Apaixonada Pela Serpente escrita por Angy Black


Capítulo 11
Capítulo 10 - O Baile Vermelho




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“Escreva toda a sua dor...” ele disse... “para te ajudar a esperar mais tranqüila...”
Eu esperei... e continuo esperando... por algo que ainda não veio. Será que sempre esperei por isso sem saber? Ou apenas troquei de destino? Pelo o que eu espero afinal?
Eu desci as escadas do dormitório feminino com cuidado. Eu era a última lá dentro. Minha roupa pedia um pouco mais de cuidado. O bom é que ninguém ainda tinha me visto. Sabe onde arrumei a roupa? Trewloney insistiu que eu a usasse. Disse pertencer a sua família a anos. Eu duvido muito. Sério, aquela roupa é bonita demais, não consigo imaginar Trewloney usando-a, ou qualquer antecedente dela.

Vi meu reflexo no espelho, sabia que nunca tinha visto alguém igual. Meus olhos estavam cobertos por uma sombra prateada, sendo que envolta deles continha bastante purpurina e... bem, eu não sei o que Trewloney usou em mim, mas parecia que eu estava usando algum tipo de máscara transparente. Era um baile de Máscaras, e nenhuma combinava com o vestido... então tivemos que fazer uma a base de maquiagem. Meus cílios estavam firmes e minhas íris realçadas. Meus lábios estavam num rosa claro e brilhoso. Eu estava toda brilhosa para ser mais exata. Mas com uma certa graciosidade. Ainda não acredito que foi Trewloney quem fez tudo isso. Meus cabelos estavam num cacheado perfeito, mais curtos que o normal. Mas enfim foram presos em um coque bailarina, onde continha uma única tiara. Prateada.


Meu vestido começou abaixo dos ombros. Como um vestido de época. Tinha longas mangas rasgadas e transparentes. Ele era justo até a cintura e cheio na saia. Nas saias para ser mais exata. Pois tinham muitas embaixo do vestido. Um vestido de época mesmo. Ele era todo branco com detalhes prateados e coberto por uma fina camada de um tecido com purpurina.
Apesar de tudo, era simples... nunca poderia imaginar fantasia tão linda. E quando Trewloney diz que tem a roupa perfeita para a gente, não se pode imaginar algo normal, não é? Foi uma surpresa. E para completar o ar Angelical, ela me pôs asas. Imensas, mas lindas... pareciam ter sido arrancadas mesmo de um anjo.
Meus sapatos? Cristal. Me senti a própria Cinderela. Apesar do porte Medieval, o vestido era leve... como uma camisola ao vento. Me fazia sentir realmente como um anjo. A única coisa que não pertencia aquela fantasia era meu bracelete no pulso direito, marrom com um cristal ao centro... nunca o tirei, e não seria agora.


Eu dei um passo de cada vez, de vagar... não queria ninguém no salão comunal... não estava certa quanto a como eu estava. Tinha dúvidas se aquele pequeno cristal que cobria meus pés agüentaria meu peso, mas então lembrei que estava mais leve como nunca.
O salão comunal estava vazio. E iluminado apenas pelo fogo da lareira. Pude ver alguém me esperar. Ele era alto e de ombros largos. Estava no seu traje a rigor negro, também lembrando de leve um príncipe medieval... ele segurava sem jeito uma máscara negra.
Eu sorri de lado e pude ouvir Harry dar um sorrisinho, ainda de costas para mim.
– Nossa, Trewloney foi fabricar o vestido ou... – mas ele terminara a piada quando se virara para mim. Pude ver a surpresa no olhar dele, e me senti tão linda como nunca sonhei em estar.


Os olhos verdes de Harry me faziam me sentir assim. Ele estava com a boca entre aberta. E eu também estava pasma, pois... Deus! Como ele estava perfeito... seus óculos não estavam mais ali, seus cabelos estavam arrumados de leve, sem abandonar o estilo rebelde... não sei como explicar... mas ele estava lindo. No mínimo estava usando uma poção para os olhos... era muito confortante vê-los assim, sem um vidro nos separando.

– Espero que tenha valido a pena... esperar. – Eu disse me sentindo corar. Deus será que ele não podia parar de me olhar daquele jeito? Como se eu fosse desaparecer a qualquer minuto.
Em resposta ele suspirou, pesadamente. Eu ri tímida.
– Fala alguma coisa Harry! – disse irritada.
– Eu... estou procurando uma palavra...
– Não pode ser assim tão difícil... bonita? Feia? Cafona?
– Perfeita! – Ele disse finalmente. Eu sorri traquinas.
– Sério?
– Desculpa... falou alguma coisa? – Ele brincou, eu ri gostosamente.
– Não acha muito exagerado? – Ele veio em minha direção, pegando na minha mão de leve.
– Você me mataria se eu tentasse te beijar? – Eu virei um tomate, tenho certeza... ele riu tristemente suspirando derrotado. – Tah eu sei. Aqui... quero que use isso – Ele abriu um estojo de veludo negro onde pude ver um lindo colar de Ouro Branco com um pingente brilhante (diamante) em forma de anjo.
– Nossa! Harry... mas onde?
– É seu! Presente!
– O que? Não de jeito nenhum! Isso deve ter sido muito caro.
– Tava no meu cofre, era da minha mãe... Hermione quero que fique com ele. E estou falando sério. – Ele me disse sério, e assim ele colocou o colar em mim, nunca eu tivera uma jóia de verdade. E assim ofereceu seu braço esquerdo para que eu o acompanhasse. Depois, é claro, de se curvar como um verdadeiro príncipe.
E assim fomos até o salão principal... para o baile vermelho.


**

Hermione parara de escrever olhando para uma noite chuvosa por atrás da janela. Dando um pequeno risinho, recordando do que acontecera.

**


O coche parara de repente e Draco colocara sua máscara negra sobre os olhos.
– Chegamos. – Ele anunciou ansioso para uma jovem a sua frente. Loren Malfoy, sua prima, aceitara acompanhá-lo no baile. Ele ficara tanto tempo fora de Hogwarts que não houvera tempo para convidar ninguém.
– Você está mesmo muito ansioso– Ela disse docemente, mexendo seus cabelos loiros graciosamente e o acompanhando para dentro do castelo.

Draco como todos os homens, vestia seu traje negro a rigor. Com uma capa elegante e sombria. Mas ele dentre muitos chamava atenção pelos seus olhos azuis realçados na negra máscara. E seus cabelos loiros caídos sobre os olhos. Sem contar seu sorriso debochado que não saía dos lábios.
Sua prima estava com uma máscara azul mais parecida com a escama de peixe, mas muito bela. Dando-lhe a aparência de uma sereia, no mesmo vestido azul, decotado nas costas e braceletes antigos.
– Sim priminha. Está na hora de voltar a ser o velho e incrível Malfoy. E... tenho uma aposta para ganhar hoje.

Logo Filch estava anunciando : Senhor Draco Malfoy e sua prima Loren Malfoy.
A entrada fora triunfal, não havia um só rosto feminino no salão que não desejasse Malfoy, que não o comesse com os olhos. Não havia um só queixo não caído. Loren também chamara muita atenção dos rapazes, e das garotas também, que a matavam em pensamento por estar tão próxima ao Sonserino.
– É... começamos bem. – Disse Malfoy no seu sorriso mais vitorioso. – Essa noite promete priminha.


Logo os amigos de Draco da Sonserina vieram em sua direção, o gloriando. Mas Draco estava ocupado. Ele procurava por alguém entre os muitos ali presentes.
Ele viu a Weasley numa fantasia pobre de gata, que não a deixava menos “gostosa” acompanhada de Jack, seu amigo da Sonserina.
“Tss, pegando restos do Potter... ninguém merece.” Ele pensara.
Logo vira Ron aos risos com uma garota loira da Corvinal... muito bonita, fantasiada de... “Fleur Delacur?”, ele a ouvira dizer alto para uma turma que perguntava. Ah lógico... quem mais se não a Di Lua... “Como ela conseguiu ficar gata assim?”.

Draco voltou sua atenção para sua procura, mas ele não via sinal de um rosto irritantemente castanho, ou do Potter Fedido. Isso o estava preocupando.
“Não! Para! Você não tem mais que pensar nisso! Acabou!” disse para si mesmo.
– Está tudo bem Draco? – Perguntou Loren, e ele viu rapidamente uma Pansy Parckison chorando logo atrás. Bufou entediado.
– Está, claro!
– Você parece distante... está procurando alguém? – Mas ele não tivera tempo para responder, pois novamente a voz amargurada de Filch estava atravessando o salão. Foi olhando pra cara dele que acabou lembrando de uma certa gata sendo enterrada na floresta proibida. E não pode segurar uma gostosa gargalhada. – Do que está rindo Draco?
– Nada... Nada... – ele disse tentando para de rir. E prestou atenção nas palavras de Filch.

“Os Senhores Harry Potter e Hermione Granger”

Draco sentira seu estômago rodar, viu o Weasley dizer algo como “Ah finalmente!”, e uma Weasley xingar algo muito baixo. E Jack rindo em conseqüência disso.
Mas ele parara de respirar de vez quando vira sua odiada Hermione entrar no salão, meio tímida com o Potter. E ele não era o único naquele estado, todos estavam perplexos com a visão dela. Potter era apenas um vulto idiota perto daquele anjo. Hermione também parecia procurar alguém pelo salão. E ele sabia que era por ele. Ele acompanhou os passos lentos do casal pelo salão. Ela ainda não o tinha visto. Eles foram até o Weasley na mesa. Mas demorou para que todos desviassem o olhar dos dois.

– Sejam Bem Vindo Senhoras e Senhores, a mais um Baile de Hallowen... O Baile Vermelho. – disse Dumbledore, como se ainda fosse necessário anunciar isso, uma vez que todo salão estava em vermelho. - Quero dizer que estou encantado com as fantasias maravilhosas presentes... – o bla bla dele continuou por mais um tempo. E Draco ainda mirava sem piscar as asas de Hermione que conversava animadamente na mesa com algumas pessoas.

“aFF Granger... eu pedi pra você não dificultar as coisas...”


– Mione, quem é que você tanto procura? – perguntou Ron, ainda de queixo caído.
– Eu? Procurando? Como assim? Ninguém!
– Você está toda agitada.
– É esse vestido... ele coça um pouco. – Hermione respondera tentando disfarçar e Luna começara uma gargalhada escandalosa como se o que Hermione dissera fosse a coisa mais engraçada do mundo.
– Você está muito bonita mesmo Hermione! Estou com inveja do Harry! – Disse Ron e todos sorriram. Harry não tirava os olhos da amiga.
– Esse colar é muito lindo Hermione! Está encantadora! – Disse Luna e o elogio foi repetido por todos na mesa, que além dos quatro ainda tinham Simas, Neville, Dino, Parvati, Padma e Lilá.
– Ah obrigada... – disse a castanha timidamente. – Presente do Harry. – E assim o moreno sorriu para ela que retribuiu enquanto toda mesa fazia brincadeirinhas amorosas. Hermione podia sentir um par de olhos esquentando sua nuca, mas não conseguia achá-los em lugar algum.
– Você está procurando por ele? – Ela ouviu a voz de Harry ao seu ouvido.
– Preciso saber se atuarei com ele ou com Jack... eu ainda quero ganhar o cargo de monitora-chefe Harry. – Ela disse no mesmo sussurro. Ele pegara na sua mão calorosamente.
– Você vai ganhar Mione, de qualquer jeito.
– Não sei... Malfoy é um ótimo ator...
– Mas você tem sua voz. Eu duvido que ele saiba dessa arma. – Os dois deram sorrisinhos comprometedores.

“E agora vamos desfrutar desse baile... como todos os outros” – Disse Dumbledore e uma música medieval, ao mesmo tempo bela e excitante começou a tocar.

– Dança comigo bela dama? – Harry se curvara para Hermione.
– Claro que sim, belo rapaz. – Ela disse teatralmente tirando risada de todos. E assim muitos foram para seus postos também no centro do salão.

**

Hermione suspirara novamente e voltara sua atenção para o diário.

**

Harry me guiou para a dança. Todos dançavam igual, medievalmente.A mão dele quente em minha cintura me fez lembrar de Krum... e em como eu queria estar dançando com Harry na época... que nunca olhara pra mim.
– Potter dançando? O que aconteceu com você?
– Haoihoiah não pergunte... – ele respondeu divertido me girando pra longe de seu corpo e logo me puxando de volta com graciosidade. – Nunca me perdoei por não ter te tirado para dançar no quarto ano.
– Eu também não. – disse, tirando mais uma gargalhada dele. Logo tivemos de nos separar, pois a coreografia exigia isso, troca de pares. E senti meu coração dar um salto e ir parar no pé em seguida quando o vi. Ali com um sorriso debochado na minha frente, me segurando firme nos seus braços. Seus olhos a alguns centímetros dos meus, por trás de uma mascara negra e sombria. Seus cabelos claros caindo tentadoramente sobre ela.
– Granger! – Ele me cumprimentou com fingida surpresa. Me segurou com mais força em seu encontro. Meus olhos se contraíram.
– Você! Seu idiota, desgraçado, asqueroso, imbecil, ridículo, canalha de uma figa. – eu respondi muito baixo, e tentei sair de perto dele, mas ele não deixou. Sorriu divertido pra mim.
– Vejo que está em dia com seu diário. Diga-me, anda escrevendo muito sobre mim?
– Recomendo que fique longe de mim Malfoy! Estou falando sério...
– Por que? Está com medo de perder a cabeça? De sucumbir a seus desejos mais secretos? – Deu pra imaginar a cena não é? Dei uma longa gargalhada debochada.
– Exatamente. Matar você sempre foi um desejo meu...
– Sei... assim como uma segunda dose daquele beijo no armário não é? – Meu rosto se contraiu em plena fúria. Eu não estava acreditando... depois de toda aquelas férias dele pensei que seria mais fácil lidar com essa raiva. Mas antes que pudesse dizer alguma coisa novamente houve a troca de pares. E voltei para os braços de Harry.
– O que ele queria com você? – Ele disse muito preocupado. E eu soltei um rugido de raiva.
– Isso! Me deixar com raiva.
– Não pode deixar isso acontecer... é o que ele quer.
– Não tem como evitar, ele tem “o talento”. – eu disse debochada. Logo houve outra troca de pares e eu estava novamente sendo puxada pelas mãos imundas daquela serpente. Tentei escapar, mas...
– Ei ei ei ei... onde pensa que vai?
– Por que está fazendo isso? – Eu perguntei com raiva, enquanto ele me conduzia perfeitamente pelo salã.. E para cada vez mais longe de Harry, que me olhava preocupado enquanto dançava com Lilá Brown.
– O que? Dançando?
– Não seja idiota Malfoy. Você não está concorrendo a nenhum prêmio de idiotices no momento.
– Granger... Granger... o que deu em você para vir ao baile com o Potter? Depois de tudo que ele fez com você?
– Eu não acredito que depois de tudo você está argumentando sobre a minha vida! E me solta!
– Para quê exatamente? Pra você ir dançar com o Potter? Tcs tcs – ele negou com a cabeça. Aquilo já estava me irritando.
– Não é da sua conta com quem eu danço ou deixo de dançar...
– Eu sei... estou fazendo isso só para te irritar.
– Me solta Malfoy! Ou eu darei um escândalo!
– Eu não faria isso se fosse você... não se eu quisesse o cargo de monitora-chefe. – Ele disse debochado como sempre e eu pisei no pé dele com raiva que prendeu um rugido de dor.
– Ai... sua...sua...
– Ah Malfoy isso não chega nem aos pés do que ainda virá... por você ter invadido o meu diário.
– Granger... eu já disse porque eu fiz isso. Eu deixei isso claro...
– Não me interessa os seus motivos... e eu não sei porque estou perdendo o meu tempo conversando com você! Sua cobra asquerosa! – Ele riu.
– Como você é irritante! – Ele disse em meio a risos. Não pude deixar de suspirar ao ver o quanto ele estava lindo, mas nada que atrapalhasse a minha raiva. Eu girei para longe de seu corpo e tentei escapar novamente, mas ele logo me puxara, me segurando pela cintura atrás de mim e falando ao pé do meu ouvido. – Esperta, mas não tanto.
– Você nunca vai me deixar em paz?
– O que? Depois de toda nossa agradável convivência?
– Sim... que finalizamos quando você foi embora... pensei que já tínhamos deixado tudo claro.
– Fiquei sabendo que enfim você será mesmo a Bella. Não desistiu mesmo. – Disse ele mudando de assunto. Isso realmente estava me deixando muito puta.
– Desistir? De te punir sempre e fazer da sua vida um inferno? Há há nunca! – Ele deu um sorrisinho perigoso.
– Você realmente acha que vai ganhar? Eu sou um ótimo ator Granger.
– É, mas como você disse, tive um bom professor...
– Muito bem... e de quem foi a “brilhante” idéia de mudar o final?
– Minha... por que? Muito difícil pra você? – Ele riu.
– E seu problema com o Potter, como anda?
– E o seu...
– A minha saúde mental anda muito bem Granger, obrigado. – Ele disse me cortando.
– Hora de trocar de par Malfoy!
– Você não respondeu a minha pergunta Granger. – Ele disse me guiando para mais longe de Harry que teve que se contentar-se com Cho Chang.
– O que pensa que está fazendo seu idiota?
– Eu só quero ter uma boa dança com minha colega de teatro. – Ele disse irônico.
– Em que sonho seu eu seria sua “colega”? Eu odeio você!
– É recíproco querida. E você não sabe o quão divertido é ser odiado por você. – eu dei um sorrisinho debochado. Ele continuou me guiando pelo salão. Até que ficou sério. – É bonito o colar...
– O-bri-ga-da! – eu disse com má vontade. – Harry me deu. – Completei como se eu quisesse que ele sentisse algo com isso. Eu devia estar louca.
– Mas não combina com você... – ele disse me ignorando. – Isso combina. – Ele disse erguendo meu pulso direito deixando a mostra meu bracelete. Senti meu estômago rodar... eu não podia sentir... não podia me enganar de novo.
– Era da minha mãe. – eu disse seca.
– Eu sei... – ele disse me encarando. – você me disse no segundo ano... numa aula de Defesa contra as Artes das Trevas. Quando eu quase o quebrei...
– É... tinha esquecido. – disse novamente com má vontade.
– Olha Granger... tudo o que eu escrevi no seus diário...
– Não começa! Nós achamos o ódio que você queria Draco. Não vou perde-lo dessa vez! – Ele respirou fundo.
– Nos vemos no teatro... Hermione. – ele disse frisando bem o meu nome. Foi então que eu percebi que o havia chamado pelo primeiro nome também. E isso me deu uma raiva enorme. Ele percebendo isso, riu vitorioso e me soltou sozinha na pista uma vez que a música acabara. Logo eu estava novamente na mesa com os outros, ausente de toda conversa ou dos olhares receosos de Harry.



As cortinas haviam se fechado, E eu respirei mais calmamente. Enquanto ia em direção ao meu roteiro para conferir minhas próximas falas.
– É... estou pensando seriamente em virar professor. – Disse a voz arrastada de Malfoy atrás de mim.
– “Pensar” já é um nível bastante avançado pra você! – Eu retruquei sem tirar os olhos do meu roteiro.
– Eu realmente achei que você ia se mijar toda de nervoso quando visse aquela multidão te assistindo. Mas não... só falta o último ato, e você encarou muito bem. Você realmente se empenhou pra conseguir o cargo de monitora-chefe... pena que em vão.
– Alguém já te disse que sua voz é por demais irritante?
– Não tente fugir da realidade Granger... o que eu devo pedir como prêmio da aposta? Que tal que você mergulhe nua no lago de frente para toda escola? Ou... que você raspe a cabeça e comece a pagar paixão pro Filch? Ou... que xingue todos os professores incluindo Dumbledore em pleno café da manhã? Ah não! Não! Já sei! Que você admita que matou Madame Norra e que é apaixonada pelo Neville Longbottom!!! Ou... melhor ainda! Que você saia gritando pelo castelo pelada dizendo que é um lobisomem!!! Ah nãooo!!!!! JÁ SEI!!! QUE VOCÊ ANUNCIE PERANTE TODA A ESCOLA QUE ESTÁ GRAVIDA DO PIRRAÇA!!!! HAOIHAOHAOHAOIAHOAIHAOHAOIHAOAIH
– Você realmente é muito criativo Malfoy... – eu disse enquanto ele enxugava as lágrimas de tanto rir. – Mas você não vai vencer a aposta. Sinto decepcioná-lo.
– Veremos... – ele disse ainda rindo.
– Muito bem! Muito Bem! Queridos... último ato! Concentrados? Preparados? Vamos lá então! – Disse a louca empurrando eu e Malfoy para o palco novamente.
– É agora Granger... que descobriremos quem fará a vida de quem um inferno.- Murmurou Malfoy ao meu ouvido. E assim as cortinas novamente se abriram, pela última vez, dando a vista de toda uma Hogwarts. Professores e Alunos... Bem na frente Harry, Ron e muitos outros Grifinórios que gritavam meu nome... mas não pude fingir não ouvir as alunas de Hogwarts que gritavam por Malfoy... incluindo umas traidoras da própria casa...

“Muito bem... respire... apenas... respire...”

Eu irei embora antes que todas as folhas escondam o chão Bella. – Eu ouvi a voz arrastada de Malfoy as minhas costas. E agradeci por não estar mais com aquelas enormes asas porque minha espinha dorsal agora parecia congelar.
– Eu sei...
– Se me pedir pra ficar...

Eu já me fui muito antes de seu coração Vinic... ou talvez... nunca nele tenha ficado. Você mentiu para mim, me enganou, me usou, me fez de aposta quando pensei que elas não importavam mais pra você. – eu disse me virando pra ele teatralmente. – eu realmente... acreditei que um ser... desprezível que nem você pudesse amar...
– Bella... eu amo você... e é em nome do amor que eu sei que você ainda sente por mim... que eu peço... acredite nisso.
– Como pode saber se ainda o amo... eu queria tanto saber quando alguém ama de verdade.
– Você sabe... mas não quer acreditar.
– Já me enganei demais...
– O maior engano será se nós nos separarmos...
– pude ver de canto muitas garotas aos prantos, incluindo McGonagal, não que o título de “garota” caiba perfeitamente nela.
A única certeza que tenho é a do meu coração... não sei se ele te perdoa... mas te chama... – eu me aproximava de Malfoy, que pude ver engolia seco e ficava um pouco vermelho... – tenho tanta certeza de que não te amo... – eu disse numa raiva teatral. – mas... tenho também tanta saudade.
– Então... diga para mim... do que tens medo?
– As vezes... penso que nada mais sou que um instrumento de meus medos
. – Eu disse de repente... sem pensar... essa fala não existia, mas eu disse... Malfoy me olhou confuso, mas pareceu considerar o que eu disse... depois de um silêncio perturbador Malfoy se pronunciou.
Talvez seus medos possam ser gritados pra longe... – outra frase inventada. Que ele teve de usar pra eu lembrar o que tinha de fazer. E com um olhar significativo ele me acordou de meu transe. Onde eu estava afinal?
Me direcionei para o centro do palco. Enxergando algo longe enquanto uma música começava a tocar no piano. E quando eu cantei, muitos pareciam ter perdido algo. Algo, talvez tão insignificante quanto a respiração... Harry sorria... quase chorando... como um irmão orgulhoso... mas não surpreso. Mas eu estava me contendo para não me virar e ver a reação daquela serpente... como eu queria ver o queixo dele caído, mas tinha de me concentrar...

"ouvir a musica"


2 Am and she calls me cause I'm still awake
(2 DA MANHÃ e ela me chama porque eu ainda estou acordada,)
Can you help me unravel my latest mistake
(Você pode me ajudar a desvendar meu ultimo engano?)


Olhei teatralmente para Malfoy antes de continuar... ele bastante pasmo, surpreso e fora de si pareceu realmente atingido com a continuação da música, que eu cantara sem tirar os olhos dele.

I don't love him winter just wasn't my season.
(Eu não o amo, inverno não era mesmo minha estação)


Então voltei minha atenção para o ponto distante antes de continuar...

Yeah we walk through the doors so accusing their eyes
(Sim, nós passamos pelas portas enquanto nos acusam com os olhos)
Like they have any right at all to criticize
(Como se eles tivessem qualquer direito para criticar,)
Hypocrites you're all here for the very same reason.

(Hipócritas, vocês todos estão aqui pela mesma razão)

Então olhei para o público de Hogwarts que esperava ansioso e encantado pelo o que viria, e dei um meio sorriso triste para eles.. e fechei meus olhos buscando a emoção que aquilo pedia.. lembrei com alegria do quanto foi perfeito escrever essa música.. o quanto se encaixava a tanta coisa.. o piano tomou uma certa coragem se unindo a outros instrumentos e com a mesma coragem e ousadia continuei, agora caminhando pelo palco.

Cause you can't jump the track We're like cars on a cable
(porque você não pode sair dos trilhos, nós somos como carros presos em um cabo)
and life's like an hourglass glued to the table,
(E a vida é como uma ampulheta, colada na mesa)
No one can find the rewind button girl
(
Ninguém consegue achar o botão de "voltar", meninas)
So cradle your head in your hands.
(Então coloque a mão em sua consciência)
And breathe, just breathe, whoa breathe just breathe
(E respire, só respire, Whoa respire, apenas respire)


Eu olhei para o público novamente, esse excitante e emocionado. Então novamente me virei para Malfoy. Ele parecia pensativo... como se já houvesse ouvido isso anteriormente... como se estivesse escondendo ou se recordando de algo, mas me lembrei que isso só poderia ser impressão minha. Retornei a música agora mais segura. Já havia conquistado o público... agora os professores precisavam ser conquistados para eu ganhar o cargo de monitora-chefe, mas pra falar a verdade eu estava por de mais envolvida na música... mais do que na aposta.

May he turned 21 on the base of Fort Bliss
(
Em maio, ele fez 21 anos na base de 'Fort Bliss'
Just today he sat down to the flask in his fist
(
Nesse dia, sentou-se com uma garrafa na mão
Ain't been sober since maybe October of last year
(Ele não tem estado sóbrio, desde talvez outubro do ano passado.)
Here in town you can tell he's been down for while
(
Aqui na cidade, você pode perceber que ele esteve triste)
But my God it's so beautiful when the boy smiles
(Mas, meu Deus, é tão bonito quando o garoto sorri,)
Wanna hold him but maybe I'll just sing about it
(Queria abraçá-lo, mas talvez eu apenas cante sobre tudo isso.)


Tudo bem eu admito. É lógico que quando eu escrevi e cantei essa última parte eu pensei nele... no ser mais desprezível da face da terra. Não deu para evitar... uma hora me vi pensando no sorriso dele, debochado ou sincero... todos eram lindos... era o que, ou talvez a única né, coisa que eu mais gostava nele. Isso gerou uma parte linda da música que eu não pude deixar de fora... Não pude evitar, acabei olhando para ele... precisava conferir aquele sorriso novamente... e ele estava ali... um fio tentador, provocante e perigoso... aquele sorriso convencido... como se ele soubesse realmente que eu tinha feito aquela música para ele... que aqueles versos falavam dele... que era do sorriso dele que eu falava com saudade... é lógico que isso me deixou nervosa, mas eu não podia atrapalhar a canção para espancá-lo até a morte por ele ser esperto demais. Voltei a olhar para o público que agora parecia já saber o refrão.

Cause you can't jump the track We're like cars on a cable
(porque você não pode sair dos trilhos, nós somos como carros presos em um cabo)
and life's like an hourglass glued to the table,
(E a vida é como uma ampulheta, colada na mesa)
No one can find the rewind button boy
(
Ninguém consegue achar o botão de "voltar", meninos)
So cradle your head in your hands.
(Então coloque a mão em sua consciência)
And breathe, just breathe, whoa breathe just breathe
(E respire, só respire, Whoa respire, apenas respire)


E assim todos cantaram comigo..

And breathe, just breathe, whoa breathe just breathe
(E respire, só respire, Whoa respire, apenas respire)

Era muito bom. Não conseguia me sentir mal... era muito bom cantar... novamente todos se calaram como se o que eu tivesse pra dizer ou cantar fosse algo essencial.

There's a light at the end of this tunnel, you shout
(
Há uma luz no final de cada túnel, você grita)
cause you're just as far in as you'll ever be out
(
Porque está tão longe aí dentro, Como se nunca fosse sair)
And these mistakes you've made You'll just make them again
(
Esses erros que você cometeu, vai cometê-los de novo)
if you'll only try turnin' around
(
Se continuar persistindo.)

Todos suspiram assim como eu mesma. A música tornou-se mais lenta, era a parte que mais me tocava e que mais tocaria a ele... dei uma última olhada para Malfoy... teatralmente “claro”, ele me olhava receoso, com medo de perder alguma coisa... e então olhei para Harry de leve... não sei por que... mas senti uma dor tão grande... como se o meu caso com Harry ou com Malfoy... qualquer que fosse... fosse muito mais merecido daquela música do que o caso de Bella e Vinic... foi então que comecei a cantar para mim... e não mais para uma personagem. E acho que não fui a única a perceber isso.

2Am and I'm still awake writing this song
(
2 da manhã, e eu ainda estou acordada, escrevendo uma canção
If i get it all down on paper it's no longer inside of me
(
Se eu puser tudo em um papel Não estará mais dentro de mim)
threaten' the life it belongs to.
( ameaçando a vida a qual ela pertence)
And I feel like I'm naked in front of the crowd
(
E me sinto nua diante da multidão)
Cause these words are my diary screamin' out aloud
(
Porque essas palavras são meu diário gritando)
And I know that you'll use them however you want to.
(E eu sei que você vai usá-las como quiser)

E assim respirei pesadamente como se tivesse gritado meu maior segredo pra todos.

But you can't jump the track We're like cars on a cable
(Mas você não pode sair dos trilhos, nós somos como carros presos em um cabo)
and life's like an hourglass glued to the table,
(E a vida é como uma ampulheta, colada na mesa)
No one can find the rewind button now
(
Ninguém consegue achar o botão de "voltar", agora)

Sing it if you understand...yeah breath
(
Cante se você entender... E Respire)

e voltei confiante e sorrindo para o refrão da música que foi repetido algumas vezes junto de todos ali presentes.

And breathe, Just breathe, ohho breathe...
(E respire, apenas respire, Woah respire, só respire, Oh respire, só respire...)

A música chegou ao seu fim e o teatro veio abaixo em aplausos. Fiquei vermelha como um tomate... acordando de um transe... percebendo que não estava num quarto escuro da Grifinória cantando sozinha e sim num teatro cantando para todos. Depois de um longo tempo os aplausos cessaram e me voltei para Malfoy, ou melhor... Vinic... ele tinha de dizer a fala final “Acho que nossos medos nos ajudarão algum dia... ou o nosso amor” um final não muito criativo,mas com certeza não definitivo... ou um ridículo... “sim Vinic, te perdoou”...
Mas Malfoy não disse nada... ele parecia por demais perplexo... foi então que se tocou que era sua vez, mas aí sua expressão mudou para confuso... então eu sorri de lado vitoriosa... ele havia esquecido a fala... e eu não a diria lógico... eu estava prestes a ganhar o cargo de Monitora-Chefe... eu teria de dar o “Grand-Finale”. Mas aí ele sorriu maroto... merda... pensei, ele havia lembrado a fala, mas eu logo percebi que havia me enganado. Ele não havia lembrado nada, ele havia apenas arrumado um jeito de improvisar... e deu o maldito “Grand-Finale”, e por incrível que parecesse esse final foi muito mais perfeito do que a fala para a obra. Era o sal que a trama necessitava, o que mais tirou gritos e aplausos do público... incluindo dos professores. Sibila dava gritinhos de alegria e emoção... e mais tarde dissera que ele havia salvo seu espetáculo... uma vez que sem o final, tudo iria por água baixo. Pra ser mais exata... ele arrebentou... foi o Herói do dia... a estrela do espetáculo... tudo porque ele fez novamente, mas agora na frente de todos, o que eu mais desprezava e odiava na vida... porque ele novamente transformava minha vida num pesadelo... porque ele me deixara novamente com pensamentos assassinos e que se eu estivesse com uma varinha ali... não ia sobrar alma viva naquele salão...
Sim... Ele me beijara!

**

O palco se tornara escuro por causa do fechar das cortinas, mas os gritos e aplausos continuavam. Os lábios de Draco eram tensos e possessivos, mas conseguiam atingir um carinho e uma delicadeza. Cada vez o beijo era mais intenso e mais preciso. E depois de alguns segundos Draco desgrudara seus lábios dos da castanha. Ainda sem soltá-la a encarou um pouco receoso de sua reação. Ela ao abrir os olhos o olhara espantada... sem entender... sem ação... Estavam congelados.
Ele sabia, que ela estava com um milhão de pensamentos ofensivos em sua mente e que dali a alguns segundos ela explodiria.
Mas por sorte logo todo o elenco veio até eles, os gloriando, principalmente a Draco. Sibila dissera aos gritos e festeira que o cargo de monitor-chefe era dele, mas eles estavam ausentes disso tudo.
Foi então que Hermione começara a respirar com raiva, sem acreditar no que estava acontecendo a sua volta. Ele havia novamente feito aquilo... ela o odiava... eles se odiavam... mas isso aparentemente não o impedia de beijá-la, não por um cargo.


Ele via nervoso os olhos castanhos dela lacrimejarem. Ninguém ali parecia ligar pra isso, ele tentava inutilmente se esquivar dos abraços de todos, mas ele só se preocupava com ela. Ela começava a olhar para os lados perturbada... procurando por uma saída.
Então seus olhos se encontraram novamente. Ela o olhava acusadoramente, magoada e claro... com muita raiva. E assim saiu correndo... no seu vestido branco angelical... para longe de tudo aquilo.

De que interessava toda aquela decisão de voltar a ser o grande e canalha Malfoy de sempre? Ele queria ela... a amava mais que tudo... e nada nem ninguém poderia agora convencê-lo do contrário. Era algo sem futuro, perigoso e idiota. mas era a verdade. E agora ele só poderia se concentrar numa coisa... Fazê-la acreditar nisso... novamente.
Sem fugir...

Harry estava pasmo. Sentia seu coração bater em grande fúria. Queria mais que tudo a cabeça de Malfoy pendurada na torre mais alta de Hogwarts. E seus testículos servidos de comida para Aragogue. Queria o sangue dele numa taça de vinho e sua pele no novo casaco de Umbridge.
Logo ele vira, e parecia ter sido o único a ver isso, já que todos estavam hipnotizados gritando e aplaudindo para duas longas cortinas vermelhas, uma Hermione correr aos prantos pelo fundos do salão. E passar por ele sem sequer pedir licença. E logo vir correndo na mesma direção o loiro mais fdp que existia. Mas dessa vez ele se pôs no caminho. O loiro parara tedioso sem olhá-lo.
– Você! Você é um idiota! – Harry dissera simplesmente. O loiro respondera sem olhá-lo:
– Eu sei. – E sem perceber fora nocauteado por um soco bem dado. Ele cambaleou e vira seu lábio sangrar. Mas não tinha tempo para isso. Logo Harry estava sendo segurado e Malfo com o lábio sangrando sem pensar duas vezes fora correndo no mesmo caminho que Hermione, como se nada houvesse acontecido. Deixando todos espantados pra trás.

Malfoy saíra correndo do castelo... sabia que ela havia seguido aquele caminho. Estava escuro e chovendo... ventava furiosamente, a chuva o congelava... mas a lua estava intacta no céu.
– Hermione! – o loiro gritava nos campos do castelo. – HERMIONE! – Ele corria no meio da floresta. – HERMIONE! Não adianta se esconder de mim sua idiota! Você não pode sair de Hogwarts! HERMIONE! – derrotado Malfoy começava seu caminho de volta para o castelo. “tudo bem... amanhã de manhã... começamos o que nunca devíamos ter terminado”

Harry subia aquelas escadas sombrias e úmidas. Aquele lugar não lhe trazia a mais calorosa das recordações,mas o fazia se lembrar de uma era boa. Uma era de Sírius.
A porta rugiu altamente quando ele a empurrou. Hermione levantara então espantada no meio daquele quarto. Ele sabia que ela estava ali... na Casa dos Gritos.
– Como sabia que eu estava aqui? – ela perguntou enxugando os olhos.
– Eu vi no mapa do Maroto... você não estava em nenhum lugar em Hogwarts... então imaginei...
– Me deixe em paz! – Ela dissera voltando sua atenção para a janela coberta por tábuas... como se essas não estivessem mais ali.
– Você vai ficar doente Hermione... se continuar assim...
– O que você quer que eu faça? – Ela explodiu. – Ele me deixa puta da vida! Ele quer destruir a minha vida! Eu nunca senti tanto ódio de uma pessoa em toda a minha vida!
– Estou... estou falando da sua roupa... você ta toda molhada... pegou muita chuva. Pode pegar uma pneumonia. – Silêncio.
– Eu não me importo...
– Vamos Mione... todos querem te ver... você deu um grande show hoje... precisa ir na comemoração.- Harry tentara animar.
– Ele já fizera isso antes... – Harry ficara em silêncio. não sabia se era pela raiva ou pela dó que sentia da amiga. – Não entende... ele foi a primeira pessoa que me beijou... “ele” a pessoa que mais odeio na face da terra... e eu sempre sonhei que quem o faria seria você... – Ele sentira seu coração se quebrar e seus olhos arderem.
– Mas nós já nos beijamos Hermione... lembra? Toda hora... do nosso jeito...
– E hoje ele fez de novo... – ela disse o ignorando. – Ah... eu o odeio tanto...tanto... tanto... ele me tirou tudo o que eu tinha... eu amava você... tinha esperanças... aí ele surge... acontecem coisas... eu... eu não entendo...ele vai me pagar Harry... eu ainda não sei como, mas vou me vingar!

**

Hermione voltara sua atenção para o diário depois de enxugar uma lágrima rebelde.

E assim foi o Baile Vermelho...
Não voltei para a festa. Vim direto para o dormitório com a capa de invisibilidade de Harry. Ele sabia que eu ia necessitar dela. Só ele me entende.E eu não sei o que, mas sei que muita coisa está para mudar.
Afinal... ele ganhou a aposta, ele vai fazer da minha vida um inferno...
E eu sentia... que algo muito mais terrível do que aquelas coisas que ele sugeriu no teatro aconteceriam... ele cobraria o prêmio de outro modo. Um modo muito pior que está me dando calafrios...
Sem contar o distintivo dele de Monitor-chefe brilhando na minha cara todos os dias...
O que será da minha vida agora... monitorada por Draco Malfoy?
Ele realmente voltou para destruir a minha vida...
Para cobrar algo muito maior do que uma simples aposta...
Eu só estou com medo de descobrir o quê.


FIM DA PRIMEIRA PARTE




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Notas finais do capítulo

Música: Breathe Anna Nalick