Apenas Uma Noite... escrita por Lisa Mellark


Capítulo 20
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpe pela demora, tive uns probleminhas pessoais mas ai esta espero que gostem, este é capitulo mais longo que já fiz ate agora e ofereço a todas minhas leitoras fieis. Vocês são demais. Boa leitura e não esqueçam de ler as notas finais.



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"O NOVO DON JUAN DE HOLLYWOOD?" Tive vontade de gargalhar com aquilo, mas meu bom humor não estava preparado para o que estava por vir: "Peeta Mellark esta se revelando sem dúvidas o novo Don Juan das estrelas. Depois de ser fotografado inúmeras vezes em situações no mínimo suspeita com sua assistente e flagrado em uma praia de Carmel em clima de romance com Annie Cresta, agora ele foi visto em um renomado evento beneficente onde dançou durante toda noite com uma bela ruiva de nome Lavínia, filha de um Senador e aspirante a cantora, fontes dizem que ela não parou de flertar com ele enquanto dançavam e no fim da madrugada foram vistos saindo juntos e entrando no carro de Peet Mellark. Acho que temos um novo casal em vista."


Levanto-me e sem pensar duas vezes ligo para o celular de Peeta e para minha surpresa cai na caixa de mensagens, então ligo para Cato e quem atende é Clove, pois ela e Madge estão hospedadas lá por causa de desinfecção que estão fazendo em seu apartamento também.

Alô?

– Clove que bom que é você, o Cato esta ai?

– Não, Peeta ligou ainda estava escuro e ele saiu correndo.

– Peeta não voltou! – minha voz saiu alterada.

– Você ligou pra ele?

– Liguei agora pouco só dá na caixa de mensagens.

– Por que não ligou antes?

– Não queria incomodá-lo durante o evento, Clove ele passou a noite fora.

– Calma. Logo, logo ele vai estar ai.

– Clove eu vi uma nota num site...

– E o que tem nessa nota?

– Dizia que Peeta foi visto saindo com uma garota da festa e que passaram toda noite dançando juntos.

– Ah Katniss sinto muito, quero dizer, fale com ele antes é melhor.

– Você sabe de algo Clove? Porque a Clove que eu conheço iria xingar com todas as palavras que não existem no dicionário, fala logo!

Bem Katniss eu ouvi parte da conversa, mas...

– FALA CLOVE.

Eu ouvi Cato perguntar se ele estava certo do que estava fazendo e depois perguntar por que no restaurante, poderia fazer em sua casa e depois ele disse que entendia que realmente se fizesse em sua casa você poderia descobrir.

– É ela Clove, essa garota. Ele passou a noite com ela e pediu cobertura ao Cato. Eu sinto. – Seguro cada lágrima que quer descer sobre meu rosto.

Katniss eu também achei estranho mais é melhor conversar com ele antes.

– Ele fez de novo.

Ele não seria tão estúpido de fazer tudo de novo.

– Ele fez, eu sinto.

– Bem o aguarde e converse, certo?

– Certo, tchau.

Tchau.


Sinto meu corpo entorpecer depois que coloco o telefone no gancho, mas preciso me controlar Sean precisa de mim e eu tenho que preparar seu café da manhã e cuidar que ele tome os medicamentos nos horários corretos. Greasy chega e percebe que algo esta errado comigo, ela tenta descobrir, mas saio pela tangente e vou ver meu filho.


– Sean meu amor. – digo carinhosamente. – Você já esta acordado, que bom. Quer tomar seu café da manhã na varanda?

– Não, quero ficar na cozinha mesmo, estou com frio.

– Tudo bem, vamos comer. – digo pegando ele nos braços. – ainda esta muito cedo sabia?

– Sim, quero ver desenhos depois, posso?

– Claro quantos quiser.

– Cadê o papai? – por essa eu não esperava, o que vou dizer, pensa Katniss.

– Ele esta tratando de alguns assuntos que você não entenderia.

– Entendo sim, eu já sou um homem. – não aguento e dou uma gargalhada.

– Realmente você esta se tornando um homem muito rápido, só que nesse momento você precisa se alimentar para ficar forte. – ele abraça minha cabeça, aperta-a e beija.


Cuido para que Sean tome seus remédios, mas cada movimento meu é feito de olho no relógio, com uma angustia que luto contra, para que meu pequenino filho não perceba. Vou ajudar Greasy na cozinha enquanto ela prepara nosso almoço.


– Você precisa de ajuda? – digo entrando na cozinha. – Preciso preencher meu tempo.

– Claro, sempre tem legumes a serem cortados. – diz ela, quando de repente ouço barulho de um carro, mas não é de Peeta, pois já conheço o barulho do motor – Peeta chegou.

– Não. Não é ele. – digo enquanto ouço alguém dar a volta na casa e entrar pela lateral.

– Peeta querido! – corro em direção à sala e o que vejo a garota de cabelos vermelhos a tal da Lavínia. – Oi bom dia, já te vi algumas vezes, você é a assistente do Peeta certo?

– Ah certo. – mas o que essa mulher esta fazendo aqui? – O que você... – as palavras não saem.

– Meu bem, eu vim fazer uma surpresa para o Peeta.

– Mas ele não esta. – digo secamente.

– Ora ele me disse que estava vindo para cá. – diz ela tentando lembrar-se de algo. – Que cabeça minha ele saiu com um amigo, como é mesmo o nome dele?

– Cato. – digo serrando os dentes. – Deve ter sido o Cato.

– É isso mesmo! – diz ela jogando sua bolsa em cima de uma das cadeiras da sala.

– Pelo que vejo você vai espera-lo. – digo sentindo gosto de sangue na boca depois de morder a parte interna da minha boca.

– Vou sim meu bem. – diz ela sentando-se no sofá. – Não se preocupe comigo, vou ficar bem, você pode voltar as suas obrigações que não devem ser poucas, afinal cuidar de um astro deve dar muito trabalho.

– Um pouco. – digo.

– Pois não se preocupe comigo. – diz ela passando as mãos nos cabelos. – Pode ir trabalhar e se puder trabalhar fora hoje será melhor ainda. – O que? – Quero ficar a sós com seu chefe... Quero terminar o que começamos. – disse esta ultima parte em um sussurro.

– Como assim? – estou tentando me controlar ao máximo – Quer que eu saia?

– Sim ele já deve estar chegando e quero fazer uma surpresa. – realmente não estou acreditando no que estou ouvindo, ela não viria aqui se ele não tivesse dado espaço para tal liberdade.

– Tudo bem, já estou de saída. – Quero cortar sua língua, penso.


Vou ate a cozinha eu preciso beber água, a Greasy me pergunta quem é a pessoa e eu conto tudo o que ela falou.


– Mas você não acreditou não né? – quando ela diz isso um dos legumes cai de sua mão e ela se abaixa para pegar enquanto eu viro para abrir a geladeira.

– Meu bem. – eu não acredito, fecho a porta sem pegar a água que queria e a olho – Acabei de falar com Peeta ele vai demorar um pouco, então eu queria saber se você pode nos deixar a sós o resto do dia. – minha respiração, acho que perdi a respiração. – e então meu bem, você pode fazer isso por nós?

– Ele é todo seu. – digo e me precipito até o quarto do Sean.


Coloco algumas coisas do Sean na mochila dele, troco suas roupas, me troco, ligo pedindo um taxi e saio sem nem ao menos falar com a Greasy, pois se encontrar aquela mulher novamente eu sou capaz de cortar sua língua.

Olho para o relógio em meu pulso e vejo que são 09:45hs então peço para o taxista me deixar na praia de Santa Mônica, pois a essa hora não tem tanto movimento e eu preciso pensar no que vou fazer. Desço do taxi e caminho em direção à parte de baixo do píer e ligo para Finnick, sinto que ele é o único que pode me ajudar sem fazer perguntas.


Oi Katniss, como você esta? – ele fala com uma voz genuinamente contente.

– Eu estou... – não consigo me conter mais e começo a chorar.

Katniss? Você está chorando o que aconteceu? É o Sean ele piorou? – eu o deixei preocupado.

– Não.

O que foi então? – ele esta desesperado agora.

– Você pode vir me buscar? – não consigo para de chorar.

Você esta aonde?

– Em Santa Mônica.

– Eu estou me preparando para uma entrevista na TV agora pela manhã...

– Tudo bem não quero atrapalhar... – interrompo-o.

Espere deixe-me terminar de falar – ele que me interrompe agora – eu mesmo não posso, mas vou mandar alguém ai agora, esta bem?

– Sim. – respondo aliviada. – Finnick se o Peeta ligar não diga onde estou, por favor.

Esta bem, você esta aonde?

– Embaixo do Píer.

– Espere ai ouviu? – ele diz e desliga o celular.



*****



Já se passaram meia hora e eu espero enquanto Sean esta brincando com seu boneco do homem de ferro sem imaginar tudo que esta acontecendo.


– Oi o Finn me mandou buscar você, – ouço alguém falar e me sobressalto. – Meu nome é Gale, Gale Hawthorne. – olho e vejo um homem alto de pele bronzeada e olhos cinza feito os meus. – O Finn me disse que uma amiga dele estava embaixo do píer com seu filho então acho que deve ser você, muito prazer. – disse ele estendendo a mão em minha direção.

– Sim sou eu. – digo em voz baixa.

– Bem já falei meu nome, qual é o seu?

– Katniss. – acho que sussurrei.

– Catnip, nome diferente – diz ele sorrindo.

– Katniss. – digo um tom mais alto.

– Katniss. – ele me olha nos olhos – Nome lindo.

– Obrigada.

– Vamos, o Finn pediu que eu a levasse até sua casa – viro-me e vou em direção ao Sean.

– Vamos meu amor, já esta muito quente. – digo pegando-o pela mão.

– Estou cansado. – diz Sean enquanto Gale nos olha.

– Ele esta doente, saiu do hospital á três dias. – explico.

– Então me deixe ajuda-los. – diz ele pegando Sean nos braços e me entregando sua mochila.

– Obrigada. – digo e vamos para seu carro.


Gale tem uma postura diferenciada, cabelos curtos, coluna ereta, corpo definido, talvez seja policial ou... Sim ele deve ser militar, estranho pensar em Finnick ter um amigo militar, ele percebe que estou olhando-o daqui do banco de traz de seu carro.


– Você é militar? – pergunto.

– Meu jeito me entregou não foi? – ele sorri.

– Um pouco. – digo. – Você não é o tipo de amigo que imaginei que o Finnick tivesse.

– Nós conhecemos quando fiz consultoria militar para um de seus filmes e acabamos ficando amigos.

– Você se importa que eu feche um pouco os olhos? – o sono começava a dar sinais em mim. – Estou muito cansada.

– Jamais, pode descansar.


Não sei quanto tempo se passou, mas acordei quando Gale tirou o Sean, que estava dormindo, do meu colo e entramos na casa, que por sinal era incrível, dois andares salas enormes, três suítes e por ai vai. Ele parece conhecer muito bem a casa do Finnick, pois sobe com o Sean enquanto eu os sigo e o coloca em um dos quartos. Descemos e ele me leva ate a cozinha e pede para a cozinheira fazer um almoço caprichado, pois tinham visitas incluindo uma criança; a cozinheira não conteve a felicidade por cozinhar para visitas.


– Você esta bem agora? – ele pergunta um pouco relutante. – Quer dizer você não esta fugindo de alguém ou algo assim?

– Algo assim. – respondo.

– Qual o nome dele? – olho para ele surpresa por sua indagação.

– Como você sabe que tem um ele?

– Uma mulher linda como você, porém com filho... – ele ficou corado. – Sempre tem um ele.

– Você se importa se não falarmos sobre isso.

– Nem um pouco. – diz ele.

– Obrigada.

– Mas ai existe um ele? – ele pergunta e abre um sorriso lindo.

– Não sei, sinceramente não sei. – digo completamente desconfortável.

– Pois quando você souber... – diz ele olhando-me nos olhos – E se a resposta for não, eu gostaria de jantar com você. – imediatamente fico corada. – Mas se a resposta for sim eu gostaria de jantar com você da mesma forma.

– Eu mal o conheço. – digo sem graça.

– Desculpe-me não queria ser tão abusado, só não queria perder a oportunidade, desculpe.

– Tudo bem. – digo sem jeito.



Pov. Peeta



– Annie tem certeza que ela não ligou pra você?

Claro Peeta.

– Tá, tchau

Tchau.


Por onde será que a Katniss anda? Ah faltou o Finn, disco o seu numero.

Oi Peeta.

– Finn, você sabe da Kat?

Se você quer saber se ela me ligou, sim ela ligou.

– Onde ela esta?

Isso ela me fez prometer não te contar.

– Finn?

Sinto muito, mas ela estava chorando muito.

– Finn, não faça isso!

Peeta dá um tempo a ela tá, tchau. – ele desligou na minha cara.

– DROGA, DROGA , DROGA KAT.


Enquanto dirijo, penso para onde ela poderia ter ido, já falei com todos... Espera um pouco... Falei com todos, porém ela só ligou para um... A casa do Finn. Dirijo o mais rápido que a lei permite e quando vejo já estou na casa do Finn, como todos que trabalham para ele me conhecem então entro fácil.


– Katniss... Katniss – digo com a voz sobressaltada.

– O que você esta fazendo aqui? – ela diz vindo de uma sala.

– Eu vim lhe buscar. – digo indignado. – Porque você saiu de casa?

– Não vou pra lugar nenhum com você. – nesse momento sai da mesma sala que Katniss um homem que eu nunca vi antes.

– Algum problema Catnip. – eu não acredito no que meus olhos veem, então toda minha preocupação se transforma em raiva, raiva não, uma fúria que acho que não vou conseguir controlar.

– Tudo bem Gale, ele já esta indo embora.

– Não, não estou e quando eu for você vai comigo. – digo enfático.

– Ela vai se ela quiser. – diz o cara se metendo de novo.

– Escute aqui, não se meta que isso é assunto de família. – digo furioso.

– Família, que família Peeta, você pensou em nós quando passou a noite fora com aquela ruiva sonsa?

– Deixe-me explicar. – baixo o tom de minha voz.

– PAI. – Sean grita descendo as escadas. – Você veio buscar a mamãe e eu?

– Sim. - respondo.

– Vou pegar minha mochila. – ele gira nos calcanhares e sobe novamente as escadas.

– Escuta tenho aquela entrevista no Caesar Flickerman, as 17:00hs e ao que me consta você precisa ir comigo, então pegamos o Sean e voltamos para casa lá conversamos ok? – estou ansioso sobre sua resposta.

– Eu esqueci. – disse ela mudando sua expressão de raiva para incomodada.

– Pois bem vamos. – digo indo em direção ao Sean que já esta na sala.

– Não eu não vou. – ela retruca. – Nos encontramos na emissora.

– Se você quer ficar que fique. – minha raiva volta. – Mas meu filho vem comigo, você não tem o direito de tira-lo de mim assim, não é justo.

– Você provocou essa situação.

– Por favor, esse não é um assunto para se discutir na frente do Sean. – digo e saio levando o Sean pela mão.


Estou manobrando o carro para sair quando ela aparece e se joga na lateral do carro, abre a porta do passageiro e entra. Seguimos em silencio e ainda falta metade do trajeto para percorrer, é melhor usa-lo para poder dar uma desculpa bastante convincente para ela.


– Vocês brigaram. – pergunta Sean. – Não pode brigar é errado, meu pai e minha mãe não podem brigar.

– Não Sean, eu não briguei com sua mãe. – digo e Sean sorri olhando para sua mãe.

– E você mamãe esta com raiva do papai?

– Sean isso não é assunto para criança. – ela diz irritada. – E vamos mudar o assunto, por favor.


Chegamos a casa e pego Sean e o levo para dentro, a senhora Greasy Sae o leva para lanchar e eu corro para o banho preciso me preparar para a entrevista. Coloco uma roupa discreta, camisa preta de botões com as mangas enroladas ate o cotovelo, uma calça jeans escura e tênis preto. Saio do quarto e vejo que ela também já se aprontou, deve ter usado o banheiro do quarto do Sean, ela esta linda em um vestido que comprei mais cedo, um lindo vestido laranja claro de corte reto e justo, muito elegante, porém com um decote nas costas muito provocante e sapatos bege de salto.


– Vejo que encontrou o vestido. – digo um pouco rouco.

– A Greasy me deu. – ela responde sem olhar para mim. – Vamos já esta tarde.

– Vamos. - respondo e seguimos em direção ao carro.


Fizemos todo o trajeto ate a emissora de televisão em silencio, entramos as pressas, pois estou muito atrasado, Finn já esta lá olho em volta procurando Annie e quem eu encontro... Aquele cara que estava na casa do Finn, mas o que ele esta fazendo aqui? Ele me olha com um ar superior e sinto um fogo tomar conta dos meus olhos e que se espalha para meu cérebro quando vejo Katniss se aproximando dele tirando um sorriso de ambos.


– Faltam três minutos para entrar no ar, vamos. – alguém da produção me chama e logo depois chama o Finn também, pois a nossa entrevista é mais para divulgar a estreia de um filme que gravamos ano passado.

– Tudo bem. – digo e Katniss se aproxima de mim depois de ver que fui chamado.

– Você precisa de algo. – pergunta ela secamente.

– Não, alias sim preciso. - ela me olha – Que você fique longe daquele cara, pode ser?

– Como você pode ser tão idiota? – diz ela rispidamente.

– Idiota eu, e você? – a raiva é visível em minha voz.

– Eu o que? – ela fala em um tom que todos olham.

– Vamos Mellark, vai começar. – diz um dos produtores.


Sento-me em uma poltrona no palco ao lado do Caesar Flickerman, enquanto Finn senta-se na poltrona do outro lado do Caesar. Então uma voz ecoa cinco, quatro, três, dois e no ar e uma música começa a tocar anunciando que já estamos em rede nacional.


– Bom fim de tarde a todos. – diz Caesar Flickerman. – Hoje teremos o prazer de entrevistar os dois homens do momento Finnick Odair e Peeta Mellark, os solteirões mais cobiçados da América. – ele termina a frase com muito entusiasmo enquanto todos aplaudem. – Como estão vocês garotos?

– Estamos ótimos. – responde Finn.


Então começa aquela tradicional enxurrada de perguntas no âmbito profissional tanto a mim quanto ao Finn, com piadas intercaladas a cada pergunta e a pequena plateia vibrando. Então Caesar Flickerman começa a rodada de perguntas constrangedoras que são as perguntas sobre nossa vida pessoal, de inicio fico chateado, não sei se com minha privada sendo invadida ou por que olho para a lateral do cenário e vejo Katniss sorridente numa conversa calorosa com aquele cara intrometido. Caesar faz algumas perguntas pessoais para o Finn e ele responde numa boa, até conta que ele e Annie estão noivos e que nunca houve romance secreto entre Annie e eu. Pronto, esta foi á deixa para Flickerman jogar as perguntas agora para mim.


– Diga-me Mellark... – ele gira seu corpo em minha direção. – E o seu coração já foi fisgado assim como o do Finn? – ele diz e no lugar de olhar para o Caesar eu olho em direção a Katniss e percebo que sua conversa animada cessou e agora olha fixamente para mim.

– Depende do sentido da pergunta Caesar. – digo com um meio sorriso.

– Como assim?

– Se você esta se referindo a meu coração pertencer a alguém... Ou se eu já estou num nível bastante serio como o Finn? – pergunto só que desta vez olho para o Caesar.

– Bem já que você abriu esse leque de opções... – diz ele sorrindo com minha faceta – Quero saber sobre os dois.

– Sim. – digo.

– Sim o que? – ele parece não entender nem ninguém ali presente.

– Meu coração pertence a alguém. – a plateia vai ao delírio e Flickerman tem nos olhos um brilho maior. – E para a outra pergunta a resposta é não.

– Ou seja, você ainda não fez o pedido? – pergunta ele ansioso por minha resposta.

– Não.

– Mas o que foi que houve, você pode compartilhar conosco?

– Bem Caesar... Eu queria fazer uma surpresa, mas acho que não vai rolar.

– Ah não, agora você vai ter que nos contar Mellark. – dispara Caesar.

– Com certeza, também quero saber. – diz Finn tão surpreso quanto os outros.

– Como disse era pra ser uma surpresa hoje à noite, fechei um restaurante para a ocasião, o Haymitch conseguiu fretar um avião particular para buscar nossas famílias, que por sinal já devem ter chegado. – dou uma pausa, mas não consigo olhar para Katniss. – passei parte da madrugada e manhã providenciando todos os detalhes, só que por causa de uma nota maldosa em um site ela pensa que eu a trai. – todos estão em total silencio ouvindo cada palavra minha, não só eles aqui, mas todo país. – ela não quer deixar-me explicar nem quer falar comigo, então para não perde-la estou abrindo mão de pedi-la em casamento em um jantar com apenas nossos amigos mais próximos e familiares para declarar ao vivo para toda America que eu a amo e peço perdão por seja lá o que eu tenha feito.

– Peeta você sabe a dimensão do que você acabou de fazer? – diz Caesar tentando disfarçar sua perplexidade. – Depois dessas palavras você pode nos dizer quem é a mulher que fisgou seu coração?

– Katniss Everdeen – nesse momento todos começam a especular quem é Katniss Everdeen.

– Olha ela ali! – uma garota grita apontando o indicador em direção a Katniss que esta completamente tomada pela cor vermelha em sua face.

– Wow, quem gostaria de saber sua resposta? – diz Flickerman e eu olho para Katniss que esta paralisada então me levanto e sigo ate onde ela esta.

– Katniss Everdeen você me dá a felicidade de dividir os meus dias ao seu lado ate ficarmos velhinhos? – ajoelho-me em uma perna e deixo a outra flexionada, tiro do bolso da calça uma caixinha abro e tiro um anel de diamante, enquanto todas as câmeras estão apontadas para nós. – Você vai me fazer o homem mais feliz do mundo se me deixar ama-la e fazer parte de sua vida, não apenas como pai de seu filho, mas como o homem que você escolheu amar.

– Peeta... – sua voz sibila.

– Eu te amo Kat e quero passar o resto da minha vida ao seu lado. - digo. – por favor, fala logo se não eu vou enfartar sem contar que meu joelho esta começando a doer. - Ela abre um enorme sorriso em meio ás lágrimas.

– Sim... É tudo que eu quero! – ela diz e eu prontamente levanto-me depois de colocar o anel em seu dedo, a puxo e nos beijamos em quanto á plateia e todos do estúdio estão em êxtase entre gritos aplausos e assovios.


Continua...



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Notas finais do capítulo

E ai gostaram, deixem seus reviews e vou adiantar que no capitulo 19 finalmente vão saber quem é o pai do Sean e se eu receber alguma recomendação ate lá, vou postar um bônus na integra de tudo que aconteceu aquela noite na casa do Thresh.