NEW WAR ; Dramione escrita por Mrs Delacour


Capítulo 12
Capítulo XII




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{XII}

MANSÃO MALFOY

– Porque a sangue-ruim, Milorde?

– Porque sim! Oras, desde quando lhe devo satisfações Rabicho? – Nott cuspiu as palavras.

– Desculpe a falta de respeito ao senhor, mas Hermione Granger não nos tem serventia, Theodore. Ela sumiu como você mesmo sabe e a essa altura já deve estar morta – Narcisa interrompeu.

– Devo lhe lembrar de que seu filho, aquele ingrato, também está com ela. Você se lembra? – o garoto disse com indiferença. Narcisa arregalou os olhos ao saber que Nott sabia do paradeiro de seu filho além dela e Monstro. – Achou que eu não saberia que ele ajudou a Granger a fugir? Ah, Narcisa, tão ingênua! Vou lhe dizer uma coisa que talvez você não saiba: meus sequestradores os encontraram e agora eles são meus. Mais cedo ou mais tarde você irá receber dois lindos vasos com coisas muito preciosas. Um com o sangue e outro com as cinzas do seu filho.

Narcisa permitiu que seus olhos se enchessem de água. Lúcio engoliu em seco ao ouvir as palavras que tinham sido pronunciadas por Theodore. Mas tudo não passava de uma bela mentira. Hermione e Draco estavam sãos e salvos.

– Mas eu vou matar a curiosidade de vocês.

– Do que você está falando, Milorde?

– Querido amigos, o fato é que Hermione Granger tem o que eu quero. O vira-tempo que já lhes pedi para capturar, mas é impressionante o quão grande é a incompetência de vocês. E ela é uma sangue ruim inocente. Tão pura quanto irritantemente sabe-tudo.

– Impossível! Hermione Granger teve um namorado, Ronald Weasley, eles provavelmente já tiveram uma relação – exclamou Dolohov. O fiel Comensal da Morte ainda estava aliado ás trevas.

– Não, meu caro Dolohov. Hermione Granger ainda é pura. O sangue dela me renderá uma grande força. – disse Theodore.

– Como sabe disso? – Lúcio perguntou. Ele se manteve calado até certo momento.

– Me diga o que eu não sei? Logo todos se curvaram de ante de mim. Até aquela velha, a diretorinha de Hogwarts, Miverna McGonagall. – disse Theodore.

– Mas porque Hermione Granger, Milorde? - Lúcio insistiu.- Há tantas sangues ruins por esse mundão.

– Porque eu a quero, não há explicações lógicas para isso, apenas a quero.

“Só preciso trazê-la de volta para perto de mim. Preciso da minha sangue ruim.”

{...}

FLORESTA SHERWOOD

– Não vão dizer nada? Nem um obrigado por salvar nossas vidas?

– Her...

– Hermione Granger e Draco Malfoy, estou certa? As coisas não andam muito boas para vocês dois. – ela abriu um sorriso.

– Do que ela está falando? – Draco disse a Hermione.

– O que? Vocês não sabem? – a mulher parou de rir de repente.

– Não sabemos o que? – Hermione perguntou confusa. Ela e Draco estavam jogados no chão do mesmo jeito em que estavam depois de serem puxados por Lhena.

– O Ministério todo está atrás de vocês dois. Os boatos correram por todo mundo bruxo. Uns dizem que vocês fugiram juntos por amor. Outros dizem que vocês estão mortos ou coisa do tipo. Está aqui no Profeta Diário. – disse a mulher pegando o jornal que estava sobre a mesa junto ao café e mostrando aos dois bruxos.


Desaparecimento de dois jovens bruxos

“Hermione Jean Granger e Draco Black Malfoy estão desaparecidos; ela há duas semanas e ele há cinco dias. Não há informações de paradeiros dos dois jovens. Sabe-se que a garota ia para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, mas sumiu depois do ataque no trem pelos temíveis Comensais da Morte e o Bruxo-Desconhecido. Há notícias ainda não comprovadas de ela estaria morta, mas seus amigos estão certos que não. Já o garoto, filho de dois Comensais, estava em sua casa quando desapareceu. Há rumores de que os dois estavam ou estejam em um romance e fugiram juntos, pois o pai do garoto não permitia o namoro por ela ser mestiça, outro questão não comprovada. O fato mais provável é de que Hermione Granger tenha sido sequestrada por Draco Malfoy que guarda rancor por ela ter ajudado a colocar seu pai em Azkaban. Colegas de sala e amigos dos dois jovens dizem que Draco odiava de certa maneira a garota e isso pode ter influenciado no sequestro. Ainda colhemos informações, qualquer notícia será bem vinda.”, disse o Ministro Cornelius Fudge á uma entrevista completa com Rita Skeeter.

Já Arthur Weasley, funcionário do Ministério da Magia disse: “Conheço Hermione desde que ela tinha onze anos. Ela é como uma filha para mim e ex-namorada de meu filho, Ronald Weasley, infelizmente. Sagaz e inteligente é o que a define, tenho certeza de que não está morta, muito menos namorando Draco Malfoy. Harry está inquieto há duas semanas. Rony não come há duas semanas. Gina chora há duas semanas. É difícil não pensar em coisas piores quando não se tem notícias... Hermione, querida, se estiver lendo esta notícia, volte para casa. Estamos todos preocupados.”


– Se Rony não está comendo é que a coisa está realmente muito séria – disse Hermione entre soluços.

– E agora, o que nós fazemos? – disse Lhena.

– Nós? Não há nós – Draco se exaltou – Apenas eu e a Granger. Nós estamos desaparecidos. Eu estou ferrado. Você não tem nada haver com isso.

– Diga isso aos Comensais. Diga ao Ministério que agora deve saber da minha participação no suposto “sequestro”. Diga a eles que não tenho nada haver com esse lenga-lenga, aí sim, tudo vai estar bem. – a mulher encarou Draco seriamente. Fez com ele sentisse na alma a raiva que acabara de brotar nela. – E você ainda não me agradeceu por ter salvado a sua vidinha hipócrita, mal educado.

– Agradecer... E eu lá vou lhe agradecer! Foi tudo culpa dessa sangue ruim que me colocou nessa história. – Malfoy já estava vermelho de ódio.

– Peça desculpas á ela, ora, ninguém fala dessa maneira debaixo do meu teto. Em pleno século XXI (vinte e um) e você ainda tem uma mentalidade medieval. – a mulher respirou para poder retomar fôlego e continuar a gritar - Sangue ruim... – esperou um pedido de desculpas, mas ele não veio - Vamos peça desculpa antes que eu te coloque para fora da minha casa.

– Tudo bem, me desculpe Granger.

– E?...

– Prometo não lhe chamar mais de sangue ruim.

– Ótimo – disse Lhena – Assim está melhor.

– Não precisa se preocupar, D’Elmo. Já estou acostumada a ser ofendida por esse aí. – disse Hermione. Draco sentiu lá no fundo, mas lá fundo, uma pontinha de arrependimento. – Com licença, preciso me preocupar com coisas importantes.

Três horas mais tarde

Lhena preparou para os dois uma xícara de chá e biscoitos. A noite estava próxima e eles precisavam de um lugar para dormir. O casebre era pequeno demais e só tinha três cômodos - apenas por ser de uma pessoa que não se importa com grandiosidade - a cozinha, o quarto e o banheiro. Tudo perfeitamente arrumado. Havia um colchão velho e nada mais, Hermione topou dormir naquele colchão sujo que na verdade nunca havia sido usado antes. Draco, como sempre, contrariou, mas quando soube que se não topasse dormir no mesmo colchão velho que Hermione iria dormir no chão frio e duro, topou. Até porque dormir ao lado de Hermione não era ruim, ele até gostava. Sabendo que ela estava enfrentando um momento difícil aproveitaria a situação e sabia que ela provavelmente iria querer um “ombro amigo” não tão amigo assim.

Draco andava de um lado para o outro apressadamente. Colocava as mãos na cabeça e pensava no prejuízo que teria. Lhena e Hermione estavam sentadas á mesa degustando o biscoito maravilhoso que a mulher fizera. Estavam começando a ficar impacientes com aquele anda para lá e anda para cá. A castanha até achava divertido vê-lo daquele jeito.

– Que merda! O que ele tem? – perguntou Lhena.

– Doninha no cio, nem perca seu tempo perguntando e se preocupando, apenas sinta o gosto delicioso do biscoito.

– Oh, ta. – disse Lhena voltando a devorar seus biscoitos.

A atenção dos três se voltou a uma coruja que bateu de cara na janela. Errol a coruja dos Weasley estava agora jogado no chão com um pedaço pergaminho na boca.

– Errol! – Hermione gritou. Abriu a porta ás pressas e correu para socorrer a coruja que levantou num pulo e se chacoalhou inteira para tirar a neve de si. A Granger pousou as mãos no coração respirando aliviada. A coruja atrapalhada ergueu a cabeça e entregou o pergaminho á Hermione que abriu com rapidez.

Ela logo reconheceu o garrancho perfeito de Rony. Passou a ponta dos dedos pelos “rabiscos” e em seguida leu atentamente:


Mione,

Onde você está? Se recebeu minha carta é porque está viva, graças á Merlin!

Não consigo parar de pensar em você, sabia? A cada dia que se passa fico mais apreensivo, mais preocupado e esfomeado por não conseguir engolir um pedaçinho de pão sequer. Sinto sua falta, Mione. Até comprei aquele perfume de jasmim que você sempre usava quando estávamos namorando só para poder sentir o seu cheiro todos os dias. Vejo seu sorriso em todos os cantos, até nos mais imprevisíveis. Vasculho minha mente para encontrar a última lembrança em que estamos felizes juntos. Arrependo-me de não poder mais estar com você por uma coisa idiota que fiz. Desculpe-me por isso. Desculpe-me por não poder mais cuidar de você como nunca fiz.

Eu nunca estive afim da Cho, o meu problema se chama ciúmes, ás vezes faço coisas que nem em um milhão de anos faria. Por você. Pelo que eu ainda sinto por você. Culpo-me por ainda te amar e não estar ao seu lado. Rezo todos os dias para que você volte sã e salva para casa. Para mim.

Sinto muito por tudo o que está acontecendo. Sei que está sendo difícil e o imagino o turbilhão de pensamentos que agora ocupa seu cérebro brilhante.

É impossível não te amar, com carinho, Rony.

Ah! Antes que eu me esqueça... Se aquela Doninha Saltitante encostar num fio castanho seu, diga á ele que pode se considerar morto!

Uma chuva de beijos.

– Rony...

Comprei aquele perfume de jasmim que você costumava usar quando estávamos namorando só para poder sentir seu cheiro? Que imbecil! – Draco riu. Hermione olhou para trás e viu que Malfoy e D’Elmo estavam atrás dela lendo a carta que antes era pessoal.

– Alguém gosta do meu perfume de jasmim, Malfoy.

Uma chuva de beijos? Tinha que ser o Weasley Pobretão – ele não aguentava mais rir.

– Era assim que nós nos despedíamos quando estávamos namorando. – a castanha abraçou a carta e pode sentir o cheiro de Rony. Aquele cheiro confortante. Pensou seriamente em reatar seu namoro quando voltasse para A Toca.

– Eu, particularmente, achei fofo da parte dele – disse Lhena.

– Mas como ele sabe onde você está? – Draco parou de rir imediatamente.

– Ele não sabe, burro! Errol sabe. “Onde está você?” Não sabe ler? – disse Hermione.

– E como ele sabe, gênio?

– Errol consegue encontrar qualquer pessoa desde que seu dono lhe diga o nome e se necessários as características físicas. Ele procura durante dias, semanas e meses se for preciso. É meio atrapalhado, mas é inteligente. – Hermione explicou.

– Esperta ele. Mais esperta que o próprio dono – Malfoy voltou a rir.

Hermione nem se importou com o comentário de Draco. Acariciou a cojura e pediu que ela voltasse, assim seria melhor. Com o maior cuidado guardou sua carta no bolso do casaco e voltou a entrar no casebre. Malfoy e D’Elmo a seguiram e a viram se deitar no colchão e se cobrir dos pés á cabeça. Já estava tarde para eles estarem acordados. Lhena se despediu de Draco e Hermione e foi se deitar em seu quarto. Por alguns minutos, Draco ficou escutando a castanha soluçar e chorar por debaixo da coberta até o momento em que resolveu se deitar ao seu lado.

– Precisa de um abraço? – Draco cortou o silêncio.

Hermione descobriu o rosto inchado e encarou Draco com uma feição espantada.

– Vai querer ou não a merda do abraço? Aproveite enquanto estou caridoso!

A Granger se virou lentamente tentando encontra sua dignidade e exigir de si mesma coragem para resistir, mas viu Draco com os braços abertos e o abraçou. Respirou fundo e pensou ter sentido o mesmo cheiro que sentia em Rony. O cheiro que sentiu na aula de Poções, no dia em que Horácio Slughorn lhes mostrou a poção Amortentia. Grama recém-cortada, pergaminho novo, pasta de dente e o cheiro de cabelo de Rony. Sentiu-se segura nos braços acolhedores de Draco que a apertava com o abraço e dormiu com a cabeça pousada sobre o peito que subia e descia calmamente do loiro. Malfoy fechou os olhos ao sentir o contanto e o perfume de jasmim da castanha, logo se lembrou de um milhão de coisas que fez para humilhar outros bruxos. Lembrou-se também de sua mãe. Mas não conseguiu resistir a cheirar os fios castanhos de Hermione e em dizer baixinho para si mesmo:

“Desculpe-me por não poder mais cuidar de você como nunca fiz.”


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Notas finais do capítulo

Beijos pra vocês...