escrever a fanfic sozinha !
Leiam, comentem, recomendem!
Enjoy !



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{II}

- O que há de errado com você?

As pisadas firmes de Hermione puderam ser escutadas desde o último vagão até o primeiro. As discussões entre o casal eram fluentes. Desentendimentos ocorriam o tempo todo, mas no fim eles sempre voltavam a se falar. Hermione, como sempre, tomava decisões precipitadas. Dessa vez não foi diferente, ela saiu da sua cabine, onde estavam seus amigos e o tomate, e procurou por um vagão vazio onde pudesse ficar sozinha. Havia apenas uma cabine vazia em todo o trem, todos os outros gostariam de ficar na companhia de amigos, oras. Ela se sentou, e como sempre, acompanhada de um livro, começou a ler.

- Oi, Hermione.

A vontade de soltar um palavrão era grande e foi maior ainda quando ela viu quem estava sentado ao seu lado. Mas que diabos, será possível que não se pode ficar sozinha nesse trem?, pensou. Mas pacientemente a garota respirou fundo e respondeu:

- Oi, Córmaco.

- Como vai? – ele sorria, amigavelmente.

- Eu estava muito melhor dois minutos atrás – ela respondeu, ríspida e direta. O garoto não escondeu a decepção e se levantou, andando em direção á porta. A castanha sentiu um aperto no coração por ter magoado o menino que apenas lhe deu um oi. – Córmaco, espera. Fica. – O garoto sorriu e voltou a se sentar ao lado da sabe-tudo. – Me desculpe, eu só estou um pouco estressada com algumas coisas que andam acontecendo.

- Ronald Weasley, de novo? – disse o garoto. Hermione logo abandonou o livro e olhou para McLaggen. – Sei que andam se desentendendo, bom, na verdade o trem inteiro sabe. Todos nós podemos ouvir os gritos de vocês dois. Ouvimos quando você o chamou de cenoura ambulante. O que ele fez dessa vez? Andou se metendo com lufanas novamente?

- É – ela respondeu – Rony não resiste em olhar para as malditas lufanas assanhadas.

Córmaco riu, mas parecia refletir em relação á alguns assuntos.

- Porque fugiu de mim?

- O que? – ela lhe perguntou, espantada e sem entender o motivo do que o garoto acabara de dizer.

- Porque fugia de mim no sexto ano? – ele repetiu.

- Não... Não sei... – ela respondeu. Ele apenas assentiu e passou a olhar para o chão.

Um silêncio enorme formou uma barreira entre os dois. Córmaco tinha uma quedinha por Hermione desde o sexto ano, quando a viu pela primeira vez. Hermione fugia do pobre coitado, porque era completamente apaixonada por Ronald. Quando ele estava prestes a lhe falar algo importante, outra pessoa os intimidou. A surpresa de Hermione foi muito maior. A silhueta perfeita de certa Doninha Saltitante estava parado olhando para os dois, o tempo todo.

- Se incomodam se eu me sentar aqui? – disse.

- Na verdade sim, mas além de o trem não ser meu, sou muito educada para não lhe mandar ir para o inferno, sente-se. Bem... Sente-se onde quiser, não tenho nada a ver com suas decisões. – a castanha respondeu – Mas o que está fazendo aqui afinal? – a curiosidade foi maior.

- Fui expulso da minha cabine – ele confessou. Hermione não aguentou o riso.

- Expulso? – ela perguntou.

- Pansy ficou descontrolada e estava ofendendo á todos, me expulsou de lá. Bem, não lhe devo satisfações – ele respondeu. E se sentou encarando Córmaco e Hermione.

- Vai ver ela percebeu o quanto sua companhia é desagradável – a castanha sorriu.

- Muito engraçada, sangue-ruim. Mas ninguém pediu a sua opinião. – Draco fez aquela careta de nojo – Mas onde estão Cicatriz e o Pobretão? Você e ele brigaram de novo, não foi? Eu sabia.

Hermione encarava Draco com desconfiança e dúvida. Primeiro: porque ele escolheu logo a cabine onde estavam ela e Córmaco? Segundo: que história é essa de Pansy ter lhe expulsado da própria cabine sendo que o tal Malfoy se acha o superior?

O clima ficou tenso entre os três. Córmaco queria ficar á sós com Hermione. Malfoy... Bom, não se sabe ao certo o que o Projeto de Fuinha queria, mas coisa boa não era. A única coisa se ouvia era a respiração de cada um. Mas algo deixou a pequena Granger surpreendida. Aquela mesma sensação de tristeza tomou conta do trem, como no terceiro ano. A cabine estava ficando fria.

- Está ficando frio, não? – disse Hermione, estremecendo. Os dois garotos a encaravam com um misto de preocupação e sem entender absolutamente nada. – O que foi? Porque me olham assim?

- Granger, o aquecedor está ligado. – disse Malfoy. Hermione o olhava completamente confusa. Sim, ela estava congelando. Mas porque apenas ela sentia aquele frio na espinha, aquele vento gélido percorrer seu corpo.

- Mas... Eu... – ela cochichou – Tem alguma coisa errada.

- O que? – gritou Malfoy. Hermione havia falado tão baixinho que deixou os dois garotos curiosos.

- Tem alguma coisa errada – a castanha repetiu, desta vez soltando um grito. Os três saíram da cabine e andaram calmamente, mas com passos firmes pelo corredor. Todos os outros pareciam normais, como se nada estivesse acontecendo. Passaram pela cabine de Harry e Ronald, onde estavam também Gina, Luna e Neville. Hermione parou na frente da cabine e olhou pelo vidro.

- Continue – Córmaco sussurrou em seu ouvido. Hermione assentiu e continuou andando, ignorando seus amigos. Os três estavam com varinhas em mãos, embora não soubessem o que estava acontecendo.

- Estão ouvindo? – Hermione sussurrou. Ela parou bruscamente fazendo com que Malfoy e McLaggen tropeçassem e esbarrassem nela.

- Ouvindo o que, peste? – perguntou Malfoy, já morrendo de medo.

- O sibilo, fino e calmo. – ela olhou nos olhos dois que agora eram seus... Bom, seus companheiros de cabine, se é que podemos chamar de companheiros O Medroso Malfoy e O Maluco do Quadribol. Naquele instante, Hermione se lembrou dos seus dois melhores amigos, Harry e Ronald, que desde pequenos viviam grudados. – Acho que estou maluca. – Malfoy e McLaggen riram, por mais que Malfoy quase nunca mostrasse os dentes ao sorrir.

O sibilo ficou cada vez mais nítido aos ouvidos de Hermione.

- Estão ouvindo agora? – ela lhes perguntou.

- Sim – disse Malfoy. Os dois companheiros o olharam. Hermione assentiu.

Continuaram a andar lentamente, com varinhas em mãos. O clima de mistério pairou no ar. Até que avistaram de longe uma portinha pequena perto da última cabine do último vagão. Hermione respirava ofegantemente e sentia o suor escorrer por sua têmpora. A porta rangia tão baixo que chegava a ser quase imperceptível. Mas o que era aquilo? Logo o sibilo foi sumindo e o rangido lhes chamava atenção.

- Durante todos os anos em que viajei para Hogwarts, nunca soube da existência dessa porta. – comentou Córmaco.

- Mas é claro, você é tão burro quanto essa porta, como iria percebê-la? – Draco sorriu. McLaggen com seus olhos em fenda lançou um olhar perigoso e penetrante para Malfoy.

Hermione e sua curiosidade insistiam em abrir a porta e ver o que havia lá dentro. Ela então continuou a andar, só que seus passos começaram a ficar mais rápidos e mais rápidos e cada vez ela se apressava mais, tanto que quase correu.

- Vou abri-la.

- Tome cuidado – sussurrou Córmaco, também curioso para saber o que tinha atrás da portinha. Hermione estendeu o braço e suas mãos tocaram levemente a maçaneta dourada. Quanto mais ela o girava, mais ficava tensa. A portinha começou a se abrir. Os três fixaram seus olhares curiosos.

- Bu!- Malfoy gritou no ouvido da garota que deu um pulo ao ouvir o grito ensurdecedor. Esta levou as mãos ao ouvido esquerdo o massageou para aliviar o zumbido que lhe incomodava.

- Trasgo, imbecil, Doninha Oxigenada – Hermione deu uns tapinhas em Draco, que soltou uma gargalhada gostosa bem alto. – Nunca mais repita isso quanto eu estiver concentrada em algo muito importante!

- Como uma portinha assustadora que range horrivelmente e que esconde produtos de limpeza e vassouras atrás de si? – perguntou Córmaco, rindo.

- Vassouras?

Córmaco fez que sim com a cabeça, livrando a pobre garota de um ataque de nervos. Ela suspirou de alívio.

- Por mim já chega, cansei de brincar de Sherlock Homes. Isso é coisa sua, do Cicatriz e do Cenoura. Já estou bem crescidinho para brincadeiras estúpidas. – Malfoy seguia em direção á sua cabine, a mesma em que disse que foi expulso, e sorria enquanto andava pelo corredor com as mãos no bolso.

- Só se for crescido fisicamente, porque a sua idade mental está um pouco atrasada. – Hermione gritou para o loiro que continuava a andar, o efeito do pós-susto surtiu, fazendo-a ficar emburrada e vermelha de raiva. Ela se recuperou e viu que Córmaco estava parado lhe observando. – Ainda está aqui, criatura?

Este balançou a cabeça em concordância. Granger lhe fez um sinal para que a seguisse. Voltaram para a cabine onde estavam anteriormente. Eles continuaram a conversar sobre livros, o que Córmaco não entendia muito bem e não fazia questão de ler e nem ao menos folhear, mas mesmo assim comentava quando Hermione lhe permitia comentar. Sorriram quando Hermione começou a se lembrar de músicas trouxas que escutava quando pequena e esta cantava alto. Córmaco lhe contou história de bruxos que ela nunca havia escutado antes, mesmo sendo a sabe-tudo, bom... ela não sabe de absolutamente tudo. Até que a figura de um ser tão vermelho quanto cada fio de seu cabelo, apareceu enfurecido na cabine, com as mãos fechadas em punho e a ponto de atacar. Ah, Ronald Weasley! 


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Notas finais do capítulo

Beijos, até o próximo capítulo :)



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