Aragon escrita por CatHazel34


Capítulo 23
22. A Primeira Prova


Notas iniciais do capítulo

Kon-nichiwa (acertei?) paçocas *-*
Alguém já tentou ficar sem internet em casa? É uma bosta realmente.
Desculpem-me pela demora além desses problemas com a internet eu ando com a cabeça cheia por causa de alguns problemas em casa e as vezes isso bate de um modo que escrever se torna impossível...
Aqui vai o cap, espero que gostem.



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~No treinamento~

–Abra, o portão da Virgem, Virgo! Abra, o portão do Touro, Taurus!

Os dois espíritos aparecem e acertam os alvos com perfeição, depois uma rajada de vento sopra derrubando os alvos restantes.

–Muito bem Hayato, Wendy! - eu digo.

Os dois coram, e agradecem, são tão fofos e ainda por cima trabalham bem juntos, todos nós trabalhamos para falar a verdade, bem diferente dos primeiros dias de treinamento onde todos nos isolamos e destruímos pedras aleatórias.

–De novo garoto! - diz Laxus em um outro canto, ele e Kaien tem treinado juntos afinal têm uma magia semelhante.

Todos tem evoluído bastante, o treino é mais divertido quando todos estão juntos, mas eu acho que essa montanha não vai aguentar três meses com esse ritmo de treino.

– Hey, por que não tiramos uma folga, e continuamos amanhã? - eu pergunto.

Todos param o que fazem e me olham com cara de paisagem, acho que eles estão gostando demais disso, tanto que não querem nem uma folga.

–Vocês a ouviram. Descanso agora!! - intervêm Laxus.

Todos me encaram durante alguns instantes, mas logo se dispersam, ninguém dizia nada quando eu e Laxus entramos em comum acordo. Ele tem sido de grande ajuda sempre com uma opinam, com algo a acrescentar, sempre está lá para ajudar, sem falar que é um ótimo companheiro de treino, quem nos vê agora não imagina que há duas semanas atrás estávamos a ponto de nos matar, e como eu consegui o respeito dele? Eu só precisei vencer.

~Flashback On~
Duas semanas atrás

É a primeira semana de treinamento, todos estavam aéreos, Hayato está estranho desde que ele e o pai tiveram uma conversa delicada que o deixou sério, o fato de ter conseguido a chave daquele Monstro celestial que atacou a cidade não ajudava, ele é bem fofinho para falar a verdade, parece um cachorro, mas quando se transforma fica incontrolável, isso tem frustrado o garoto que tem desenvolvido um método de treino autodestrutivo, Wendy tem mergulhado em uma cápsula de insegurança, Kaien parecia esconder algo, Levy tem lido mais livros do que pode suportar, Juvia e Luna têm ficado isoladas ultimamente, Gajeel tem treinado com Lily, Kin parecia ter pânico de mostrar sua magia, e Laxus era Laxus, até eu estava meio aérea desde aquela noite, eu não conseguia parar de pensar naquele maldito loiro, estou tentando entender o que aconteceu, eu o vi naquele estado e simplesmente fiz, eu agi por instinto, será que ele está bem? Afinal eu ENFIEI MINHA ESPADA NO CORAÇÃO DELE!!!

Mas eu sei de alguém que não está bem, aquele covarde que os atacou pelas costas, eles salvaram a minha amiga o mínimo que eu podia fazer era bater no mago que quase os matou, espero que eles gostem do meu presente mesmo que esteja um pouco amassado, quebrado e repleto de fragmentos da própria espada, eu gostei, mas será que Sting gostou?

–Droga! - eu grito socando uma árvore.

O que há comigo? Eu ainda sinto o gosto do sangue dele na minha boca.

–Parece preocupada Meio Loira.

Busco a origem da voz daquele que me tirou o fio do pensamento, era Laxus que estava sentado em uma pedra , estava com cara de quem tramava algo.

–Ou devo dizer Panda-girl? Sabe você tem calcinhas interessantes.

Eu coro diante da afirmação, eu sabia que mais cedo ou mais tarde alguém mexeria na minha mala, droga, mas qual é a cisma deles com minhas calcinhas?

–Precisa de algo? - eu vou logo ao assunto.

–Na verdade preciso, eu preciso confirmar algo. - ele responde se aproximando.

–O que seria?

Laxus para diante de mim, ignorando minha pergunta, ele apenas me observa com o rosto sério, até que sua expressão muda e ele sussurra:

–Sua força.

Ele atinge um soco no meu estômago, e eu recuo por instinto, afinal não esperava ser atacada desse jeito, eu nunca fui, mas ele volta a atingir meu flanco e a me cercar.

–O que está fazendo Laxus?

–Lutando. - ele responde - Disseram muita coisa sobre você, estou tentando me convencer que você não é uma fracota com boa imaginação.

Eu seguro seu punho antes que ele atinja o alvo, e o mantenho no lugar.

–Eu não perguntei isso - eu aperto seu punho - Eu perguntei por que está lutando só com 10% do seu poder?

Ele não pensava que eu seria capaz de calcular a força dele com apenas um golpe, pois exibe uma cara de espanto quando ouve minhas palavras, acho que existe algo que eu posso ensinar ao nosso poderoso Laxus, nunca faça cara de espanto isso estimula o oponente, se você manter a calma e parecer indiferente, vai deixar o oponente abalado e confuso.

Solto seu punho e recuo alguns passos, coloco as minhas luvas, e acrescento:

–Eu não brinco Laxus. Se vai lutar comigo vai ter que pegar mais pesado. Vou te contar um segredo eu gosto de apanhar um pouquinho antes de começar a lutar, me deixa animada.

Ele joga sua capa ao vento, e eu faço o mesmo, alguns raios percorrem seu corpo e eu entro em posição de batalha, nós atacamos ao mesmo tempo com um sorriso no rosto.

Nossos punhos se cruzam causando um choque, seu soco é forte como eu imaginei, recuo alguns centímetros e tento um chute que ele bloqueia com o antebraço, ele tenta se aproveitar disso e começa a atacar com mais força, um a um seus golpes são bloqueados assim como os meus.

Percebendo que isso não daria em nada, nós dois recuamos na mesma hora.

–Rugido do Dragão de Raio.

–Rugido do Dragão da Noite.

As duas bolas de magia se chocam causando uma grande explosão, mas ninguém fica parado esperando a poeira baixar, Laxus se lança em um ataque de velocidade, atacando por todos os lados, era difícil de prever sua trajetória, mas depois de levar alguns golpes pude perceber uma pequena vibração no ar antes dele atacar, e comecei a bloquear tudo.

Nariz, joelho, barriga, pescoço, mandíbula, eu atacava em lugares estratégicos, ele desviava sempre, até que enquanto fazia isso deixou uma abertura, eu pulo para essa abertura, e ele pula para o lado me deixando exatamente onde queria, eu vejo seu cotovelo descendo indo exatamente para a minha nuca.

Mas eu também sabia disso.

–Punho do Dragão da noite.

Eu me abaixo na hora e acerto o chão, que se quebra sobre a minha mão, causando o efeito desejado, no segundo seguinte Laxus perde o equilíbrio e pisca, e é nesse segundo que eu ajo.

Quando o pó abaixa tudo estava no lugar, Laxus estava no chão, e eu estava sobre ele, sentada em sua barriga com o punho recheado de magia a três centímetros do seu rosto.

–Quem é a fraca agora? - eu lhe pergunto.

Abaixo meu punho e me afasto dele, demora um pouco, mas logo ele me chama:

–Hey Lucy, 40%.

Eu hesito durante alguns instantes, mas me viro, e dou o meu melhor sorriso para ele.

–30%.

E essa foi a primeira vez em que ele me chamou pelo nome.

~£~

Foi uma boa luta, não importa o quão perigoso o oponente seja, se você tiver calma e observar com a mente aberta, não há nada que você não possa ganhar, isso ficou claro.

Laxus era um bom parceiro, alguém que você pode confiar sua retaguarda, e até mesmo sua vida, o que prova que essa luta não foi uma prova de força, e sim uma prova de confiança, nós dois precisávamos disso para mostrar nossa capacidade.

–Laxus. - eu o chamo.

Ele vem em minha direção, com o corpo pingando de suor, o cabelo todo bagunçado e a roupa toda suja, esse treino foi bem duro.

–O que é? - ele pergunta.

–Eu tenho algo para você. - eu digo enfiando a mão no meu cinto encantado, e tiro um pequeno caderno dele.

–O que é isso?

–É um manual de instruções de algumas técnicas do Dragão de Relâmpago. Em especial uma técnica.

–Dragão de Relâmpago? - ele pergunta.

–Sim, eu falei sobre você para o Igneel, e ele contou tudo ao Lylth, sabe as duas naturezas de poder são iguais, e ele pediu para lhe entregar isso...

–Continue. - Laxus ordena tirando a camisa, eu desvio o olhar envergonhada.

Por que ele tem que tirar a camisa na minha frente? Poxa, Laxus é bonito e tal, é bem sarado e tudo mais, poxa, mas ele não devia tirar a roupa na minha frente, meu rosto começa a arder e estendo o caderno em sua direção.

–E-el-ele a-ach-acha que você é capaz de dominar esse feitiço, ele não tem um Dragon Slayer a muito, muito tempo, e sente falta de treinar alguém, mesmo que seja por meio de um caderno, ele te achou bem, hammm interessante.

Ergo um pouco o olhar e o observo secar o cabelo com a camisa, ele olhava com curiosidade para mim e para o pequeno caderno até que o aceita.

–Obrigada. - ele passa a mão na minha cabeça bagunçando meu cabelo, e acrescenta - Fico feliz que me ache interessante o bastante para contar aos amigos sobre mim, mulher.

E então ele sai andando me deixando para trás corada.

Idiota eu entendi essa indireta.

Depois da minha "transformação" eu venho tento um tipo de problema em me comunicar com seres do gênero masculino. Shinobu disse que Aragon não muda apenas a magia e a aparência, muda a personalidade, o que eu quero dizer é que o meu antigo desespero em arranjar um namorado foi substituído por uma vergonha irracional, eu fico deslocada.

Todos diziam que era fofo, mas eu não penso assim, é estranho e constrangedor.

Com a cabeça em chamas vou para a pequena cabana onde encontro quase todos os magos já sentados na pequena mesa, o cheiro de suor e comida predominava, mas todos estavam com fome demais para se importar, quem fez o cardápio de hoje foi a minha aprendiz mirim, Wendy.

Frango com macarrão, o típico cardápio de domingo da vovó.

–Muito bom Wendy. - eu a elogio.

–Pronta para casar. - Luna diz com a boca cheia.

Wendy cora e tenta se esconder atrás dos cabelos, do outro lado da mesa Hayato quase engasga, e começa a corar, mas ninguém se dá conta dessa fofura, pois Laxus (com camisa) entra na cabana cheirando a cachoeira, logo ele começa a devorar tudo a sua frente na velocidade da luz, não sobrou nada.

–Lucy eu tenho uma pergunta. - Wendy finalmente diz - Mas eu não sei se essa é a hora certa para perguntar.

–Por que não seria? - eu pergunto.

–Têm algo a esconder? - Laxus pergunta - Ou está com vergonha?

–Não é isso! É só algo que Grandine me disse, eu nunca entendi direito, então pensei que a Lucy poderia saber. Só não sei se é o momento certo

–Qualquer hora é a hora certa para aprender. - diz Charlie - Ninguém vai te julgar por perguntar.

–Ela tem razão, farei tudo o que estiver ao meu alcance. - respondo sorrindo.

Ela abaixa a cabeça e une os indicadores, ela parece preocupada, ou estava com muita vergonha de algo.

–O que é um "Parceiro" para um Dragon Slayer? - Wendy finalmente pergunta.

Meu corpo paralisa, meu rosto esquenta, minha boca abre em um pequeno "o", eu não esperava por isso, perguntar sobre o significado de parceiro para um Dragon Slayer é complicado, Wendy não parecia saber de nada, falar sobre isso para ela, é como ter que responder as perguntas de um filho sobre sexo.

Foco. Ela precisa saber, você é a única que pode fazer isso, todos estão esperando, se você vacilar por mais tempo eles vão estranhar.

–Eu li sobre isso. - diz Levy - E fiquei curiosa.

–Parceiro para um Dragon Slayer é algo complicado, é difícil explicar, pois parceiros estão unidos pela alma. - eu limpo a garganta - Trata-se de alguém que vai ficar ao seu lado por toda a vida, alguém para proteger e ser protegido. É alguém que completa a sua existência, ou seja nasceram para ficar juntos, são quase que almas gêmeas, só que mais possessivos.

–É tipo destino? - pergunta Wendy.

–Não sei, talvez seja, talvez não, existem dois modos de uma pessoa encontrar o parceiro, a primeira é desenvolver um vínculo de alma, você se apaixona com o coração e com a alma, e ela se torna seu parceiro, pode ser que esse encontro esteja destinado, mas ninguém sabe. - eu suspiro - E há o segundo modo que é mais raro e inexplicável, a pessoa já nasce com a alma vinculada a alguém, e é algo que supera tudo, eu não sei o que é exatamente, mas eu acho que funciona assim. - eu fecho os olhos - Você a sente perto de você sempre e quando se encontram é inexplicável, é como se você a conhecesse desde sempre, você faria tudo por ela, é como se o vazio que havia dentro de você desaparecesse e tudo, tudo te guiasse na direção dela, não há muitos relatos sobre isso, parece mais uma lenda. Wendy eu acho que Grandine queria dizer que um dia essa pessoa vai chegar, e que ela queria estar ao seu lado quando acontecesse, mas que por enquanto você precisa esperar o sinal.

–Um sinal? - ela pergunta curiosa.

–Não. O sinal! Tipo BUM, explosão nuclear, não tem como saber, o amor têm muitos sintomas. Você talvez queira mata-lo no primeiro encontro, algumas pessoas tem pânico de laços fortes, passam a odiar o parceiro, e recorrem a outros meios, é por isso que existem prostitutas.

Ninguém fala nada quando eu acabo, todos me olham com a respiração presa.

–Isso funciona só com Dragon Slayers? - pergunta Kaien.

–Com Dragões também, mas o parceiro não precisa ser um Dragon Slayer, pode ser um mago qualquer ou um não mago, mas isso significa que o DS vai protegê-lo para o resto da vida. Há alguns Dragões com parceiros humanos, que destruíram cidades para proteger a pessoa. Há quem diga que ter um parceiro é desagradável.

–Sinistro. - Kaien diz.

–Juvia está preocupada.

– Laxus isso funciona com você? Afinal você é da segunda geração. - pergunta Levy.

–Nunca pensei que diria isso, mas estou feliz por não ser uma Dragon Slayer. - diz Kin.

–Que trabalheira. Seria como perseguir um fantasma. - chora Luna.

Todos começam a gritar sobre o alivio que sentem por não serem DS, que seria trabalhoso demais, e enquanto isso os quatro Dragon Slayers quase cortavam os pulsos, de repente uma silhueta aparece em minha cabeça, apagando todo o resto. Era Iluminado.

Era uma alucinação, só pode ser.... não, é real demais, eu sentia a luz dele me aquecendo, mas por que? Eu não estou dormindo, a não ser que agora seja diferente, ergo minha mão para toca-lo, mas quando estou a apenas um centímetro algo toca o meu ombro, e eu me vejo de novo na cabana, com todos discutindo.

–Panda-girl. -chama Gajeel - Precisamos conversar.

Eu limpo o suor da testa com as costas da mão e me levanto o seguindo, juntos saímos para a noite clara e quente, eu sentia falta da Aurora da nossa cidade, o céu sem ela é vazio, seguimos pela floresta até que chegamos na cachoeira onde tomamos banho, mas ao invés de parar Gajeel começa a escalar até a entrada de uma caverna.

Eu devia estar brava com ele, por interromper meu delírio e me levar para uma caverna no meio da noite, mas eu sei que ele deve ter um bom motivo, algo que ele não pode mais adiar.

–Estou pronto. - Gajeel diz - Vamos fazer isso.

~§~

Como sou uma autora comum, e tenho os genes FDP presentes nessa classe, me sinto na obrigação de deixá-los curiosos. Então eu vou pular para a parte divertida, onde eu vou poder mostrar o resultado do treinamento deles. Kisses de paçoca. (n_n).

~§~

3 Meses depois
~Levy PV~

–É maior do que eu me lembrava! - exclama Lucy sobre a cidade - E mais cheia.

E de fato era, na véspera dos Jogos Mágicos as pessoas lotavam as ruas de Crocus, fazendo compras, passeando e badernando, todos ansiavam pelos jogos, mas eu estava nervosa.

–Levy-chan. - Lu-chan me chama em um tom musical, colocando os braços no meu ombro.

Ela usava aquela capa, mas eu sabia que estava sorrindo, Lu-chan sempre sabia quando alguém precisava de ajuda, e ela sempre sabia como ajudar. Todos a adoravam, e a admiravam inclusive ele.

Olho discretamente para o moreno à minha frente, e me sinto uma maldita pervertida pensando nas suas costas fortes, mas eu sempre pareço uma, Gajeel tem esse efeito sobre mim, tanto que eu fiquei com ciúmes da minha melhor amiga.

Quando Lucy disse aquelas coisas sobre parceiros, eu comecei a pensar: "Será que Gajeel já encontrou a sua?". Eu quase explodi pensando nisso, e quando voltei a mim, ele estava com uma mão no ombro dela e a levou para algum lugar e não voltou durante uma semana, Lucy disse que fazia parte do treinamento, mas ela parecia preocupada e sempre saia sozinha a noite, e ninguém a via voltar. Ele voltou fraco e faminto, só treinava com Lucy, todos estranharam, mas não disseram nada, nem eu.

Afinal desde quando Gajeel é complacente? Ele fazia tudo o que ela mandava, era estranho, eu me sentia mal, pois ele confiava mais nela do que em mim, e eu me odeio por isso, é só que a Lu-chan é tão linda, tão legal, que eu não me surpreenderia se ele se apaixonasse por ela.

–Não pense nisso, baka. - diz Lucy batendo na minha cabeça.

Ela pode não saber o que se passa na minha cabeça, mas estava certa, ela sempre está.

Logo chegamos ao nosso ponto de encontro uma Taverna chamada Blue Dream (Saint Seya Feelings), tudo na cidade estava lotado, esse foi o único lugar que a Mestra conseguiu.

–Mostrem suas marcas. - diz um dono do bar.

Nós fazemos o que ele pede, e só assim ele nos deixa entrar. A Mestra estava em um canto do lugar, se embriagando.

–Finalmente chegaram. - ela diz - O treino foi bom, sei dizer pela suas auras.

–Como vai a guilda? - pergunta Kin.

–Muito bem. Temos novos membros, eles já vão chegar. -ela suspira e na mesma hora uma estranha luz surge atrás de uma pequena porta, e um homem grande sai dela.

–Big. -diz Luna se jogando contra o amigo.

Os próximos a sair são Joe, Daisuke, Abe, Ria, Nobuaki, o Raijinshuu, três garotinhas albinas com vestidos brancos, um senhor meio curvado vestindo um fraque e uma gatota morena com luvas cobrindo todo o braço.

–Você poderia ter aberto um portal em um lugar melhor. - grita uma voz estridente - NÃO EM UM BANHEIRO QUÍMICO!

–Desculpe por não atender com suas expectativas Hime-sama. - rebate uma voz conhecida.

Era Yamato, a garota com ele era ruiva e estava vestida como uma princesa.

–Olhe...

–Ariel, esse é o nosso time, seus companheiros. - a Mestra a interrompe.

–Prazer, sou Ariel Yamamoto Maeba Saki. - ela diz. - Você deve ser a Aurora.- ela se dirige a Lu-chan - Saiba que eu não gosto de dividir o posto com ninguém, e eu não costumo perder.

A rosada metida tinha magia da Lava. O Sr. Curvado se chamava Theo, e tinha magia gravitacional.

–É um prazer meus caros.

A morena era Melany, ela usa luvas, pois com um toque ela suga a força vital do oponente, sua magia, e até sua vida.

As três garotas eram Shi que é surda, Tsu que é muda e Ki que é cega, juntas as três tem uma magia sensorial assustadora.

–Fiquem tranquilas, nós seremos seus olhos, ouvidos e boca fora da árena. - diz Ki - Se alguém tentar trapacear nós saberemos.

–Todos já se conhecem, então tirem o tempo para vocês. - a Mestra diz - Estejam aqui ás 23h00, e não se exponham.

Todos começam a se dispersar, exceto por mim, Wendy, Juvia, Lu-chan e Charlie que nos sentamos em um canto, eu começo a ler, mas termino o livro em pouco tempo, e não tinha mais nada para fazer.

–Lu-chan, acha que eles vão estar lá?

–Não sei. - ela responde.

–Acha que vamos conseguir? - eu tento de novo.

–Não sei, só o que sei é que vou chutar o traseiro de qualquer coisa que entrar no caminho da guilda, vocês também não?

–Claro!! - todas dizemos.

Isso propaga o clima, tudo fica mais leve, nós ficamos lá jogando conversa fora e até ganhamos uma torta de Theo, Lu-chan nem adorou isso, e quando nos demos contas já estava na hora, e todos já haviam voltado.

–Pelo menos tivemos a chance de nos encher de torta. - Lucy disse, mas eu não estava ouvindo.

Minha atenção estava sobre um desconhecido, mas tinha algo familiar, me aproximo até dele, e tento uma vez:

–Gajeel?

Ele se vira, e confirma as minhas suspeitas, eu reconheceria esses ombros em qualquer lugar, mas faltava algo.

–O seu cabelo... - eu digo.

–Eu cortei. - ele simplesmente responde.

E havia mesmo, o cabelo que antes batia nas costas agora estava em um estilo quase soldado, só que mais arrepiado.

–Ficou bom. - eu digo corando.

"Atenção Fiore!"

Eu tomo um susto e acabo pulando em cima de Gajeel que me segura antes que eu tenha a oportunidade de quebrar meu nariz no balcão.

–Já vai começar! - grita Yoko - Se reúnam rápido idiotas.

Isso quebra totalmente o clima, eu escapo rapidamente das mãos dele, e vamos todos para a porta do local, lá fora no céu estava uma cabeça de maçã gigante.

"Daqui a alguns instantes começaremos a 11º edição dos Grandes Jogos Mágicos, estão todos animados eu sei, pois essa vai ser a melhor edição de todas-kabo.
ATENÇÃO guildas participantes, daqui a dez minutos a primeira prova, a prova de seleção irá começar. A prova é a Torre da Glória, o objetivo é chegar ao quinto andar no menor tempo possível, as oito guildas com melhor desempenho se classificaram-kabo.
E mesmo que algum membro seja derrotado sua guilda ainda pode se classificar, é só chegar ao 5º andar, sendo que também há elementos que tentarão retarda-los. E se alguém for pego trapaceando, ou se comunicando com alguém de fora, será retirado da prova e a guilda será desclassificada-kabo.
A prova começa quando o cronometro zerar-kabo.
Boa sorte para todos-kabo."

Ele então some do céu, sendo substituído por um cronômetro marcando um minuto.

–Estão prontos? - pergunta Yoko.

–Sim.

–Não. - A única a dizer isso foi Lu-chan - Daisuke-san...

O ruivo então entrega uma garrafa que a encapuzada vira na boca, consumindo tudo em menos de trinta segundos, era Whisky.

–Agora estou pronta. - ela diz se alongando.

–Lu-chan...

–Calma eu não fico bêbada, pelo menos não com uma garrafa. - ela sorri.

Uma construção gigantesca surge no céu e a contagem começa.

10
–Tenham cuidado. - Ria diz.

9
–Não fique no caminho do Laxus Loira incompleta. - Freed ameaça.
8
7
–Foco. - diz Abe.

6
–Ganbatte Wendy! - grita Charlie.
5
–Gajeel... - chora Lily.
4
–Irei preparar tortas para você Aurora-sama. - promete Theo.
3
2
1
–CHUTEM TODOS OS TRASEIROOOOSSSSSS. - grita Joe chamando a atenção de todo o quarteirão.

–Você é quem manda chefia. - Diz Kaien.

0
Que comecem os Jogos.

Uma rampa prateada surge a nossa frente e em um grande abalo todos corremos sobre ela, assim como milhares de magos que tentavam uma chance.

–Sabem o que fazer. - diz Laxus, assumindo a retaguarda do grupo.

Todos corríamos juntos, ninguém disparava na frente, nem ficava para trás, nós treinamos bastante isso, poderíamos usar magia, mas combinamos que não usaríamos fora do local da prova teste, cada vez mais a porta se aproximava, e quando passamos por ela, tudo fica escuro.

~#~

~Juvia PV~

Tudo estava escuro e vazio, mas isso não dura, Juvia cai em um lugar familiar e confortável, mas não era assim para todos nós, Juvia sente que seus amigos se debatiam no grande espaço azul que estava por todos os lados, e que não conseguiam respirar, então Juvia rapidamente faz a sua esfera de água com oxigênio para todos (episódio 34 (12:49min)).

Juvia está feliz, afinal a água era o domínio de Juvia, enquanto todos estivessem com Juvia nada iria acontecer. Juvia treinou muito para esse dia, todos ajudaram muito Juvia e agora estava na hora de retribuir.

–Água? - Levy pergunta.

–Creio que esse seja o primeiro andar. - diz Lucy. - Juvia consegue sentir uma saída?

Juvia não sentia nada, nenhuma abertura, nenhuma possível saída, e se houvesse uma superfície estava além do seu alcance, a água se agita atrás de Gajeel-san e Juvia lança um ataque naquela direção.

–Juvia não sente nada, apenas uma agitação. - Eu digo ouvindo o oponente gritar após ser atingido pela água quente de Juvia.

Essa agitação vinha de longe, mas era forte demais, tanto que nos atinge, nos lançando para mais fundo nesse mar.

–Mas o que são essas coisas? - pergunta Laxus, se referindo as criaturas com nadadeiras que estavam por todos os lados, sereias.

–Porcaria. - xinga Lucy - NPC's.

Eram muitos, e todos se jogam sobre nós, eles não conseguiam agarrar Juvia, afinal Juvia era feita de água, mas elas estavam agarrando e arrastando meus amigos, assim como faziam com outros magos. Juvia ataca várias vezes, mas mesmo quando um NPC desaparecia os outros continuavam a puxa-los. Um pequeno raio corre pelo corpo de Laxus, e no instante seguinte uma grande corrente elétrica explode, destruindo os NPC's, eletrocutando outros magos, causando arrepios em Juvia, e deixando todos do time de cabelo em pé, todos o encaram abismados afinal não era boa ideia usar eletricidade na água.

–O que é? Ia demorar muito. - ele rebate, e então se dirige a Lucy - Foi apenas 3%.

–Juvia o que há naquela outra direção? - pergunta Levy apontando para a direção oposta a nossa.

Juvia começa a sentir as vibrações do mar, e sente apenas uma pequena abertura.

–Juvia sente apenas uma fenda na crosta oceânica.

–Ótimo. Vamos. - diz a baixinha.

Juvia vai na frente, sendo seguida por todos, não tínhamos tempo a perder então Juvia dá um empurrãozinho neles, lá encontramos uma fenda de mais ou menos 1,5 metros, a baixinha aponta para lá, e logo em seguida entra na fenda, todos seguem seu exemplo inclusive Juvia.

~Wendy PV~

Por um instante tudo fica vazio, nossos corpos vagam no vácuo até que atingem terra firme, nós deixamos o oceano, a luz nos cega, mas uma sombra se ergue sobre nós.

–Que azar o de vocês, cruzando o caminho da Twilight Ogre.- diz um mago com terríveis olheiras - Annn Kyaaaaaaaaaa.

E então ele caí em um grande spash.

–Hora da punição Onii-san? - pergunta Virgo.

–Não, obrigada Virgo. - Hayato agradece, com a voz embriagada.

O espírito desaparece e todos começam a se reerguer, estavam encharcados, e com um péssimo humor, eu não esperava ser afogada logo de primeira.

–Boa sacada. - elogia Lucy.

Hayato coça o cabelo diante do elogio, seus óculos estavam molhados e sujos de Terra, ele era tão legal, sem falar que nocauteou um mago dessa guilda chata.

–Juvia sente muito. - diz Juvia - Juvia demorou para achar a saída, outros já passaram.

–Você nos salvou Juvia. - eu digo - Sem você nós nunca iríamos achar a saída, nós teríamos nos afogado.

–Ele voltou para o primeiro andar? - pergunta Gajeel.

–Sim. Temos que ter cuidado se pegarmos o caminho errado podemos acabar retrocedendo. - responde Levy.

–Mas seria fácil voltar, uma vez que já se sabe o caminho. - diz Luna.

–A não ser que ele caia em um lugar diferente. - acrescenta Levy - Não existe apenas uma passagem, existem várias, em lugares diferentes rodeadas com perigos diferentes, o que me leva a pensar que o perigo é o fator que determina qual será a distância entre você e a passagem para o outro andar, quanto mais perigoso mais rápido..

–E sabe-se lá quantas guildas já estão nessa floresta. - interrompe Luna - Sem falar nos NPC's, como vamos diferencia-los?

–Aura. - solta Lucy.

–O que?

–Vocês se lembram do que a Mestra disse quando nos viu? - a encapuzada pergunta.

–Finalmente chegaram.? - eu tento.

–O treino foi bom, sei dizer pela suas auras. - responde Hayato. - É isso, NPC's não tem aura, mas como vamos vê-las?

–Deixem comigo. - ela diz, cravando Aragon no chão, pequenas ondas de magia se desprendem da espada e percorrem o solo, eu não podia ver nada, mas eu sentia algo diferente.

–Kin onegai. - Lucy pede.

–Eyes Blood. - Kin diz e no mesmo instante seus olhos ficam vermelhos, todos nós já vimos essa técnica, ela faz com que Kin veja e perceba toda a magia ao seu redor.

–Tem razão NPC não tem aura. - ela diz - A propósito, achei a saída.

–COMO? - todos gritam.

–Tem uma cor estranha. - ela simplesmente diz, e começa a correr.

Todos a seguimos, mantendo a formação, durante o caminho derrubamos alguns magos que tentaram nos atacar, seguir Kin era bom, ela sempre previa uma aproximação mais discreta, e não fazia comentários desnecessários, ela nunca fazia.

–Ali. - ela aponta - Aqueles três são NPC's o resto são magos.

–Wendy você sabe o que fazer. - sussurra Lucy.

Eu ergo o polegar, e em um único movimento saio de trás da árvore que me escondia, me pondo em vista do grupo, atinjo um NPC vestido de caçador que desaparece na hora, tento de novo atingindo os outros dois que cercavam o grupo, faço a minha melhor cara de assustada e todos sorriem para mim, devem achar que eu estou desprotegida, eles se viram para me atacar, mas os meus movimentos mudam:

–O vento rápido que atravessa os céus! Vernier. - eu proclamo, uma luz aparece atrás de mim e avança derrubando os sete magos.

Eles nem viram o que o acertou, e sabe por que? Minha magia de suporte + velocidade da lucy = grande golpe de velocidade.

Os magos que estava nas árvores pulam sobre mim e sobre Lucy, mas nós não nos movemos afinal nós temos companheiros.

–Solid Fire!

–Silent Hurricane!

Os ataques atingem os dois magos que se esborracham no chão.

–Trapaça... - sussurra o mago que tentou me atingir, quando vê o resto do time sair do esconderijo.

–Desde quando confiar nos seus nakamas é trapacear? - eu pergunto - Então Kin aonde é a saída?

–Se você se perder em uma floresta densa, onde as árvores cobrem a luz do Sol o que você faz para escapar? - ela pergunta.

–Subo em uma árvore alta, localizo o Sol, e vou para o leste? - eu respondo, e ela imediatamente aponta para uma árvore com o tronco grosso.

–A árvore mais velha, mais alta, e tem magia verde musgo saindo dela. É a porta. - ela começa a escalar, ninguém a contradiz.

–HEY ME AJUDEM! - grita um mago preso em uma árvore. - POR FAVOR! EU JURO QUE NÃO VOU ATACA-LOS APENAS ME TIREM DAQUI! ONEGAIII.

O mago começa a chorar de um jeito escandaloso, fora pego em uma armadilha, eu iria ajuda-lo, mas antes que eu pudesse Lucy para de escalar e volta ao chão, pega uma adaga caída e a joga na corda que se rompe, o mago grita com medo de atingir o chão, mas Lucy dá o seu famoso soco quebra chão, como resultado o mago não sofreu maiores danos.

–Hehehe valeu. - ele diz antes de desmaiar.

E mais um para a conta do nocaute, Lucy era boa nessa coisa, muito boa para falar a verdade.

–Vamos lá. - ela grita.

Nós pulamos de galho em galho, escalamos o mais rápido possível, até que tudo se fecha ao nosso redor, os galhos estavam por toda a parte, era difícil continuar na trilha da árvore, até que nós chegamos ao topo, e tudo mudou.

~Kin PV~

Tudo fica escuro novamente, mas ao contrário da outra vez meu corpo não fica a mercê do vácuo, tateio a procura do próximo galho, mas o que acho é mais sólido e queima meus dedos, pedra quente.

Eu saio por um buraco em uma pedra, e vejo o que nos espera, várias montanhas se erguiam, e abaixo de nós um rio de lava corria.

–Inferno? - pergunta Gajeel.

–Não, zona vulcânica. -Levy responde, vendo o galho que ela jogou na lava derreter. - É bem real, eu não arriscaria tentar atravessar.

Ela tinha razão, se machucar não era uma opção, mesmo que você seja derrotado sua guilda ainda pode conseguir, basta todos chegarem ao 5º andar, ou seja, você pode se recuperar, mas isso leva tempo, tempo que ninguém tem, ou você pode ser carregado, o que atrasaria o time. Resumindo se jogar no rio de lava não está no roteiro.

–Se não é o rio de lava, qual é a próxima saída?- pergunta Kaien.

–Podemos seguir o rio, ou então... - começa Levy, mas algo se ergue atrás dela.

Gajeel age rápido, pula sobre a garota a tirando da linha do ataque do monstro de lava, deixando o contra ataque para Wendy.

–Ataque das asas do Dragão do Céu. - ao receber o ataque o Monstro se desmancha voltando ao rio da lava.

Mas ele não era o único, foram aparecendo monstros um atrás do outro, se derrotávamos um, outros cinco apareciam, não levaria a lugar algum.

–Kin! - grita Levy apontando para o horizonte.

–Certo. - pego meu punhal e corto a palma da minha mão, e começo a fazer um círculo de sangue no chão com o símbolo da maldição nele, afinal para que serve uma maldição senão para ser usada? E lá estava eu sempre pronta para sangrar em nome da família.

Todos entram no círculo, e fecham os olhos, todos os homens de lava partem para um ataque conjunto, mas já era tarde demais. - Dinamic Blood. - eu digo, e no instante seguinte saímos do chão, meu sangue se agita, e continua até que meu corpo bate em algo sólido e o vapor quente bafora no meu rosto.

–Parada! - grita Kaien me puxando, antes que eu caísse da montanha, as opções não eram boas, ou era isso, ou era me jogar dentro do vulcão, mesmo com tudo embaçado eu pude notar algo diferente nos seus olhos, eles eram amarelos, e pareciam trovejar, eram bonitos.

Tudo estava girando, me tele transportar era uma coisa, mas fazer isso com mais nove pessoas é cansativo, o sangue tamborilava nos meus ouvidos, e meus batimentos estavam mais rápidos, e eu sabia que isso também acontecia com eles.

E eu já disse onde estamos? Ah sim, na borda de um vulcão em erupção.

–Nós vamos...? - pergunta Gajeel. - Não!!

É claro que ele não se importava consigo mesmo, ele não queria que Levy pulasse em um vulcão em erupção, o que é bem kawaiii para falar a verdade.

–Entendeu Levy-chan? - pergunta Lucy que antes sussurrava no ouvido da garota.

Na pedra abaixo delas estava um símbolo, eu não faço ideia do que seja, mas não parecia ser boa coisa.

–No três. - manda Lucy - E não hesitem, não vão querer ficar para trás, acreditem.

–O que vai fazer? - eu pergunto.

–Digamos que ninguém mais vai usar essa passagem. - ela diz - Considere isso como a nossa grande apresentação.

Se essa for a passagem.... Mas tudo bem.

–1. - ela segura a cintura de Levy - 2. - eu dou um passo em direção a fornalha - 3.

–Script Solid: Kai! - Levy grita antes que Lucy desse o mergulho, nós a seguimos.

A queda durou um segundo, o vapor quente batia na minha pele, era doloroso, mas não era nada comparado ao toque na lava, minha pele borbulhava em contado com o creme quente. Acho que devo reformular a minha frase, aqui estou eu, sempre disposta a sangrar e a queimar pela família.

Por um instante achei que tínhamos errado, aquela não era uma passagem, e nós vamos ficar assim até o final da prova, mas meu corpo começa a ficar dormente, aonde a lava tocava, e eu comecei a afundar.

E então eu vejo uma explosão vermelha, pintando o céu preto, destruindo o vulcão, tentando nos pegar, mas já era tarde demais, já estávamos do outro lado.

~Luna PV~

Eu sempre quis relaxar em uma terma, mas agora estou disposta a recusar.

Pular naquele vulcão não foi agradável, cada parte da minha pele borbulhava e gritava, é claro que isso não iria nos matar, nada aqui iria, exceto outros magos, mas os organizadores não vão querer repetir o feito de anos atrás onde cinco magos morreram, morte não é boa para os negócios afinal.

Eu gosto de calor, mas sentir que a sua pele vai cair em contato com ele é horrível, mas depois de uns dois segundos meu corpo começou a ficar dormente, e eu fui afundando, e a última coisa que eu vi foi uma explosão vermelha acabando com tudo, muito poético.

E então tudo parou, ficou fresquinho, era como se meu corpo estivesse livre, um som estranho assolava no meu ouvido, e tinha bastante ar gelado, tanto que eu nem conseguia respirar direito, sem falar nas pessoas gritando, como se estivessem em queda livre.

Realmente parecia eu parecia estar em queda livre.

Caindo....

DIABOS EU ESTOU CAINDO.

É a minha vez de gritar, e abrir bem os olhos, eu já disse que tenho medo de altura?

Eu e Wendy usamos nossa magia para convocar os ventos, e parar a queda de todos. E aqui estamos minha gente, quarto andar, o andar da tempestade.

Tudo estava nublado, tinha terríveis relâmpagos, raios, rajadas de vento, chuva e até granizo, era uma boa representação, tão boa que quase me fez desmaiar.

–Você explodiu o terceiro andar? - pergunta Gajeel.

–Eu explodi a passagem, para que ninguém nos siga, mas é claro que aquela runa de canalização tem efeitos colaterais bem grandes. - Lucy grita - Espero que eles tenham um guarda-chuva.

Como se isso fosse adiantar. Sabe o que mais não vai adiantar? Ficar parados aqui, se ficarmos só vamos ser atingidos por um raio, perdão, mas o treino com Laxus já foi traumatizante demais.

–Kaien tem um Cavalo atrás de você. - avisa Hayato.

E tinha mesmo, o mago se vira e lança uma rajada de raios sobre a criatura que desaparece em uma rajada de vento, mas quer saber? Ele não era o único, no segundo seguinte, nós estávamos cercados de grandes Cavalos feitos de vento.

–Mas o que são essas coisas? - grita Gajeel, afinal esse é o único modo de ser ouvido com essa barulheira toda.

–Espíritos da Tempestade. - eu grito - São Venti.

–O que?

–Di immortales amigo, di immortales. - eu digo.

Todos montam um ataque conjunto, atacando por todos os lados, eles só precisavam mexer as cristas para nos jogar longe, separar e conquistar, esses Venti tinham mais inteligência do que todos os magos que já enfrentamos hoje.

E então um explode em minha frente, Levy tinha uma boa estratégia, se uma razoável quantidade de fogo entrasse em contato com todo esse O², iria resultar na combustão espontânea dos Venti. Mas isso não era o único perigo, enquanto um Venti queimava um Raio atinge Gajeel.

–Gajeel. - grita Levy, mas sua voz não vai longe, pois uma grande pedra de granizo trata de bater na sua cabeça, todos sabem o que significa isso.

É uma grande mensagem de: VAMOS DAR O FORA DAQUI! Mas vão havia nada, era só água, mais água, mais vento, relâmpagos nos deixando surdo e raios nos fritando. Não pode piorar.

Era isso o que eu pensava, mas estava errada, um vento mais forte, e mais frio bate sobre nós, tanto que era difícil continuar no lugar, mas continuamos, encharcados, congelando, com pedras de gelos batendo na cabeça, observando um furacão se formando a nossa frente.

Era a minha primeira vez ao lado de um furacão, mas eu já estava louca para sair de perto, mas tinha algo errado, sempre vi nos filmes (sempre NY é destruída) que não é possível escapar deles, pois eles te sugam para dentro antes que você dê um passo, mas esse queria nos afastar, nos jogar longe.

Ah não ser que... bosta, isso é loucura.

–De novo não! - chora Lucy.

–Já esteve dentro de um furacão? - eu grito por cima do vento.

–Sim, eu criei um dentro do meu quarto.

Isso é interessante, e muito muito estranho, ela faz um sinal para Wendy, que lança seu rugido na direção contraria da direção do vento do furacão, as duas massas de ar se chocam e começam a brigar entre si, eu tento ajuda-la reunindo vendo o bastante dessa tempestade para criar a corrente de conversão necessária para entrar.

Ela não demora para vir, e logo nós somos puxados para dentro da grande massa de ar, a caminho do olho do furacão.

~Kaien PV~

Eu sempre digo que minha vida é turbulenta assim como um furacão, e agora eu sei que estava subestimando os furacões, principalmente agora que estou dentro de um, minha vida pelo menos tem um pouco de calmaria, sabe aqueles minutos antes de dormir? Mas isso é o inferno.

Eu girava em todas as direções, sem conseguir respirar graças a pressão, parecia que meu corpo ia se desfazer, minha cabeça estava prestes a explodir, eu nem sabia mais o que sentir, e então tudo acabou.

Em um momento eu estava sendo esquartejado, e no outro meu corpo vagava, imóvel, sem sentir nada, tudo estava em silêncio, não havia frio, nem raios, nem espíritos Cavalo furiosos, não havia nada.

Nem oxigênio.

Abro meus olhos e me deparo com Marte sorrindo para mim, isso mesmo, Marte o planeta, nós estávamos no espaço. Os outros andares foram bons, eu até respeito os organizadores, afinal por que um vulcão? NPC's? Outros magos? Fendas aquáticas? Para que tudo isso quando você pode jogar os concorrentes no espaço e deixa-los agonizar sem oxigênio? Não podiam ter feito isso desde o início?

E devo acrescentar, ficar sem a gravidade é muito ruim. Todos pensam assim, afinal estão todos agitados, principalmente Hayato, que dava voltinhas em sua própria órbita, e estava ficando roxo, ele nunca teve muito fôlego, apesar que nenhum de nós tem no momento, primeiro fomos pegos por um furacão, e não dá para respirar lá, e agora estamos no vácuo, onde aparentemente nem a magia funciona.

Wendy também parecia estar acabada, primeiro ela lança um ataque daqueles, soltando todo aquele ar, e agora não há nenhum centímetro quadrado dele.

Eu sei que esse não é o momento, afinal precisamos achar a saída antes de desmaiar aqui, mas eu estou muito bravo, sabe eu sou uma pessoa orgulhosa, tenho fé na minha força, cresci confiando em mim, e apenas em mim, eu estou aprendendo a confiar nas pessoas ainda, afinal é isso o que acontece quando seu pai te dá como souvenir para o cosmo, você fica traumatizado. Mas essa situação me enfurece, todos foram decisivos até agora, mas o que eu fiz? Bati em alguns magos, em alguns NPC's, eu não fiz nada que outro não pudesse fazer, e isso me enfurece.

Quer dizer, todos estão pensando em uma saída, eu sei disso, três meses foram o bastante para conhecê-los, nosso treinamento girou em torno disso, nesse momento Levy está procurando um buraco de minhoca, Lucy tenta chegar a Hayato enquanto tenta achar uma saída em algum planeta, Gajeel pensava em socar o panaca que bolou isso, Kin olhava a Lua cenográfica com grande admiração, Luna morria de medo e gritava, mas o som não se propaga no vazio, Laxus era Laxus, Wendy estava surtando, e Hayato fazia o que qualquer pessoa com baixa oxigenação no cérebro faz.

E eu? Estou pensando em mim mesmo, típico. Quer dizer, tem que ter uma coisa, algo que só eu possa fazer.

Pense, pense, pense, você fez isso durante dezessete anos, você sobrevive, sempre acha uma saída.

Qual é a coisa mais perigosa desse lugar? eu penso e olho para o Sol. Não, quente demais, nós já fomos torrados hoje, sem falar que é grande demais, óbvio demais, deve ser uma passagem de volta para o primeiro andar, e está muito longe

Varro toda a paisagem, em um único segundo, era um dos meus dons, eu diria maldição de família, mas eu vou me dar uma folga, afinal eu gosto dos meus olhos de Gavião, e a resposta veio no último lugar, no nosso planeta, em um ponto tinha o que parecia ser Mercurius, o castelo, embora estivesse longe, estava bem embaixo de nós.

Levy disse algo sobre o perigo, quanto mais perigosa a passagem, mais perto é a próxima. Eu aponto para lá, e tento chamar a atenção de todos, que demoram um pouco para entender o que vão ter que fazer, Lucy balança a cabeça positivamente, pegando o penúltimo elemento do grupo, Luna.

De algum modo ela conseguia usar magia no vácuo, era fraca, mas funcionava, e ela o usou para se lançar, e pegar todos do time que se agitavam sozinhos, e formou uma corrente. Ela se lança em minha direção, e faz um pedido silencioso para que eu pegasse na mão de Kin, e me juntasse a todos na excursão para a estratosfera.

Ela solta as mãos de Hayato e Wendy apenas o tempo necessário para se virar, e faz o que parece ser concentrar toda a magia na barriga, e a solta mantendo a pressão por alguns instantes, foi fraco, mas o suficiente para nos colocar no campo gravitacional da terra.

Você já viu um meteoro caindo? É isso o que nos tornamos, uma ciranda de um grande meteoro humano caindo, atravessar a atmosfera não era agradável, era a pior das sensações vividas, cada átomo do se corpo ardia, e seu corpo viajava a milhares de quilômetros por hora, se houvesse uma palavra para descrever isso eu diria, mas não há.

Quando saímos da grande zona de gás, caímos através do céu, mas a queda não dura muito, logo nossos corpos atingem algo macio, e fofinho. Eu solto da mão de Kin, e agarro a minha garganta que ardia, mas não era a pior coisa, minha pele estava em ebulição, tanto que soltava fumaça.

O mais ridículo foi onde caímos, em uma nuvem! Quem é o babaca que acha que podemos ficar de pé em nuvens?

–Tem um sexto andar? - pergunta Gajeel.

–Não. Tudo isso é o 5º. - Levy responde apontando para cima, e lá estava o espaço, o exato lugar onde estávamos vagando - Não basta só chegar aqui, tem que dominar o lugar, ou seja tem que chegar a linha de chegada.

E todos nós vemos, uma trilha de nuvens fofas, levando até uma placa brilhante com um grande aviso de "CHEGADA", isso é um insulto a nossa inteligência.

–Essa não é uma prova de força, é sobre estratégia e inteligência, você tem que analisar a situação rapidamente e usar os arredores contra o oponente. - diz Levy pulando para a próxima nuvem - É uma prova de coragem.

–Cuidado. - diz Lucy assumindo a frente. - Pode ter armadilhas, um passo em falso e nós caímos.

E era verdade, abaixo de nós os outros andares se faziam presentes, se cairmos será o fim. Nós pulamos de nuvem em nuvem rapidamente, Lucy estava certa não dava para seguir a trilha, havia nuvens falsas, quer dizer verdadeiras, poxa vamos dizer nuvens com fundo falso.

Chegamos a linha de chegada rapidamente, aquela placa era irritante, o que eles queriam? Nos cegar? E o mais surpreendente era o que estava debaixo dela, na frente de uma grande porta.

Um homem vestido de anjo, roncava sentado em uma cadeira de balanço, uma gota surge em nossas cabeças, e Gajeel o acorda.

–Hey você!! Tire o traseiro daí.

O homem pula e pisca confuso ao nos ver. - O que fazem aqui?

–Estamos... humm... chegando ao final da prova? - Levy tenta.

–Mas ele disseram que não haveriam magos agora... - o homem boceja.

–O que, quer dizer que nós...

–Não conseguimos? - pergunta Hayato que estava de carona com Laxus - Nós perdemos?

E então veio um grande chororo de: Eu não atravessei a estratosfera para isso!! Até que Lucy dá um basta.

–Espera! - ela então se dirige ao anjo - Em que posição ficamos?

Ele engole o seco, e respira fundo, estava nervoso dava para ver, ou com medo o que era provável.

–Vocês foram os...

To be Continued
MUAHAHAHAHAHA


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Notas finais do capítulo

Sobre o quarto andar: Foi uma ideia louca que eu tive em um momento, um pouco das aulas de geografia voltaram, e eu resolvi colocar isso, não ponham isso nas provas meus amores, em caso de interesse pesquise, ou pergunte ao sensei, mas lembrem-se das correntes de conversão, elas são fodas.

E prestem a atenção nas aulas, e sejam bons alunos, não sejam igual a essa autora- baka que brisa nas aulas, e inventa histórias impróprias durante a explicação do sensei. =D
E então???
Agora que as férias chegaram eu vou tentar escrever mais, muito mais, para deixar alguns caps extras para quando eu tiver prova e etc...
Obrigada por acompanharem essa autora baka.
Bjs